Quando fomos entrando na porteira do sítio eu fiquei encantado. Era uma casa estilo bem rústica mas extremamente bem cuidada. Era a típica casa de pessoas que tem bastante dinheiro e que mantém uma casa para fugir dos problemas de vez em quando. A fachada era toda pintada de branco, o que contrastava com os detalhes em madeira. A madeira não tinha aspecto de queimada, mas muito bem envernizada. Para chegar na casa, tínhamos que percorrer vários metros por uma estrada de pedras. Pablo foi com o carro até a entrada da casa.
Para entrarmos nela, subíamos alguns vãos de escada e lá estava: uma casa enorme por dentro. Pablo foi me apresentando a casa e ao invés de eu descrever o que estava vendo, vou deixar vocês entrarem na minha mente e serem apresentados a casa pela minha própria visão do Pablo apresentando. Segue abaixo:
Pablo: “Galera, esta é a casa de campo da minha família. Vocês já sabem que eu tenho grana, ou melhor, meu pai tem grana, mas o que é dele é meu então eu tenho grana também hahaha. Bom, essa aqui é a sala principal, aqui no andar de baixo tem a sala de estar com essa tela aí de 100 polegadas pra gente ver filme jogado aqui em baixo, ali ao lado esquerdo tem a sala de jantar. Mais pro o fundo tem a cozinha aí com tudo que tem direito pra gente curtir. Lá fora tem uma churrasqueira pro churras de lei e o quintal é enorme... tem uma piscina grande que ela foi feita para que a água da cachoeira que vem lá de cima passe por ela. Então ela é sempre alimentada, mas é gelada a água. Lá no fundo do quintal tem uma escada que subindo chega lá na cachoeira e dá pra curtir também. Em resumo, é isso.”
Miguel: “Porra Pablo, que casa legal. Por quê cê nunca me chamou pra vir aqui? Eu não tenho nem roupa pra curtir uma casa dessas.”
Pablo: “Para de palhaçada Miguel. É uma casa como qualquer outra. E vocês são meus amigos. Essa casa esse fim de semana é de vocês também. Se sintam à vontade. Ah, eu esqueci de dizer, no andar de cima tem 4 quartos. 1 dos meus pais, 1 meu e outros 2 de hóspedes. O quarto dos meus pais é proibido entrar, tem até chave que só eles têm como entrar. Eu vou acomodar vocês nos outros dois. E última coisa. Aqui é completamente privado. Ninguém vai chegar aqui pra incomodar a gente, então pode ficar à vontade.”
Miguel: “Beleza então, já que mandou eu ficar à vontade eu vou ficar mesmo.”
Confesso que eu estava encantado com a casa. Acho que nunca tinha entrado numa casa tão bonita como essa. Tudo muito bem feito e de muito bom gosto. A casa toda tinha um cheiro de eucalipto e era bem gostoso. Sentir o carinho que o Pablo tinha com a gente querendo nos fazer sentir em casa era espetacular também. Eu realmente me sentia parte da família dele. E quando ele falou que ninguém ia incomodar me acendeu um fogo meio esquisito. Fiquei pensando no que poderia acontecer sendo que sabíamos que ninguém ia aparecer. Só que era um devaneio da minha mente porque nada iria acontecer. Estava eu que era um talvez bi, nem eu sabia ainda, e dois héteros. Um da igreja e o outro pegador de buceta para quem quisesse ouvir. Nada ia acontecer. Até que Miguel resolve abrir a boca.
Miguel: “Vamos fazer um pacto? Vamos ficar de agora até a segunda-feira sem contato algum com o mundo exterior? A gente desliga os telefones e guarda pra que a gente possa ficar totalmente em paz do mundo. Cês topam?”
Meu Deus! Parecia loucura o que eu estava ouvindo? Como eu ia passar 2 dias com os caras mais gostosos que eu já tinha convivido sem poder ver um pornozinho escondido no banheiro e não bater nem uma punheta? Eu ia enlouquecer. Mas como eu esperei que o Pablo não fosse concordar por causa da namorada dele eu me tranquilizei.
Pablo: “Eu topo! E topo muito! Não vejo a hora de não ter que dar satisfação pra ninguém. A gente só manda mensagem pra geral avisando que vamo tá sem telefone e desliga às 23h00 de hoje e só liga às 07h00 de segunda-feira, bora?”
PUTA QUE PARIU! Por que o Pablo aceitou essa palhaçada. Vou é inventar uma desculpa para dizer que não posso por conta da minha mãe e do meu irmão.
Miguel: “Que desculpa mais esfarrapada essa sua hein. Namorada cê não tem, ficante também não já que é cabaço. Manda mensagem e desliga essa porra. Falando em desligar... tô com fome!”
Pablo: “Eu trouxe umas pizzas pra gente assar. Vamo fazer o seguinte. Vamo pros quartos, a gente toma um banho e aí quando acabar de tomar banho aí já vai ser 23h00 e a gente guarda os telefones e assa a pizza pro nosso fim de semana dos irmãos.”
Todos consentimos com Pablo mesmo eu estando contra em deixar meu telefone, mas fui voto vencido. Eram 2 contra 1. Subimos, fomos tomar banho cada um em seu quarto e por volta das 23h00 nós descemos. Eu tava vestindo uma camiseta, uma cueca boxer preta e um short bem fresquinho. O Pablo estava de short como eu e sem camisa. Aparentemente ele estava de cueca porque o pau dele não balançava pelo short não. Mas o Miguel! Ah o Miguel sempre pregando peças. O cara me sai do quarto com aparentemente só uma cueca samba canção. O pau dele estava soltinho na cueca e dava para ver certinho o contorno. O Pablo não se importou. Imagino que estava acostumado a ver o amigo assim, mas eu fiquei extasiado e meu pau fez menção a levantar mas me concentrei muito e consegui manter o meninão quietinho.
Miguel: “Ben, com esse calor todo, quê que cê tá fazendo com tanta roupa, cara?”
Benjamin: “Lá em casa não temos costume de ficar com pouca roupa não. Mas eu tô bem assim, relaxa.”
Miguel: “Você não tá na sua casa. Ou melhor, cê tá na sua outra casa e vai se portar como seus irmãos se portam. O que acha Pablo?”
Pablo: “De acordo.”
Antes que eu pudesse responder qualquer coisa vieram os dois na minha direção e me tiraram a camisa. Meus pelos chegaram se arrepiar. Eu, pela falta de costume, fiquei bem sem graça com isso e fiquei meio que tentando me esconder. Os dois estavam gargalhando da minha cara e rindo alto mesmo.
Miguel: “Tá sem graça por que mano? Só tem homem aqui e só tem irmão também. Essa pose de cabaço que cê tem que tirar. Tem que se sentir bem com teu corpo. Vou botar mais uma regra aqui na casa: Sem camisa o fim de semana todo. Cê vai sair desse fim de semana como um macho de verdade.”
Pablo concordou novamente para o meu desespero, mas decidi deixar rolar. Decidi ver até onde aquela presepada ia dar. Esquentamos as pizzas, abrimos umas longs de uma cerveja de garrafa verde (vou deixar a criatividade de vocês imaginarem qual é a marca) e nos jogamos no sofá-cama para ver um filme. Decidiram colocar um filme de ação. Aqueles Velozes e furiosos. Tem tantos que lembro nem qual foi o número do que colocaram. Sentamos Pablo em um lado, eu no meio e Miguel do outro. Os dois esparramados e eu tentando me esparramar, mas ainda um pouco sem graça. Estávamos tão cansados que na posição que estávamos acabando dormindo.
Acordei no meio da noite com vontade de ir ao banheiro e lá estavam dois homens lindos deitados ao meu lado. Durante a noite, a medida que estávamos nos mexendo acabei com o Pablo me encoxando e eu encoxando o Miguel. Levantei e voltei deitando na mesma posição. Parecia que eu estava na lua. Mesmo que tenha sido uma posição involuntária, mais do que nunca eu estava vendo do que realmente eu estava gostando dali para frente, e era de homem.
Voltei a dormir e acordei de manhã cedo com uma fresta de um raio de sol bem em cima de nós. Em tudo que me mexi os dois rapazes começaram a acordar também. Em meio a bom dia de um lado e bom dia para o outro, eu já ia me levantando quando Pablo falou:
Pablo: “Ow ow ow. Não tá esquecendo de nada não?”
Fiquei sem entender nada. O que eu poderia estar esquecendo?
Pablo: “Meu beijo de bom dia pô. Cadê? Cê dormiu comigo mas o bom dia tem que ser direito.”
Se pudesse descrever minha mente neste momento era um monte de interrogação. Ele está falando sério? A cara dele parece estar serinha. E se eu der o beijo e for zoeira? Quê que ele vai pensar? E se eu não beijar e ele achar que eu não quero fazer parte da família? Nesse momento eu só queria sumir. Não sabia o que fazer. Até que Miguel que até então estava observando a cena resolve entrar no assunto.
Miguel: “Bem, você é meio inseguro né. Qual o problema de beijar teu irmão no rosto? Dentro da nossa familinha de 2 sempre foi normal como demonstração de carinho. Agora somos 3, você tem que se acostumar. Você é muito careta cara.”
Careta? Eu? Como assim careta? Logo eu que estava me descobrindo sendo chamado de careta? É ele que não é de demonstrar afeto e que está demonstrando inesperadamente. Pensei, antes de responder algo, mas não deu tempo. Miguel se levantou, deu bom dia e beijou o rosto do amigo e o outro, de volta. Algo com muito afeto. E era bem puro o sentimento mesmo, era puro carinho. Mas admito que eu senti um tesão enorme vendo a cena e arrisco dizer que fiquei imaginando muito os dois tendo uma putaria muito gostosa.
Pablo: “Ben, tenho seu consentimento para te dar um beijo de bom dia como deve ser na nossa família?”
Meu coração chegou a bater forte quando eu disse sim. Porra, que sensação gostosa! Os dois me beijaram ao mesmo tempo e me deram o bem-vindo de verdade. Disseram que ainda que eu fosse bem mais novo que eles me consideravam bastante e que eu ia ser o pupilo deles. Que iam cuidar de mim. Que me ensinariam como devem ser as coisas e que eu curtiria.
Miguel: “E Ben, só quero que saiba de algo do fundo do meu coração e imagino eu que o Pablo pense da mesma forma. Aqui entre nós você pode ser quem você quiser ser. Sei que nós temos pensamentos diferentes, a gente age de forma diferente, mas algo que a gente tem entre nós é carinho. Você vai me ver como outra pessoa depois desse fim de semana. Quando estou em família eu sou diferente porque aqui eu não preciso esconder quem eu realmente sou. E você pode fazer o mesmo. Você pode contar com a gente pro que for que a gente vai estar ao seu lado.”
Logo em seguida eles me abraçaram e foi muito carinhoso. Me senti fazendo parte de uma família sabe. Mas o que me intrigou foi o fato de ele dizer que eu ia vê-lo como ele realmente é. O que ele queria dizer com isso? E me disse que eu posso ser eu mesmo e contar com eles para o que for. O que ele está achando que eu sou? Será que meus esforços em não deixar eles repararem que eu desejo eles foram em vão e eles já sabem de tudo? Decidi deixar isso para lá e só curtir aquele terno momento com meus irmãos do coração. Até que comecei a sentir alguma coisa crescer atrás de mim. E era o Miguel que estava atrás. Será que ele estava ficando de pau duro bem ali na sala atrás de mim? Será que provoco tesão nele? O que é que está acontecendo? Senti uma coisa dentro de mim que nunca tinha sentido: era um certo espasmo na região do meu cu. Meu corpo queria ser preenchido por aquele pedaço de carne. Mas o Pablo estava ali. Pai amado! Quê que eu faço? Acho que sei:
Benjamin: “Miguel, isso que tô sentindo atrás de mim me cutucando é o que?”
Nossos abraços se soltam e todos olham ao mesmo tempo para o pau do Miguel formando uma cabana em sua samba canção.
NOTA DO AUTOR: Este é meu quarto conto. Quero fazer dele uma espécie de história em vários capítulos e capítulos grandes. Estou escrevendo assim porque gosto de ler contos deste tipo que me envolvem na história pra que quando chegar o clímax e as reviravoltas eu estar envolvido na história. Espero que gostem e que escrevam seus feedbacks nos comentários. Vou lançar os capítulos à medida que for escrevendo. Não vou demorar muito. Se curtirem vou amar os comentários. Se quiser pode me mandar um e-mail para o endereço a seguir: benjamin.autordelivros@gmail.com Vou ficar feliz de ler seus comentários e seus e-mails. Um grande abraço a todos que leem.
