Lua de mer...

Um conto erótico de Aparecido Raimundo de Souza
Categoria: Heterossexual
Contém 1070 palavras
Data: 15/06/2023 18:36:07
Assuntos: Heterossexual

Lua de mer...

MACEDO HAVIA ACABADO DE se casar com a linda e esfuziante Jussara, a moça mais bonita e desejada da escola. Logo após a cerimônia, ambos partiram em lua de mel para a cidade maravilhosa. Rio de Janeiro. O hotel escolhido ficava na Avenida Atlântica, em Copacabana, de frente para o mar bonito e insofismável que se perdia ao longe. Contudo, em face da viagem de carro, demorada e cansativa, atrelada ao fato de que não tinham pressa, marido e mulher levaram dez horas para chegar ao local final de destino. As paradas, no meio do caminho, ficaram por conta das necessidades básicas, e, uma vez ou outra, para despistar a fome. No Rio de Janeiro, logo que se viram liberados pela moça obsequiosa da recepção, trataram de subir para a suíte que lhes fora reservada. Em vista do cansaço, ambos se esqueceram do “enfim sós”, e cada um caiu fatigado para um lado, de roupas e sapatos, sem ao menos passarem pelo chuveiro e tomar um bom e refrescante banho. Dia seguinte, domingo, acordaram por volta de duas horas. Antes de pedirem o serviço de quarto, resolveram consumar, de fato e de direito, o motivo principal do enlace, uma vez que, durante o transcorrer da caminhada, não passaram além de doces beijinhos e amassos. Nessa festa de felicidade plena e incontida, onde o amor carnal fala mais alto e atropela os sentidos, não deve haver limites, nem tempo para acabar. De fato, o bem bom rolou o resto da tarde e se estendeu pela segunda feira. Quando atinaram com a realidade, perceberam que se desligaram do mundo, a tal ponto que, literalmente falando, permaneceram uma semana inteira, sem meterem a cara para fora, e, claro, sem arredarem pé do paço nupcial. Sequer se deram ao luxo de irem à varanda para espiarem e desfrutarem das belezas naturais que se descortinavam ao prazer dos dias encantadores. Os pombinhos, nessa reclusa se permitiram, tão somente, dar um tempinho quando as camareiras, pela manhã davam o ar da graça para trocarem as roupas e toalhas, ou um breve intervalo em vista das garçonetes esbeltas e "rebolativas" irem levar os pedidos de refeições feitos à cozinha em bandejas enfeitadas com pétalas de rosas vermelhas e deliciosos cachinhos de uvas.

Macedo estava eufórico, feliz, realizado. Jussara, por sua vez, não ficava longe de tudo aquilo que imaginava ao se casar com o homem amado. Dessa forma, se entregava com vontade, tinha um fogo que parecia eterno dentro de suas entranhas. Uma combustão tão intensa que os fez ficar enclausurados sete dias sem ver a luz do sol. Só eles dois, ali, curtindo um amor que, a cada minuto parecia mais ardente e inquebrantável. Só davam trégua para um lanchinho rápido, um vinho, um champanhe e, logo em seguida, o pau voltava a comer solto.

No décimo dia, Macedo depois de um confortante e relaxante banho de chuveiro, se estreitou ao lado da esposa, como sempre fogoso, cheio de amor para dar.

- Amor da minha vida, vamos fazer hoje, aliás, agora, um negócio diferente?

- Diferente?

- É.

- O que você quer que eu faça de diferente, seu danadinho?

- Aquilo.

- Aquilo o quê?

- Que você vire. Que abra, que me entregue. Vira amor. Vai?

- Ah, amor. Não. Eu gosto assim...

- Poxa, amor. Vira.

- Até agora, desde que chegamos você já comeu mais de cem vezes. Na verdade, perdi a conta...

- Nossa, amor, não está gostando?

- Claro que estou. Você é muito gostoso. Tem uma pica forte, robusta, grande e comprida. Sinto mexer lá dentro, no meu útero.

- É que você é a mulherzinha super hiper deliciosa que me caiu do céu.

- Então... vamos de novo.

- Vira...

- Bem que minhas amigas me falaram que você não demoraria, iria pedir...

- As amigas falaram é?

- Sim. E mamãe também me alertou. Aliás, seu taradinho, mamãe, sua sogra, foi quem mais buzinou no meu escutador de novelas. Ela disse assim: Ju, minha filhinha linda, do coração, ele não vai resistir e vai pedir. Os homens não resistem...

- Concordo com sua mãe em gênero, número e grau. Vira amor, vira...

- Quer saber? Não viro não. Vai doer, vai sangrar, vou ficar toda dolorida. Não viro... de mais a mais, você tem uma ferramenta que Deus me perdoe... quando estou chupando, faço vômito...

- Vira...

- Não viro.

- Vira amor, eu coloco bem devagarinho, com jeitinho, com carinho. Vem, cá, minha fofa, vem. Vira...

- Estou decidida. Não viro.

- Vira, vai...

- Não viro.

- Vira...

- Não, não, não.

Diante dessas chuvas de recusas e mais recusas, Macedo então se preparou para, uma vez mais, penetrar a esposa querida e amada no desgastado joguinho de papai e mamãe. Sentia que Jussara estava sedenta, toda quente, como se soltasse fumaça por todos os poros. O ambiente ajudava e o silêncio reinante parecia aumentar a voragem de amor que dava a impressão de queimar os dois numa paixão desenfreada. Antes de dar inicio ao ato, Macedo voltou a sussurrar no ouvido da amada, baixinho, tranquilo, sem pressa, meloso e eloquente. O aroma do perfume que exalava dela, nessa hora, parecia ocupar todos os cantos do aposento criando uma magia indescritível e infinitamente poderosa:

- Vira...

- Não viro.

- Não estou entendendo, amor.

- O que você não está entendendo? Não se faça de sonso...

- Sabe o que me intriga? De verdade? Você não querer virar...

- Já disse meu gato lindo e “gotoso”. Não vou virar. Não vou...

O rapaz teve, então, uma ideia. Era uma perspectiva distante, porém, de repente... não esperou para pô-la em prática.

- Paixão da minha vida, você não disse que queria ter um neném?

Imediatamente Jussara mordeu os lábios, e se fixou naquelas palavras. Macedo endereçou-lhe um beijo, de leve, nos lábios. Dessa vez, todavia, a língua dela penetrou a boca do seu homem com um vigor diferente. Aproveitando essa deixa, ele a segurou contra si, fundindo seus corpos. Um sentimento de alegria o dominou por completo, quando os braços dela, lentamente, envolveram seu pescoço. Sem pensar em mais nada, Jussara fechou os olhos, arrancou a calcinha e se posicionou, de quatro, a bundinha diametralmente virada para o volume duro e ereto de seu príncipe encantado. Depois de ter dado a bunda sem mais melindres, lembrou de uma tia que sempre que se encontrava com ela, alertava:

- De o caneco, minha filha. Mas lembra das palavras da sua tia: se não quer ficar grávida, dê o cu. Jussara, pê da vida, só lembrou esse particular, tarde demais.

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