Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 15 - Alvorecer - Parte 32

Um conto erótico de Mark
Categoria: Heterossexual
Contém 4652 palavras
Data: 05/06/2023 20:15:57
Última revisão: 05/06/2023 20:55:32

A partir de então, tive meu marido de volta, carinhoso, preocupado, companheiro, porque enquanto eu tirava minhas joias, ele soltava meus sapatos e baixava minhas meias. Depois, completamente nus, entramos para nos banharmos. Ele me banhou, ensaboou, acariciou e eu me aconcheguei em seu braços, enquanto a água fazia o seu tratamento terapêutico. Saímos, nos secamos, eu a ele, ele a mim e fomos para a cama, ficando lado a lado. Ele sorria feliz e eu mais ainda, e apagou rápido, enquanto eu ainda estava meio passada com o vigor da transa, mas ele sabia ser o que eu precisava, sempre:

- Eu te amo demais, mor. Desculpa eu ser eu. - Cochichei baixinho, aconchegando-me em seu peito.

Pouco depois, ele falou:

- Se você não fosse você, talvez eu não te amaria tanto.

Fiquei curtindo aquele contato e depois comecei a chorar baixinho, tentando não alertá-lo, mas é impossível esconder algo dele. Ainda o senti me fazer um gostoso cafuné na cabeça e ali, sendo acariciada e ainda choramingando, adormeci, triste por magoá-lo e feliz ao mesmo tempo por ter tido a chance de mostrar que o queria para sempre em minha vida.

[...]

(CONTINUANDO)

Ouvir a Nanda falar que queria ter uma última vez, pior!, um último final de semana com o tal do Rick, a pedido dele, com aceite dela, e ainda pedindo que eu participasse, foi o fim da picada para mim! Recusei, discuti, briguei e cheguei até a passar mal. Deve ter sido uma queda de pressão, mas realmente aconteceu e não foi algo legal. Sua preocupação, apesar de verdadeira, em nada relevava o absurdo das propostas.

Ela não parecia disposta a compreender e aceitar o meu não. É um direito dela: não sou o seu dono, mas sou o homem que vive com ela e que pode deixar de fazê-lo, caso me sinta rejeitado, colocado de lado ou mesmo desrespeitado. Isso eu deixei bem claro para ela: se quisesse se encontrar, que fosse, mas sozinha e que aguentasse as consequências de sua escolha.

Como haveria o tal coquetel de sua empresa, pediu que continuássemos aquela conversa em uma outra hora. Concordei, mas já sabendo que dificilmente mudaria de opinião. Isso também me daria mais tempo para melhorar meus argumentos para lhe mostrar o quão absurda era aquela situação que ela havia me apresentado.

O estresse me abateu e decidi tirar um bom cochilo, pois havia tempo. Lego engano... Como eu havia vindo para brigar e não festejar, não havia trazido terno algum. Tive que correr atrás de uma alfaiataria para conseguir um traje para a ocasião, o que consegui num shopping não muito longe do hotel. Foi um bom momento com a Nanda em que quase esqueci daquela sandice da parte da manhã. Pudemos passear, almoçar, curtir um filme, todas essas pequenas coisas que fazem um casal feliz.

Após, retornamos ao hotel e agora sim eu tiraria meu cochilo. Consegui! Ela me acordou quando já estava em adiantada fase de “arrumação”, colocando-me para correr, quando então vi um vestido que não conhecia e sabia que não era dos que ela costumava comprar, pois destoava de tudo o que ela tinha: era chique demais, caro demais, bonito demais, ostensivo demais, tudo o que ela não gosta e não usa, pois nossa cidadezinha caipira não comporta. Ainda assim, agora, uma potencial diretora de uma grande multinacional, poderia ter necessitado de um traje mais requintado. Era aceitável, claro, mas ainda assim desconfiei! Uai, quem não desconfiaria, sô!? Ficou mais evidente quando suas respostas foram evasivas.

Tudo piorou quando ela, numa crise de consciência, me confessou que ele era um presente do tal Rick. Filho de uma puta! Ele de novo se metendo em nossas vidas. O sangue subiu novamente e minha vontade foi picá-lo inteiro, rasgá-lo no mínimo e exigir que usasse um dos que possuísse. Eu até daria outro para ela, só para não vê-la usar tal presente. Entretanto, era um vestido bonito, muito mesmo e se ela iria usá-lo para mim, estreá-lo para mim, que mal teria? Já era de segunda mão, o Rick havia feito ela estreá-lo para ele. Engoli meu orgulho, raiva, ódio, e deixei que usasse, mesmo que me fizesse lembrar do meu algoz a cada momento que a olhasse nele.

Pessoalmente, eu não estava no clima para coquetel algum, mas não acompanhá-la seria no mínimo deselegante, além de ser uma demonstração de fraqueza que poderia fazê-la ficar ainda mais curiosa pelo outro macho que a cortejava. Fiz-me de forte e fui, arrastando-me, capenga quase, mas fui! Ela ficou radiante e depois de pronta, deslumbrante, reluzente, única… Pelo menos ali, naquele momento, ela era minha, pois havia se produzido, se preparado para estar bela e estava muito, deixando-me orgulhoso da mulher que tenho. Ainda assim, doído pelas pancadas reiteradas naquele dia, não a elogiei como merecia: meu orgulho de macho me proibiu de fazê-lo.

Prontos, à caráter, chamei um Uber e fomos levados ao local do coquetel. Tudo muito chique, muito fresco, ostentação total. Eu, advogado acostumado aos mais formais ambientes, me senti um peixe fora d’água. No final, o vestido que ela ganhou veio bem a calhar, pois o tonto aqui nunca dera algo semelhante para a esposa. Tentei disfarçar ao máximo minha chateação, meu incômodo e acho que fui bem convincente. Conversei com várias pessoas e o Paulo foi um dos que mais me recebeu bem, aliás, ele e a Júlia.

Loira bonita, madura, inteligentíssima, esguia, gostosa e… Safada! Porra, uma “hot” caiu na minha mesa de lambuja e ainda por cima simpatizou comigo. Uai, a noite não estava tão perdida assim! Nanda notou e depois parece que simpatizou com a moça. Acho que se eu estivesse mais embalado, poderíamos ter acabado num belo “ménage à trois”, mas o abalo emocional ainda cobrava seu preço e o pequeno Mark não parecia disposto a grandes aventuras.

Não sei se a Nanda notou o meu estado, mas se mostrou mais carinhosa que o normal, aliás, se mostrou carinhosa como no início de nosso relacionamento, dando-me atenção, carinhos, chamegos. Dançamos, muito mesmo. Beijamo-nos, bastante também. Pensei que ela pudesse querer algo com a Júlia, mas ela se impôs como a dona do pedaço e deixou bem claro para a loira que, naquela noite, o “ménage à trois” seria apenas um “sexe pour deux”. Sinceramente, eu gostei! Tê-la para mim e ter a chance de me dar somente a ela pareceu ser um bom acerto. Gentil, Júlia entendeu, mas deixou bem claro em insinuações que a essa situação teria que ser revista um dia e obteve o aval da dona Fernanda.

Altas horas da madrugada, decidimos voltar. Aline, como a melhor representação de uma vela de candelabro, pediu para voltar com a gente. Mal sabia ela o risco que corria, pois os olhos de Nanda brilhavam. Eu sei bem o que aquilo significava e, fazendo uma alusão analógica ao enigma da esfinge, seria algo como: coma-me ou devoro-te! Eu teria que me impor ou seria surrado. Ficou claro quando entramos no Uber e ela pulou em meu colo, subindo a barra do vestido, com o que já vi sua boceta encharcada, quase pingando, e descendo os ombros do mesmo, para me sufocar com uma bela peitada. Notei que ela falou algo com o motorista, mas não entendi e depois ela voltou a me sufocar aos beijos e peitadas até chegarmos no hotel, só ali é que ela se aprumou. Dei uma gorjeta para o pobre homem que sorria maliciosamente e ainda me falou: “Nem vou te desejar uma boa noite porque está claro que ela será ótima!”

Subimos ao nosso quarto e no elevador ela se esfregava em mim como uma gata procurando uma coçada. O cheiro do cio dela impregnava o ar, tanto que a pobre da Aline desceu no andar errado, soubemos depois. Em nosso quarto, ela entrou faceira, fechei a porta, trancando-a e quando enfim entrei, ela já estava nua, aliás, nua não, desnuda, mas de meia, sapato e muita vontade acumulada. Seus olhos faiscavam. Suas mãos estavam fechadas e seus braços tensos. Ela aguardava que eu a tomasse no meus braços e, eu não fiz, recusando-lhe o que ela tanto ansiava. Tomei o rumo do banheiro, onde me fechei e pensei que talvez ela realmente merecesse um gelo, mas como resistir a uma mulher tão linda e desejosa de meus agrados.

Joguei meu orgulho no ralo. Dei uma bela lavada no pau porque sabia do jeito que ela gosta dele bem limpo e cheiroso e voltei para o quarto. Ela estava sentada na beirada da cama e cabisbaixa. Tive um “insight” e decidi dar-lhe um tratamento diferenciado. Aproximei-me dela e acariciei sua cabeça, trazendo-a de encontro ao meu pau. Ela sentiu o cheirinho de sabonete e sorriu, sabendo que a festa iria rolar. Como um rastilho de pólvora, ela se acendeu. Ávida, soltou meu cinto, calça, sapato, cueca e me vi quase nu em questão de segundos. Ela passou a me boquetear com vontade. “Quer, não quer?”, pensei e segurei sua cabeça, enfiando fundo e segurando meu pau em sua boca. Ela se debateu, pela surpresa e pela profundidade alcançada. Depois de fazê-la sofrer um pouco, a soltei.

Surpresa era o mínimo. Seus olhos demonstravam medo de eu a estar punindo. De certa forma, eu estava, acho. Joguei na cara dela que, como ela estava disposta a ser a puta de outro, seria a minha também. Ela não fugiu da raia, ela nunca foge, quase nunca… A safada ainda me insultou dizendo que putas são pagas. Pois bem, paguei; emprestei, na verdade, pois eu pegaria de volta.

Dali em diante foi uma sucessão de situações, brincadeiras, suaves torturas físicas e psicológicas que deram um ar diferente àquela transa. Acho que me excedi em alguns momentos, mas ela é dura na queda e não se deixou dominar totalmente. Só num certo momento em que eu a fodia numa posição que havia visto no Kama Sutra é que ela pediu um tempo para entender melhor tudo o que estava acontecendo. Quando ela entendeu que tudo fazia parte da brincadeira, seguiu o conselho da Marta Suplicy, relaxou e gozou. Entretanto, eu ainda não havia gozado e iria cobrar seu rabo, afinal havia pagado por ele.

Safada como eu esperava que fosse, ela ficou de quatro novamente e abriu a bunda para mim, exibindo toda a sua intimidade. Eu a penetrei sem piedade, pois ela merecia alguma punição pela sacanagem que havia feito comigo. Lembrei-me da mãe das minhas filhas e lhe dei um tempo para se acostumar, não muito, mas dei e depois passei a penetrá-la forte, fundo, intensamente, arrancando gemidos, urros e quase gritos. Os ecos de nossos corpos no quarto davam conta de que a transa era das boas. Lamento pelos vizinhos, mas eu não estava afim de aliviar e, com ela entregue, eu dava o meu melhor.

Mas o golpe de misericórdia ainda estava por vir. Mandei que se ajoelhasse porque queria gozar em seu rosto, boca, seio, cabelo, tudo o que estivesse em minha frente. Ela não se fez de rogada, aceitou tudo e ainda bebeu um pouco. “Mas que mulher safada!”, pensei e sorri enquanto ainda esvaziava minhas bolas nela. A forma como ela me olhava deixava claro que ela estava confusa, mas também satisfeita. Não sei se ela entendia a brincadeira feita, nem eu sabia se aquilo tudo fora somente uma brincadeira, mas fato é que ambos gostamos do resultado.

Agora, era hora de recolher os cacos. Ajudei que se despisse totalmente e nus fomos para o banheiro, onde voltamos a ser marido e mulher. Seus olhos demonstravam o cansaço da maratona e até uma certa melancolia. Era justo. Ela estava tão confusa quanto eu, mas agora eu precisava acalmá-la e retomá-la como minha esposa, não minha puta. Houve carinho, afeto naquele momento. Houve amor, claro, por que não? Banhamo-nos carinhosamente, olhávamos reconectando o afeto que havíamos prometido um ao outro anos e anos atrás, mas o mais importante, nossos beijos provavam que o sexo era secundário, pois o amor era o que realmente nos conectava.

Depois de nos secarmos, fomos para a cama e ficamos deitados lado a lado. Eu também estava cansado, e como! Ajeitei-me melhor e fechei os olhos, apagando. Senti quando ela se ajeitou em meu peito e disse que me amava, desculpando-se por ser do jeito que é. Claro que eu desculpava, aliás, desculpar o quê? Ela é exatamente do que eu amo e não precisaria mudar nada! Respondi instintivamente e pouco depois senti e ouvi que chorava baixinho, tentando não me alertar. “A consciência pesou, né?”, pensei comigo e passei a acariciar sua cabeça ainda em meu peito. Dormimos depois de algum tempo, não sei se ela primeiro ou eu, mas enfim estávamos juntos e era isso o que importava.

Eu precisava descansar depois de tantas emoções e da foda em si, mas mal havia raiado o sol e a Nanda já estava de pé, andando de um lado para o outro, arrumando suas coisas:

- Mor, acorda! Quero ir embora, tô com saudade das meninas.

- Poxa, Nanda, não dá pra descansar um pouquinho mais não.

- Ahhhhh…

Eu conhecia bem aquela resmungada, soava como o rugido de uma leoa antes de abocanhar uma presa. Cocei meus olhos e me dei por vencido:

- Já vou, cacete! Puta que pariu, que mulher complicada.

- Sou mesmo! Vai que eu já adiantei nossas malas. Quero sair logo.

- Vou tomar café. Se tiver com muita pressa, pode ir na frente, a pé!

- Poxa, mor, a gente toma no caminho.

- Não! Eu vou tomar café e não quero nem saber.

Ela se deu por vencida e ainda tivermos que aguardar um tempinho para que o café começasse a ser servido. Utilizamos esse tempo para terminar de ajeitar nossas coisas. Depois descemos para um mais que merecido café da manhã. Comi demais, bebi muito, conversamos um tantão e saímos de lá para nossa cidade. Foi uma viagem tranquila até uma parada num posto de gasolina. Ali, enquanto eu completava o tanque do carro, lá se foi a Nanda para dentro da lojinha de conveniência. “Déjà-vu!?”, pensei, enquanto ainda aguardava.

Terminado o abastecimento fui até a lojinha e assim que entrei já a vi no balcão, conversando com dois carinhas. O papo parecia estar bem animado. Eles era só sorriso e ela correspondia com uma simpatia ímpar. Pensei que estivesse flertando novamente e ainda me lembrei de uma frase ouvida num desenho do Pica-Pau e sorri sozinho: “E lá vamos nós!”. Coincidentemente, ela olhou em minha direção nesse momento e abriu um lindo sorriso, dizendo algo para eles e fazendo um meneio de cabeça em minha direção, enquanto pegava uma bandejinha. Eles me encararam e cumprimentaram à distância. Ela então se despediu deles e veio em minha direção colocando sua bandejinha com dois cafés e um baldinho com pãezinhos de queijo numa mesinha próxima, onde nos assentamos:

- O quê!? Achou que eu estivesse paquerando, não achou? - Perguntou assim que sentou.

- Não tive sequer tempo de pensar…

- Mentira, mor, eu te conheço! - Interrompeu-me sorrindo: - Eles até que tentaram, mas hoje eu sou a mais prendada das esposas, até pãozinho de queijo e café eu trouxe pro meu maridinho, ó.

Após falar isso, pegou um pãozinho, enfiando-o na minha boca. Eu o mastiguei, mas não consegui evitar a pergunta:

- Não paquerou mesmo? Nem um pouquinho?

- Uai… Sabe como é, né… - Respondeu com um sorrisinho malicioso.

- Safada!

Ela começou a rir, mas logo se controlou e explicou:

- Sério! Hoje eu não fiz nada não, sô. Eles se aproximaram puxando papo e eu conversei um “bocadin” com eles, mas não dei trela não… Ara! - Insistiu, fingindo estar incomodada, até soltar: - Mas se você deixar, eu vô lá.

- Vai então!

- Não me desafia, Maaaark…

- Uai, faz o que tiver vontade de fazer, mulher!

- Você pediu.

Então, ela se levantou e saiu na direção deles. Entretanto, duas mesas depois, deu meia volta numa mesa e voltou em minha direção, sentando-se no meu colo:

- Seu bobo, eu sou sua. Se eu tiver que paquerar alguém hoje, será só você.

Foi uma agradável surpresa, não posso negar, talvez nem fosse surpresa pois eu já imaginava que ela não quisesse nada excepcional. Tomamos nosso lanche, papeando e brincando um com outro, em, após, pegamos o caminho da roça, mas alguns quilômetros adiante ela me perguntou:

- Posso te perguntar uma coisa?

- Uai, pode.

- Ontem, aliás, hoje de madrugada, você estava diferente na cama…

- Uhummm…

- Você estava bravo comigo? Cheguei a pensar que você estivesse querendo me punir, sei lá…

- Eu ainda estou chateado com você, mas acho que não queria te punir. Talvez até, inconscientemente, eu possa ter sido um pouco mais rude, mas não queria te machucar. - Respondeu serenamente e depois me olhou de soslaio: - Eu te machuquei?

- Não, nadinha. Pelo menos, nada comparado ao que eu te fiz.

- Relaxa, Nanda, se você já desistiu da proposta descabida do mauricinho, está tudo resolvido e se eu abusei de você, te peço desculpas.

- Abusou mesmo! - Respondeu rindo: - Mas eu até que gostei! Não sei há quanto tempo que você não me pegava tão bruto daquele jeito. Chegou a me dar um arrepio diferente, sabia?

- Você não presta mesmo.

- Acho que não. - Falou e riu novamente: - Mas se sou safada, foi você que me deixou assim.

- Aham! Agora eu sou o culpado.

O papo ficou mais agradável e passamos a conversar sobre sua estada em Manaus. Ela estava animada e me contava de seu treinamento:

- E já decidiram quem viajará para a matriz?

- Ainda não. Agora vão apurar os resultados e nos informarão em alguns dias.

Em pouco mais de duas horas, estávamos chegando em nossa cidade. Fomos direto para a chácara de meus pais e as meninas fizeram uma baita festa para recebê-la. Jantamos por lá também, um típico franguinho caipira ensopado com polenta italiana durinha, só voltando para nossa casa no comecinho da noite. As meninas custaram a dormir e só se renderam quando já eram quase vinte e três horas. Depois que se deitaram, fomos também para a nossa suíte, onde fizemos um amorzinho calmo, bastante silencioso, eu diria até romântico, totalmente diferente da transa anterior. Depois, dormimos abraçados e na posição que apagamos, acordamos na manhã seguinte.

A vida retomava seu curso normal. Nanda reassumiu suas obrigações como dona da casa, cuidando das nossas filhas e voltamos à rotina. Como ela teria uma semana de folga, aproveitou para descansar e para reorganizar a vida de todos. Almoçamos juntos, como de costume, e ela se mostrava a Nanda de sempre, atenciosa, carinhosa e safada! Bastava as meninas se afastarem que ela me pegava aos beijos e abraços pelos cantos da casa. No meio do dia, enquanto eu trabalhava, recebi uma ligação:

- Ah, mor, recebi uma ligação chata, mas não queria te contar por telefone. Será que você poderia vir aqui?

- Agora, Nanda!? - Perguntei, já imaginando o tal do Rick dando em cima dela.

- Por favor…

- Tá, tá bom. Chego aí em alguns minutos.

Avisei minha secretária que sairia um pouco e em quinze minutos estava em casa. Abri a porta e não a encontrei na sala ou na cozinha. Um silêncio incômodo dominava o ambiente e fui direto para nossa suíte, onde encontrei a porta fechada e ela falando com alguém:

- Ele não quer, eu já te expliquei. Não adianta me cantar! É muito fácil prometer, mas cumprir é bem difícil, Rick. Eu sei que o dele não é grande como o seu, mas me satisfaz. Claro que eu gostei! Seu pau é tudo de bom, pena que não tenha tido a chance de dar meu cu para você também.

“Filha da puta!”, pensei e abri a porta para encontrá-la vestida com uma lingerie preta, meia sete oitavos e deitada na cama com uma cara de safada. Eu a encarei, procurando o celular, mas não havia aparelho por perto. Eu havia sido vítima de uma de suas pegadinhas:

- Você só pode estar de brincadeira, Nanda!

- Mor, foi só uma brincadeirinha mesmo! Eu tô é me coçando, com um baita tesão e preciso de você agora, pode ser?

- Então, essa história de Rick…

- Foi só um chiste, Mark! - Interrompeu-me e ainda explicou, rindo: - Eu vi quando você chegou e vim correndo para cá. Daí escutei você se aproximando e fiz o meu teatrinho…

- Filha da puta!...

- Não, meu amor, não sou filha da puta, sou a Fernandinha, a puta que quer seu cliente mais tarado, o doutor Malerc Itebral.

- Sério isso!? No meio da tarde…

- E tem hora para ter tesão? Agora, vai tomar uma ducha e vem me foder gostoso, vai! - Pediu novamente e arreganhou as pernas, passando os dedos da boceta para me mostrar: - Olha só, eu tô pingando.

A carne realmente é fraca e a minha mais ainda frente aquela mulher. Acabei me rendendo e tivemos uma transa deliciosa, nada diferente das demais, nem que justifique narrar detalhadamente aqui. Ao final dela, deitados na cama, eu pela cabeceira e ela pelos pés, soltou a bomba:

- Mor, o Rick me ligou mesmo...

- Você sabe cortar um clima como ninguém, Nanda.

- Estou falando a verdade. Só quero ser honesta com você e eu sei que se tivesse contado antes, a gente não teria transado.

- Talvez não.

- Então…

- Tá e o que ele queria? Como se eu não soubesse…

- Queria conversar e saber quando poderemos marcar o tal encontro. Daí eu… - Se calou por um segundo: - Quer ouvir?

- Ouvir!?

- É! Eu gravei a ligação.

- Pode só resumir. Eu não estou a fim de ouvir a voz desse cara.

- Bem, ele tentou confirmar o encontro. Daí eu disse que não iria rolar porque você não concorda, por tudo o que aconteceu e ele ficou chateado, insistiu, argumentou e não gostou, mas não ameaçou, nem nada do tipo, apenas se despediu, lamentando.

- Melhor assim!

- É. - Falou e veio se deitar em meu peito, encarando-me: - Você não confia mais em mim?

- Confio na Fernanda, mas não no coraçãozinho da Nanda.

- Uai, tô entendendo não…

- Simples! - A interrompi: - A Fernanda diz que me ama e eu acredito nela, mas o coração da Nanda se deixou envolver sentimentalmente e, infelizmente, dele estou meio arisco.

- Você acha que eu ainda posso estar gostando dele, é isso?

Eu a encarava e a minha vontade era justamente dizer isso em alto e bom som bem na sua cara, mas a política da boa convivência mandava eu suprimir alguns desejos em prol da paz doméstica. Ainda assim não me contive:

- Olha bem nos meus olhos, Nanda. - Pedi sem tirar os meus dela: - Agora, me responda com toda a sinceridade: você não sente mais nada por ele mesmo?

Ela engoliu a seco e desviou o olhar. Para mim, a resposta estava dada e me levantei da cama, passando a me vestir porque ainda queria ou precisava trabalhar mais um pouco. Na verdade, eu queria ficar longe dela ou iríamos discutir. O que era para ter sido uma tarde gostosa, talvez de remissão das nossas falhas, acabou deixando um gosto amargo. Ela não disse nada enquanto eu me vestia, apenas me olhava chateada comigo ou consigo mesma. Quando terminei, avisei que estava indo para o escritório e pegaria as meninas na escola mais tarde:

- Não, espera. Senta aqui. - Pediu tocando a cama e só então a encarei de verdade para ver que ela estava angustiada: - Se eu dissesse que não sinto nada, nada, nadinha mesmo, eu estaria mentindo e prefiro ser verdadeira com você.

- Obrigado! É isso mesmo que eu espero de você: honestidade nua e crua. - Respondi, chateado, mas de certa forma, também aliviado: - E é por isso que a ideia desse encontro é uma furada. Não quero que você alimente, mesmo sem querer, um sentimento por ele num momento em que ele irá te proporcionar somente coisas boas, Nanda. Pensa só: um casamento não é feito somente de bons momentos, temos os desafios, as dores… Poxa, não dá pra comparar anos de um casamento, onde nem tudo foi bom, com alguns dias em que ele irá querer só dar o bom e melhor para você. Simplesmente, não dá.

Ela ficou me encarando surpresa com minha ponderação e concordou, dando ainda mais ênfase:

- Exatamente! - Retrucou e eu a encarei, curioso: - Você acha realmente que eu iria te trocar por dois ou três dias de curtição com ele? Nós temos uma história de vida, de batalhas vencidas, de feridas que curamos um no outro… Você acha mesmo que em um final de semana, ele iria me convencer a te trocar por ele? Poxa, mor, se valoriza um pouquinho.

- Você ainda não tirou essa ideia de um “último encontro” com ele da cabeça, não é? - Perguntei o óbvio e, colhendo o silêncio, insisti: - Você se apaixonou por ele em poucos dias, não foi? Se em poucos dias, de pouco contato, já causou esse estrago todo no seu coraçãozinho, o que acontecerá em alguns dias inteiros, vinte e quatro horas só curtindo com ele a parte boa de um relacionamento!?

- Eu tenho certeza que não mudaria nada do que eu sinto por você! Certeza absoluta!

- Mas e o que você sente por ele? Não poderia mudar, aumentar talvez?

Ela se surpreendeu com a invertida e pareceu ter ficado perdida com a pergunta, o que veio a confirmar a seguir:

- Como assim “aumentar”?

- Uai, você me ama e eu não duvido disso, mas e se você descobrir que essa paixão que tem por ele pode ser ou se tornar amor também?

- Mor… - Começou a rir de uma forma meio nervosa e, após parar, disse: - É impossível amar duas pessoas ao mesmo tempo. Bem, tirando nossas filhas, que é um amor diferente, é impossível.

- Não é não! Um trisal é exatamente a prova de que você está errada, porque são três pessoas que se amam. A Denise chegou a propor isso, lembra? Quem disse que ela não me ama? A questão é que o meu amor é inegociável e eu o reservei exclusivamente para você.

- Tá, mas num trisal os três tem que se amar, reciprocamente: "A" ama "B" e "C", "B" ama "A" e "C", e "C" ama… Peraí que eu me perdi! - Colocou o dedo na boca e pensou um pouco: - E "C" ama "A" e "B". Isso! Nesse caso, todos tem que se amar. Então, no nosso caso, não funcionaria porque o Rick não ama você e você não o ama também.

- Certo! E aí reside o problema, porque você amaria dois e teria que escolher um, já que nenhum dos dois estaria disposto a aceitar a presença do outro.

- Mas, no seu caso, temos nossas filhas que fazem toda a diferença...

- Não quero que você fique comigo porque temos nossas filhas, Nanda! - Falei, agora alterado, bravo mesmo: - Ou você fica comigo porque me ama, e somente a mim, ou prefiro me separar de você e cuidar da minha vida e das meninas sozinho. Eu não vou dividir seu sentimento com ninguém… Ninguém, entendeu!? Já te falei antes, o teu corpo eu aceito dividir sem problemas, porque buscamos apenas prazer, mas o seu coração, o seu sentimento, eu não aceito!

Ela agora estava abraçada às próprias pernas, me encarando de uma forma curiosa que eu não conseguia definir. Havia lágrimas em seus olhos, mas também um sorriso de satisfação, de felicidade que eu não entendia bem. Pensei que talvez eu não conhecesse minha esposa, mas ela logo desfez minhas dúvidas, quando se sentou em meu colo e me abraçou o pescoço, dizendo:

- Eu preciso ir mais na igreja e agradecer a Deus por ter te colocado no meu caminho. Nunca imaginei que um homem pudesse me amar tanto assim. Nunca! Obrigada por não desistir de mim.

- Então, para de propor isso para mim. - Pedi quase suplicando: - Esquece desse cara e vamos seguir nossa vida.

- Vamos, mas...

- Mas o quê, Fernanda!?

- Mas antes eu quero ter essa última transa com o Rick e você vai estar junto comigo. É só o que eu te peço e garanto, por tudo que é mais sagrado, que você vai gostar.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 192Seguidores: 531Seguindo: 20Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Caramba Nanda uma proposta dessas, só pode ser brincadeira!!! Você enrolou e no fim quer se sair bem!!! Me decepcionei com essa escolha sua!!!

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Caramba Nanda uma proposta dessas, só pode ser brincadeira!!! Você enrolou e no fim quer se sair bem!!! Me decepcionei com essa escola sua!!!

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Já percebi que o pessoal gosta mesmo é de um B.O. Quando não tem divergência entre estilos de vidas tem a divergência de egos.

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E lá vem a Nanda e joga tudo nas mãos da sorte!

Mark vc é um escritor perfeito. Dormi ontem tranquilo com a Nanda mas te conhecendo dos outros contos sabia que vc não estava bem e sabia que a Nanda acabaria insistindo nisso.

Comentei ontem que eu temia por isso e acho que problemas maiores estão vindo.

Mas enfim, vou ler o próximo capítulo e sofrer mais um pouco

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Caramba!!!!!! É só o que tenha a dizer... Vou pegar o boneco de treino hoje novamente!!!!! É uma terapia pra mim. Kkkkkk.

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Mais uma pérola do Mark e da Nanda. Sempre nos brindando com as narrativas de sua bela história.

E, como não poderia deixar de faltar, os comentários, eu e a Ro nos divertimos muito lendo os comentários, e novamente frisando, Mark e Nanda (assim como vários outros autores do CDC) são os grandes psicólogos do site, obrigado pelos divãs que são os seus contos.

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Mais um ótimo episódio! Parabéns, estou bem curioso e não vejo a hora de ler o próximo! Parabéns!!!

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Vou falar a verdade,este Rick e um maníaco possessivo,e ele pôs na cabeça de ter a Nanda para ele,de qualquer maneira ,na minha opinião Mark deveria era dar uma boa surra e mostrar quem e o macho alfa,e depois um processo por assédio, Nanda marca logo este encontro depois o humilha como vcs fizeram com o Marco tá lembrada,e depois chama a Júlia para mostrar a este maníaco como e a situação,mas eu temo que ele não irar aceitar,vai parar num manicômio.o que seria ótimo,bjs meus queridos

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Acabei de ler a parte final novamente... releia Bianca... acho que a nanda tá confiante demais... eu acho que o rick é passado... O Mark não quis ouvir a gravação...

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Eu reli, provavelmente Nanda tem um plano,mas para um maníaco e para ser ter cuidado,e bom Mark está próximo mesmo

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Os conselhos da Júlia na adiantou nada. Aquele Papinho na festa, também era balela. Já sabemos que tudo ficou bem, mas se tudo isso não era ficção, essa instabilidade da Nanda colocou o casamento deles num risco absurdo. Como alguém já comentou aqui, só mesmo Mark pra aguentar, pq qualquer outro teria vazado. Daqui a pouco ela vai querer rever aquele Juiz.

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Todo mundo aqui adora ver o casal bem, em paz... E isso causa a comoção toda que muitas vezes a coisa pende para ofensas e críticas pesadas...

Vamos lá, gente eles são um casal liberal... O prazer deles não é igual de nós monogâmico

Com relação ao rick, eu torço para uma vingança dela em cima dele... ele atentou contra a família da nanda de forma bem pior que o Marcos no meu ver... mas...

E se rolar sexo? Rolou... Mark gosta de ver ela, adorou ver ela com o alemão, gostou de ver com caio (até quando foi proibido) e gente... por mais de uma vez ele quis saber detalhes da transa da nanda e rick... A Nanda não quis contar nada... por que?

Agora rick vai se tornar o macho fixo dela? Alguns sugeriram esse absurdo, gente, eles são liberais... Mark não é corno manso... ele tem um fetiche de ver ela e só isso...

Outra coisa estúpida que li nos comentários de que a nanda iria engravidar do rick... gente, caiam na real, olhem o sofrimento dela depois do caso Bruno devido a o uso ou não de camisinha... do caso caio... até daquele violeiro lá sem eira e nem beira...

A Nanda é vivida... já não rolou sem camisinha com o rick naquela vez sendo que ele tentou ser sem...

Da mesma forma que ele quis sem com a Nanda ele já deve ter tentado e conseguido com outras milhares e a Nanda não é nem uma mocinha pra saber disso...com o caio ela era inexperiente, com Bruno ela estava dopada...

Agora eu entendo ela... vejam o trauma que ela trouxe pro Mark com o rick... pensem no marido olhando pra ela e não entendendo se ela tá pensando nele ou no rick...

Qual a forma dela virar essa página? Colocar eles frente a frente e mostrar ao Mark que é ele... sempre foi, o primeiro e sempre ele... até quando gadu permitir...

Pessoal relaxem nas críticas, confiem na Nanda, ela deixou claro ao Mark,ele terá prazer... hoje o Mark vive numa sombra com esse rick e cabe a Nanda apagar essa sombra

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Concordo totalmente! Se não o Mark vai ficar com essa cisma de meio-dia à meia-noite... e de meia-noite ao meio-dia...😎

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Não acredito Dany, meu Irmão. Como sempre justo e perfeito. Em um site de contos eróticos... kkkkkk que o GADU nos proteja!!!!! Kkkkkkk

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Entre ambas as colunas! :.

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Uma aprendiz, companheira se tonando mestra … se fosse possível!!

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Na Inglaterra É!!!

Está sendo trazida para o Brasil, aguarde...

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Existe a feminina tb Ida, talvez não reconhecida pelas Grandes Potências,as existe... vc seria uma grande Mestra, tenho certeza. 🌹

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Mestra não ... no mínimo Venerável !!! Rsrsrsrs

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Com muito orgulho possuo esse titulo atualmente rsrs

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Tb já fui por 2 gestões seguidas, hoje MI estou ocupando cargo na GL...

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É cunhada Ida? Pra estar falando isso tudo...

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Fui !!! Agora estamos em Portugal e logo estaremos na Espanha. Então ...

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Se vc ainda está casado com ele, mesmo que ele esteja "adormecido", ele sempre será e vc ainda é cunhada sim!!!!!! TFA pra ele Ida!!!!

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Tem gente aqui achando que a Nanda vai humilhar o Rick, em nenhum momento dessa série de mais de 100 capítulos ela deu indício de ser uma pessoa assim, há não ser que tem mais coisa pra ser contada sobre o kid bengala.

Acho que ela quer é ir a forra mais uma vez com ele e o erro é querer levar o Mark junto e ele errado em ir junto.

Pode dar merda de várias maneiras.

Segundo os liberais a principal regra é não se envolver emocionalmente e ela se envolveu e mesmo assim prefere arriscar o casamento indo de encontro com ele.

Se eu fosse liberal seria umazinha só e bon Voyage, nem troca de telefone.

Arriscar uma família por uma foda bem dada não vale o risco.

Ansioso pelo fim da temporada.

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Nanda, o final do capítulo me fez lembrar alguns diálogos do livro "Afinidades Eletivas" de Goethe (aliás, um livro que todo casal liberal deveria ler). Não que sua história seja parecida com a do livro, mas os questionamentos que ele levanta são relevantes para o drama vivido por vocês. Para ficar mais claro é preciso saber a trama criada por ele. Vou reproduzir alguns trechos de uma resenha:

"Eduard e Charlotte são um casal que foi separado na juventude pela família e levados à casamentos de conveniência. Depois que ambos ficam viúvos, Eduard vai atrás da amada e a pede em casamento decidido a recuperar o tempo perdido. Ambos vão morar em uma propriedade rural, vivendo uma vida pacata."

Os dois personagens representam a luta contra as convenções sociais. A separação imposta na juventude por suas famílias foi superada quando, com uma pequena ajuda do acaso, decidem se casar. Final feliz? Imagina! Muita água vai rolar...

"Quando recebem dois visitantes, o Capitão, amigo de Eduard, e Ottilie, sobrinha de Charlotte, a vida de todos acaba sendo afetada pelo surgimento de desejos e paixões proibidas. A partir de então acompanhamos como cada um lida com esses sentimentos e as consequências das escolhas que cada um faz."

E o drama começa. O casal que jurou amor eterno, que superou a separação forçada, agora se vê com sentimentos pouco pudicos. Nesse momento começa o questionamento sobre amor e desejo. Obviamente os diálogos não são explícitos, o livro foi escrito a 200 anos...

"Goethe nos leva à questionar o que é o amor enquanto traça o destino dos quatro personagens.

Seria aquele sentimento que leva à crer ser possível restaurar um relacionamento apesar de sentir paixão por outra pessoa? Seria o desespero por estar com a pessoa amada, independente de quem ou o quê esteja no caminho?

Ou o amor vem junto com uma tranquila racionalidade e incapaz de agir de forma imoral?

É o sentimento de encantamento que leva uma pessoa à acatar os desejos do ser amado sem pensar no que isso pode acarretar?

Quem de fato ama nessa história?

Ou todos sentem o amor em suas diferentes facetas?"

Goethe é fenomenal! Algumas de suas máximas fazem pensar. Quando ele, atravéz de seus personagens, discorre sobre a atração que surge entre um casal, ele é cirúrgico:

"Toda atração é recíproca". -- Parece óbvio, a sedução é fruto da atração mútua.

Ou quando ele discorre sobre a admissão do erro e o autoconhecimento (que ele chama de verdade);

"É muito mais fácil reconhecer o erro do que encontrar a verdade; aquele está na superfície e por isso é fácil erradicá-lo; esta repousa no fundo, e não é qualquer um que a pode investigar"

Por fim, ele admite que o homem ( ou a mulher) podem cometer loucuras, mas tem um senão:

"O homem (e a mulher) de bom senso jamais comete uma loucura de pouca importância"

Sabemos que existe atração/ tensão entre você Nanda e Rick. Sabemos também, que você reconheceu seu erro e Mark perdoou. O que não sabemos é se escavou seu íntimo o suficiente para entender o que sente, pois não seria de bom senso propor foder com Rick sem ter certeza que essa loucura é de grande importância.

Muito obrigado por continuar a nos brindar com sua história.

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Acho que vai rolar uma DP... Ou então o óbvio. Ela vai transar com o Rick e o Mark de camarote assistindo e ao termino da tranda ela vai se despedir do Rick dizendo algo que o humilhe de certa forma e que enalteça o Mark.

Mas seria incrivel se o Rick ficasse intimidado pelo Mark e broxasse kkkkkk

Seria épico

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Tenho uma leve impressão que não passa de mais uma pegadinha da Nanda, igual no posto de combustível, quando foram tomar café... Ela afirmou que desistiu da última transa com o sujeito. Apesar da Nanda ser essa doidinha adorável, não creio que ela voltaria atrás na sua decisão. Ela sabe o transtorno que causaria uma mudança de ideia...

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Eita Nanda tu é bem louca mesmo amiga kkkkk parabéns Mark nota mil kkkkk

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A Nanda brinca com a sorte, ainda bem que tudo se resolveu da melhor forma e o casal continua firme e forte.

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Foto de perfil de Nanda do Mark

Meus queridos, tudo tem uma razão de ser.

Aguardem e entenderão porque ainda estamos juntos.

Beijos.

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Graças a Deus!! E a São Mark, obviamente🤣🤣🤣

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Parafraseando o filósofo: Há mais mistérios na mente e no coração de Nanda, do que a nossa vã filosofia possa imaginar.

É fato que um final de semana a dois seria terrível para o casal. A três pode acontecer um revival, como no início da jornada em que o tesão e os ciúmes se tornaram combustíveis para o alicerçamento definitivo do casamento.

Aguardando o desfecho. Desconfiou que para o Rick será pior do que para o Marcos.

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Foto de perfil de GTFreire

Acho que o conto é sem dúvida um dos mais bem escritos e desenvolvidos que já li. Mas tenho que pensar que faz parte de uma trajetória real conforme os escritores já nos confirmaram. Sei também que a dramatização de um conto baseado em fatos reais é necessária. Tenho que entender que o conto tem que ter adaptações para preservar os personagens. Mas , por mais que acredite no amor, no perdão, na cumplicidade, na complacência, vejo que o rumo que a narrativa está tomando, se aproxima de uma justificativa beirando o desespero. Mas continuo cada vez mais interessado para saber qual será o desfecho.

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