Diabos! - Ilariê Chave de Buceta

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2289 palavras
Data: 27/06/2023 13:18:08

Era uma linda manhã no inferno, os porcos cantavam e a lava corria brilhante entre os penhascos sombrios de corpos se contorcendo e gemendo em orgasmos nas montanhas circundantes ao edifício do departamento de luxúria.

Todo esse meu bom humor se devia ao fato de que, diferentemente às demais vezes, eu fora informado de que esta seria a última fase do treinamento para capeta do setor de triagem da luxúria, pertencente ao domínio de Aélis, nossa diaba chefe poderosa e gostosa pra caralho.

Depois de nove fases infernais e mais de 10 anos buscando terminar o tal treinamento, eu agora estava bem perto de conseguir o título de capeta e a vida ia melhorar - ou pelo menos isso eu achava, já que não tinha idéia de quais seriam minhas funções futuras.

É, o inferno era assim, não ter pistas do que iria nos acontecer fazia parte da rotina e servia para aumentar a tortura psicológica a que todos os recrutas eram submetidos.

Contudo, devo reconhecer que o treinamento era bastante eficiente: eu agora era um novo ser, despiadado e calculista, pronto para foder a quem precisasse e ser fodido por quem fosse, não importa se homem, mulher ou tico-tico no fubá, eu era capaz de encarar sem reservas morais ou nojinhos comuns aos seres humanos.

Enfim, eu agora estava me tornando um capeta dos bons!

No vestiário, antes dos trabalhos do dia, eu mal rasguei o embrulho com meu novo uniforme, notei a coloração vermelha da pele e tremi na base: estaria meu pior pesadelo se materializando?

A pele vermelha, pêlos no corpo, patas de bode e chifres pontudos na cabeça, essa era a imagem tradicional dos capetas que eu tinha em mente e que tanto me dava ojeriza assumir - sei lá, para mim era como a prova de que eu seria a encarnação do mal!

Mas sabem, eu vesti o tal uniforme e vi que não era exatamente assim - para dizer a verdade, até que me sentou bem.

Nada de pêlos, nem patas de bode, o que já era um adianto. Era só um corpo masculino bem apessoado, de cabelos negros bem cortados com dois chifrinhos negros e modestos na cabeça. Meu físico era forte e altivo - além de ser vermelho, é claro.

Vinha acompanhado de um pau de tamanho normal, um pouco maior daquele que tive em vida, o que também me agradou, apesar do tom vermelho escuro.

Quando a diaba padrão morenaça gostosona veio me buscar para levar-me até a estação de trabalho, nem ela resistiu ao meu charme, dando uma piscadela com um sorriso meio sacana e me chamando de gostoso.

Pelo visto, meu tom de pele avermelhado representava um certo status e fazia sucesso entre as diabas do setor, pois ouvi cantadas e assobios por todo o caminho enquanto cruzava os corredores lúgubres e mal iluminados da repartição.

Quando passei pela porta da estação de trabalho, tomei o maior susto: estavam todos ali, reunidos numa espécie de coquetel e brindando com Rum Bacardi branco!

Eu cruzei com as cópias das irmãs Karalhashian, Kloê e Kourt quiseram conversar um pouco enquanto Kend e Kyl passavam a mão na minha bunda, mas eu desconversei e saí dali rapidinho, com medo de Kyl querer se vingar do nosso último encontro e meter o fio-terra em mim.

Logo em seguida vi um grupinho de cópias da Gisela Bucetchen, aquelas que variavam em tamanho e porte, conversando animadas com alguns sósias do Tony Vamos que conheci quando eu era uma putinha de beira de estrada. A maioria delas nem me deu bola, mas a Gisela mais parecida com o original piscou para mim e disse apenas movendo os lábios para não ser notada: “Nos encontramos depois, tá?”

Vi também uma rodinha das minas choronas, aquelas jovenzinhas que ficavam me pedindo para não abusar delas quando eu estava vestido de tiozão sacana. Elas choravam de rir entre si com alguma piada particular que achei melhor nem perguntar.

Desviei também da cópia da Chakraira que usava um cintaralho enorme na cintura: ela não gostava de mim, nem eu gostava dela, era um sentimento recíproco.

Outro que nem cumprimentei foi o galã com pinta de jogador de futebol da Champions League: esse cara tinha me enrabado sem dó durante uma eternidade quando eu fui uma loira classuda e divina - e isso era meio difícil de perdoar.

Por último, haviam muitas morenaças padrão em varios cantos da sala, desde a primeira que me pagou um boquete no primeiro estágio do treinamento, a quem deixei caida no chão coberta de porra, até algumas das vítimas das piroskas voadoras mortais que eu disparei com uma bazuca.

Um dos grupinhos delas estava em volta do casalzinho transsexual com quem fiz um menage na fase anterior, vestindo a pele de uma travesti gostosona igual ao Falo Vittar.

Repentinamente, o ruído de conversas na sala estancou e todos ficaram em silêncio, inclinando-se para fazer reverência. Era ela, a diaba chefa poderonosona e dona da porra toda no setor da luxúria: Aélis!

Desta vez, ela não usava nenhuma fantasia de morena gostosa e vinha encantadoramente revelada com sua aparência verdadeira: a pele toda azul com enormes olhos amarelos, uns chifres dourados rombudos e curvas por todo o corpo, muitas curvas.

Os peitos da demônia máster eram grandes e rígidos como se fossem esculpidos no mármore do inferno. Sua bunda saltava aos olhos, parecendo um pouco grande demais para seu porte, destinada a atrair a atenção de quem quer que fosse, em contraste com sua cintura fina

Sim, Aélis era gostosa pra caralho e sorria maldosa ao perceber que todos os cacetes presentes batiam continência ao seu passo magistral.

Após um breve discurso em sirílico medieval, língua que dominava perfeitamente bem, Aélis me congratulou por ser o único recruta em mais de quinze anos que havia alcançado aquela fase do treinamento e me desejou sorte neste último desafío, após o qual, se bem sucedido, eu finalmente seria um capeta baixo seus desígnios.

A formalidade da cerimônia contrastava com o fato de todos estarmos só de lingerie erótica ou mesmo pelados - inclusive ela.

Ok, tudo transcorrera bem naquele dia, desde que eu acordei até este momento da diaba chefa seminua fazendo discurso, mas agora eu começara a ficar preocupado, afinal, essa era minha derradeira prova e, pelo visto, era tudo ou nada, passar ou cair em desgraça nos quintos dos infernos.

O que me esperava? Com todos os que participaram das fases anteriores ali presentes, seria uma mega-suruba? Teria eu que comer a todos para ser aprovado? E porque, de todas as bebidas existentes, tinham que servir justamente Rum Bacardi branco, que eu não suporto?

Sim, o inferno era jogo duro, alguma sacanagem haveria nesta prova e fazia parte do desafio não saber o que era, nem as regras, muito menos como ser bem-sucedido: ali, nos domínios de Aélis, era sempre uma surpresa - e minha expectativa crescente provavelmente atrapalharia meu senso de reação, deixando-me em desvantagem.

Quando o gongo soou, minha atenção redobrou para ver como reagiriam os demais e descobrir o que devia fazer. Para meu espanto, ninguém saiu como doido se pegando e chupando uns aos outros.

Em vez disso, todos abriram espaço formando círculo grande à minha volta e, pela porta do setor, pude ver algo como uma grande gaiola prateada movendo-se em minha direção. Quando os presentes sairam da frente, a cena que vislumbrei era aterradora, algo típico do inferno, inimaginável.

Preso dentro da gaiola e algemado pelos punhos por correntes desde as laterais, um ser alvo e luminescente com um grande par de asas branquíssimas se via estático e cabisbaixo. Não precisava ser nenhum experto no sobrenatural para entender: aquilo era um anjo de verdade!

Não obstante suas voluptuosas formas femininas destoassem do imaginário comum de como devia ser um anjo, aquele baita par de asas abertas não deixava margem para dúvidas. Puta que pariu, os demônios haviam aprisionado uma anja gostosona!

Quando eu digo que nada é tão ruim que não possa piorar um pouco, ouviram-se por toda a estação de trabalho suspiros de admiração quando aquele ser delicioso levantou a cabeça e expôs suas feições.

Puta que pariu ao quadrado, a anja tinha a cara da Xôxa!

Isso mesmo, era como ver a rainha dos baixinhos pelada e transformada em anja, ali, à minha frente, acorrentada! Meu pau parecia uma gangorra, ficava duro por eu ver a Xôxa nua e caía em seguida ao dar-me conta de que, seja lá qual fosse a prova, envolvia fazer alguma sacanagem com aquela visão do paraíso!

Ah não, logo a Xôxa, para quem eu bati tantas punhetas ao longo da vida desde que meu cacete começou a levantar! Ela havia se tornado uma anja linda, mas estava ali, no inferno, justamente aprisionada no setor mais escroto de todos, o da luxúria!

Porra! Sentimentos contraditórios me assolavam, eu queria comê-la e ao mesmo tempo eu desejava libertá-la: Isso sim era uma prova de fogo para um recruta do treinamento para capeta!

Quando abriram a porta da gaiola, a expressão da anja era de cortar o coração - se eu ainda tivesse um. Ela estava destinada a ser sodomizada por mim, um projeto de capeta vermelhão e chifrudo, em pleno inferno e com um monte de demônios em volta assistindo.

Sob pressão do público, comecei a dar passos lentos e indecisos em direção à cópia alada da Xôxa. Meu corpo clamava por possuir aquela delícia, mas minha mente ainda se recusava a conspurcar aquela inocente imagem da minha infância.

Não, eu não seria capaz de fazê-lo. Em meu íntimo ficou claro que eu não era lá aquele capeta todo que acreditava ser poucos minutos antes: eu iria arregar, não conseguiria passar na prova, desistiria de dez anos de treinamento e seria jogado lá nos quintos dos infernos!

Mal entrei na jaula da Xôxa, eu sabia exatamente o que fazer. Se eu iria cair, cairia em grande estilo: eu arrebentaria aquelas algemas e libertaria a Xôxa para ela poder voar e regressar ao céu, onde era seu lugar!

Afinal, o que é um peidinho para quem está todo cagado? Se eu iria me condenar, que ao menos ela fosse livre!

Contudo, assim que fiquei ao alcance da anja, ela se apoiou nas algemas que prendiam seus pulsos às laterais da gaiola e, de um salto, levantou as pernas e me aplicou a maior chave de buceta!

Eu sei, provavelmente ela só queria se defender, mas a minha cara estava enfiada na buceta da Xôxa e eu mal conseguia respirar, necessitava dar um jeito de explicar-lhe minhas reais intenções para que ela permitisse ser ajudada.

Quase que instintivamente eu reagi, lembrando-me da prova da suruba com as Karalhashians. Consegui abrir a boca e meter a língua na xotinha da Xôxa, valendo-me de meus dotes de chupador máster de buceta!

Minhas mãos a apoiavam no ar pela bunda enquanto eu me aplicava em chupar cada centímetro da intimidade daquela anja com a imagem da rainha dos baixinhos, mas ao invés de me libertar, ela começou a gemer e se contorcer, apertando mais ainda a chave de buceta e me deixando completamente sem ar.

Numa atitude desesperada, procurei livrar-me da anja como dava: estirei o indicador e dedei com força e de uma vez só o furico da Xôxa. Eu sei, fio-terra surpresa à seco é um golpe baixo, mas eu só queria ajudar a anja e ela não estava colaborando muito.

O público em volta da gaiola gritava e torcia, a audiência estava dividida, havia quem desejasse que eu ganhasse o embate, mas muitos torciam pela anja - afinal, ela era a Xôxa!

Numa jogada ainda mais baixa, a porra da anja começou a gozar com o fio-terra e a jorrar suco da bucetinha diretamente para dentro de minhas narinas.

Eu, que já me encontrava sem ar, agora estava me afogando no gozo da buceta da Xôxa e iria morrer se não fizesse alguma coisa - nesse ponto, eu esclareço, o fato de já estar morto não impedia que eu morresse de novo, mas daí provavelmente eu perderia meus direitos de me tornar um capeta do setor de luxúria, pois resultaria derrotado naquela última fase do treinamento.

Ok, eu já estava resignado a ser derrotado desde o momento em que entrei naquela gaiola prateada com a Xôxa, mas a iminência de sentir a morte chegando era algo desesperador. Eu nem pensei, foi algo espontâneo, enfiei mais um dedo no furico da Xôxa, e depois outro, e depois mais um…

Quando dei por mim, eu tinha a mão inteira entalada no traseiro da anja cópia da rainha dos baixinhos e bombava meu punho com força no seu furico para tentar fazê-la cessar seu ataque.

Foi muito foda, a Xôxa começou a cantar uma versao proibida de Ilariê e ter espasmos, a se tremer toda com as pernas ao redor de minha cabeça e a esfregar compulsivamente seu grelinho duro e inchado no meu rosto, gritando indecências que fariam qualquer capeta do inferno ruborizar.

Quando a rainha dos baixinhos finalmente cedeu, após ter o orgasmo mais poderoso que eu já havia presenciado em toda a minha morte, eu caí no chão atônito enquanto ela ficou ali, pendurada na gaiola pelas algemas e rendida.

O gongo dos quintos dos infernos soou triunfante e a multidão ao redor gritava alucinada: Eu vencera!

Contudo, confesso que aquela fase do treinamento deixou marcas profundas em mim, eu havia conspurcado uma das melhores lembranças da minha infância e isso não tinha mais retorno.

Agora poderia exercer minhas funções de capeta do setor de luxúria, mas carregaria para sempre aquela mágoa e o que aprendi na ocasião: nunca mais eu me meteria com uma anja - e muito menos com a Xôxa!

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Kkkk!!! Xôxa??? Só faltou você citar o quadro infame da rainha, eu acho que era café com a Xôxa, onde ela dava uma uvinha, um pedaço de fruta qualquer para uma criança escolhida a dedo na platéia, e eu com meus butões pensava, e os milhões en casa sem ter o que comer, essa desgraçada!!! Adorei esse caputulo, faltou a princesa dos baixinhos, mulher do narigudo. Kkkk

Agora que o infeliz assumiu o cargo como funcionário dos Quintos a sua primeira missão bem que poderia ser recepcionar as dançarinas de Axé dos anos 90 que invadiam as tardes de domingo na banheira do Gluglu. Kkkkkk

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Banheira do Gugu? Morfeus, sua imaginação é bem mais divertida que a minha, hahaha!

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É a turma do cão, que vai dando seu alô!

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Coitadinho(a) ficou com a memória da infância destruída. Que lástima kkkkkkk

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Loiro_londrina
Top demais gostei muito dos Contos