Diabos! - Piroshkas Voadoras

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2220 palavras
Data: 25/06/2023 09:14:39
Última revisão: 26/06/2023 09:51:05

Eu vou contar uma coisa, quando você acha que já passou por tudo nessa vida, você morre e começa a ter que experimentar coisas com as quais nem sequer tinha sonhado - ou tido pesadelos, ao menos no meu caso.

No treinamento para ser um bom capeta do setor de luxúria, eu finalmente havia passado de fase depois de quase quatro meses tomando no furico.

Dizer que eu tomei no furico chega a ser até elegante: havia um diabo travestido de galã jogador de futebol que me sodomizou incessantemente todos os dias até eu ficar mais arrombada que caixa-eletrônico de banco em cidadezinha do interior da Paraíba e eu só consegui sair dali depois que revidei e quase arranquei o seu bilau a mordidas.

Eu me dirigia ao vestiário com um misto de pânico e curiosidade me inquietando a alma - e isso era bem grave, posto que eu era só uma alma, um ser luminoso amorfo capaz de me adaptar ao sexo da pele uniforme que me era desiganda a cada fase.

E agora, o que o inferno aprontaria? Eu seria homem ou mulher dessa vez? Foderia ou seria fodida? Se eu fosse mulher, seria rica e chique, ou novamente uma putinha de beira de estrada? E se fosse homem, teria uma rola pequena, média ou grande?

Na verdade, eu já devia ter me dado conta: o inferno nunca repetia os uniformes, a cada fase era uma coisa completamente diferente e inusitada. Se tem uma coisa em que os demônios capricham é na criatividade!

Se bem que, se lá fosse verdadeiramente um caldeirão de criatividade, as diabas padrão não seriam todas umas morenaças gostosas idênticas - e nem andaríamos todos praticamente pelados o tempo inteiro nos corredores do edifício do quartel general da luxúria.

Já no vestiário, quando tirei o uniforme do embrulho, eu fiquei surpreso e ao mesmo tempo um pouco decepcionado: era exatamente a pele que as diabas morenaças padrão utilizavam!

Mas o que significava isso? Teria eu ascendido de classe finalmente e agora era mais uma das “colegas” de trabalho? Poderia enfim deixar de ser sacaneado para começar a sacanear os outros também?

Seja lá como for, eu tenho que confessar que o tal uniforme caiu bem em mim, eu estava absolutamente linda naquela pele. Sem falar que, desde meu primeiro dia no inferno, quando vi uma destas mulheres seminuas, desenvolvi uma fantasia erótica secreta por aquela pele.

Sim, eu já havia feito até um estrago na boca carnuda e vermelha dessas diabas, quando eu ainda era um caminhoneiro baixinho, barrigudo e pinguço da primeira fase, mas foi só sexo oral e eu nunca havia comido uma bucetinha daquelas.

Peraí… O fato de eu estar vestindo uma daquelas peles não queria dizer que eu comeria outra diaba idêntica a mim… Isso só significava que talvez eu fosse o prato do dia, ou que até mesmo eu não comesse ninguém!

Porra, mas que inferno filha da puta, eu tinha tesão em mim e não conseguiria comer a mim mesma porque eu não tinha sequer uma piroca para chamar de minha!

Agora sim as coisas faziam sentido, o inferno sempre dava um jeito de ferrar a gente de uma maneira especial, não bastava foder nosso corpo, ele tinha que sacanear a cabeça e, não raro, até a alma!

Andando pelos corredores de repartição pública do inferno, perguntei à minha sósia diaba padrão morenaça se agora eu era uma delas, ao que ela riu estridentemente e respondeu: "Não filha, você só está usando a nossa pele porque a remessa atrasou e a gente tem muito dessa aí guardada!”

Confesso que o sarcasmo na voz da diaba me deixou ainda mais em dúvida se ela estava falando sério ou debochando da minha ignorância, mas tudo bem, ela era gostosa pra caralho, assim como eu, então podia se dar ao luxo.

Dessa vez a estação de trabalho do andar era um grande salão com um mezanino estreito sobre a porta. A diaba gostosona me levou até ali, desde onde pude ver várias outras de mim alinhadas, cada uma em frente a uma máquina muito doida que parecia um canhãozinho portátil, ou uma bazuca, sei lá, eu nunca fui muito de armas e não entendo dessas coisas.

A diaba morenaça me deixou ali em frente a uma dessas bazucas e foi embora, rebolando aquela raba delícia sem me dar nenhuma explicação sobre a prova que começaria em breve: típico do inferno!

Tentando me antecipar ao que estava por vir, eu peguei aquele troço e fiquei procurando entender o que era, fingindo que estava inspecionando para não dar na pinta para as outras morenaças, provavelmente recrutas também, que eu era uma caloura naquela fase e que não tinha a menor ideia de como aquilo funcionava ou para quê serviria.

Bem, o que você faria? Ora, se a vida te dá uma bazuca, você dispara, não é?

Neste ponto eu vou dar uma dica muito importante: bazucas tem dois lados, o da frente e o de trás. Eles se parecem bastante e é difícil saber qual é qual. A pior maneira de distinguir é disparando aquela merda enquanto você está olhando por um dos dois buracos.

Não, eu não morri, mesmo porque eu já estava morto mesmo.

Mas, ao disparar aquele trem, uma coisa preta saiu voando a cem quilômetros por hora dali, passou a dois centímetros do meu olho, rebotou na parede atrás e deu direto no meu furico, entrando com tudo e me fazendo até soltar um gritinho de susto e prazer misturados.

Quando eu consegui desenterrar o bólido da minha bunda, eu entendi tudo: era uma piroquinha de borracha, com uns quinze centímetros de comprimento e razoavelmente fina, tendo um par de baguinhos ao final.

A porra da bala-piroca era feita especialmente para infirtrar-se nas cavidades dos outros e os baguinhos estavam ali só para impedir que se metessem de uma maneira que ninguém mais conseguisse retirar. Tecnologia infernal pura!

O recruta vestido de morenaça ao meu lado ficou rindo de mim e zoando da minha cara em russo, dizendo que se eu gostava de levar “piroshka” na bunda ele podia me ajudar sem necessitar da bazuca.

Não me perguntem como eu entendia russo, há uns três estágios atrás eu desenvolvi esse dom de falar todas as línguas do planeta, fossem vivas ou mortas - e acreditem, no inferno as línguas mortas eram as mais utilizadas.

Bem, o russo da piroshka imediatamente parou de rir ao ouvir soar pelos alto falantes uma contagem regressiva. Caralho caralhudo, a prova iria começar e eu ainda tinha o cú doendo da enrabada que dei em mim mesma - que ironia, e eu achando que não tinha como me fuder a mim mesma, lembram?

Eu me posicionei imitando as demais recrutas, todas de bazuca em punho e apontando para baixo, provavelmente à espera de algum alvo surgir.

Sem aviso prévio, um monte de outras recrutas vestidas de diaba padrão morenaça e vendadas sairam como uma revoada de baratas tontas em disparada pelo salão, correndo para lá e para cá às cegas, de quatro, com as mãos no chão e as bundas empinadas no ar.

A esta altura, minhas colegas do mezanino começaram a disparar suas bazucas e foi uma chuva de caralho voador para todo lado. O objetivo da competição agora era claríssimo, havia que acertar o maior número de piroshkas possível nas bucetinhas das recrutas lá de baixo: o negócio era mandar bala e fazer o pau comer.

Em menos de trinta minutos, já haviam umas cinco morenaças abatidas, se contorcendo no chão e tentando retirar as piroshkas de suas partes íntimas, mas eu ainda não havia acertado na racha de ninguém.

Respirei fundo, me concentrei ao máximo, em vez de atirar a esmo fiz mira numa morenaça que estava de bobeira logo abaixo de mim e disparei um tiro certeiro direto no seu furico. Ok, eu tinha mirado na buceta, mas acertei um pouquinho acima.

Porra, será que acertar no furico contava pontos ou só valia na buceta?

Vi uma outra morenaça de quatro, a bicha era esperta, corria em zigue-zague enquanto a piroshkada voava ao seu redor sem que fosse abatida. Nesse momento eu tive a ideia de mirar no ponto futuro, ou seja, antecipar seus movimentos e atirar aonde eu imaginava que sua bucetinha estaria no momento seguinte.

Inacreditavelmente eu disparei e outra vez a porra da piroshka voou direto para dentro do furico da mulher, que caiu esparramada como se eu tivesse abatido uma égua com um fuzil AK-47.

O gongo soou e a sessão de tiro à buceta foi suspensa. No fundo do salão, num placar manual, duas diabas padrão viravam as plaquinhas com a contagem parcial. Por incrível que pareça, acertar nos furicos valia o dobro de pontos e eu estava na frente de todos as demais!

A morenaça russa ao meu lado me olhou com cara de ódio, dizendo que eu a enganara fingindo ser nova naquele estágio, mas que na verdade eu deveria ser uma veterana de guerra, pois de que outra maneira eu poderia saber que os furicos eram o alvo mais valioso da competição?

Desci do mezanino toda me achando: aquela prova havia sido molezinha e, além de mim mesma, ninguém mais havia enfiado nada no meu furico.

Daí nos puseram em linha abaixo do mezanino enquanto recolhiam as recrutas abatidas com um carrinho de mão: pelo visto os baguinhos não eram tão eficientes assim, e havia várias delas com as piroshkas entaladas no fundo da buceta

O caso mais grave era de uma que, pelo visto, havia levado dois tiros em sequência e a mulher não conseguia nem se mover sem ter um orgasmo.

Eu estava bela e fagueira esperando virem me dar os tradicionais parabéns por ter passado de fase, quando uma das diabas padrão veio por trás de mim, me vendou e mandou eu ficar de quatro…

Mardita merda, agora era a nossa vez de servirmos de alvo do tiro à buceta!

Ainda deu tempo de ouvir o russo ao meu lado comentando: “Eu odeio essa parte, para cada piroca que a gente leva as diabas descontam o equivalente em pontos do placar!”

Quando o gongo da largada soou, eu ainda fiquei reticente em sair debaixo do mezanino, com medo de levar outra piroshkada no furico, mas senti um choque elétrico na bunda, provavelmente alguma diaba sentindo prazer em fazê-lo estava ali com a função de botar todo mundo para correr, então eu saí em disparada.

Dava para ouvir as piroshkas zunindo ao meu redor, eu corria de quatro e a todo momento era atropelada por alguma outra recruta andando às cegas. Em dado momento não aguentei e fiquei de pé, mas levei uma piroshkada nos peitos e aquilo doía muito.

Agora eu entendia porque andávamos de quatro, não era especificamente para tornar o alvo mais fácil, mas sim para não levar piroshkada onde não devia. De quatro e com a buceta para o ar, eu fui, eu voltei, eu passei por cima de umas quatro outras vítimas e podia ouvir mulheres gemendo e tendo orgasmos por todos os lados.

Pelo visto, as vítimas da primeira leva estavam com sangue nos olhos das piroshkadas que levaram e caprichando na mira. Bem, a maioria de nós ali havia sido homem enquanto éramos vivas, mas nessa fase do treinamento éramos mulheres - e das mais vingativas que existiam, pois, afinal, todas terminamos parando no inferno!

Olha, se vocês estão incomodados com essa história até aqui, é melhor parar de ler, pois vem aí a pior parte.

Não sei como eu resistira incólume até ali, contudo, sem saber de onde, veio aquela dor lancinante de uma hora para a outra. Eu demorei a entender o que havia acontecido: como era possível que alguém situado a três metros de altura acertasse por baixo a minha buceta?

Provavelmente, uma piroshka perdida foi disparada, rebotou no chão e invadiu minha chavashkinha. Sim senhores, o limite do prazer intenso existe - e eu senti isso naquele exato momento, quando até aprendi a dizer “buceta” em russo.

O projétil de quinze centímetros de borracha preta entrou com mini-bagos e tudo dentro de mim. Cai instantaneamente sentindo um orgasmo instantâneo incontrolável, eu me tremia dos pés à cabeça e via unicórnios com chifres pontudos voando com asas de morcego num céu vermelho sangue - sim, os orgasmos no inferno eram bem diferentes daqueles que costumam ocorrer durante a vida.

Eu ainda sofria espasmos e tinha que me apoiar na colega russa quando as diabas padrão gostosas terminaram de virar as plaquinhas com a pontuação no placar do fundo da sala. Eu nem tinha muitas esperanças, afinal, eu havia sido mortalmente abatida durante a prova e dificilmente estaria recomposta até o dia seguinte, quando tudo aquilo se repetiria.

Minha amiga russa chorava aos prantos, não acertara nenhuma buceta quando disparava e havia levado duas piroshkas quando ficou de vítima, a primeira na buceta e a segunda enquanto ainda tremia no chão, diretamente no furico.

Daí, veio a maior surpresa do dia: eu fui a única a acertar dois furicos e também a única que tomou só uma piroshkada na chavashkinha!

Fiquei em primeiro lugar com a pontuação mais alta do dia. Parabéns para mim, eu havia passado de fase e não precisaria mais tomar piroshka na chavashka!

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 9 estrelas.
Incentive Bayoux a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de BayouxBayouxContos: 192Seguidores: 93Seguindo: 11Mensagem Um olhar cômico e singular sobre o erótico - cavaleirocalicedourado@gmail.com

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil de Bayoux

As peles-cascas foram uma grande sacada, pois permitem que o personagem adote o sexo que se quer, masculino, feminino e outras variantes existentes, rs. Sobre a bazuca, bem, eu era um capeta iniciante e meio burrinho, até mesmo para entender como funciona um gatilho… Por fim, netinha, você sabe que os materiais de treinamento são proibidos para diabas com menos de cinquenta mil anos! Mas eu posso te emprestar uma cenoura, só para quebrar o seu galho…

0 0