Chega de CEO - Capítulo Onze

Da série Chega de CEO
Um conto erótico de KaMander
Categoria: Gay
Contém 5893 palavras
Data: 11/05/2023 20:52:00
Última revisão: 11/03/2024 03:12:11
Assuntos: Gay, Homossexual, Sexo

CAPÍTULO ONZE

“NINGUÉM AGUENTA MAIS IR DEVAGAR”

Havia uma taça com um coquetel de frutas delicioso em minhas mãos enquanto observava a praia bem movimentada daquela manhã de sábado. Deitado em uma espreguiçadeira, abaixo da sombra de um guarda-sol bem grande, trajadk com minha sunga favorita, sentia uma alegria infinita por estar curtindo aquele momento ao lado de uma pessoa que se mostrava cada segundo mais especial.

Eu o via se banhando mais à frente, depois da faixa de areia branquinha em que moradores e turistas iam e vinham, passeando e se exercitando. Poucas vezes tinha visto Thomas tão despreocupado e sorridente, imerso pela metade na água salgada e azul-vibrante. Embora seus dois seguranças estivessem nos rodeando o tempo todo, às vezes até esquecia que estava sendo vigiado.

Suspirei e confesso que foi um suspiro apaixonado. Ainda me sentia nas nuvens com tudo o que nos aconteceu em tão pouco tempo. Era impossível me manter indiferente a todas as coisas que me faziam meloso e babaca por aquele homem.

Relembrei a noite passada e o meu sorriso se intensificou.

Durante o jantar ele foi bastante agradável e solícito. Conversamos pouco porque estávamos cansados, sendo assim, não tocamos nos assuntos mais complicados, o que ajudou a manter o papo divertido e leve, sem qualquer estresse. A gente basicamente se sacaneava e ambos adoravam isso. Conheci um pouco mais do Thomas informal, do menino sonhador e engraçado que havia por trás de tanta grana e status. Pareciam duas pessoas completamente diferentes.

Depois, ele me aninhou na cama e eu não podia dizer que transamos porque não foi um sexo selvagem, bruto, daqueles que estávamos acostumados. Não... Havia sido um amorzinho gostoso com bastante beijo, muitas carícias e cada movimento em câmera lenta. Foi tudo tão profundo e delicioso que não consegui conter o tesão e muito menos outro suspiro.

Logo pela manhã, assim que abri os olhos, encontrei-o de pé na varanda, só de cueca, empunhando uma xícara de café e observando o céu sem nuvens acima de nós. A ideia de pegar uma praia foi dele, que prometeu que não trabalharia naquele dia e que passaria o dia inteiro comigo, segundo ele, me curtindo.

E lá estávamos nós, em frente a um hotel bacanudo em Long Beach, região metropolitana de Los Angeles, aproveitando um day use que devia ter custado uma fortuna, mas que não perdi meu tempo contrariando ou questionando. Não precisava provar para ninguém que eu não era interesseiro: Thomas já sabia muito bem disso.

Tirei uma selfie com o celular e postei no meu Instagram uma foto que contemplava meus óculos de sol, metade do decote, os cabelos ao vento e o coquetel de frutas, com a descrição: E achavam que eu estava na pior!

Ri de mim mesmo, todo vaidoso e empolgado. Adorava praia, calor, sol, pegar um bronze, tomar uma birita... Enfim, estava me sentindo em meu habitat natural, embora aquele fosse bem mais sofisticado. Aproveitei o momento Garoto de Ipanema para tirar muitas selfies, porém fui surpreendido por um homão tomando conta da espreguiçadeira e me molhando toda com uma água geladíssima.

— Ai, você está frio pra cacete! — reclamei, mas ri, enquanto ele me grudava em si e fazia pose na direção do meu celular erguido. Não soube direito o que pensar na hora, mas no automático comecei a tirar fotos nossas sem nem mesmo raciocinar a respeito do que aquilo significava.

Fizemos caretas e poses malucas, todas muito divertidas, do jeito que descobri que a gente era.

— Você perdeu, a água está muito boa! — ele disse, sorrindo, colocando os cabelos todos para trás. Logo em seguida, pôs seus óculos de sol e me olhou daquele jeito maravilhoso que me fazia pirar.

— Vou daqui a pouco, estou só relaxando e posando de classudo nas redes sociais — mostrei a foto que tinha acabado de postar e Thomas soltou um assobio, rindo despreocupadamente.

— Me marca quando postar a nossa.

Estacionei com as duas mãos erguendo o celular. Virei o rosto para encará-lo, chocado num nível que me deixou até sem palavras. Espera aí, produção... Não estávamos indo longe demais? Quer dizer, tudo bem ficarmos juntos, nos conhecermos e... Ah, foda-se essa merda. Ninguém aguenta mais ir devagar numa relação que a gente quer mergulhar de cabeça, mesmo que seja pra quebrar o pescoço depois.

— Sério? — ainda que estivesse disposto àquilo, perguntei. Era difícil acreditar que Thomas não possuía qualquer ressalva para o início do que estávamos construindo.

Olha, eu já tinha começado relacionamentos de diversas formas e todas elas deram errado depois. Acho que não existia uma receita de bolo quanto ao tempo de tudo. Eu achava que ir com calma, feito uma lesma cambaleante, era para pessoas inseguras ou desonestas, mas ir rápido demais me parecia algo para gente ansiosa, impulsiva. Bom, eu era ansioso e impulsivo. Na verdade sempre fui um poço de impaciência, por isso, se o Thomas não me segurasse, provavelmente seguiria em linha reta na maior velocidade possível.

Quando eu pegava no tranco não havia quem me segurasse.

— Algum problema? — ele me olhou de lado, todo sarcástico. — Está com medo de perder os contatinhos?

Eu o empurrei com os ombros.

— Foda-se os contatinhos, Senhor Orsini — revirei os olhos, porém ele não deve ter visto por causa dos óculos. — Só não sei em que ritmo devemos ir. Não quero ficar travado, mas também não quero agir desesperadamente.

— Por mim pode postar e por você?

— Não sei, Thomas, algumas pessoas da InterOrsini me seguem.

Eu não sabia se estava a fim de ser alvo da fofoca mais babadeira do século dentro da empresa, mas recuar me parecia inútil. Segundo o que ouvi do Matheus, o pessoal já desconfiava e eu notava os olhares havia certo tempo.

Thomas me olhou com uma expressão mais séria enquanto eu raciocinava.

— Não pretendo ficar nos escondendo — murmurou, por fim. — Não me importo com o que vão falar, mas entendo que para você possa ser mais difícil.

Dei de ombros. Quer saber de uma coisa? Foda-se, né não? O povo já estava falando mesmo, então que a gente ao menos liberasse um conteúdo verdadeiro. Eu não era qualquer um que estava esquentando a cama do chefe em troca de promoção. Tudo mudaria de conjuntura se assumíssemos a relação publicamente.

Foi de forma decidida que o olhei por alguns segundos e sorri.

— Então posta e me marca, queridinho! — ri de forma maléfica, já abrindo o Whatsapp para enviar as fotos que tiramos.

— Está duvidando disso, senhor Bruno? Olha que posto mesmo, não tenho o que esconder. Na verdade vai me fazer um favor, em parte.

— Sei... Vai espantar seus contatinhos, né?

— Também.

— Thomas, não vai adiantar — balancei a cabeça em negativa, mantendo o ar divertido porque era a verdade e eu pretendia não ficar mexido com ela. Pelo contrário, queria ter paz e permanecer numa boa. — Você é lindo, endinheirado, todo charmoso... Vai ter sempre muitos homens atrás, cabe a você dar mole ou não. Ninguém vai tropeçar e cair de paraquedas no seu pau, então relaxa que vou fazer o mesmo, ok?

— Você vai tropeçar e cair de paraquedas no meu pau?

Nós dois rimos e o empurrei novamente com o ombro.

— Não, cabeção, relaxar. Vou relaxar quanto a isso.

— Que pena, eu queria que tropeçasse!

— Mais tarde, gato — pisquei um olho e ele avançou para me dar um selinho cúmplice.

Quando se afastou, percebi que sorria feito bobo. Menos mal que eu não fosse o único emocionado da história.

— Você tem uma maturidade impressionante, Bu — Thomas comentou, já pegando o próprio celular para fazer o que, no fundo, eu duvidava de que faria. Pensa bem, eu, euzinho aqui, sendo postado ao lado daquela criatura no perfil dele? Misericórdia divina. — Vou tentar atingir esse nível zen, mas não acho que eu vá relaxar tão facilmente. Estou com ciúmes só de pensar nos caras que ficam te cercando.

Thomas Orsini não fazia ideia de que a quantidade de homens que me rodeavam, querendo o meu corpo nu, não era nem dez por cento dos caras que o cercavam, mas ele não precisava ficar sabendo e, se dependesse de mim, jamais saberia. Eu teria que dar segurança suficiente para que relaxasse, mas não tanto para que começasse a se despreocupar e ficasse se achando a última Coca-Cola do deserto.

Tudo tem que ter limite. Insegurança em dose certa é um santo remédio.

— Se me der lanches e esse pauzão regularmente, então não precisa se preocupar com concorrência — falei, divertido, na tentativa de deixar o clima ameno. — Afinal, tudo de que um garoto precisa é comer bem e ser bem comido.

— Tenho certeza de que não sou o único capaz de te dar essas duas coisas... — Thomas coçou a lateral da cabeça, olhando-me com visível temor.

— Lindo, deixa disso — afaguei seus cabelos e o trouxe para perto. Beijei seus lábios com doçura, enroscando nossas línguas calmamente. Quando me afastei, sussurrei: — Você é único em muitos sentidos. Nem preciso dizer que estou bobo por você, né? Creio que já percebeu.

— Bobo? — ele ergueu uma sobrancelha. — Isso significa apaixonado?

Dei de ombros.

— Não fique se achando.

— Sim ou não? — continuou desconfiado, mas sorria maravilhosamente.

— O que você acha?

— Alguma vez você vai me responder essas questões mais sentimentais com clareza? — Thomas se fingiu de ofendido. Segurou-me em seus braços grandes e me envolveu todo, aconchegando-me em seu peito. Eu me deixei levar, rindo, porém notando a minha dificuldade em, de fato, me abrir. Ok, ainda havia medo circulando em meu sistema. Era muito difícil me livrar dele com facilidade. — Não precisa ficar na defensiva, Bu. Já passamos dessa fase, certo? Olha pra mim. — Ergui a cabeça na direção dele e precisei suspender a respiração. O homem me deixava tão balançado que o meu corpo ficava molenga diante de sua presença sempre intensa. — Desde o começo fiquei bobo por você. Por motivos diferentes, é verdade, mas o sentimento foi se afirmando dentro de mim e sinto que ainda está se desenhando. Em cada segundo ganha mais detalhes. Como agora... — ele levantou uma mão para mexer no meu cabelo, depois raspou os dedos em meu rosto em uma carícia de arrepiar. — Não vou ter medo ou vergonha disso e também não pretendo esconder de ninguém. Estou apaixonado demais por você.

Soltei um arquejo engraçado, tomado pela surpresa e por uma coisa esquisita que me deu vontade até de chorar. Minha nossa, Thomas era meloso, romântico e estava se saindo muito bem no quesito expor sentimentos. Não conheci direito o homem reprimido que ele era, o que se mostrava incapaz de se apaixonar ou compartilhar sua história com outro alguém, até porque desde o início o incitei a se abrir mais, porém, pelo que dizia, devia ter sido uma evolução e tanto. E eu estava feliz e orgulhoso dele e de mim mesmo.

— Iti malia, isso foi tão, tão fofo! — apertei as bochechas dele e comecei a encher o seu rosto de beijinhos. Thomas começou a rir enquanto se permitia ser atacado por um lunático no modo Felícia. — Eu estou muito bobo, apaixonado e com os quatro pneus arriados por você, Thom — desabafei entre um beijo e outro, até que ele segurou minhas mãos e avançou em minha boca de uma vez.

Nós nos beijamos por tanto tempo que perdi a noção. Sério, acho que nunca beijei ninguém tão demoradamente na vida. Sempre fui meio ouriçado, agoniado, não parava quieto, mas em seus braços encontrei um ponto de paz que me deixava tranquilo, sem pressa, livre de angústias. Claro que o beijo nos deu um tesão danado, e por isso Thomas tentava esconder a ereção despontando puxando minhas pernas por cima de seu tronco.

Quando eu achava que, enfim, nos afastaríamos, começávamos mais uma onda de enroscar de línguas. Dava para sentir em todo o meu corpo a vibração que ele me proporcionava, o calorzinho gostoso que ia além da excitação, o sentimento que me permiti nutrir nos acalentando devagar. Thomas retirou nossos óculos para facilitar o movimento, então começou a acariciar meus cabelos, meu rosto, minha pele.

Tudo ao nosso redor se tornou completamente irrelevante.

Poderíamos estar ali ou numa praia lotada de farofeiros que, ainda assim, eu estaria feliz e realizado como homem e, sobretudo, como ser humano.

Acredito que só paramos porque um grupo de crianças passou por nós correndo, espalhando um pouco de areia e nos trazendo de volta à realidade.

Thomas e eu rimos ao observá-las alcançando o mar, animadíssimas.

— Em breve serão os nossos — ele disse e então congelei de vez.

Tudo bem estarmos apaixonados e postarmos fotos juntos em nossas redes sociais, mas ter filhos? Se eu já achava que estávamos indo na velocidade de um trem-bala, Thomas estava seguindo feito um foguete. Diante de minha estupefação, ele riu e brincou com o meu nariz.

— Não precisa se assustar, Bu. Penso em ter filhos, adotar, mas não tão depressa! — continuou rindo enquanto minha cara ainda se mostrava tensa e em choque. — Você não pensa nisso?

— Não sei... — pisquei os olhos várias vezes. — E-Eu... Às vezes me sinto meio velho, atrasado para essas coisas. Às vezes acho que é melhor não, mas dá vontade também. Estou em cima do muro.

— Entendo. Bom, isso é conversa para o futuro.

Fiquei olhando para ele, atônita. Imagina só ter um filho Com aquele homem?

Eu nem tinha roupa pra isso.

— Thomas... — Ele me olhou, atento. — Quem é Bia?

Sua expressão se transformou numa engraçada.

— Como sabe da Bia?

— Ouvi você mencionando na manhã seguinte do nosso primeiro jantar. Não deu para não escutar, me desculpe — pedi, mas a verdade era que não estava arrependido e que daria para eu não ter escutado se não fosse tão curiosa. Thomas continuou em silêncio. — É a sua filha?

— Sim, é o meu bebê. Vai adorar conhecê-la.

Minha cabeça reagiu de uma forma meio louca. Eu deveria ter sabido daquela informação faz tempo, certo? Quando ele me contaria que tinha uma criança?

— Naquele dia você estava falando com a mãe dela?

Ele negou com a cabeça.

— Com a babá. Maria toma conta dela em minha ausência faz uns três anos. É uma pessoa bastante confiável.

— Bia mora com você?

Ele assentiu. Novamente, tive a sensação chata de que eu deveria estar sabendo daquele detalhe há mais tempo. O problema não era ele ter uma filha, mas o fato de ter de certa forma a omitido de mim. Meu maior medo, na verdade, era que Thomas fosse o tipo de pai ausente que só manda dinheiro e mal sabe de nada da vida da filha.

Mas, pelo visto, não era o caso e eu deveria me manter calma.

— Quantos anos ela tem?

— Quatro — Thomas pegou o seu celular e fiquei esperando que me mostrasse uma foto dela, só que estava demorando muito.

— E a mãe dela? — perguntei seriamente, sem saber se era uma boa entrar num assunto que poderia ser delicado para Thomas.

— A mãe de Bia infelizmente morreu no parto.

Arregalei os olhos.

— Sério? — Levei uma mão à boca. — Meu Deus!

— Sim, e Bia foi deixada na frente da porta da minha casa, dentro do condomínio onde moro. Não tive a menor dúvida quando vi aqueles olhinhos brilhando, resolvi adotá-la e hoje sou louco por ela.

— Minha nossa, Thomas!

O homem me olhou com firmeza, até que, aos poucos, foi prendendo o riso. Falhou miseravelmente. Acabou soltando uma gargalhada tão alta que a minha mente deu um nó de vez. Fiquei sem entender nada.

— A sua cara é a melhor de todas! — quase não conseguiu falar de tanto que ria.

Continuei viajando na maionese.

— Do que está rindo, menino?

— Bia é a minha gata, Bu! — e continuou gargalhando, curvando-se todo enquanto enfiava a tela do celular na minha cara, mostrando-me uma foto dele segurando uma gatinha linda, toda branca e com carinha de sapeca.

— Cretino! — resmunguei, empurrando-o e dando tapas no topo de sua cabeça. Roubei seu celular e fiquei admirando melhor a bela imagem. Bia era realmente linda, mas eu estava puta da vida. — E eu aqui preocupado, seu imbecil! Sacanagem!

Thomas me deu um beijo na bochecha.

— Desculpa, eu adoro te sacanear.

— Vai ter volta! — dei a língua para ele, depois voltei a olhar a foto.

— Poxa, ela é um amorzinho.

— Que nada. Bia é de uma brabeza só, mas a gente aprende a amar. Você gosta de animais?

— Sim, mas não tenho nenhum. Fico com pena de deixar sozinho em casa e minha mãe é meio alérgica também.

— Entendo.

O seu celular começou a tocar em minhas mãos e por um segundo tive medo de conferir um nome na tela. No entanto, tomei coragem para encarar a realidade e, graças aos céus, era um número não cadastrado. Eu precisava lidar melhor com os ciúmes porque a prova seria de fogo com toda certeza.

— Tem alguém te ligando — estendi o aparelho em sua direção e Thomas o agarrou no mesmo instante.

— Preciso atender, só um segundo.

Ele se levantou rapidamente e eu voltei a me encostar à espreguiçadeira. Dei mais uns belos goles do drink enquanto o aguardava. Thomas voltou uns cinco minutos depois. Pegou uma cerveja num balde de gelo sobre a mesinha ao nosso lado e voltou a se sentar grudado em mim, mesmo havendo uma espreguiçadeira só para ele.

— O senhor disse que não trabalharia hoje — alfinetei.

— Em minha defesa não era trabalho — Thomas abriu a long neck americana e deu um baita gole antes de me olhar. — Permissão para dar um presente pra meu garoto e levá-lo para jantar essa noite.

Pisquei, fazendo careta. Ele nunca tinha me pedido permissão para nada específico daquela forma, mas no fundo achei legal. Afinal, eu tinha pedido para que perguntasse minha opinião antes de fazer algo que mexesse com a minha vida.

— Se envolver helicópteros, nem pensar.

Ele riu.

— Tudo com os pés no chão dessa vez. Só não quero que fique bravo com o presentinho.

Revirei os olhos, já sabendo que ele gastaria horrores comigo.

— Sabe que não precisa de nada disso, né? Não vou gostar mais ou menos de você por conta de presentes caros.

— Mas eu quero te presentear — começou a brincar com a ponta de uma mecha do meu cabelo. — Deixa, vai?

— Sem exagerar, tá?

— Só um pouco? — ele fez um gesto juntando o polegar e o indicador, além de fazer um biquinho irresistível.

— O que eu faço contigo, Thomas Orsini? — praticamente me joguei em seus braços e lhe dei um selinho estalado. Ele riu sobre meus lábios e o acompanhei. — Meu lado com consciência de classe grita alto enquanto meu lado Patricinha de Beverly Hills acha tudo muito normal.

Nós dois rimos.

— Apenas me deixe te mimar. Use seu lado meu namorado.

Fiquei em choque com a nomenclatura dita de forma aberta e espontânea. Acho que eu ainda estava acreditando que aquilo tudo era um sonho e em algum momento acordaria. Como permaneci incapaz de me expressar por longos segundos, Thomas voltou a me beijar e entramos naquele looping gostoso e abrasador.

Não o respondi, mas também nem precisei. Sabia que ele já tinha providenciado tudo, daquele seu jeito controlador e ostensivo, e que só havia perguntado antes para que não gerasse brigas desnecessárias entre nós. Sabia também que aquela nomenclatura era a correta para o que estava acontecendo.

Só me restava aceitar com naturalidade.

*******************

“NINGUÉM AGUENTA MAIS TER MEDO DE PERDER”

Thomas cochilava tranquilamente no banco de trás do carro luxuoso que alugou para circular por Los Angeles à vontade. Seu braço direito estava sobre os meus ombros e me aconchegava ao seu corpo enquanto olhava para o meu celular, propriamente para a foto que ele, de fato, tinha postado mais cedo. Compartilhei nos stories apenas para os melhores amigos. Sei lá, talvez fosse realmente cedo para gritar flores e corações por toda parte. Eu não imaginava que ele fosse agir daquela forma tão clara e direta, por isso estava assustado tanto quanto maravilhado.

Os bancos da frente eram ocupados pelo Roberto, que dirigia em silêncio, e pelo outro guarda-costas, que se chamava Bill, tão corpulento e sério quanto o primeiro. Os dois mal falavam nada. A mim, então, quase não se dirigiam, apenas quando era extremamente necessário. Ainda pretendia ter uma conversa com Thomas sobre a presença constante daqueles não, pois não sabia como ele conseguia ser vigiado a cada passo. Talvez fosse costume e talvez eu precisasse realmente me acostumar.

Soltei um pequeno bocejo, pois estava cansado do dia na praia. Havíamos tomado banho no mar e depois na piscina do hotel, aproveitamos um papo descontraído na espreguiçadeira, peguei um bronze bonito e almoçamos nas dependências externas do local. Já era fim de tarde em Los Angeles e me sentia completo enquanto admirava o sol se pondo lentamente no horizonte.

De repente, o meu celular tremeu e vi que chegou uma mensagem no Instagram.

HOJE 17:23 PM

Quem é você?

A mensagem recebida foi de um garoto chamado Samuel. Como boa bisbilhoteiro que eu era, cliquei em seu perfil e fui logo conferindo de quem se tratava. Minhas mãos ficaram trêmulas e precisei controlar os nervos ao encarar as fotos nível modelo de sunga. Ele era lind9 e padrão: loiro, cabelos lisos, olhos verdes, sorriso Colgate e um corpo escultural. Só tínhamos um seguidor em comum, claro: Thomas Orsini. Prendi os lábios com força e ergui a cabeça para olhá-lo.

Ainda dormia, coitado, estava exausto da semana toda.

HOJE 17:25 PM

Eu que me pergunto quem é você

Não acredito que Thomas está te pegando

Fiz uma careta, indignado. Por que raios os gays tinham que agir daquela forma? Por que se sentiam ameaçados como se homem fosse ouro a ser desbravado e só os merecedores tinham um? Pelo amor de Deus. Eles eram a causa das maiores mazelas da humanidade. Sem contar que a beleza daquele cara não anulava a minha e nem a de ninguém. Por que era tão difícil manter a comunidade?

Anos de competição numa sociedade doente nos obrigaram a agir como se fôssemos inimigos, mas para o meu lado não rolaria aquele tipo de embate. Prometi não me dispor a vivenciar nem um segundo sequer de rivalidade.

HOJE 17:27 PM

Eu: só acredito vendo

Eu vendo: não acredito

Tipo isso J

Difícil acreditar

Não sei o que pretende com essas mensagens, você quer ele?

Tenta a sorte, amadoh

Ele gosta de sushi J

Além de feio é debochado

Thomas deve tá desesperado mesmo...

Debochado, sempre, feio, jamais Passar bem!

Bloqueei a criatura e fiz uma coisa que achava que jamais faria na vida, porque nunca tive motivos para me esconder: tornei o meu perfil privado. As pessoas não podiam aparecer nas minhas redes e achar que estava de boa falar o que quisessem. A partir daquele momento só entraria quem eu analisasse primeiro. Há muito tempo parei de permitir que me zoassem, me humilhassem e me fizessem crer que eu era feio, incapaz, nojento e coisas piores.

Fiquei muito chateado, quase fervendo de ódio, e louco de curiosidade para saber quem era Samuel, mas alguns minutos de reflexão foram suficientes para que decidisse não atormentar o Thomas com questões ridículas. De nada adiantaria, muito pelo contrário, só nos desgastaria. Prometi a mim mesmo que aguentaria o tranco quando o escolhi, então era o momento de fazer o prometido. Eu precisava ser forte e me manter convicto de minhas capacidades.

Ainda circulava pelo meu corpo a sensação de que era só o começo. Na verdade sempre soube disso, não foi a toa que rejeitei o Thomas durante muito tempo. Contudo, não dava mais para ficar adiando o óbvio e nunca que deixaria ninguém estragar o que construíamos tijolo a tijolo. Cabia a mim manter o equilíbrio e a serenidade.

Já no hotel onde estávamos hospedados, perto do centro de Los Angeles, Thomas me levou para o meu quarto sem desgrudar as nossas mãos. Achei que ele ficaria comigo por um tempo, mas falou depois que entramos:

— Vou deixar você descansar um pouco. Venho te buscar às 20h, certo?

— Tudo bem... — murmurei, sorrindo, mas ainda estava chateado e infelizmente minhas expressões faciais me revelavam sem que eu nada pudesse fazer.

— Você está bem? Aconteceu alguma coisa? — Thomas fechou a porta atrás de si e se aproximou devagar. Começou a afastar os meus cabelos.

— Estou bem, relaxa. Preciso mesmo descansar. O dia foi longo, mas muito bom — forcei um sorriso maior e ele sorriu de volta, todo emocionado, com os olhos brilhantes.

— Amei passar o dia contigo.

— Eu também. E não é que você é legal, Thomas Orsini?

— Que bom que descobriu isso. Antes tarde do que nunca — soltou um riso despretensioso e me escorou na parede antes de me dar um beijo molhado e lento, muito delicioso. Soltei um pequeno ofego de tesão, porque ele tinha aquele efeito sobre mim: qualquer coisinha e a cueca já melava.

Acredito que Thomas percebeu que foi capaz de acender o meu desejo, porque afundou uma mão por dentro da minha bermuda branca até alcançar a parte da minha sunga. O coração foi à boca de imediato. Seus dedos resvalaram no tecido e soltei um gemido mais concreto, com a respiração já errática.

— Acho que você vai ter que adiar um pouco o descanso... — murmurou no meu pescoço, depois passou a distribuir beijos capazes de me arrepiar de cima a baixo.

— Eu também acho — sussurrei em resposta, erguendo a cabeça para lhe dar um acesso mais livre à minha pele e fechando os olhos para sentir aquela sua brincadeira deliciosa entre minhas pernas. — Que tesão você me dá, Thomas.

Ele levou uma de minhas mãos à tora firme que já se pronunciava na bermuda.

— É assim que você me deixa, gostoso. — Inspirou de forma profunda e arrancou a minha bermuda, deixando-me apenas com a sunga. — Eu não estava aguentando mais te ver assim na praia e não poder te comer, sabia? — e foi puxando, devagar, a sunga pra baixo e me exibi, bem depilado para ele.

Thomas não hesitou ao enfiar dedo naquela abertura apertada. Soltei um arquejo e o segurei pelos ombros, trazendo-o para mim.

— Me chupa — sussurrei perto de seu ouvido, entre uma mordida e um beijo dado apenas com a língua. Eu amava atiçá-lo ao máximo. — Quero gozar nessa sua boca — completei, empurrando-o para baixo enquanto ele se deixava ajoelhar diante de mim.

Senti-me um deus poderoso ao tê-lo daquele jeito, vulnerável e literalmente jogado aos meus pés. Thomas me prendeu em um olhar fixo, hipnotizante e até meio ameaçador, antes de passar a língua lentamente na cabeça. Contorci-me um pouco, ansioso e impaciente com aquela antecipação que chegava a doer.

Repousei um pé sobre uma poltrona que estava próxima e, encostada à parede, deixei-me aberto para recebê-lo. Thomas preencheu aqueles lábios saborosos em meu pau, começando a chupá-lo do jeito que sabia fazer e que eu simplesmente adorava. Ele tinha a manha certa para o serviço. Porque “geralmente” os passivos que mamavam os ativos.

Eu delirava em meio aos gemidos enquanto me lambia, sugava. Segurei seus cabelos macios com as duas mãos e passei um tempo acompanhando seu belo trabalho, ensandecido com aquele rosto bem desenhado afundado em meu pau com tanto empenho.

Contorci-me, gemi, agarrei-o com força enquanto ele me roubava o juízo de vez, até que explodi num orgasmo barulhento e muito, muito intenso.

— Ah... Thomas... — gritei o seu nome, sentindo-me repleto depois de alcançar o paraíso por segundos valiosos. Gozar naquela boca perfeita era incrível e eu jamais me cansaria. — Vem aqui. Minha vez, safado.

Ele nada comentou quando eu praticamente o empurrei para o sofá da pequena sala. Coloquei-me diante dele e o olhei demoradamente. Thomas acariciou minha boca primeiramente com delicadeza, mas depois se tornou feroz, puxando meus cabelos e enfiando seus dedos entre eles, obrigando-me a chupá-los.

Eu o fiz enquanto desabotoava sua bermuda e colocava para fora o pau magnífico. Ajudei-o a se livrar de vez da roupa, jogando-a para longe, depois comecei a acariciá-lo com propriedade.

Thomas soltou um arquejo audível.

— Sou louco por essas mãos... E por essa boca que me deu o melhor boquete da minha vida.

Fiz uma expressão desconfiada, mas sorri.

— Mesmo?

— Fiquei maluco quando você me chupou daquela vez. Não costumo gozar durante um boquete, é muito difícil. Aí você chegou e me arrancou um gozo foda logo de primeira.

O meu sorriso se ampliou.

— Foi por isso que você ficou todo esquisito? — perguntei enquanto massageava aquele pau enorme e muito macio, com uma consistência divina e que me incitava a chupá-lo até perder o ar.

— Claro. Pensar em só ter aquilo tudo por uma noite me deixou desajuizado.

— Agora você pode ter sempre que quiser — murmurei, todo malicioso, passando a língua para umedecer os lábios, deixando-os prontos para o combate. — E vai ter agora, bem gostoso.

— Cachorro... — ele rosnou, dando um leve tapa na minha bochecha, e virei o rosto devagar para depois retornar e voltar a olhá-lo como um verdadeiro putinho. Ele fazia com que meu lado mais vadia aflorasse sem qualquer receio. — Safado da porra.

Juntei um pouco de saliva e cuspi lentamente na cabeça rosada e vibrante, excitadíssima. Thomas soltou mais um arquejo. Eu me curvei para lamber apenas a ponta, devagar, e senti quando se contorceu um pouco, estremecendo. Enrosquei os lábios na base, deixando um rastro de umidade, depois subi pela haste rígida de baixo para cima.

— Porra...

Eu adorava vê-lo com tanto tesão assim. Thomas fazia uma careta linda de ser apreciada. Afundei a boca até senti-lo em minha garganta e me obriguei a ficar preso ali. O homem ficou louco e, quando me afastei, percebi seu semblante maravilhado e ainda mais excitado. Circulei as duas mãos ao redor de seu pau, puxando-o em várias direções: cima e baixo, lado e outro.

Ele se contorceu e bem que tentou usar o quadril para me sentir mais, porém usei o antebraço para mantê-lo fixo, paralisado diante de minhas vontades. Misericordiosa, finalmente comecei a lhe dar uma surra com a boca, sugando-o do jeito que sabia e que ele parecia gostar. Dava para sentir a vibração do pau e sua pélvis se contorcendo, além de ouvir aqueles gemidos que tanto me incitavam a continuar.

Ele amarrou meus cabelos em suas mãos. Eu me equilibrei nos joelhos e coloquei aquele pauzão enorme entre eles.

Encarei-o e comecei a me mover, atiçando-o.

— Caralho, Bruno... — o seu desespero era visível. — Você é gostoso demais!

Sorri, maravilhado, principalmente porque as palavras daquela idiota

ainda estavam rolando na minha mente e ouvir a aprovação de Thomas foi mais importante do que ele poderia calcular naquele momento. Não importava o que os outros achavam. No fim das contas, quem me comia não estava reclamando e eu me bastava. Tinha meu charme, beleza, gostosura e atributos mil que me faziam um homão da porra, digno de qualquer coisa e qualquer pessoa.

Foda-se o resto.

Abocanhei a cabeça sedenta. Thomas passou a arquejar mais rápido e alto, completamente entregue.

— Vem... Senão vou gozar na sua boca e quero te comer antes! — resmungou, puxando-me, e circulei seu tronco sobre o sofá, colocando-me por cima.

Agarrei seus cabelos no maior entusiasmo e, disposto a ir fundo, acabei me erguendo para ficar apoiado nos pés. Queria-o da forma mais crua possível.

— Vou te dar uma cuzada, cachorro! — resmunguei, encaixando-nos com força, sem a menor delicadeza. Gememos juntos com o primeiro choque. Eu me senti preenchido de um jeito impensável, por isso gritei: — Pau gostoso do caralho!

Retrocedi uma vez e me afundei novamente, depressa, sem rodeios. Comecei a quicar feito um condenado, sentindo nosso encaixe cada vez mais apertado. Apoiei os braços no encosto do sofá enquanto ele movimentava os quadris abaixo de mim, ávido, selvagem.

Começamos a suar após os primeiros minutos, mas não ousamos diminuir o ritmo. Fomos selvagens, obscenos, explosivos, e mesmo cansado e com os joelhos pedindo socorro não ousei parar nem por um segundo. Thomas ora puxava meus cabelos, e então se posicionava para chupar meus mamilos, ora os agarrava com força e procurava meus lábios para beijar.

Só sei que, quando ele estava completamente vermelho, suado e parecendo arrasado, tive pena e resolvi atiçar o meu pau para gozar de uma vez. Senti que ele me esperava. Com uma mão agarrando os seus cabelos na nuca, e com a outra trabalhando arduamente em meu pau, finalmente gozei gritando feito uma gazela rouco em cima dele.

Foi naquele instante que Thomas me jogou para o lado e veio por cima. Ergueu minhas pernas já doloridas pelo movimento anterior até encaixá-las em seus ombros e mandou ver de uma forma bruta. Ele meteu mais fundo do que nunca e se movimentou de modo animalesco, tanto que o tesão me alcançou de novo e me vi gritando mais.

Por fim, o homem não mais suportou e retirou o pau de dentro de mim para gozar na minha barriga. O primeiro jato foi tão veloz que melou até o começo do meu pescoço. Os outros foram menores, mas mesmo assim saiu muito enquanto ele resmungava e fazia aquela cara deliciosa de quem estava em pleno clímax.

Só então me dei conta de um detalhe importantíssimo: esquecemos a maldita camisinha!

— Oh, meu Deus... — Eu me sentei assim que ele terminou, assustada. — Esquecemos o preservativo.

Thomas se sentou no sofá também, ofegante, arrasado em todos os sentidos.

— Eu sei.

— Como assim, você sabe? Por que não avisou? — tentei não soar tão chateado, mas eu estava. Não gostava de fazer sexo sem segurança.

— Eu descobri apenas perto do fim, Bu — disse, ainda com a respiração errática, olhando-me enquanto tentava voltar ao normal. — Quando pensei em gozar descobri que estávamos desprotegidos e por isso tirei na hora H.

Assenti e me enrosquei nele, porém tomando cuidado pra gente não se melar ainda mais com o gozo.

— Algum problema com isso? — Thomas perguntou depois de uns segundos, quando estávamos mais calmos. — Não sou exatamente um fã de sexo inseguro, mas acho que podemos tentar dessa forma. Confio em você.

— Não vai dar, Thom. Vamos ter que ser mais atentos nas próximas vezes.

Ele aquiesceu e me deu um beijo no topo da cabeça.

— Sem problemas — Thomas me encarou de muito perto. — Você acabou com a minha raça.

Abri um largo sorriso.

— Era essa a ideia.

— Objetivo alcançado com sucesso.

Eu ri e me levantei, mas segurando o líquido que escorria pelo meu tronco para que não melasse o chão.

— Vou tomar um banho — avisei.

— Tá, eu estou indo para a minha suíte. Vou te deixar relaxar agora, prometo. 20h, ok? — Ele se levantou também, já procurando pelas suas roupas jogadas ao léu.

— Ok, lindinho.

Thomas me deu um beijo rápido e corri para o banheiro antes de vê-lo sair. Enquanto o jato quente e forte de água doce aquecia e relaxava o meu corpo, pensava que deveria ser realmente muito difícil perder alguém como o Thomas. Talvez eu desse um de doido e fosse falar merda pros outros nas redes sociais – só que não. Bom, normal eu não ficaria, era certeza.

E então veio aquele sentimento pior de todos, arrebatando-me como uma onda poderosa e devastadora. Era aquela emoção que eu tentava evitar com todas as forças e a que me fez recuar diante das investidas de Thomas. Era a que eu mais odiava, a que me deixava impotente e a que me fazia evitar todo e qualquer tipo de relação mais profunda nos últimos tempos.

Eu não aguentava mais ter medo de perder. Meu Deus, como doía aquela merda!

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Comentários

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Show, cara para de sofrer por antecedência, curta e aproveite o agora, o momento, pensar no futuro agora é burrice, além do mais o homem está aos seus pés, te dizendo palavras lindas, te cobrindo de carinho, e vamos combinar te proporcionando muito prazer com fodas fantásticas com aquele pauzão maravilhoso. Se e quando acontecer aí você se rasga por ter terminado o relacionamento mas você vai ter momentos inesquecíveis pra recordar a vida toda, então relaxa e goza.

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Amei mais uma vez. Cada episódio fica mais profundo. Estou amando como vc aprofunda tanto Thomas e o Bruno. Fico esperando todo dia pelo conto. Virou meu casal favorito.

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