Luna Caliente: Drica se torna nossa supervisora.

Um conto erótico de Lobão
Categoria: Heterossexual
Contém 5277 palavras
Data: 30/05/2023 20:16:27
Última revisão: 02/06/2023 01:17:26

Antes da Adriana se tornar a nossa supervisora, a gente tinha uma zoeira sobre a Rose, envolvendo a música Quarta Cadeira do Matheus e Kauan.

"Tô numa mesa com quatro cadeiras. Aqui já tem três enganados por ela. Bebendo, esperando a rasteira.

Que você vai levar dela. Fica tranquilo, que a quarta cadeira te espera".

A gente usava isso pra zoar o Roger, um colega da nossa ala.

Lá dentro do setor, a Rose tinha um fã clube composto de três membros: o Beta, o Pogobol e o Beque.

Diferente da música, nem todos tinham dado uns pegas na Rose. Dos três, só o Pogobol, na verdade.

O Beta é chamado assim por ser um escravoceta de primeira grandeza. E o Beque tá só na vontade mesmo, mas vive ciscando ali.

Acontece que, em um ambiente com poucas bucetas, elas são mais disputadas. E só tinha três bucetinhas que valiam a pena ali: a Rose, a Bel e a Bruninha.

A Bel era casada e era certinha demais para pular a cerca.

E a Bruninha, bem da Bruninha eu falo depois.

Mas, enfim, só quem tava 100% disponível para o abate era a Rose mesmo.

Só que ela tinha essa mania de transformar todos os pretendentes em serviçais dela. Porra, a maior vítima era o Beta, coitado. O cara terminava o trampo dele e fazia o da Rose. Tipo jornada dupla mesmo. Se fosse pra atrasar um trampo, seria o dele, nunca o da sua mestra. Pagava o almoço dela, servia de Uber. E nunca fiquei sabendo que ele sequer recebeu um selinho em troca.

Por tudo isso, o Beta era a Primeira Cadeira.

O Pobogol é um caso menos drástico. Ele chegou a pegar a Rose por uns meses, mas o modus operandi era o mesmo. Servia de chofer, bancava as contas da garota e tinha que fazer parte do serviço dela.

Ele era a Segunda Cadeira.

E a Terceira Cadeira era o Beque, que foi o menos castigado, mas também o mais distante.

E o nosso amigo Roger estava doido pra virar a Quarta Cadeira.

— Vocês tão exagerando — ele dizia, já relativizando — a menina não é tão ruim assim.

Eu tava vendo ele caminhando ousadamente para o precipício. Até ia dar uns toques, mas não ia passar disso não. Quando o porra do Pogobol começou a pegar a Rose, a gente avisou o cara. Não só o cara não deu ouvidos, como foi contar pra Rose tudo o que a gente tinha dito.

Foi nessa que o Gepeto, o veterano do setor, perdeu a linha e discutiu feio com ela. Até hoje os dois não se bicam.

Detalhe, o Gepeto nem tava na treta. Ele foi se meter e começou a ser xingado pela Rose, que nunca teve papas na língua. Como o cabeça branca nunca foi de levar desaforo pra casa, o bicho pegou.

Depois desse barraco, quando eu vejo um camarada meu indo pro barranco, eu aviso, mas não insisto. A vida ensina. É tomando capote que a gente aprende a levantar.

A mesma coisa quando o Shakira pegou a Doida. Isso não no trabalho, mas lá na minha quebrada. Porra, um monte de nêgo querendo furar os olhos do moleque e a gente avisando. Não deu outra, tomou-lhe um belo par de chifres. Essa foi foda, porque a mina fechou a roda e pegou uns cinco caras, todos “amigos” do Shakira, numa noite só. A garota voltou untada de porra pra casa.

Mas eu tinha deixado pra falar da Bruninha, né?

Bruninha era nossa estagiária. E tinha namorado, mas essa era uma novinha perversa. A Bruninha era toda dada, mas quando o cara avançava, ela recuava.

Inclusive a música que a gente dedicou à ela era Malandramente, de Nego Bam e Nandinho.

"Malandramente, A menina inocente, Se envolveu com a gente, Só pra poder curtir.

Malandramente, Fez cara de carente, Envolvida c'a tropa, Começou a seduzir. Malandramente, Meteu o pé pra casa, Diz que a mãe tá ligando, Nós se vê por ai. Ai safada! Na hora de ganhar madeirada, A menina meteu o pé pra casa, E mandou um recadinho pra mim. (Nós se vê por aí) (Nós se vê por aí) (Nós se vê por aí) (Nós se vê por aí)"

O foda é que a mina tem o dom da sedução.

Inclusive, quem caiu na teia dela foi o Gepeto. O mesmo que quase saiu na mão com o Pogobol por causa da Rose.

O Gepeto, o Juba e o Papa Anjo. Esse último dava em cima de todas as estagiárias e era tarado nas ninfetinhas, daí o apelido.

Os são casados, mas são da tese do “burro preso também pasta”.

O Juba, inclusive, nunca entendi porque esse filho da puta casou. Caralho, ele sai comendo todas e vive se fodendo pra justificar suas escapadas da patroa. Nesse caso, pra que se amarrar? Só pela emoção?

Ainda mais no Brasil, onde a mulher te depena no divórcio. Ali no setor, a gente tinha como exemplo, o próprio Beque e o Biri, nosso delegado sindical. Os caras se fodem até hoje na mão das ex-patroas.

Por esses dias, eu pedi uma pizza e o Biri veio entregar.

— Oxe, tá entregando pizza agora? — eu perguntei, depois de uns dedos de prosa.

— É, tenho que pagar o agiota.

Caralho! Agiota é foda! Eu achava que era descontrolado com dinheiro até conhecer o Biri. O cara se supera.

Mas eu comecei falando do dia em que a Drica virou supervisora do setor.

Lembra que eu falei da Rose que tinha Quatro Cadeiras? Quatro caras que venderiam tudo e dariam o dinheiro pra ela se a garota pedisse?

A Drica, quando chegou, tinha a Távola Redonda. Todo macho do setor – e a Rose – cairam de quatro pra essa deusa grega. Porra, tinha mais cadeira ali do que o Pacaembu.

Sabe aquelas mulheres que entram no recinto e parecem se mover em câmera lenta?

Fora a loirice espetacular, dessas de comercial de shampoo mesmo, a mulher tem os olhos mais hipnotizantes que eu conheço. Lembro que eu fiquei um tempão tentando descobrir, afinal de contas, se eram azuis ou verdes, mas eles pareciam mudar de cor. Diz ela que são cinza-claros, mas a gente costuma falar que são olhos de fada, que mudam de cor conforme o ânimo da moça.

Moça é jeito de falar, ela já é uma senhora. Quando eu descobri a idade dela, quase caí pra trás. A mulher foi conservada no formol, não é possível.

Porra, quando a gente conheceu a filha da Drica, pensamos que era sua irmã mais nova.

— Não, Drica, fala sério — insistiu o Juba — você adotou ela, né? E adotou adolescente, já.

Tem dois caras lá no setor que é foda de competir: o Juba e o Grilão.

Eles tem aquele jeitão de cafajeste que mulher adora e são gente boa pra caralho, fora a presença, né? Não tem concorrência, tá ligado?

Detalhe: ambos casados.

O Grilão, inclusive, recém-casado. A mulher dele é a delicinha da Natália.

Na época em que ele era noivo, inventou de trazer a Nat pro churras no trampo. A urubuzada só esperando o Grilão se distrair. Quando a noivinha ficou sozinha, vários atacaram. Só talarico naquele setor.

Pode ser o equilíbrio do universo. Os caras gostam de meter um chifre na mulher, então toda vez que eles se distraem, os urubus tentam foder as garotas deles.

Eu não sou santo. Já peguei mulher casada. Mas é foda. Já passei por uma situações bem embaraçosas por conta disso.

Enfim, além da Drica ser de uma beleza ímpar. A filha da puta era inteligente e simpática. Porra, ganhava da Bruninha em simpatia.

Até a Rose foi fisgada.

A gente sabia que ela cortava pros dois lados. Depois do término com o Pogobol, ela começou vir pro trampo na garupa de uma “amiga”. E direto, os caras do bar diziam que as duas se pegavam lá na Praça dos Maconheiros.

Naquela época, estava rolando um Game of Thrones entre as gerências. A Drica era uma desafeta do Thiagão, que era um desafeto do nosso gerente, o Toninho. Como o inimigo do meu inimigo é meu amigo, o Toninho comprou a briga da Drica só pra irritar o Thiagão. Só que o cara estava retaliando. E, como a gente dependia do setor dele pra fazer o nosso trampo, ele estava fodendo a gente. O serviço vinha todo cagado e toda a chance que eles tinham de atrasar a nossa vida, eles faziam.

Assim como a Bel, a outra bucetinha lá do trampo, a Drica era super certinha. Ela se recusava a fazer as falcatruas do Toninho e do Carlão, nosso outro supervisor. Aliás, ela era tão certinha que chegava a ser chata. Pelo menos, lá no trampo.

Fora do trampo, a gata gostava de uma bagunça.

Diferente dos colegas, eu morava perto do trampo, então não tinha a menor pressa de ir pra casa depois do expediente.

Eu sempre ficava enrolando nos botecos, afogando a frustração na bebida.

Os casados – Juba, Grilão, Gepeto, Roger, Papa Anjo, etc – costumavam ir embora cedo. A Rose ia embora mais cedo que todo mundo, mal cumprimentava a gente na saída já corria pra praça sentar na garupa da sua “amiga”.

Então ficava eu e os camaradas do bar até à noite, jogando e bebendo.

Acontece que a Drica gostava de jogar e beber também.

De repente, ninguém mais tinha pressa de embora. Todo mundo até anoitecer no bar, inclusive os casados, que falavam pras patroas que a empresa tava obrigando todo mundo a fazer hora extra. Claro, tinha um limite de vezes que dava pra fazer isso. Se eles estão fazendo tanta extra, porque a grana não entra? Os casados acabavam sempre saindo mais cedo e indo só vez por outra, enquanto os solteiros e/ou divorciados – como a Drica – ficavam no bar todo dia e até mais tarde.

A Drica sentava na ponta da mesa e eu na outra ponta. E todas as atenções se voltavam pra ela, lógico.

Foi quando a gente conheceu a “amiga” da Rose: a Monique. Como a Rose não queria arredar o pé do bar, enquanto a Drica estivesse lá, a Monique acabou ficando com a gente.

Basicamente eu e ela éramos as pessoas menos interessadas na Drica. Ela por causa da Rose e eu porque achava uma perda de tempo competir com o setor inteiro pela nossa chefa.

Acabou que a gente ficava trocando ideia.

Descobri que a Monique trampava na noite. Entenda-se, era uma GP, garota de programa, ou seja, fazia um Airbnb da própria buceta. Inclusive, ela conhecia a Luna, a melhor puta que eu já comi na minha vida.

Eu costumava ser muito putanheiro, especialmente quando entrei na firma. À ponto do gerente me chamar pelo nome. Mas fazia tempo já que eu não aparecia em um cabaré.

E descobri que Monique e Rose estavam morando juntas.

A gente ficava no bar até umas dez, dez e meia, a Monique levava a Rose pra casa e ia trampar. Só voltando pra casa de manhãzinha.

Quando os casados iam embora, ficava só eu, a Rose e a Drica da firma. Quase dois casaizinhos. A Rose grudada na Drica e eu conversando com a Monique. Exceto pelo fato de que eu estava só conversando mesmo.

Acho que foi o maior contato que eu tive com a Rose desde que ela entrou na firma. Eu conhecia mais a fama da garota, mas comecei a entender porque suas vítimas insistiam que a moça não era tão ruim assim. Sim, ela tinha seu lado fofo e meigo, mas por baixo dava pra perceber o comportamento manipulador.

A Drica era super atenciosa e tanto sabia ser meiga quanto sabia ser enérgica, dependendo da situação. Dentro da firma, ela botava ordem na casa. O que lhe angariou vários desafetos. Vários boatos correndo.

Os mesmos de sempre, que ela deu a bucetinha pra alguém afim de crescer na empresa. Provavelmente pro Perninha, o nosso coordenador. Até aí diziam que a Bel, a mulher mais certinha do setor, corneava o marido com todo mundo, então o que esperar da maledicência da Rádio Peão? “Peão é a imagem do cão” — já dizia alguém.

Da Tropa da Drica, quem mais rodava era eu. Lá no trampo tínhamos os titulares de repartições e os flutuantes. E eu era um flutuante. Na verdade, eu já tinha sido de tudo naquela porra. Cheguei na operação, fui para o administrativo, voltei para a operação e servia, basicamente, de quebra-galho pra tudo quanto precisassem de mim. Caralho, era eu quem passava treinamento para os estagiários, inclusive para a delicinha da Bruninha.

Bruninha, inclusive, que começou a colar com a gente no bar. Com a chegada da Drica, o pessoal desgrudou dela. Eu tinha pra mim que ela tinha terminado com o namorado ou o cara era tão gado quanto o Beta, porque a menina ficava com a gente no bar até fechar todo dia.

Então, enquanto a Távola Redonda se reunia em torno da Drica. Eu conversava com a Monique e a Bruninha. E, porra, a novinha além de zoeira e gente boa, gostava de falar de putaria. Ela vivia perguntando coisas quentes pra Monique, quase como se ela mesma quisesse entrar na noite. Não vou mentir, eu estava ficando de pau duro ouvindo as putarias que as duas conversavam. A filha da puta da Monique percebeu e esticou a perna, por baixo da mesa para medir o tamanho da minha ereção. “Caralho, essa porra vai me custar caro” — eu pensei. Mas à essa altura o sangue já tinha descido, então fiquei me esfregando no pé da menina como um chihuahua. Vez por outra, a Monique olhava para mim, mas sempre com um sorriso de canto de boca. Vi ela sussurrando algo no ouvido da Bruninha e a estagiária arregalou os olhos, depois riam em cumplicidade. Ficamos naquela brincadeira e, na despedida, ao invés do beijinho no rosto que ela sempre me dava, veio um selinho bem molhado. E ela me passou um pedaço de papel: o número do seu zap.

“oi” — mandei.

“oie” — ela digitou — “soh vou deixar a rose em ksa e a gente se encontra”.

GPs tem uns locais de encontro bastante peculiares. No caso, o muro de um cemitério.

Achei que ela ia aparecer de moto e que, se tudo desse certo, a gente iria pra um motel. Ela apareceu veio à pé, já quebrando a minha expectativa.

— Oi — ela me cumprimentou, já enfiando a língua na minha boca, num dos beijos mais gostosos que eu já tive o prazer de experimentar — Hmmm… boca gostosa a sua, bebê. Bem que a Luna falou.

— A Luna… falou de mim? — eu perguntei incrédulo. Essas meninas pegam vários clientes por noite. A probabilidade dela realmente lembrar de mim em meio ao oceano de picas já quicadas era meio improvável.

— Falou, amor. Inclusive falou da sua tara por incesto, paizinho. Vem, sua filhinha conhece um cantinho bem escondido pra gente se divertir.

“Ok, isso foi bem específico” — eu pensei, mal conseguindo conter a pica dentro das calças. A menina realmente ouviu falar de mim.

O “cantinho” era uma casa abandonada. A gente pulou a mureta pra entrar. Sabe num filme de terror, quando um casal vai fazer merda numa casa mal assombrada e se fode. Exatamente essa a situação. Claro que isso foi algo que eu racionalizei depois. Naquele momento, eu só conseguia olhar para as tetas e a bundinha saliente rebolando na minha frente.

Mal invadimos o terreno, ela já me encostou na parede e enfiou aquela linguinha marota na minha boca faminta. Monique geme, enquanto beija, sua voz ressonando entre as nossas bocas, nossas linguas se agarrando, se esfregando, se mesclando. Nem percebi quando ela abriu minhas calças. Quando dei por mim, a pica já estava exposta aos elementos. Mas por pouco tempo. Logo a Monique caiu de boca. Primeiro aquela lambida gostosa, medindo o comprimento do danado. Depois a abocanhada na cabeçorra inchada. A menina chupava tão bem que logo, eu estava estocando na boquinha dela, puxando aqueles cabelos sedosos que a Monique tem. Foi uma rapidinha bem rapidinha mesmo. A filha da puta ordenhou a minha porra num ritmo frenétido e logo eu estava gozando litros de porra naquela boquinha faminta.

— Gostou da boquinha da sua filhinha, papai? — ela perguntou, limpando o canto da boca.

Terminado o boquete, ela me pediu uma carona para o trampo.

— Eu saio às seis — Monique me falou, depois de se despedir com mais um daqueles beijos deliciosos de língua, no melhor estilo saca-rolhas — se você quiser me pegar, manda um zap. Senão, eu pego um Uber.

Cinco e meia eu pulei da cama. A minha pica já com saudades da boquinha da danada.

“Sai do servico paizinho” — ela mandou no zap.

“Saindo de ksa” — respondi.

A gente se encontrou na padaria, perto do trampo dela.

Tomamos nosso café da manhã e conversamos um pouco.

Na volta para a casa dela, a menina veio me punhetando.

— Não sei o que você tem, paizinho — Monique falou — mas eu não consigo ficar longe da sua pica.

Vamos ser sinceros aqui. Eu não devo ser o primeiro trouxa que ela engabelou com essa conversinha. Mas ela tinha esse jeitinho de menina sapeca que me mesmerizava. E eu ficava me perguntando se foi com esses truques que a Rose transformou os outros em escravocetas. Se fosse, eu estava fodido, porque a Monique tinha encontrado o meu Calcanhar de Aquiles. Exatamente como a Luna antes dela. E eu só tinha conseguido “me livrar” da Luna porque ela foi trampar em um cabaré longe e caro pra caralho. Foi por essa época que eu parei de frequentar cabaré.

Mal chegamos na casa onde ela morava com a Rose, a menina já veio com aquela boquinha na minha rola.

— O que está fazendo? — eu perguntei. Alarmado com a possibilidade da Rose, sei lá, sair pra comprar pão e pegar a gente no flagra.

— Tô pagando o Uber, paizinho — Monique falou, toda dengosa, já se banqueteando no meu caralho ereto.

Fechei os vidros filmados e me agarrei no volante.

Era como se a minha pica tivesse entrado num turbilhão. A filha da puta sabia como ordenhar um leitinho de macho. Em pouco tempo, eu já estava travando os dentes e engolindo o urro, enquanto esporrava fartamente na sua boquinha de anjo.

Vez por outra a Monique me usava de Uber. E sempre pagava a corrida com aquele boquete bem servido dela.

Alguns meses depois da Drica se tornar supervisora, a gente foi convidado a fazer uma bagunça na casa dela. Na sexta-feira de pagamento.

Foi quando descobrimos o karaokê improvisado que ela tinha em casa. Não era um karaokê de verdade, mas uma caixa de som que a Drica ligava no notebook. A gente procurava versões karaokê das músicas que queríamos cantar, no You Tube. E era isso. Nada de pontos, nem nada.

Foi quando conhecemos as filhas dela.

A Drica tem três filhas: Bia, a mais velha; Fabi, a do meio e Aninha, a caçula.

Foi quando a gente começou a se perguntar a idade da Drica, já que ela parecia ser pouco mais velha do que a delicinha da Bia. E assim nasceu a zoeira de chamar as duas de irmãs. “Bia, fala pra sua irmã tal coisa”. “Drica, sua irmã tá te chamando”. “Mãe desnaturada essa, que larga essas quatro meninas no mundão”.

A Aninha, tadinha, por ser a mais novinha, era quem menos entendia essa zoeira.

— Não é a minha irmã. É a minha mãe — ela dizia, emburrada.

— Os meninos estão brincando com a mamãe, filha — a Drica explicava.

Fora o pessoal do trampo e as filhas da Drica, tinha também os agregados. A Drica sempre foi uma pessoa de fazer tudo em família. Então os pais dela – Seu Pereira e Dona Gertrudes – estavam sempre com a gente, bem como o namorado da Bia – o Luquinha – um cara bem mais velho que, inclusive, trazia as gêmeas – Mila e Gi – de um outro casamento, meninas da idade da Aninha. Além dele, estavam seus pais – Augusto e Giovanna – amigos de longa data da Drica.

Claro que, havendo karaokê, não podíamos deixar de cantar a Quarta Cadeira e Malandramente, praticamente um hino à Bruninha e à Rose.

Como sempre, a Drica monopolizava a atenção, aqueles grandes olhos, ora verdes, ora azuis, hipnotizando todo mundo ao seu redor, como uma estrela ao redor da qual todos gravitavam. Bem, quase todos. Eu, a Monique e a Bruninha conseguíamos escapar do Horizonte de Eventos.

Quando eu não estava conversando com as meninas, dava atenção para a família da Drica.

Eu e o Luquinha nos demos particularmente bem. Ele era bem mais velho do que a Bia, mas também um pós-adolescente que ainda curtia games e nerdices. Não era sempre que a mãe das gêmeas liberava as meninas para ficar com ele, mas quando acontecia, elas eram criadas como se fossem moleques. Pouca disciplina e muita bagunça. Embora a Drica parecesse novinha, era ele quem se comportava feito moleque. Mas o bicho tinha carisma e era difícil não simpatizar com ele, mesmo discordando da criação que ele estava dando para suas filhas.

E, sempre que tinha festinha na casa da Drica, eu bancava o Uber pra Monique, sendo devidamente recompensado por aquela boquinha gostosa dela. Agora a gente nem descia do carro. Eu parava em um canto qualquer e ela me chupava até receber leitinho quente na boquinha gulosa.

Quando eu voltava, não dava pra me esquivar da Drica, embora eu costumasse evitar aqueles olhos mesmerizantes dela. A Rose agarrada na Drica de um lado, eu e a Bruninha do outro. Como eu já tinha gozado na boquinha da Monique, ficava bem mais tranquilo, mas ainda assim era foda não ficar tentado com todas aquelas gostosas. E, porra, as filhas da Drica puxaram a mãe. Eram três delicinhas. Mesmo a novinha da Aninha já estava na idade de dar trabalho na rua, sabe? Já devia ter um monte de moleque babando por ela.

Foda de estar à sós com elas é que ficava extremamente difícil não sucumbir à simpatia da Drica e da Rose.

Eu ficava o tempo todo atento ao comportamento manipulador da Rose. Não era tão difícil perceber quando você percebe o padrão. E ela era descarada. A todo momento, tentando botar uma coleira ao redor do meu pescoço. E eu me esquivando mais do que o Neo no Matrix. Porra, a garota já tinha uma legião de escravocetas e queria mais um? Mentira, mentira, mentira, verdade, mentira. Esse era o padrão. Ela enfiava um fato no meio de um monte de narrativas e esperava, com isso, que a gente comprasse o pacote completo. Rose gabaritava as falácias, tanto as formais quanto as informais: ad homini, falsa simetria, espantalho, declive escorregadio. Tinha de tudo. Há quem diga que ela é burra, mas é um ledo engano. A menina é extremamente inteligente, tem uma memória prodigiosa e uma habilidade de manipulação ímpar. Está perdendo tempo na empresa. Se ela entrasse para a política, estaria com muito dinheiro na calcinha.

Já a Drica era muito mais sutil. Ela dourava a pílula. Eu sentia um ímpeto de manipulação vindo dela, mas não conseguia distinguir exatamente o método. O tom de voz sempre calmo, quase tedioso, uma cantiga de ninar que te deixa meio em transe. O perfume dela te rodeia como uma bruma relaxante, um cheirinho gostoso, quase açucarado, mas ao mesmo tempo refrescante. A Drica quase não fala de si mesma. A conversa toda gira em torno do interlocutor. Ela tem bastante repertório, mas não é pedante. Não, ela está constantemente elogiando os argumentos das pessoas, mesmo os mais absurdos. E busca na sua vasta biblioteca de referências uma para te fazer parecer um gênio, mesmo que você esteja falando a maior asneira. A filha da puta é uma sereia. Impossível resistir ao seu canto.

Após cada festa, a gente conversava sobre uma variedade estonteante de assuntos. A Drica nos deixando completamente confortáveis, nos vários níveis de conhecimento e a despeito da Rose sempre tentar monopolizar a atenção. Drica é como uma maestrina – ou, para ser justo, uma maestrona – e nossos discursos eram os instrumentos da sua orquestra. De alguma forma, ela conseguia transformar uma vozearia sem sentido em música. Quase dava pra ver ela erguendo a batuta para nos reger.

“Por que você resiste?” — era como se seus olhos azul-esverdeados me dissessem — “Eu te beijaria indefinidamente, o deixaria em rodopios fascinantes, suas bem humanas insaciabilidades teriam lábios, manjares, bebidas. Venha, venha viver deliciosamente”.

E era mesmo foda resistir. Tão mais fácil se render ao encanto. Tão mais simples não pensar. Mas, de alguma forma, eu ainda resistia. Não na madrugada de sexta para sábado, mas na segunda de manhã. O feitiço da sereia se dissipava em ambiente de trabalho e eu conseguia me esquivar dela o suficiente para me limitar às minhas funções.

A Bruninha estava ficando cada vez mais soltinha a cada encontro.

— A Monique tá me corrompendo — ela dizia — Olha só isso.

E ela me mostrava as conversas das duas no zap. Altas putarias. A ereção vinha na mesma hora, foda resistir. Ainda mais com a novinha tão perto de mim que eu sentia o odor do vinho no seu hálito.

Bom, sábado de manhã, após a sexta da bagunça, lá estava eu na padaria tomando um café com a Monique.

O bom de conversar com uma GP como ela é não ter tabus. Dá pra conversar sobre putaria sem trava. E é sempre bom trocar idéias com alguém que não está querendo comer a sua mente o tempo todo. A Monique só queria mesmo uma carona e, em troca, ela me deixava foder sua boquinha gulosa até esporrar fartamente.

Ela pegou uma mania de me provocar, pouco antes de gozar. A filha da puta lambia a minha pica, olhando bem nos meus olhos e dizia:

— Dá leitinho na minha boquinha de ninfeta, dá papai. Enche a minha boquinha de porra, paizinho.

E, quando ela fazia isso, eu não demorava a atender, gozando litros de porra naquela boca de vadia dela.

Daí a gente voltava para a casa da Dri. Eu apanhava a Rose e a gente ia pra casa delas.

No começo, eu nem saía do carro. Deixava as meninas no lugar, a gente se despedia e eu tomava o meu rumo. Mas, com o tempo, a Monique ficou insistindo para que eu entrasse. Ela precisou convencer nós dois, pra dizer a verdade. Na cabeça da Rose, eu era um rival. Surpreendente, ela ficou aliviada ao descobrir que a Monique me pagava as caronas com boquetes. Sei lá, era como se ela tivesse algo contra mim, para usar caso eu me aproximasse demais da Drica, a sua diva. Tanto que ela nem ligava da Monique me chupar na sua frente. Era meio bizarro a GP me chupando por baixo da mesa, enquanto a Rose tomava café, mas ao mesmo tempo, dava um tesão da porra.

Diferente do que eu imaginava, a Rose era bastante fria com a Monique. Era como se elas realmente so dividissem o aluguel da casa mesmo. E a Rose caga e anda para as pessoas que ela não tem interesse. Tanto que ela nem ligava pro fato de eu estar gozando na boquinha da Monique bem ali do seu lado. É como se a humanidade da Rose fosse uma chave que ela liga e desliga. Num momento, ela tá toda fofa e meiga. No momento seguinte, ela fecha a cara e te ignora completamente.

Não preciso dizer que a Drica ficou sabendo rapidinho das caronas que eu dava pra Monique, né? Mas se ela ficou incomodada com isso, não demonstrou. Continuava me tratando do mesmo jeito.

A única diferença que fez foi a Monique ficar bem mais saidinha, pegando na minha rola sempre que a oportunidade se apresentava.

Agora, lá no bar, ela já não sentava na minha frente, mas ao meu lado. E sempre que a Drica fazia a sua magia e todos os olhares se voltavam para ela, a Monique já enchia a mão no meu caralho, mesmo com a Bruninha olhando estupefata.

Mesmo disfarçando, era bem óbvio o que tava rolando por baixo da mesa.

— Bota pra fora, paizinho — Monique sussurrou no meu ouvido — deixa a sua filhinha te fazer um carinho gostoso, vai.

“Miga o q vc tah fazendo?” — a Bruninha mandou no zap.

“A pika dele eh mto gostosa miga kkk toh tentando convencer ele a botar pra fora” — a Monique respondeu.

“C eh loka miga”

“Eu naum resisto a uma rola gostosa”

Meu coração batia forte pra caralho, mas aquela conversa maluca e a Bruninha sorrindo enquanto digitava me tirou do sério. O bichão tava enganchado na cueca, então eu tive um trabalhão pra sacar ele pra fora. Toda hora a Bruninha só sorrindo pra mim.

A Monique encheu a mão. E eu imagino que essa menina ganhe mesmo muito dinheiro na noite, porque tudo o que ela faz é maravilhoso. O beijo, o boquete e, agora, a punheta. A filha da puta enfiou a mão na própria boca, na frente de todo mundo, deixando ela bem babada, antes de me punhetar gostoso. A Bruninha deu aquela mordida tesuda no lábio e se contorcia desconfortavelmente na cadeira, enquanto a Monique sussurrava putarias no meu ouvido — “Olha, paizinho, como a Bruninha tá doida pra rebolar aquela bucetinha de ninfeta dela na sua pica, olha”. Ela ficou me punhetando bem gostoso e, quando eu estava quase gozando, meu olhar cruzou com o da Drica. Aqueles olhos de vampira se fixaram em mim. Ela nem estava falando comigo. Nem sorria para mim. No entanto, nessa rápida troca de olhares, houve a mesma mordidinha de lábios safada que a Bruninha tinha feito. O primeiro jato de porra emergiu de baixo da mesa subindo quase até a altura do meu peito antes de atingir o prato diante de mim. A Monique puxou o bichão e os outros jatos atingiram o fundo da mesa, sujando toda a minha calça e a mãozinha dela. Olhei para a Bruninha e ela estava com a mão tampando a boca, toda corada. A filha da puta da Monique ainda lambeu a mãozinha toda melada de porra, antes de pegar os guardanapos para limpar a sujeira.

Logo depois, a Monique me passou o meu contato para a Bruninha.

“Essa pika eh uma delicia miga vc precisa conhecer” — ela mandou.

Mais tarde, a Bruninha mandou uma mensagem, comentando como a Monique era maluquinha.

FALA PESSOAL

Quem chegou até aqui, não esqueça de dar aquela moral nas estrelas, beleza?

AS QUATRO BUCETINHAS DO TRAMPO:

Bel: a comportadinha.

Rose: a mesa com as quatro cadeiras.

Bruninha: a estagiária gostosinha.

Drica: a nossa nova supervisora.

AS QUATRO CADEIRAS DA ROSE:

Beta: a primeira cadeira.

Pogobol: a segunda cadeira.

Beque: a terceira cadeira.

Roger: a quarta cadeira.

OS GARANHÕES DO TRAMPO:

Juba: casado, mas pega todas.

Grilão: marido da Natália, aquela delicinha.

OUTROS COLEGAS:

Gepeto: o veterano do setor.

Biri: ou Berinjela, nosso delegado sindical.

Papa Anjo: casado, gosta de novinhas.

Toninho: nosso gerente.

Carlão: o outro supervisor.

FILHOS DA PUTA:

Thiagão: gerente de outro setor, que tem raiva da Drica.

PESSOAS DE FORA DO TRAMPO.

Shakira: ou Elba Ramalho, um camarada meu da vila.

Monique: divide o aluguel com a Rose.

Luna: uma dama da noite que fez a minha cabeça.

FAMÍLIA E AGREGADOS DA DRICA:

Bia: filha mais velha.

Fabi: filha do meio.

Aninha: filha caçula.

Seu Pereira: pai da Drica.

Dona Gertrudes: mãe da Drica.

Luquinha: namorado da Bia, portanto genro da Drica.

Augusto: pai do Luquinha.

Giovanna: mãe do Luquinha.

Mia e Gi: filhas gêmeas do Luquinha de outro casamento, ou seja, enteadas da Bia.

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Foto de perfil genéricaLobo Mau CCEContos: 4Seguidores: 12Seguindo: 0Mensagem fabianthorm@yahoo.com.br

Comentários

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Show este conto. Acho que essa loira Val aqui é a Drica em pessoa. Olhos verdes azulados e ¨conservada em formol¨. Aliás, todos quando veem minhas filhas, pensam que são minhas irmãs. Rsrs. Na faculdade eu era a dona da távola redonda como ela. Porém, ao invés de bajuladores, eu preferia pegar aqueles que pareciam não se interessar por mim. Sei lá porque. Li atentamente e gostei de tudo até aqui. Apenas um pouco perdida tentando gravar todos esses personagens. Venha me conhecer lendo os meus. Bjs, Val.

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Ô Lobo Mau CCE, se é para virar escravoceta dessas manipuladoras tudo bem, desde que o acesso as bucetinhas delas seja total e irrestrito, de uma, duas ou em grupo, viro escravoceta. Será? Mas não passo mas vontade de xoxotinha molhada nem fico chupando dedo, sonhando com a sobremesa ali na cara, na vitrine sem poder degustar, isso é que não pode, ser um babão, mero expectador da vida sexual alheia. Com bucetinhas liberadas, favores idem. Sem bucetinhas a disposição, Neca de pitibiriba!

Conto bem escrito, fantasias tesudas, e uma porrada de personsgens, todos muito bem delineados.

Meus parabéns!

Bem vindo ao CCE!

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Essa é a continuação de alguma série q foi apagada?

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