Em Terra de Cego Quem Tem Zóio é Rei (08)

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2121 palavras
Data: 20/04/2023 11:34:17

Passei meses tentando comer meu objeto de desejo - não, eu não estou falando do meu eterno objeto de desejo, a loira gostosíssima que eu não encontrava desde a juventude, a irmã do meu colega Atentado.

Refiro-me mais bem ao objeto de desejo mais recente: minha primeira descendente de orientais, a Japonesinha.

Essa colega de trabalho gostava de ler, o que veio oportunamente, pois eu começava a escrever textos eróticos, e assim matava dois coelhos: Tinha alguém para opinar sobre meus contos e ficava de assanhamento com a garota.

A única complicação entre meu caralho e aquela bucetinha inédita sino-brasileira surgia num pequeno, minúsculo, quase imperceptível detalhe: Eu era casado. Vocês podem até achar não ser um problema, mas era.

Depois de um tempo onde eu e minha esposa comíamos a babá gostosinha que ela contratou, chegamos à concusão de que isso de casamento aberto era prejudical à nossa saúde sexual, então definimos a relação em duas bases: Lealdade incondicional e ciumes irremediáveis.

Pular a cerca, jogar água fora da bacia, ciscar no quintal alheio, comer lanchinho, não importa como se diga, nada disso seria admissível depois da babá safada e anos de boa-vontade e adestramento mútuo.

Os sarrinhos com A JAPINHA, além de uma falta grave, anunciavam uma disposição mental ao divórcio de minha parte.

Obviamente, minha segunda esposa percebeu algo de podre se passando no reino conjugal, cavou aqui, buscou dali, descobriu os contos eróticos e se armou a confusão.

É bem certo, o estopim não foram os tais textos apócrifos, muito menos as esfregadas na colega oriental, mas sim minhas conversas picantes mantidas on-line com algumas garotas dos sites de encontros casuais, algo um tanto explícito.

Essa não, chegou o momento que eu postergo faz tempo, é hora escrever sobre isso…

Odeio falar sobre términos, principalmente porque os meus foram péssimos. Como da outra vez, o motivo foi uma bela pulada de cerca. O mais engraçado é que sempre eu me esforçava para ser fiel, mas no fim, depois de anos, sempre dava merda.

Como da vez em que eu fui morar junto com a namorada na praia, e terminei fodendo com sua melhor amiga, que dividia apartamento com a gente.

Ou ainda como no meu primeiro casamento com a venezuelana, que terminou em uma festa onde inacreditavelmente eu comi essa ex-namorada no banheiro, fui flagrado pela esposa e tudo se acabou.

Daí, anos depois eu casei justo com essa ex-namorada, a da melhor amiga fodida no apê da praia e a mesma mulher do banheiro da festa. Olhando assim, essa esposa devia ter lá seus problemas também, porque tudo indicava que eu não era lá o melhor companheiro do mundo e, a despeito de tudo, ela foi capaz de casar comigo.

Talvez por haver quebrado a confiança em mim depositada apesar deste histórico de canalhice compulsiva me custe falar sobre o tema, mais ainda neste caso em específico, onde a vítima de minha inconsequência já havia estado nos dois polos de minha INFIDELIDADE: traída uma vez e co-autora de outra traição.

Eu sei, estou enrolando e não entro no tema, mas paciência, tinha que dar estas explicações.

Eu estava escrevendo contos eróticos. Eu tirava sarro da japonesinha no trabalho. Eu me correspondia virtualmente com outras mulheres. Mas até aí, eram somente ensaios para o crime, pois nenhum delito havia sido cometido de fato.

Apesar disso, todo este clima extraconjugal foi afetando nossas vidas, criando um contexto de desconfiança. Logo, minha segunda esposa estava de orelhas em pé, verificando, monitorando, fiscalizando.

E eu ali, incomodado comigo mesmo e com as consequências de tudo que eu fazia, me sentindo culpado e ultrajado ao mesmo tempo. Ninguém merece viver assim, independentemente se traído ou traidor, a vida deveria ser algo muito melhor.

E foi justamente por chegar a esta conclusão sobre a vida que eu pedi um tempo: as coisas estavam ficando confusas e era necessário pensar com calma e tranquilidade nos próximos passos, não cagar a relação, mas nem tampouco submeter à pessoa querida a nada aviltante.

Saí de casa, fui dar a mim mesmo a oportunidade de repensar as coisas.

Demorou exatamente uma semana até eu ir num bar e por acaso reencontrar uma loira, antiga colega de trabalho, agora mais linda e mais divorciada que antes.

Demorou só meia hora para a gente começar a conversar e não parar mais.

Demorou só quinze minutos para chegar num motel.

Demorou o resto da noite fazendo um sexo selvagem e desmedido, sendo chupado, desejado, solicitado, convidado a experimentar e deixar ser experimentado, voltando a praticar posições e situações na cama que há muito haviam saído de meu repertório, para dar-me conta de que a vaca já tinha ido para o brejo e se atolado até o pescoço - e que não tinha a manor condição de seguir com aquele casamento.

Enfim, depois da noite no motel, demorou somente um dia para eu buscar minha segunda esposa e explicar que não havia mesmo jeito, que se ela quisesse manter sua dignidade o melhor seria o divórcio, porque eu não via mais como poderia ser fiel a alguém outra vez.

Não importa, eu estive mal nesta história, confesso.

Terminei me separando novamente já com uns quarenta anos e, para iniciar a nova fase, mudei de emprego também - e eu sequer tinha comido minha primeira bucetinha oriental.

Isso não me saía da cabeça, cheguei mesmo a marcar horário com algumas profissionais do sexo com esta característica, mas eu desistia em cima da hora, sei lá, não parecia a mesma coisa.

Nestas idas e vindas, já quase um ano depois de conhecer a japonesinha, me deparei com ela casualmente num restaurante macrobiótico que eu sabia ser frequentado pela garota - ok, não era tão casual assim, pois eu odeio macrobiótica e passei a ir lá só para tentar encontrá-la.

Eu fingi surpresa, terminamos almoçando juntos e, obviamente, recordando dos famigerados contos eróticos.

E daí já fomos para o apartamento dela, para ver sua coleção de quadrinhos eróticos, um gosto que eu desconhecia.

E vendo os comics, passamos a simular as cenas e discutir como podiam ser melhores, tal como fazíamos no passado.

E, simulando, voltamos aos sarrinhos, sempre vestidos, mas agora um tanto mais atrevidos.

E, me atrevendo, com a Japinha sentada sobre meu colo fingindo cavalgar no bichão, coloquei as mãos por baixo de sua saia e retive nas minhas palmas as suas nádegas firmes e redondas.

Esse foi o ponto sem volta, o contato de minhas mãos na sua bundinha disparou uma corrente elétrica em minha espinha dorsal, comecei a beijar seu pescoço, ela respirava mais profundamente e suspirava, eu já tinha o rosto entre seus seios e sua bucetinha babando minhas pernas…

Seria agora ou nunca, eu iria devorá-la livremente, sem amarras matrimoniais nem culpas éticas, ela estava ali, entregue, disposta e ao meu alcance.

Contudo, neste momento ela me afastou, sôfrega com os amassos, dizendo: “Espera, eu não posso… Meu noivo, não posso fazer isso com meu noivo!”

Merda, porque as mulheres ficam noivas? E porque, se estão noivas, se metem comigo?

Essa já devia ser a quarta vez na minha vida que uma mulher, antes ou depois de foder, confessava ter um noivo.

Até a porra da babá gostosinha tinha um noivo - e ainda dizem por aí que o matrimônio é uma instituição falida!

Bem vida tem dessas coisas: você conhece a garota, você sarra a garota, você perde de vista a garota, você reencontra a garota, vai até o apartamento dela, sarra de novo, você passa a mão na bunda dela, você vai finalmente comer a garota, vai ser a primeira oriental que você fode na vida e…

Ela se afasta dizendo que tem um noivo!

A menção da palavra “noivo” me surpreendeu de tal maneira que congelei ali mesmo, com a garota sobre mim e minhas mãos na bundinha dela.

Que porra de noivo era esse? Como ela nunca havia mencionado esse cara? Isso realmente empataria a foda? Será que ela tinha uma amiga oriental para me apresentar, preferencialmente sem noivo?

Ela então explicou que era noiva há muitos anos, algo arranjado pela sua família lá de São Paulo, onde o tal carinha morava. Se falavam ocasionalmente pelos aplicativos e se davam bem. A única regra que tinham entre eles era não foder até o casamento, o resto estava liberado.

Ah, sim, ela não tinha outras amigas orientais na cidade. Tudo bem claro, não é?

Apesar do tesão e da simpatia mútua entre nós, o clima desapareceu e fui embora meio constrangido e INCONFORMADO.

Eu já estava com uns quarenta, nunca havia comido uma oriental, já tinha tentado marcar com algumas profissionais, mas sempre desistia em cima da hora, aquela garota era minha única salvação e agora resulta que era impossível.

Não, eu tinha que dar um jeito de contornar a situação, devia haver alguma maneira de foder aquela mina, agora era um assunto pessoal e eu não tirava isso da cabeça. Foi aí que me deu aquele estalo…

Havíamos nos aproximado porque eu gostava de escrever contos eróticos e ela gostava de ler. O que mais sabia sobre ela? Sim, gostava de ler mangás, de cosplay e tinha um noivo que morava longe. Ok, eu podia usar perfeitamente essas coisas a meu favor.

Depois de um mês de preparativos, eu estava pronto para colocar o plano em ação.

Enviei para seu e-mail um novo conto, uma fan-fic erótica feita sobre um de seus mangás favoritos, explorando o fato da personagem principal estar decidida a ser monógama, mas, antes de conseguir trepar com seu namorado, o carinha se pedia ao longo da história.

Daí minha heroína passava todo o conto procurando ele e tentando resolver sua situação sexual de alguma forma, até que no finalzinho lhe ocorria uma ideia muito doida e conseguia ser bem sucedida, mesmo sem o tal namorado.

Eu sei, foi jogo baixo da minha parte enviar isso para ela, mas, àquela altura, eu já estava indo para o tudo ou nada.

Lembro-me bem daquele dia, a ansiedade me fazendo checar a caixa de correio a todo o momento para ver se ela respondia algo - e a garota nada, no maior silêncio.

Talvez eu tivesse mesmo exagerado, afinal, tratava-se de uma virgem de trinta anos e as coisas na vida real não se resolvem assim tão facilmente.

Depois de uma semana sem receber nenhum e-mail dela, eu já tinha perdido as esperanças, mas aí chegou o tal correio, me chamando na casa da japonesinha para conversarmos pessoalmente.

O texto frio e distante do correio já indicavam, a vaca tinha ido para o brejo e eu ia tomar um fora, provavelmente ela pediria que não lhe escrevesse mais e tudo morreria ali, no zero a zero.

Merda, será que a história da irmã do Atentado se repetiria? Será que além de nunca ter comido aquela loira gostosa dos olhos azuis, eu também nunca conseguiria comer a japonesinha gostosinha? Como eu conseguiria viver carregando tantas decepções sexuais?

Não bastava eu passar a vida toda pensando na piranha da irmã do Atentado, agora eu passaria a velhice me corroendo pela sacana da china girl?

Bem, fosse o que fosse, eu precisava ter certeza.

Fui até a casa da garota e, quando abriu a porta, ela só trazia em cima uma peruca multicolorida, que nem o modelito da personagem do mangá que eu utilizei.

Com um sorriso sacana estampado no rosto, disse: “Adorei o conto, me amarro nesse mangá e amo essa heroína. Gostei mais do que nada da solução que você escreveu para o problema dela, afinal, sexo anal não conta como traição à pessoa prometida!”

Pude perceber seus olhares lânguidos para mim e os suspiros que inadvertidamente soltava quando estávamos no sofá, um sobre o outro, arrancando minhas roupas e afastando sua fantasia de heroína.

Era um fato, fosse devido ao personagem ou só por desejo acumulado de foder, ela queria o meu pau. Dar o furico pela primeira vez era meio arriscado, mas mesmo assim ela não se continha.

Trepavamos no chão da sala como dois animais, a japonesinha de quatro era minha fêmea e eu a cobria fodendo seu furiquinho com voracidade, sugava seus peitos poderosos, a mantinha de quatro no chão, levantava sua nuca pelo cabelos e dava tapas em suas nádegas, enquanto ela implorava por ser fodida uma e outra vez.

Aquilo sim era uma aventura, não o que se passava no tal mangazinho inocente.

Por uns tempos, desenvolvemos uma dependência obsessiva um pelo outro, as nossas encenações de contos se tornaram frequentes e invariavelmente terminavam conosco fodendo - mas só no sexo anal, porque a bucetinha ela ainda insistia em guardar para o tal noivo.

Nossa, eu odeio mesmo essa palavra: “noivo.”

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da Saga Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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E só você, com seus contos, consegue me deixar com tesão e sorrindo ao mesmo tempo. Seus contos são maravilhosos, parabéns.

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Obrigado, fico feliz quando alguém diz que teve tesão e riu, esse é o objetivo da saga!

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Se deu bem de qualquer forma e comer um furico é um furico kkkkk

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Dessa vez eu não saí no “nadica de nada”, hahaha

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