A chave do prazer - Parte 1

Um conto erótico de Himerus.40
Categoria: Heterossexual
Contém 5426 palavras
Data: 22/03/2023 06:22:08
Última revisão: 17/05/2023 18:27:37

O mês de dezembro é o meu favorito no ano. Além do espírito festivo provocado pelas celebrações do Natal e do ano novo é, quase sempre, o melhor momento do verão. Sol, chuva e calor na medida, sem os exageros dos meses seguintes e o chato chuvisco constante de março, fechando o verão. Para completar o pacote, dezembro é o mês que, usualmente, me dedico ao ócio criativo e não trabalho.

Não gosto de viajar em dezembro, curto organizar minha casa, ler meus livros e, principalmente, aproveitar os pequenos prazeres que minha cidade oferece. Aqueles que, eu até me esqueço que existem, por conta da correria do trabalho.

Felicidade é poder ir a Ipanema lagartear na areia, admirar a bunda de suas garotas em plena terça feira, ou o supremo prazer de beber uma cerveja gelada com amigos no meio de uma tarde de quarta em um barzinho na Rua do Ouvidor.

Sem compromissos, se deixar levar, ir ao Samba do Trabalhador em Vila Isabel, curtir a fauna noturna na Lapa ou subir para Santa Teresa para assistir um filme em um dos poucos cinemas de rua que sobraram na cidade.

Sou paulistano, mas, como vocês já devem ter percebido, moro no Rio de Janeiro e amo a cidade que carinhosamente me adotou. Obviamente, como todos os cariocas nativos ou por afinidade, estou esperando uma geração de políticos que honrem a cidade maravilhosa e tirem as flexas do peito do nosso padroeiro, como canta Alcione, entretanto, como sou malandro, espero sentado...

Depois de muito explorar a cidade nos muitos anos que aqui vivo, posso dizer que conheço o Rio. Tenho preferencias que muitos cariocas não entendem, como, por exemplo, apesar de morar na zona sul, preferir o centro do Rio e adjacências para me divertir. Não que tenha preconceitos com a região “nobre” da cidade, também vou a baladas na zona sul, mas gosto mesmo é do Rio raiz.

Poderia disser que sou uma pessoa aberta a todo tipo de programa, mas não seria verdade. Tenho uma profunda ojeriza a dois tipos de programas: baladas sertaneja e shopping center.

Pois minha história começa no pior lugar e no pior dia para se estar em dezembro, domingo em um shopping.

Cinco dias antes do Natal, o maldito shopping estava lotado. Crianças grudadas em vitrines tentando convencer seus pais a comprar o último brinquedo anunciado na TV, hordas de adolescentes azarando, casais estressados gastando compulsivamente e, para encerrar com chave de ouro o espetáculo, uma decoração de mau gosto, evocando um inverno impossível no calor carioca.

Um pedaço do inferno na terra. Mesmo assim o otário que escreve essas mal traçadas linhas estava lá...

Prometi comprar um brinquedo para meu afilhado e, como toda vez que tenho que ir ao shopping, deixei para última hora.

Vou poupá-los da loucura que foi conseguir estacionar, caminhar até a loja de brinquedos e enfrentar uma fila para entrar maior que a fila de pão na Alemanha do pós guerra. Por sorte sou uma pessoa calma, centrada, que gosta de meditar. Usei todo meu autocontrole, entrei no modo “paciência de Jó” e, finalmente entrei.

Cinco minutos dentro da loja e mandei Jó para casa do caralho. Tive que disputar espaço a cotoveladas com mamis, papis e filhos histéricos. Jurei para mim mesmo nunca mais transar sem camisinha, ser pai não é uma possibilidade!

Com o presente comprado corri para validar meu ticket de estacionamento e cair fora daquele inferno, agradecendo a Deus pela graça conquistada.

Mas Deus é um cara gozador. Cheguei no carro e cadê a chave? Revirei meus bolsos e nada. Não queria voltar ao shopping, pensei até em quebrar o vidro e fazer uma ligação direta, mas meus conhecimentos nessa área são limitados, se restringem ao que vi nas séries policiais da Netflix.

Resignado, voltei para loja de brinquedos.

Por uma hora e meia tentei localizar a bendita chave. Não estava na loja de brinquedos, nem no guichê onde validei o ticket. Refiz o percurso que fiz várias vezes, conversei com seguranças e nada da chave. Já estava pensando em pegar um Uber e ir buscar a chave reserva em casa, quando um segurança avisou que fora anunciado no sistema de som do shopping a procura pela chave. Não coloquei muita fé, mas ele me assegurou que sempre funcionava. Resignado, combinei de ficar esperando em um café próximo a "estação do Papai Noel".

Não pensem que escolhi esse local ao acaso. Além de ser próximo da saída, meu lugar favorito no shopping, me permitia escapar, entre um café e outro, para o fumódromo.

Degustei meu primeiro café com os olhos colados no celular. Queria esquecer que estava no shopping. Li alguns contos eróticos e, mergulhado nas fantasias dos leitores/escritores, esqueci do mundo a minha volta. Depois de dois cafés e uns cinco contos, resolvi ir fumar. Levantei, peguei o presente do meu afilhado e fui para área externa.

Aqui a história começa a ficar interessante. Depois da leitura dos contos eróticos eu estava com o pau meia bomba e, sinceramente, não me atentei para isso. O problema é que gosto de usar cuecas samba-canção, uso cueca slip apenas quando vou vestir bermudas de tecido mais leve, no entanto, na correria para comprar o presente do meu afilhado, sai de casa vestindo uma samba-canção e uma bermuda de algodão. Se minha rola fosse tamanho padrão, não teria problema, mas tenho uma ferramenta grande e muito, mas muito grossa. Para piorar a glande é desproporcional, meu pau parece um aríete medieval, para vocês terem uma ideia, nunca tinha comido um cuzinho, nem profissionais, experientes em sexo anal, encararam. Ou seja, fui fumar com meu pau estampado em alto-relevo na minha bermuda para quem quisesse ver.

No curto caminho até o fumódromo percebi alguns olhares, mas só entendi o motivo quando ouvi duas adolescentes que passaram comentarem meus atributos.

Fiquei encabulado, quem tem rola grande sabe o quão desagradável é esse tipo de situação, mas liguei o foda-se. Meu dia estava uma bosta, não ia me preocupar com isso.

Na área externa coloquei o pacote em um banco e acendi meu cigarro.

Baforando, desliguei do mundo a minha volta. Passei a pensar no conto erótico que estou escrevendo, em como descrever uma cena em que Bella, minha principal personagem, transa com quatro rapazes. Fui despertado por uma voz feminina:

- Tio, tu me dás um cigarro?

Não sei vocês, mas eu não gosto que me chamem de “tio”. Tudo bem, sei que já não sou um menino, na data dos fatos eu tinha 41 anos, mas aparentava ter, no máximo, 35. Sem falsa modéstia, sou bonito. Moreno, cabelos pretos, olhos verdes, dentes perfeitos e, graças a moderna odontologia, brancos na maioria do tempo. Alto, tenho 1,88 cm, mantenho meu corpo em forma. Apesar de odiar fazer musculação, faço duas vezes por semana, nos outros dias corro no calçadão. Apesar de fumante, corro 40 km por semana. Por fim, o toque “rebelde sem causa”, barba longa e desconexa. Como diz minha mãe, sou um “bom partido”, bonito, inteligente, carinhoso, financeiramente resolvido e, por fim, um médico considerado por seus pares um ótimo profissional. Não tenho como discordar de mamãe, no máximo acrescentar um último adjetivo: modesto...

Sem levantar os olhos me preparei para negar o cigarro para sirigaita que me chamou de “tio”. Aliás, em tese, eu negaria mesmo se ela tivesse sido respeitosa. Filadores de cigarro são epidêmicos no Rio.

Entendam, hoje em dia não se pode fumar em locais fechados, o que é justo, resta ao fumante os locais abertos. O problema é que esses locais são manjados pela malandragem. Basta acender um cigarro e aparece um filador profissional. Sustento o meu vício, não vou distribuir cigarros para todos que me pedem.

Entretanto, nesse caso, o não morreu na garganta. Olhei para a garota que me pedia cigarro. Uma preta linda, no máximo vinte anos, bunda e seios enormes, sorriso franco e grandes olhos cor de jabuticaba. Tudo isso emoldurado por um ridículo traje de Mamãe Noel.

Eu não me aguentei, comecei a rir. Por um momento ela ficou seria, sem entender meu riso, deve ter esquecido do quão ridículo era seu traje, mas se lembrou rápido, me acompanhando no riso.

Quando nós acalmamos, ela voltou a pedir o cigarro:

- Se não me der um cigarro vai entrar na lista dos meninos malvados, que não ganham presentes do Papai Noel!

Ela me ganhou. Mulheres bonitas existem aos milhares, mas bonitas e com presença de espírito são raras. Resolvi brincar:

- Eu te dou um cigarro, mas não conte para o Papai Noel. Não sei se ele vai considerar uma boa ação, não quero problemas com o bom velhinho!

- Fica tranquilo tio, não falo nada para o corno.

Eu quase me mijei de rir. Peguei minha carteira de cigarros no bolso de minha bermuda, tirei um e ofereci para ela. Mas ela não percebeu meu gesto, olhava para minha rola com cara de espanto. Quando voltou a me olhar nos olhos, sua expressão tinha mudado, não era mais a de uma adolescente bonita, era a de uma predadora, de uma loba.

Ficamos fumando. Ela continuava a, discretamente, olhar para minha "terceira perna". Quanto mais ela olhava, mais duro ficava. Pensei em tentar algo, mas Mamãe Noel estava trabalhando e eu esperando a chave do meu carro desencantar. Me despedi e voltei para o café, pedi outro e comecei a observar as garotas que trabalhavam no entorno do Papai Noel.

Eram cinco meninas, uma mais gostosa que a outra, todas com aquela roupa ridícula, desenhada para chamar a atenção dos pais dos moleques que tiravam fotos com o velhinho de barba branca.

Com o pau trincando de duro o inevitável aconteceu. Uma mulher, mais ou menos da minha idade, que circulava com várias sacolas nas mãos reparou, entrou no café e se sentou em uma mesa próxima a minha. Pediu um café e, de maneira elegante, passou a me azarar.

Diferentemente do mundo dos contos, não é comum homens com rola com mais de 16 cm, o que não é problema, já que a maioria das mulheres não apreciam uma rola grande. Sim, eu sei, parece contraintuitivo, afinal, nos contos, a maioria dos homens perdem suas esposas para pirocudos, não é?

Sugiro uma pesquisa no Google: “tamanho da vagina”, ou que vocês, queridos leitores, observem com cuidado filmes onde pirocudos transam com várias mulheres. Em pouco tempo vão descobrir que a maioria das mulheres não conseguem receber uma rola muito grande. A média do canal vaginal é de 9 cm. Nos filmes isso fica claro, o ator pode ter um instrumento de um metro, mas só coloca uma pequena parte. A raridade em encontrar um homem com mais de 20 cm é diretamente proporcional a de encontrar uma mulher que o acolha inteiro.

Consequentemente, as que gostam e conseguem agasalhar algo maior, sabendo da escassez do produto no mercado, não perdem uma boa oportunidade. Foi o que aconteceu a jovem senhora. Ela olhava para minha pica, cruzava as pernas e me encarava mordendo os lábios. Eu entrei no jogo do acasalamento, discretamente dava umas apertadas na rola enquanto olhava para ela.

Percebendo que eu estava fácil, ela preparou o bote. Se levantou, veio até a minha mesa e perguntou se não seria um incomodo olhar suas sacolas para ela ia ao toalhete.

Obviamente, cavalheiro que sou, me prontifiquei a ajudá-la, fiz mais, sugeri que ela colocasse seus pertences em minha mesa. Com um sorriso ela aceitou a ideia. Ao deslocarmos as sacolas o primeiro toque aconteceu, sem querer, querendo. Foi tudo muito rápido, ela puxou uma cadeira em direção ao seu corpo, ao fazer isso recuou sua bela bunda, eu estava atrás, sem fazer um movimento eu a encoxei, ela sentiu o bruto, deu uma leve rebolada, se descolou e continuou a transferir as sacolas. Terminado o serviço, agradeceu e, prometendo não demorar, foi ao banheiro.

Realmente ela não demorou. Agradeceu, e, malandramente, simulou pegar suas sacolas para ir embora. Era minha vez de jogar:

- Você não pode ir agora, já pedi dois cafés. Sente-se, me faça companhia por um momento.

Ela abriu um sorriso. Esvaziei uma cadeira ao meu lado, encostada na parede. Para se sentar ela teria que passar por mim. Fui malandro, claro, mas não fui desrespeitoso, por mais que os sinais fossem claros, estávamos em um local público, ela, como toda mulher, merecia o meu respeito. É incrível como muitos homens não entendem que vontade de dar não é carta branca para desrespeitar. Tem local e hora para tudo. Me afastei, dando passagem. Ela, delicadamente, passou entre meu corpo e a mesa, tocando meu peito em sinal de aprovação. Se sentou de maneira sensual, ficando com o corpo um pouco virado para mim, sua saia subiu até suas coxas, invisível para o público, mas ao alcance dos meus olhos e das minhas mãos. Começamos a conversar.

Seu nome era Suzana, 38 anos, professora na UFRJ, recém divorciada. Morena, pele dourada pelo sol, olhos castanhos, seios médios e firmes, bunda média, empinada e uma carinha de garota. Um tesão! O que mais me encantou foi o contraste da meiguice do seu sorriso com o olhar de predadora.

Eu queria comer aquela mulher!

Antes de ir ao banheiro, notei o belo sutiã que ela usava por baixo de uma regata curta e folgada que deixava sua linda barriga negativa exposta. Ao voltar do banheiro o sutiã tinha desaparecido, seus mamilos intumescidos marcavam a regata, dependendo de seus movimentos, eu via o quão maravilhosos eram seus seios. Conforme ela cruzava e descruzava as pernas, sua saia subia. Quando o garçom se aproximou com nossos cafés, eu, de maneira ousada, ajeitei sua saia, ocultando sua calcinha branca já com marcas de umidade que estava aparecendo. Ela me olhou com olhar de criança fazendo arte.

O clima era de sedução, minha mão alisava sua perna, ela rindo de algo que falei, se aproximava e encostava, ou melhor, esfregava seus seios no meu braço.

Uma de suas sacolas era de uma livraria, perguntei quais livros ela tinha comprado, ela resolveu me mostrar um em especial. Para pegar o livro na sacola ela acabou por se aproximar mais de mim apoiando a mão na minha perna. Mas sua mão encontrou algo mais duro. Tenho certeza de que não foi premeditado, ela ficou vermelha quando percebeu o que segurava, tentou tirar a mão, mas eu não deixei. Conduzi sua mão por toda a extensão de minha rola, sua respiração era outra. Olhei nos seus olhos e, de maneira direta, perguntei:

- Me fala o que você quer.

Eu nunca deixo de admirar a mulher que, ao invés de passar horas esgrimando verbalmente com um possível amante, sem dizer sim ou não e muito menos um talvez, se entrega aos seus desejos, sem medo.

- Eu quero dar para você, quero sentir ele inteiro dentro de mim!

- Eu também quero te comer, mas não sei se você vai conseguir ser minha cadelinha. Não sei se você vai aguentar. Já deu para um pirocudo?

- Não, todos os homens da minha vida tinham pau pequeno, meu ex-marido tinha um pinto de 14 cm, mas eu sempre fantasiei em sentar em um bem-dotado, já me masturbei com um vibrador de 20 cm, entrou tudo. Vou te receber por inteiro, não tenho medo de dor, para falar a verdade até gosto. Vou adorar ser sua cadelinha meu macho!

- Vou te comer, mas, infelizmente não vai ser hoje.

- Por quê? Não faz isso comigo, eu te quero agora!

- Suzana, infelizmente hoje eu não posso sair daqui.

Eu ia começar a explicar que estava esperando acharem a chave quando sou interrompido por um beijo no meu rosto. Olho de lado e vejo os olhos de jabuticaba.

- Oi André, demorei? Vamos lá fora fumar? Estou morrendo de vontade! Deixa-me levar seu pacote para perto da cadeira do Papai Noel, você vai acabar rasgando o embrulho.

Sem esperar respostas ela pegou o pacote e foi em direção a estação do bom velhinho.

Suzana estava pasma. Foi direta:

- Filho da puta, se você já tinha combinado com a duende do Papai Noel, por que me abordou? Só para me rejeitar? Para estragar minha tarde? Canalha!!

Eu não tinha opções. Ela não acreditaria na perda da chave depois do show da Mamãe Noel de olhos de jabuticaba. Meu lado pragmático aflorou, afinal não tinha mais nada a perder, nessa altura do campeonato Suzana estava puta!

- Suzana, eu nunca falto com minha palavra. Adorei te conhecer, quero te comer, mais, quero te devorar, mas se para isso acontecer eu precisar descumprir um combinado, estou fora. Sou homem de palavra.

Ela balançou. Por mais que seu corpo pedisse sexo naquele momento, ela era racional e, principalmente, ética. Sabia que meus argumentos eram válidos. Abriu um sorriso e disse:

- Merda, você está certo. Se alguém cancelasse um encontro comigo por ter conhecido alguém interessante eu ia ficar fula da vida. Vou ter que ficar na siririca!

- Não. Você não vai se tocar até nosso encontro, quero você subindo pelas paredes!

Caímos na risada. Trocamos telefone e combinamos um jantar dois dias depois. Ajudei ela a pegar as sacolas e, quando Mamãe Noel já estava chegando ao café, dei um beijo apaixonado na boca de Suzana. Depois que se foi, antes de eu perguntar para garota dos olhos de jabuticaba que porra fora aquilo, ouço uma pergunta:

- Quem é sua amiga?

Puto da vida respondi que "minha amiga" se chamava Suzana, que acabei de conhecê-la e fiquei encantado.

-Legal, ela parece gente boa. Muito bonita, mas será que ela dá conta da cobra que você tem no meio das pernas? Provavelmente você vai acabar descobrindo, ela está fissurada em dar para você, mas não hoje. Hoje eu que vou engolir a cobra, não volto para casa antes de gozar com sua rola na boca, na buceta e no cu. Vamos fumar?

Falar o que? Desnorteado aceitei o convite.

- Vamos!

Caminhamos até o fumódromo, acendemos os cigarros e ela continuou a falar:

- Percebi rapidinho que a perua queria pica. Infelizmente, para ela, eu vi primeiro o calibre do seu brinquedo, fiquei molhadinha, sou tarada em pau grande. Não sabia como entrar no jogo, mas dei sorte. Um segurança ficou olhando para vocês por um bom tempo, pensei que ele ia interferir na brincadeira, eles são muito chatos, me aproximei e perguntei o que ele tanto olhava, acabou por me contar da chave do seu carro. Eles acharam, ela está no guichê de validação dos tickets de estacionamento. Foi aí que percebi que você não poderia estar combinando algo para hoje, afinal tinha que esperar acharem a chave. Perguntei seu nome e avisei que te informaria. Quando fui ao café era para falar da chave, mas meu lado puta não permitia perder uma boa foda, acabou que deu certo. E aí, vai me comer ou vai arregar?

Eu não acreditava na malandragem daquela garota. Resolvi brincar:

- Vou te comer, mas duvido que você aguente tomar no cu. Vai desistir rapidinho!

- Veremos! Saio daqui meia hora, te encontro no guichê.

Antes de voltar para o trabalho ela se aproximou e me deu um puta beijo, colou seu corpo no meu e esfregou seu quadril na minha pica. Quase gozei!

Meia hora depois eu a esperava no guichê. Não acreditava na minha sorte, graças a uma chave perdida eu conhecerá duas mulheres espetaculares. Suzana era fantástica, mas Mamãe Noel, que se chamava Vera Lúcia, me prometeu o cuzinho, algo que eu nunca tinha provado.

Quando vejo Vera se aproximando reparei melhor em seus atributos.

Provavelmente Vera era descendente das últimas levas de africanos que desembarcaram no Brasil no século XIX, preta como uma noite sem estrelas, não era fruto da miscigenação. Alta, mais ou menos 1,70 cm, andava com altivez, cumprimentava todos por quem passava com um sorriso lindo, sorriso de princesa. Sua pele era um capítulo à parte, aveludada, parecendo ter luz própria. Seu rosto era perfeito, olhos expressivos, dentes brancos e alinhados uma boca larga com lábios grossos. Seios grandes, cintura fina e uma bunda grande e empinada. Barriga negativa, coxas grossas e longas pernas. Já não vestia a fantasia de Mamãe Noel. Trocou por um modelito periguete básico: short jeans mostrando a poupinha da bunda, havaianas e top. Barriga de fora mostrando um piercing no umbigo. Seu cabelo, estilo afro, era um cone invertido, dando a impressão que sua cabeça era uma escultura egípcia. Em uma palavra: maravilhosa!

Quando me viu abriu um sorriso safado, apressou o passo e me tascou um beijo.

Eu estava com muito tesão, mas, não era o único. Quando nos desgrudamos, percebi que Vera estava com a respiração alterada, a pele arrepiada e os mamilos duros, marcando seu top. Não pensei, aproximei meu corpo e, enquanto dei um beijo no seu pescoço, apertei, com força um dos seus mamilos. Seu gemido foi delicioso! Fomos andando de mãos dadas até meu carro. Chegando lá, enquanto abria a porta para ela entrar, ela me fez uma pergunta:

- Gato, você não está esquecendo nada?

Pensei, repensei e não me lembrei de nada. Respondi que achava que não. Ela tirou a mochila que levava na costa, abriu e tirou o presente do meu afilhado.

- Nossa, eu me esqueci completamente do presente. Obrigado!

- Não tem de que, eu te entendo. É tanto sangue para inchar essa piroca que não sobra para cabeça!

Entramos no carro rindo. Vera não era apenas gostosa, era divertida, inteligente. O mundo ficava mais bonito ao seu lado.

Minha vontade era ir direto para um motel, mas ouvi seu estômago roncar. Depois de algumas piadas sobre seus barulhos estomacais, fomos para um restaurante.

Passamos duas horas comendo, bebericando e conversando. Descobri que estudava psicologia em uma universidade pública, que ia iniciar no próximo ano o quinto semestre. Muito aplicada, foi selecionada para uma bolsa de iniciação científica, mas, como filha de pais pobres, moradores de uma comunidade, ela não podia se dedicar apenas a vida acadêmica, trabalhava como animadora de festas infantis e, no final do ano, como Mamãe Noel. Todo mês mandava algum dinheiro para os pais.

Só em um momento ela não irradiou felicidade, quando perguntei se morava com os pais.

Percebendo que poderia ter tocado em algum gatilho, mudei o rumo da conversa, ela percebeu e voltou a falar dos pais. Acabou por me contar que, apesar de amar muito os pais e os irmãos, teve de sair da comunidade. Um miliciano, conhecido pela crueldade, tentou ficar com ela em um baile funk. Quando um miliciano escolhe uma garota não existe a possibilidade de rejeição. Não importava se a garota era virgem, tinha namorado ou marido, ela tinha que fazer tudo que o miliciano queria. Vera não aceitou, recolheu suas coisas e saiu da comunidade para nunca mais voltar.

- Entenda André, gosto de sexo, é meu esporte favorito, mas sempre escolho com quem jogar.

- Entendi. Já que você tocou no assunto, não está na hora de entrarmos em campo?

Vera gargalhou, fez uma cara de menininha indefesa e respondeu:

- Mas tio, eu sou tão novinha, será que aguento sua piroca? Você promete me comer com carinho?

- Fica tranquila gatinha, prometo que só vou pôr a cabecinha!

Vera quase teve uma convulsão de tanto que riu.

- De todas as mentiras que os homens contam essa é a maior de todas. Caralho não tem pescoço, passou a cabeça vai até às bolas!

- Não é bem assim, reconheço que vai mais que a cabeça, mas, na grande maioria das vezes, não coloco tudo.

- Nem pode, pelo pouco que vi e senti, se colocar tudo você vai aleijar a coitada que resolveu dar para você. Coitadinha da madame do shopping, sei que você vai acabar com ela, vai ficar dias sem conseguir andar!

- Fica tranquila Vera, vou ser carinhoso com você!

Ela mudou a fisionomia, se antes fazia cara de menininha agora parecia uma puta no cio. Passou a mão na buceta e falou:

- A garota aqui em baixo tem nome, chama-se Janaína. Ela é guerreira, não precisa ter cuidado, pode pôr tudo e com força, ela gosta. Hoje você ganhou na Megasena, tenho o útero alto e um longo canal, por isso gosto de bem-dotados. Vou te engolir inteiro, até às bolas!

Meu pau, que tinha acalmado, voltou a dar sinais de vida. Não pensei duas vezes, pedi a conta. Depois de pagar me levantei e disse:

- Vamos Janaína, digo Vera!

- Safado! Vamos, mas primeiro quero passar em uma farmácia.

Depois de uma rápida escala em uma farmácia, onde ela fez questão de entrar sozinha, e eu aproveitei para reservar uma das melhores suíte em meu motel favorito, partimos para nossa pequena aventura.

Ao chegar fui informado que devido ao plano de fidelidade do motel eu tinha direito a uma noite grátis, perguntei para Vera se ela queria. Pragmática, ela pediu para perguntar se tínhamos que confirmar imediatamente. A atendente ouviu e respondeu que não, podíamos confirmar em até quatro horas. Satisfeitos com a resposta, entramos no luxuoso motel, em minutos estava estacionando na garagem de nossa suíte.

Saímos do carro, e, imediatamente, nós beijamos. Tentei deslizar as mãos por seu corpo, mas ela não deixou.

- Calma garanhão, primeiro eu preciso de um banho, trabalhei o dia todo.

- Tudo bem, vamos juntos!

- Não André. Você vai em um banheiro e eu em outro. Preciso de privacidade para me preparar para você.

Sabe aquele papo de pensar com a cabeça de baixo? Pura realidade. Eu estava com tanto tesão que não percebi o motivo de sua visita a farmácia. Obviamente ela comprou produtos para se preparar para o sexo anal.

- Desculpe-me Vera, o tesão me deixa lerdo. Cada um em um banheiro, privacidade garantida! Temos muito tempo para tomar banho juntos! Vamos entrar e conhecer a suíte?

Ela amou a suíte. Um quarto enorme, revestido de madeira do teto até o chão, luz suave, destacando a cama para seis pessoas com lençóis brancos, imaculados. Parecia um palco.

Espalhando pelo quarto sofás, uma cadeira erótica, uma mesa revestida com um material macio e outros brinquedos para os mais variados fetiches. O meu favorito era um suporte na parede, onde a mulher, sentada com as pernas abertas, pode ser penetrada pelo homem de pé. Não sei o nome, mas chamo de "suporte cadeirinha".

Próximo a cama, uma jacuzzi.

Além do quarto principal tinha um anexo, na verdade uma sala de jantar, decorada com requinte. Por fim, o banheiro. Uma parte comum, com cubas e chuveiros em duplicidade e uma parte privada. Duas portas que abriam para pequenos banheiros, que garantiam a privacidade de seus ocupantes.

Tudo muito lindo. Sabe o que Vera mais gostou? Do ar-condicionado! Realmente a temperatura era perfeita, um friozinho gostoso.

Depois de conhecer a suíte ela foi para o banheiro. Esperei ela fechar a porta, me despi e tomei uma ducha, abri uma garrafa de vinho, separei duas taças me deitei.

Enquanto esperava minha imaginação antecipava os prazeres que me aguardavam. Meu pau apontava para o teto.

Mas ela demorou muito, acabei cochilando...

Acordei assustado. Vera me olhava com meu pau murcho inteiro em sua boca. Prendeu a glande nos lábios e o esticou, soltou e me falou:

- Acordou bebê? Trata de deixar essa rola dura que eu quero seu leite.

Voltou a mamar. Ela sabia o que estava fazendo. Chupava a cabeça enquanto rotacionava o corpo com a mão. Lambia o saco, tentando engolir as bolas, lambia o períneo, dando pequenas linguadas no cu.

Não demorou muito para minha ferramenta atingir seu tamanho máximo. Ela tentava, mas já não conseguia colocá-lo inteiro na boca. Depois de uma tentativa de garganta profunda mal-sucedida, ela falou:

- Queria engolir tudo, mas não dá. Essa maravilha é grande e muito grosso, nunca vi uma cabeça tão rombuda, parece uma bola de tênis. Vou me acabar nessa vara. Me dá leite gato!

Continuou chupando, se concentrou na glande, enquanto torcia minha pica com as mãos. Não demorou para eu perceber que ia gozar. Avisei, ela intensificou a punheta e engoliu toda a "cabecinha" do meu caralho. Gozei muito, uns quatro jatos. A safada bebeu tudo, lambeu os beiços. Deixou minha vara limpa, pronta para outra.

Se deitou ao meu lado, beijando meu peitoral, mantendo sempre a mão na minha rola.

- Tesudo! Seu leite é uma delícia, vou querer beber outras vezes.

- Sempre que você quiser. Não nego nada para Mamãe Noel!

- Palhaço! No shopping eu percebi que você tem um fetiche com Mamãe Noel...

- Não é bem isso. O traje é ridículo, mas te deixa muito gostosa. Quem tem fetiche é você, não parou de pagar pau para minha rola.

- Verdade, quando percebi que você é "grandinho" fiquei molhadinha. Adoro um cacete grande, mas vou te falar uma coisa, já fiquei com caras com rolas maiores que a sua, mas a sua, de longe, é a mais grossa. Sem contar que nunca vi, nem em filme, uma cabeça como a da sua rola, é absurda.

Enquanto ela falava, trocávamos carícias, minha ereção voltou. Resolvi partir para o ataque. Rolei sobre seu corpo e comecei a beijar sua boca. Poucas carícias são tão prazerosas, tão íntimas como um beijo na boca. O beijo revela quem você é, seus desejos, suas intenções. O boquete que Vera me fez foi maravilhoso, mas nossos beijos foram divinos,

Conforme eu sentia seu corpo arrepiar eu passei a beijar, lamber seu pescoço.

Vera gemia, gostoso. Deslizei para baixo, beijando seu colo, quase chegando nos seus seios eu não me contive, cravei os dentes! Não são todas as mulheres que gostam de serem mordidas, eu devia ter perguntado antes, mas o tesão me deixou imprudente. Felizmente ela gostava. Gemeu forte, pedindo mais e com mais força. Perdi a noção, deslizei um pouco mais e, passei a beijar, lamber e morder seus seios.

Vera tinha seios grandes e sensíveis. Ela pirou quando sentiu minhas carícias e pequenas mordidas. Quando apertei seus dois seios, alternando mordidas em seus mamilos, ela gozou. O quarto foi invadido pelo seu cheiro de fêmea, ela tremia e gemia. Percebi que seus gemidos não eram uniformes, ela gemia alto e depois ronronava, gemia alto novamente e voltava a ronronar. Minha nova amante teve orgasmos múltiplos apenas com estímulos nos seios!

Eu podia ter esperado, nós tínhamos tempo, mas eu queria deixá-la louca de tesão. Continuei deslizando para baixo, beijando sua barriga enquanto minhas mãos continuavam em seus seios. Ela, com as mãos em minha cabeça, inconscientemente esfregava seus antebraços em seus seios, aumentando a área de estímulo. Seus mamilos estavam muito duros, ela continuava gemendo, entregue, não falava coisa com coisa.

Quando cheguei na sua boceta, quase gozei sem me tocar. O cheiro era inebriante, ela não era adepta do "Brazilian shave", sua boceta era emoldurada por uma linda penugem negra, úmida com seu mel. Não pensei duas vezes, abri seus grandes lábios, por alguns segundos admirei a obra de arte que tinha na minha frente, aspirei seu perfume e cai de boca.

Lambi cada centímetro quadrado daquela maravilha, introduzi a língua em seu canal e, finalmente, dei um trato caprichado no seu clitóris. Como seus mamilos, o clitóris era grande, chupei, lambi, dei leves moedinhas e finalmente, com dois dedos dentro de sua gruta, suguei.

Eu estava tão concentrado em fazer o melhor sexo oral da minha vida que não ouvi se ela gemia, ou, como ela enlaçou minha cabeça com suas poderosas coxas, meus ouvidos ficaram tampados, impossibilitando ouvir qualquer coisa.

Mas quando suguei seu grelo ouvi um gemido distante, sua vagina contraiu prendendo meus dedos e minha boca foi inundada com seus líquidos. Continuei sugando e lambendo até que suas pernas, que me imobilizavam, ficaram frouxas. Sai do meio de suas pernas e percebi que ela tinha desmaiado.

Foram quinze minutos tensos. Monitorei sua respiração que, aos poucos foi se normalizando. Sua pele continuava arrepiada e ainda vertia líquido de sua boceta.

Finalmente ela acordou. Olhou para mim e falou:

- Puta que pariu, estou acabada! Nunca gozei tanto na vida. Eu pedia para você parar de me chupar e você continuava. Vou ficar viciada na sua boca gato, nem quando fui chupada por uma mulher eu gozei tanto.

Deitei ao seu lado, nós beijamos. Ela sentiu que meu pau estava duro, percebeu minha cara de tarado, mas, carinhosamente, pediu um tempo para descansar. Deitamos de conchinha e dormirmos por mais de uma hora

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Comentários

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É sempre um prazer à parte ler um conto bem escrito, com personagens que têm personalidade para além de suas genitálias. Vou acompanhar suas produções.

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Muito bom início de história, mas e a anterior desistiu? Ela estavaa ótima.

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Não, vou continuar postando. Decidi escrever todos os capítulos para depois postar.

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Excelente conto Himerus. Todas as cenas bem descritas, me fizerem antever a filial do inferno que é um Shopping nessas datas. Felizmente uma linda mamãe Noel alegrou o dia, sem contar na promessa com a madame. Já vou para o capítulo seguinte, que vi que vc publicou também.

⭐️⭐️⭐️

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Obrigado. Shopping é ruim em qualquer época do ano, mas em dezembro é a filial do inferno.

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