O ajudante de ferreiro e o aprendiz de feiticeiro - Capítulo 07

Um conto erótico de TitanKronous
Categoria: Gay
Contém 4543 palavras
Data: 13/02/2023 15:38:11
Assuntos: Fantasia, Gay, Homossexual

*Galera, como vocês devem estar loucos por uma cena mais quente, aproveitem, pois neste capítulo teremos uma, porém não é com nossos “heróis”. ;P

Saindo um pouco do foco dos nossos heróis, vamos voltar um pouco no tempo e para a torre do feiticeiro.

O elfo, Geldwin estava cansado. Fazia algum tempo que ele estava apenas focado nos estudos e isso estava deixando-o até um pouco estressado. Entretanto, ele não queria ir a uma taverna ou prostíbulo para extravasar. Por um tempo, depois de parar de sair com Delvin, o elfo não teve nenhum relacionamento e só esteve com outro homem uma vez, quando foi a uma casa de prazeres da cidade. Todavia, ele não se sentiu confortável com isso e nem conseguiu aproveitar muito. Mas esta situação mudou quando Peter, outro estudante de feitiçaria e colega dele, o procurou buscando ajuda em algumas questões teóricas que estavam sendo difíceis para ele. Daquele dia em diante, os dois passaram a estudar com maior frequência e até a conversar sobre suas vidas pessoais. Desta forma, o elfo descobriu que o humano ainda era virgem, pois estava se guardando para a sua prometida, uma nobre local. Numa daquelas conversas, Peter acabou confessando que se sentia inseguro por ser virgem e não saber agradar a parceira quando a hora chegasse. Aproveitando a oportunidade, Geldwin se ofereceu para ajudar, o que fez o humano ficar furioso e parar de conversar com ele por algum tempo. Que acabou não durando muito, logo Peter estava de volta aos aposentos de Geldwin, para os estudos, sem tocar no assunto que os separou inicialmente. O que também não durou muito. Geldwin não tocou mais no assunto, mas Peter, havia ficado curioso e decidiu conversar a respeito. Geldwin foi quem mais falou, explicando o que podia, de forma que o outro pudesse entender. Em dado momento, Peter deixou escapar que nunca havia beijado ninguém, desta vez, Geldwin não se aguentou e o beijou, e, apesar de Peter ter se assustado no início, ele acabou se entregando e gostando do beijo. A coisa foi evoluindo com o tempo e quando viram, os dois já estavam tendo um “relacionamento”, que apesar de não haver sentimentos afetivos entre eles, era bom para ambos, pois ambos conseguiam se satisfazer e Peter ainda aprendia algumas coisas.

Naquele dia, Geldwin estava cansado de tanto estudar. Os testes se aproximavam, e mesmo sabendo que tinha capacidade suficiente para passar neles, ele preferia estudar o máximo possível para ser o melhor. Fechando os livros e pegando uma das lamparinas mágicas, ele decidiu descer e pegar algo para comer. A torre estava escura e silenciosa, Salazar não estava, Delvin provavelmente também não, afinal era noite, e ele conhecia o meio-elfo bem o suficiente para saber que ele deveria estar em alguma taverna. Apenas Felícia, que devia estar em seu quarto, Peter, que devia estar praticando alguma magia, e ele estavam na torre. Depois de pegar comida, Geldwin decidiu ir ao quarto de seu colega humano e, talvez, extravasar um pouco.

O ruim desse “relacionamento” com Peter era que o garoto humano não se sentia atraído por humanoides do sexo masculino. Geldwin normalmente precisava fazer um esforço tremendo para conseguir que o rapaz o fodesse com vontade. Geldwin entrou sem nem mesmo bater à porta de Peter e o encontrou de pé, de lado para a porta, com um pedaço de pano na mão e uma chama mágica na outra. O jovem humano deixou o pano encostar de leve no fogo, de onde ergueu um fio de fumaça, ele então fez o fogo desaparecer, passou a mão pela fumaça, ao mesmo tempo falando palavras mágicas, e tocou em seu próprio peito. No mesmo instante o jovem se transformou em um ser feito totalmente de fumaça.

Geldwin, genuinamente impressionado com a capacidade do colega, bateu palmas lentas, o que sobressaltou o jovem fumacento, fazendo-o virar para a porta e inquirir:

- O que… Como… O que está fazendo aqui?- Até mesmo sua voz soava diferente, era como se estivesse falando através de várias camadas de pano.

- Muito bem, Pete! Você dominou perfeitamente a magia da forma gasosa. - Elogiou Geldwin, sabendo que isso inflava o ego de seu colega.

Peter era um jovem humano de estatura mediana, em torno de 1,75m, cabelos castanhos claros, quase loiros, e olhos azuis. Não chegava a ser gordo, mas poderia ser considerado cheinho. Estava quase sempre sério, e com a barba um pouco comprida, parecia bem mais velho do que realmente era. Ele deu um dos seus raros e meios sorrisos e disse apenas:

- Obrigado. - depois, flutuou pelo quarto e ao redor de Geldwin aproveitando a magia que conjurara.

Geldwin terminou de comer ali com Peter e os dois conversaram um pouco sobre as expectativas dos testes. Geldwin sempre falando de forma sedutora e fazendo poses chamativas. Peter, obviamente percebendo as investidas do outro rapaz e, assim como o elfo, estando num dia que precisava relaxar, deixou a conversa seguir o rumo que Geldwin queria. Brincando com a sua atual forma, o humano por vezes passava através do elfo, e só não estavam se pegando ainda, pois a magia usada tinha uma duração longa. Entretanto, foi só ela se encerrar, que os dois começaram a trocar carícias.

Naquela noite, ambos estavam com muito fogo. Geldwin não precisou se esforçar muito para convencer o parceiro a transar com ele, mas ele queria algo diferente. Um lugar diferente. O elfo pegou o humano pela mão e foi em direção à porta, com um sorriso de uma criança travessa prestes a aprontar.

Os dois desceram as escadas e quando estavam no salão principal, Geldwin girou sobre os calcanhares e partiu pra cima de Peter. Nem sempre o humano lhe beijava, mas ele devia estar necessitado também, pois naquela noite, ele correspondeu ao beijo do elfo. Não era um beijo passional, muito pelo contrário, era cheio de desejo, línguas invadindo a boca um do outro, mãos apertando o corpo um do outro e trazendo-o mais para perto do seu. Peter se separou brevemente do seu parceiro para pedir:

- Tem certeza, aqui? - perguntou o humano, bem no pé da orelha do elfo, dando uma leve lambida.

- Anhh, o mestre, unhh não tá, então não funciona, annh, a escuta dele. - Respondeu o elfo, em meio a gemidos de prazer, conforme o humano lambia e dava leve mordidas no pescoço dele.

- Mas e Fê, e Del? - questionou o humano mais uma vez, continuando a morder levemente a linha da mandíbula do elfo, e apalpando o peito magro dele com a mão esquerda, enquanto a direita apertava com força a bunda do parceiro.

- Eles, haaann, Fê já foi dormir, e Dê hunnun só volta bem tarde! - Geldwin estava adorando as pegadas fortes de Peter. Seu parceiro deveria estar com muito tesão, pois normalmente ele não tinha uma pegada tão forte.

Peter pareceu se dar por satisfeito, pois continuou a apertar o corpo de Geldwin contra o seu, apalpando a bunda e o peito do outro rapaz com vontade. Ambos voltaram a se beijar, o elfo segurando na nuca do humano, chupando sua língua e sentindo a aspereza dela contra sua própria. Sua outra mão foi em direção à virilha do parceiro, sentindo a dureza do membro já ereto por dentro das calças. “É, Peter está realmente necessitado” pensou Geldwin, eram raras as vezes em que o pênis do humanos se enrijeceu com as preliminares.

Desgrudando da boca do Humano, o elfo resolveu aproveitar o fogo de seu parceiro. Colocou-se de joelhos em frente ao parceiro e desceu suas calças num único puxão. Antes de abocanhar o pênis ereto de Peter, Geldwin aproximou o nariz da virilha e deu uma fungada, sentindo o cheiro forte de suor e mijo do outro rapaz. Para ele, era um odor inebriante, delicioso. Segurando com uma das mão o pênis, o elfo começou a lambe-lo, da base até a ponta, dando beijinhos leves assim que chegava na cabeça. Outra vez, antes de começar a chupar o membro ereto, Geldwin sugou cada uma das bolas peludas, pois ele sabia que seu parceiro se excitava com isso. Colocou uma, depois a outra, e por fim as duas na boca, enquanto massageava e pênis. Então Geldwin ouviu uma ordem vindo de cima:

- Chupa. - Peter ordenou com voz rouca de prazer.

Geldwin não perdeu tempo e abocanhou com tudo. Ele foi da cabeça à base sem muito esforço, afinal não era um membro tão grande, porém delicioso. E naquela noite, estava ainda mais, pois estava babando, o que era raro. Às vezes, o elfo massageava com uma das mãos o corpo do pau, enquanto a boca e a língua trabalhavam na cabeça. Geldwin continuou nisso por alguns minutos, mas não se aguentando mais de tesão, ficou de 4 no chão e pediu:

- Me fode!

Peter não esperou muito tempo e já foi se posicionando atrás do elfo. Era estranho para ele sentir tesão pelo elfo da forma como sentia, mas ali estava ele, de pau duro, pronto para comer seu colega de classe. O humano deu uma cuspida no ânus do elfo e ficou massageando com os dedos antes de enfiar o pênis como o parceiro pedira. Uma vez, Geldwin pediu para ele usar a língua diretamente em seu cú, mas isso o humano achava nojento e nunca fez. Naquela noite, porém, a vontade o dominou e ele decidiu provar. Se inclinou para frente e, para a surpresa do elfo, que não olhava o parceiro no momento, apenas massageando o seu próprio membro ereto, sentiu não um pênis, mas sim uma língua invadindo o seu orifício. Fazia tanto tempo que o elfo não sentia isso, que uma imensa onda de prazer o inundou, quase fazendo-o gozar.

Peter não demorou muito naquela massagem com a língua, pois estava achando o gosto estranho. Ele posicionou o pênis no ânus do parceiro e começou a fazer movimentos para cima e para baixo, para cima e para baixo, apenas atiçando a vontade de seu parceiro. Cuspiu novamente no cú e deu sua mão para que o próprio elfo também ajudasse na lubrificação com cuspe e espalhou por todo o comprimento do pau. Morrendo de vontade de ser fodido, Geldwin pediu mais uma vez:

- Vai, me fode logo, Pete!

O humano não esperou uma terceira vez e começou a introduzir seu membro no cú do elfo. Enfiando devagar, como sempre fazia no início, o humano sentia todo o interior do ânus do parceiro pressionando o seu pau, o que lhe dava uma enorme sensação de prazer. Geldwin adorava a forma como Peter começava a fodê-lo, bem, fora ele quem ensinara ao outro jovem, então, era de se esperar que ele fizesse do jeito que o elfo gostasse. Se sentindo preenchido pelo pau deliciosamente mediano do parceiro, Geldwin começou a gemer de prazer. A cada estocada, que aumentava aos poucos de velocidade, o elfo soltava um gemido gostoso.

Com as mãos na cintura do elfo, Peter ia aumentando o ritmo em que seu quadril se encontrava com a bunda de Geldwin. Cada vez mais forte, cada vez mais rápido. Cada gemido do elfo, enchiam os ouvidos do humano e ondas de prazer o invadiam. Ele sabia que não levaria muito tempo para gozar, mas queria prolongar ao máximo o prazer que estava sentindo. Os dois já estavam suando, com as roupas jogadas para todos os lados do salão principal. Geldwin, massageando o seu próprio pênis, queria tentar chegar ao orgasmo ao mesmo tempo que o parceiro, pois ele também sabia que Peter logo estaria gozando. Entretanto, antes que ambos pudessem chegar ao êxtase, a porta principal da torre se abriu, e Delvin e algumas pessoas desconhecidas apareceram e os olharam atônitos.

Pegos de surpresa, os dois amantes se separaram, pegaram as peças de roupas mais próximas e tentaram se cobrir, mas Delvin exclamou antes de qualquer coisa:

- Que porra é essa?

- Você me disse que não haveria problemas, que ele demoraria. – Falou o humano, escondendo o pênis ereto com uma das roupas que pegou. – Eu tenho uma pretendente e ninguém pode saber disso. Como fico agora, minha reputação irá pra lama!

Revirando os olhos, Geldwin pediu ao seu amante:

- Vá para o quarto querido Pete, depois nós conversamos.

Ainda inconformado, mas envergonhado, o jovem humano subiu as escadas em direção aos seu quarto, reclamando e murmurando que seria deserdado, enquanto todos os presentes repararam em sua bunda, redonda e peluda, balançando a cada degrau.

- Quer me explicar por que diabos você e o Peter estavam transando no meio do salão principal? – Perguntou Delvin, ao mesmo tempo irritado e envergonhado com a situação.

- Calma querido De, não é como se eu devesse explicação para você não é mesmo, afinal não somos mais namorados, e você rejeita todas as minhas investidas. – Respondeu Geldwin, tentando vestir sua calça e revelando que seus pelos pubianos eram dourados como os cabelos.

- O problema não é esse, o problema é o lugar, porra! No salão principal!?

- Ai, e o que é que tem? O mestre não está, então não pode nem ver nem ouvir o que acontece aqui!

Bingo, Delvin não era o único que suspeitava disso. De certa forma, a situação constrangedora serviu para dar essa certeza ao meio-elfo, o que também o fez se lembrar do motivo original da vinda à torre.

- E quem são os seus companheiros, querido De?

“Merda” pensou ele, “queria que não fossemos vistos por ninguém.” Entretanto, ele poderia usar a situação a seu favor, afinal, pegou o melhor aluno do mestre, de quatro no chão do salão principal, com o pau do segundo melhor aluno, enfiado até o talo no seu cu.

- São meus amigos, e venham, vamos para o meu quarto. – Delvin falou entrando e indo em direção às escadas.

Bran observava tudo, e não parou de pensar na frase do elfo, que confirmava que Delvin tinha relações com outros homens, mas ao mesmo tempo deixava Bran preocupado, pois o elfo era muito belo. Apenas fez um cumprimento de cabeça e seguiu Delvin, com Lanna logo atrás. Geldwin vestia uma camisa e perguntou:

- Você me julga, mas está aí levando duas pessoas para o seu quarto, não sabia que gostava de ménage, inclusive não sabia que curtia gnomas.

Lanna, não gostando nem um pouco da insinuação, sacou sua adaga e a apontou diretamente para a virilha do elfo.

- Se você abrir a boca mais uma vez, não vai ser apenas de suor que esse chão estará sujo. – Ameaçou a gnoma.

Geldwin ficou parado, sem reagir, pois percebeu que a ameaça era séria. Assim que Lanna se afastou dele, o elfo terminou de recolher suas roupas e subiu as escadas, junto dos outros em silêncio. O elfo entrou em seu quarto, mas permaneceu com a porta aberta, até ver Delvin, fechar a porta do próprio quarto, após todos terem entrado.

Delvin ainda ficou à porta até não ouvir mais nem um som.

- Pronto, ele já está no quarto com a porta fechada. – Falou Delvin, querendo se esconder, principalmente de Bran.

Bran estava muito pensativo, muitas coisas estavam acontecendo ao mesmo tempo. Saíra com Delvin, na esperança de conhecer um cara legal e, quem sabe, até se relacionar com ele. Fora roubado, presenciara um assassinato, e vira, pela segunda vez em sua vida, um homem transando com outro. Nem tivera tempo de processar direito o roubo e o assassinato, e já estava sabendo que o cara que ele estava curtindo, já tivera ao menos um relacionamento com alguém de mesmo sexo, e esse alguém era seu colega de aprendizado. Ele não queria ficar imaginando coisas, mas não pode evitar de pensar em Delvin no lugar do humano junto com o elfo, porém logo ele substituiu o elfo por si mesmo, e aí percebeu seu pau ficando duro novamente, e um leve sorriso brotando em sua boca. Essa imagem mental era melhor, e preferiu pensar desta forma.

Delvin estava muito envergonhado. Não só presenciou o ato sexual do seu ex com Peter, um cara muito obcecado por posição social e dinheiro, como o rapaz com quem acabara de ter seu primeiro encontro, também. Nem queria imaginar o que se passava pela cabeça de Bran, apenas torcia para que o outro jovem não o odiasse. Ele nem sabia ainda se Bran gostava de pessoas do sexo masculino ou não, torcia para que sim, e algumas coisas começavam a indicar isso. O fato dele ter olhado para a bunda de Peter, quando subia as escadas, os olhares que ambos tiveram, na taverna e depois no esconderijo de Lanna, mas ainda assim, uma confirmação direta, seria melhor. Nem precisaria ser em palavras, mas um ato, como um beijo correspondido, ou uma carícia, isso já seria mais que o suficiente para Delvin ter a sua certeza. Decidiu não imaginar muito isso e focar no que fazer no futuro em relação a Bran e em sua situação de vida.

Lanna decidiu cochilar. Percebeu que os dois jovens tinham alguma coisa e, apesar de ser curiosa por natureza, nunca gostou de atrapalhar casais e encontros românticos. Imaginou que meia ou uma hora seria o suficiente, para que os outros habitantes da torre estivessem dormindo e avisou aos outros dois:

- Vou tirar um cochilo, fiquem tranquilos, eu logo acordo e faremos a investigação. Só não façam muito barulho.

Os dois concordaram com a cabeça. Por quase uma hora ela cochilou e não ouviu nada durante seu descanso. Mas as coisas não ficaram tão quietas. Assim que percebeu a respiração mais forte da Gnoma, Delvin resolveu se aproximar um pouco mais de Bran e trocar algumas ideias:

- Desculpe pelo que você viu e ouviu hoje. Desculpe pelo desastre que esse encontro se tornou.

- Delvin, não é culpa sua. Na real acho que é minha, se minhas moedas não estivessem chamando a atenção, ela não teria tentado roubar e não teríamos vindo parar aqui.

- Que bosta! Queria só me divertir e te conhecer melhor, mas as coisas saíram do controle de uma forma muito louca.

- Haha, verdade. – Bran ficou em silêncio um instante. - Hum... Delvin... você e o elfo...?

Delvin esperou uns segundos antes de responder, mesmo Bran não terminando a pergunta, ele entendeu o que o outro rapaz queria.

- Sim, a gente namorou, por um tempo. Começou logo que vim para cá. Eu era inocente e ele me chamou a atenção, pela beleza exterior. Mas depois de um tempo, conheci ele melhor e vi que ele não é um cara legal. Desculpe por você ter descoberto de uma forma estranha, eu... eu queria ter falado lá na taverna, e... ter te perguntado também...

Bran também esperou antes de responder.

- Delvin, eu... meio que entendi sua intenção, ainda quando você me chamou pra sair... Eu até não entendo muito dessas coisas. Tenho pouca experiência. – Desta vez, foi Bran quem ficou envergonhado, e desviou o olhar de Delvin. – Nem sei se sei direito do que eu gosto, ou, sei lá. Ainda estou um pouco confuso, sabe?

- Hum, bom, não posso te ajudar muito sobre isso, você precisa descobrir sozinho. Mas posso te contar como foi pra mim. Descobri bem novo que gosto de garotos. Talvez já soubesse disso desde sempre, mas só percebi uns 5 anos antes de vir pra cá. Outros meninos, amigos de infância e alguns filhos dos servos com os quais eu brincava, viviam falando das meninas e tal. Eu não entendia os motivos deles, mas sabia que gostava de estar perto deles. Tinha um garoto, uns 2 anos mais velho que eu, filho de um dos servos, que já ajudava nos trabalhos e, por isso, já tinha alguns músculos no corpo. Nada como você, óbvio. – Delvin corou um pouco e logo desviou os olhos de Bran, que também corou. – Enfim, eu achava ele bonitinho, ele percebeu que eu me aproximava dele e gostava de ficar com ele. Até que ele era legal, me deixava ficar por perto, conversava comigo, as vezes tirava a camisa afirmando calor, só pra me mostrar o corpo de garoto dele, hehe. Acabou que a gente se tornou grandes amigos e, num dia que estávamos sozinhos, acabou rolando um beijo. Foi só uma encostada de lábios, nada demais, mas eu gostei muito, e acho que ele também. Começamos a fazer isso mais vezes, sempre escondidos, porém meu irmão mais velho desconfiou de algo. Eu não sabia, mas ele começou a me seguir e nos pegou no estábulo, de mãos dadas, trocando um selinho. Assim que meu irmão apareceu, o menino fugiu e me deixou só. Meu irmão me bateu e disse que isso não se fazia, que era coisa de maricas e eu não podia ser assim, e tal e coisa. Enfim, esses papos preconceituosos.

- Que merda, mas e aí, ficou só nisso ou rolou algo mais entre vocês dois?

-Bem, meu irmão ficava quase sempre na minha cola, não me dando sossego. Acho que ele contou pro meu pai também, porque ele contratou um “tutor” pra ficar comigo durante o dia. Acho que era um segurança, só pra eu não ficar perto dos outros garotos. Às vezes eu via o garoto de longe, trabalhando nos estábulos. Ele teve sorte, poderia ter sido mandado embora só por aquilo, ou pior, poderia ter sido açoitado ou até morto, afinal era um filho de servo, para alguns nobres, não valia nada. Mas meu irmão não gostava de mim, nunca gostou, e por isso só eu levei a culpa. Com o tempo, meu irmão foi parando de me vigiar e eu fui ficando mais esperto. Aprendi a despistar o tutor e voltei a me encontrar, às escondidas, com o rapaz. A princípio ele tentou se esquivar de mim, mas eu percebia que ele queria e eu consegui convencê-lo. Apesar de raros, nossos encontros se tornaram mais quentes. Os beijos mais intensos, enfim, acabamos tendo a nossa primeira vez. Na época, nossa, foi a melhor coisa, mas parando pra pensar hoje, não foi lá muito boa, foi bem apressada e desajeitada. Mas fizemos mais algumas vezes e melhorou.

- Você gostava muito dele?

Com um semblante saudoso, Delvin continuou a história:

- Ah sim, eu gostava bastante dele, e acho que ele de mim também. Mas não durou muito. Apesar de nunca mais ter sido pego, acho que meu irmão notou minha alegria e deu um jeito de enviar o rapaz pra longe. Nunca soube pra onde ele foi, só sei que vi um dia que ele e a família estavam de partida, os pais estavam felizes. Acho que minha família deve ter dado terras bem longe de lá pra eles, nunca consegui me despedir dele. Algum tempo depois, fui mandado pra cá. Minha família não soube me aceitar e preferiu me ter longe, do que lá “manchando” a honra deles.

- Que merda, acho que é pior ser rejeitado pela família, do que não ter uma.

- É mesmo, mas enfim eu me alonguei demais, o que eu queria dizer é que notei que gosto de homens bem novo, e que o rapaz com quem eu ficava, demorou pra perceber. Foi engraçado, pois eu já sabia desde as primeiras vezes que ficava perto dele, mas ele só foi se dar conta disso, depois da nossa primeira vez. – Delvin fez uma pausa na sua fala, mas logo perguntou. - E você Bran, do que você gosta? – Delvin decidiu que era melhor ser assertivo na pergunta, talvez o rapaz precisasse de uma conversa direta sobre sua sexualidade.

- Então. A pouco tempo atrás eu tive a minha primeira vez. Fui num puteiro daqui da cidade e o Grin me pagou uma das meninas da casa. Não foi ruim, mas antes de entrar no quarto com ela, eu vi a cena de dois homens transando. Foi a primeira vez que vi algo assim, nunca tinha me passado isso pela cabeça. Sabe, eu não tenho amigos. Desde que fui adotado por Grin, passei a trabalhar duro com ele, e às vezes, quando ele ia à taverna eu ia junto, mas só ouvia as conversas de adulto dele, e nem me ligava muito nas coisas. Por isso sou meio estranho. – Delvin fez uma careta, discordando desta afirmação de Bran. - Mas quando estava lá no puteiro, a cena dos dois caras não me saía da cabeça. A menina percebeu e me incentivou a pensar sobre. E eu pensei. Durante, depois e pensei bastante sobre. Fiquei até meio distraído no trabalho esses últimos dias por isso. E... acho que eu também gosto… de… homens – Era difícil falar isso, mesmo para alguém que também gostava de homens e que provavelmente poderia ajudá-lo a se descobrir melhor.

Delvin sorriu para Bran, percebendo que, talvez, fosse a primeira vez que o rapaz falava abertamente sobre o assunto com outra pessoa. Se aproximou um pouco mais dele e pegou em sua mão. Era uma mão grande, maior que a sua, forte, calosa e quente. Delvin fez um carinho nela, os dois se olharam, estavam com o rosto bem próximos. A distância foi diminuindo, o calor aumentando. Bran sentiu o cheiro de Delvin, era gostoso. Delvin também sentiu o de Bran e também achou muito bom. Bran sentiu seu coração bater mais forte e pensou “vai acontecer, é agora”. Delvin estava ansioso, a situação parecia com os encontros escondidos que vivera. Bran instintivamente levou sua mão até a nuca do parceiro e sentiu as mãos de Delvin o envolverem na cintura. Os lábios dos dois se uniram e ambos começaram um beijo lento e carinhoso que foi esquentando e se intensificando. Em poucos segundos, Delvin subiu no colo de Bran, para poder beijá-lo melhor. Sentiu as mão ásperas do jovem ajudante de ferreiro percorrendo seu corpo, enquanto as suas delicadas mãos de aprendiz de feiticeiro percorriam do peitoral forte e musculoso de Bran, passando pelos gomos do abdômen e chegando na virilha. Ali, com a mão direita, Delvin sentiu o pênis ereto do humano por entre os tecidos, ao mesmo tempo, a mão de Bran também começou a apalpar o membro duro do meio elfo. Delvin estava começando a desamarrar as calças do seu parceiro, mas se deteve, pois ambos ouviram quando Lanna bocejou acordando.

-Uuaaaaaahhh. Ah, que cochilo bom. – Rapidamente, os dois se afastaram, ajeitando as roupas o melhor que podiam e praguejando mentalmente por serem trazidos de volta à realidade. A gnoma olhou para seus companheiros e percebeu o desconforto deles, mas não se importou. Ela estava ali para tirar a situação a limpo, por isso resolveu prepará-los para ação. – Aqui, fiquem com isso.

Ela estendeu uma adaga para cada um e continuou falando:

- É melhor estarmos preparados para resolver qualquer coisa. Desculpe grandão, acho que você se daria melhor com algo mais robusto, mas não tenho nada melhor que isto.

Cada um pegou a sua, Bran agradeceu e Delvin achou estranho, pois já esteve no local e nunca percebeu nada que pudesse ser “resolvido” com uma adaga, mas decidiu não discutir. Lanna, então, abriu o mais silenciosamente possível a porta do quarto, caminhou pelo corredor e, seguindo os sinais que Delvin fez com as mãos, ela foi até a porta do escritório. Nem testou a fechadura, apenas pegou um par de gazuas e começou a trabalhar na fechadura da porta. Se não houvesse nenhuma magia barrando a porta, ela sabia que conseguiria destrancá-la. E foi o que fez. Em poucos segundos de trabalho a porta se abriu e os 3 entraram.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 5 estrelas.
Incentive TitanKronous a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

por favor volte logo, conto maravilhoso.

0 0
Foto de perfil genérica

Os dois irão finalizar o que ela interrompeu?

0 0
Foto de perfil genérica

Delfin e bran se permitindo a se relacionar.

0 0