Semana na República - Parte 3

Um conto erótico de Johnny Cizane
Categoria: Homossexual
Contém 988 palavras
Data: 07/02/2023 20:08:12
Última revisão: 07/02/2023 20:14:19

Depois do episódio daquela manhã os meninos ficaram me zoando e eu fiz de conta que eles estavam viajando mas a verdade é que eu estava num misto de sentimentos: se por um lado a zoação era chata também me trazia boas risadas e eu não podia esconder que estava adorando ser a nova putinha do grupo. Bem ou mal os meninos já estavam se tocando que eu era uma meretriz de mão cheia.

O caminho até a universidade foi um tanto quanto silencioso. Olavo nem estava me olhando direito. Tinham sido duas mancadas em dois dias. Um novo recorde. O Jota estava levando na brincadeira e dizendo que os meninos estavam ficando malucos e que ele jamais teria coragem de fazer aquilo que eles estavam dizendo.

- Ah então quer dizer que você não faria nada disso que eles estão falando, teria algum motivo específico?

- Além de eu ser hétero?

Dei uma boa gargalhada pra atiçar ainda mais os meninos e resolvi encerrar a conversa por ali mesmo.

As aulas de literatura estavam tediosas. Tinha algo nos livros que tínhamos que ler que me incomodava.

Resolvi ficar sozinho no almoço. Almocei de boa no Restaurante Universitário do Campus e voltei pra República depois de dar uma volta e passar pelo Centro Acadêmico de química pra jogar um pouco de truco e fumar maconha com uns conhecidos. Depois fui pro banheiro à procura de alguém pra mamar. Não tinha ninguém. Peguei o ônibus e voltei pra República.

Da porta da sala eu ouvi um burburinho. Jota e os outros dois meninos estavam conversando no quarto dele. Me apressei sem fazer barulho e fiquei ouvindo o que eles falavam atrás da porta na esperança de flagrar alguma brotheragem.

Brotheragem não tinha. O que tinha era uma conversa sobre mim.

- A noite foi boa, Jota?

- Leandrinho, meu querido, eu dormi que nem uma pedra.

- Antes ou depois de comer o Johnny?

- Porra de Johnny o que meu irmão, tá de sacanagem? Meu bagulho é mina. Você que deve estar fantasiando com o cara e tá querendo jogar a bomba pra mim.

- Eu dormi na minha cama sozinho. Você dormiu agarradinho com o Johnny... Confessa!

- Quanta asneira.

- Asneira? O Breno disse que ouviu uns barulhos a noite. Aquele som característico de saco batendo na bunda. Foi ou não foi, Breno? Fala aí

- É verdade, Jota. Você se acabou no rabão do cara e tá se fazendo de trouxa. Trouxa sou eu, se eu soubesse que ele tava liberando também comia.

Eles ficaram em silêncio depois, provavelmente estavam fumando enquanto conversavam. Eu fui pra cozinha e comecei a mexer na geladeira. Parei só quando o Leandro entrou na cozinha me perguntando se eu ia cozinhar.

- Tô pensando no que fazer, hoje nem tem tanta opção. Quer comer o quê?

- Eu acho que a gente podia pedir pizza pra comer. Mas pergunta pro Breno o que ele quer.

Breno estava entrando na cozinha e ficou vermelho. Saquei a maldade e fiz uma brincadeirinha.

- Quer comer o quê, Breno?

- Pode ser a pizza que os meninos tão querendo.

- Mais alguma coisa?

- Acho que só.

- Acha? - respondi mordendo a boca.

Leandro deu uma risada e anunciou que ia sair da cozinha pra deixar a gente mais à vontade num tom de deboche que eu nunca tinha visto.

Por fim, fiquei mais um tempo com o Breno e fiz questão de limpar o chão. Fiz de tudo pra empinar bastante o meu rabo pra ele. Disfarçando, ele olhou quase hipnotizado.

Decidi que faria ele àquela noite, mas ainda não sabia qual seria o modus operandi.

Liguei a Netflix na Tv da sala pra assistir alguma coisa. O Olavo entrou pela porta e foi direto pro quarto. Deu só um oi, como quem está fazendo pouco caso ou muito ocupado e seguiu pelo corredor. Fui atrás. Antes dele bater a porta, segurei e perguntei se a gente podia conversar.

- Sobre?

- A gente - respondi.

Perguntei o que estava rolando e porque ele estava estranho comigo.

- Acordo com você sugando a minha rola e você ainda pergunta o que tá acontecendo?

- Já pedi desculpa e você disse que eu podia me sentir perdoado.

- Mas não é tão simples. Eu te ajudo e acordo com você agarrado com o Jota na sala. O Jota tava com a mão dentro da calça, cara.

- E o que tem?

- Eu também moro aqui. Desagradável!

- Agora você virou moralista?

- Não, porra.

- Então o que é?

Ele respirou fundo.

- Coisa de amigo. Parece que você não entende.

Aquilo me partiu ao meio. Eu gostava muito dele de uma forma muito especial. Eu quase não conseguia esconder. Me aproximei e dei um abraço. Ele não correspondeu e pediu pra eu parar. Apertei mais forte e pedi pra ele me abraçar. Ele me abraçou e me deu um tapinha na bunda. Aproveitei a deixa e beijei o pescoço dele.

- Bicha é foda - ele falou.

- Gosto de você. Tá na cara, né?

- Eu sempre soube. Por que você acha que eu relevei você me chupando?

- Posso fazer de novo então?

- Não.

- Tá bom...

- Espera eu digerir. Não foi ruim, mas é que...

- O quê?

- Eu sou virgem e queria fazer essas coisas primeiro com uma mina.

Respeitei aquele momento. Ele tinha sido sincero pela primeira vez. As histórias que ele contava sobre ter comido algumas meninas eram todas falsas e eu gostei de ter tido abertura pra saber a verdade. Só fiz que tinha entendido com a cabeça e fui interrompido por um grito do Breno me chamando em alguma parte do apartamento.

Vi que o grito vinha do banheiro. Ele me pediu pra pegar a toalha que ele tinha esquecido no quarto dele.

Fui no quarto, peguei a toalha e entrei no banheiro pra entregar. O Breno estava rindo. Olhei pro lado e tinha uma toalha no suporte da parede.

- Já tem toalha aqui...

- Essa aí é pra você. Vem aqui tomar banho comigo.

* Continua no próximo conto

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