O Segredo da Minha Tia

Um conto erótico de J. R. King
Categoria: Lésbicas
Contém 4831 palavras
Data: 01/01/2023 08:26:18

– Obrigado por deixar eu ficar na sua casa, Tia. – Falei enquanto dava dois passos para dentro do apartamento.

– Sem problemas, Laurinha. Sua mãe, sempre superprotetora, né? Não deixa você ficar sozinha em casa mesmo já tendo toda essa idade… Mas tá tudo bem, pelo menos assim eu posso passar um tempo a mais com minha sobrinha favorita.

Tia Lucy me deu um abraço forte, pressionando os seus seios contra o meu rosto. Ela devia ter só uns 5 centímetros a mais do que eu, mas no seu salto plataforma estava já com mais de 10 acima.

– É fácil eu ser sua sobrinha favorita, já que eu sou a única.

– Sim, mas você ainda seria minha favorita se tivesse outra. Agora vai colocar suas coisas no quarto de hóspedes. Fique à vontade.

Levei minhas malas até o quarto, peguei meu celular e mandei mensagem para minha mãe, dizendo que já havia chegado e estava tudo bem. Iria ser só um final de semana enquanto meus pais viajavam, mas para a minha mãe parecia que eu ia ficar quase um mês sem vê-la.

Tia Lucy era irmã da minha mãe, conhecia ela melhor do que eu. Tinha 36 anos, cerca de 1,75m, o cabelo castanho escuro que ia até a altura de seus seios, cortado na frente por uma franja que cobria sua testa, mas nunca os seus lindos olhos cor de âmbar. Mas o que chamava a atenção em seu rosto mais do que os seus olhos era o seu nariz. Era alongado e protuberante. Dava a ela uma beleza exótica, como a de Cleópatra. Não a versão real, mas a romantizada dos livros e mitos. Seus lábios tinham uma coloração avermelhada natural, de forma que não precisava de batom algum para fazê-los ficarem lindos e vívidos. E o seu corpo. Ah… o que dizer sobre o seu corpo. Era simplesmente a mais perfeita escultura de mármore. Tinha a pele clara, o desenho de um violão, peitos grandes, firmes e arrebitados, a cintura fica e os quadris largos, com pernas grossas e torneadas.

Para mim, Tia Lucy era o maior exemplo de mulher inspiradora. Independente, nunca a vi presa a um homem. Eu, como uma já bem decidia lésbica, queria distância de qualquer homem da minha vida, e Tia Lucy era a prova de que era possível viver bem sem um. Bem sucedida, era uma advogada de sucesso. E bela, mais que bela, era o padrão de beleza que eu almejava quando tivesse a idade dela.

Deitei na cama, estiquei as pernas e peguei o celular para falar com a minha melhor amiga, Júlia. Disse a ela que estava na casa da minha tia Lucy.

– A sua tia gostosa? – Perguntou Júlia, que conhecia minha tia de algumas festas em que ela estava presente.

– Essa mesma. – Respondi logo em seguida.

– Um final de semana inteiro sozinha com sua tia? Não vai aprontar nada, hein kkk.

– Deixa disso, garota. Não é porque eu gosto de mulher que eu vou sair por aí querendo pegar todas. Ela é minha tia, além disso nem sei se ela gosta.

– Aham, sei. Você vive falando o quanto sua tia é linda e maravilhosa. Até parece que tu não é afim dela.

– Isso não vem ao caso. A questão é que ela é minha tia, e por mais que eu ache ela incrível, não iria tentar nada.

– Virou moralista agora, é? Essas coisas não dão em nada. Se fosse o seu pai ou seu irmão, aí realmente é esquisito. Mas tio e primo não dá nada. Eu mesmo já transei com o meu primo e foi tudo bem.

– Você é uma piranha mesmo, hein. Ju! Kkk

– Kkk, eu sei. Mas imagina só. Você chega no quarto da sua tia. Bate a porta baixinho, mas ela não atende. Daí você resolve dar uma espiadinha e ela tá deitada na cama. Toda peladinha com as pernas abertas mexendo no grelinho dela. Daí ela te vê espiando ela na porta e te chama pra se juntar. Ela pega, tira a sua roupa todinha e começa a esfregar a mão bem na sua bucetinha molhada e lambendo dos seus próprios dedos o seu mel.

– Hmmm. Ai, para, amiga. Tá me deixando excitada kkkk

– KKKKKK eu sei, agora fica aí. Minha mãe tá me chamando pra alguma coisa. Mais tarde a gente se fala, beijos!

– Sua safada. Tá bom. Depois eu me vingo de você. Beijos.

Eu não conseguia resistir. As palavras de Júlia realmente me deixaram excitadas. Eu lia e relia, criando na minha mente o desfecho daquela fantasia. Deitada na cama de bruços eu coloquei minha mão dentro do meu short, tocando os meus lábios e clitóris. Empinei a bunda o mais alto que eu podia, enfiando meu rosto no travesseiro. Comecei a me siriricar deliciosamente, pensando na minha própria tia. Não era a primeira vez que eu faria isso, nem seria a última. Mas quando eu já me excitava um pouco mais.

De repente, a porta se abriu rapidamente. No mesmo instante tirei a mão de dentro do meu shorts, minha tia me olhou deitada de bruços na cama e falou:

– Já tá dormindo, é, garota?

– Não, tia. Tava só deitada mexendo no celular.

– Tá bom. – Ela falou de um jeito como se ficasse claro que ela não estava acreditando no que eu havia dito. – Pode me ajudar a preparar a janta?

– Claro, tia.

Nós duas fomos até a cozinha então, e começamos a preparar a janta enquanto conversávamos. Tia Lucy estava preparando um macarrão à bolonhesa e me pediu para cortar o tomate e cebola enquanto ela cozinhava a carne moída e o macarrão.

– Então, como vão os namoradinhos? – Perguntou Tia Lucy

– Sério, tia?

– Não. Eu só estava brincando.

– Mas não tem ninguém não – Pensei comigo 'O que será que ela acharia se eu dissesse que nunca teve namoradinho, nem nunca teria?' – Eu não sou muito dessas coisas não, tia.

– Você é que nem sua mãe né? Vai casar com o primeiro cara que namorar.

Dei uma risada de canto de rosto, só para não deixá-la falando sozinho.

– O que foi? Eu não quis falar mal do seu pai não. Mas que ele foi o primeiro e único da sua mãe, ele foi sim.

– Não é nada não, tia. Só foi engraçado o que você falou.

– Aham, sei… Olha, se quiser conversar sobre qualquer coisa comigo, pode contar, viu? Eu não vou contar pra sua mãe não, eu prometo.

– Pode deixar, tia.

Tia Lucy pegou os tomates e cebola que eu cortei e jogou na panela junto da carne moída. Em seguida, adicionou molho de tomate. Pegou uma colher para provar, mas na hora de pôr na boca, acabou derramando um pouco de molho na camisa.

– Ai, droga. Minha camisa favorita! – Exclamou Tia Lucy.

Ela rapidamente abriu a pia para limpar a mancha, mas deixou a camisa toda encharcada. A primeira coisa que pensei quando a vi desse jeito foi aquelas cenas de filme de faculdade, com as garotas de camisa semi-transparente todas molhadas.

– Ah, droga. Vou colocar logo na máquina.

Sem o menor pudor, Tia Lucy tirou sua camisa. Por sorte estava de sutiã, mesmo que com sutiã também molhado fosse capaz de ver todo o desenho da aréola e mamilo.

– Tia! – Dei um grito arregalando os olhos e desviando o olhar. Estava envergonhada, mas ao mesmo tempo não queria deixar de olhar aquilo.

– Que foi? Ah, deixa de bobeira. Nunca me viu de biquíni não, garota? É a mesma coisa. Pode olhar, não tenho vergonha não.

– Então tá né.

Voltei a olhar novamente para ela. Era como olhar para o paraíso. Seus seios semi-nus no sutiã semi-transparente eram lindos. Me fizeram salivar, e graças às deusas sáficas eu tinha o macarrão para colocar a desculpa, caso ela perguntasse.

Tia Lucy colocou a camisa na máquina e voltou para terminar a janta apenas de sutiã. E depois nós jantamos na mesa, com ela também usando apenas sutiã. Foi torturante comer tendo que olhar para aqueles seios perfeitos, um pouco suados pelo calor do fogão, dando a eles um brilho quase vulgar. Notei que ela tinha duas pintas na parte de cima do seu seio esquerdo. Eram como os respingos de tinta do artista que a desenhou.

Tia Lucy tentava conversar com toda a naturalidade. Eu tentava emular a mesma calma, mas era difícil com aquele par de peitos me encarando.

Depois do jantar. Tia Lucy me pediu ajuda para mais uma tarefa. Havia chegado um quadro pelos correios. Uma pintura de uns 30 centímetros por 40 de uma arte abstrata que mais parecia uma cópia barata de Jackson Pollock.

– O que achou? É bonito? – Perguntou Tia Lucy, me mostrando o quadro.

– É sim, levando em consideração que provavelmente foi feito por um chimpanzé.

Tia Lucy deu risada do meu comentário sarcástico.

– Você é muito boba, viu. Eu vou pendurá-lo em cima da mesa alí. – Disse Tia Lucy, apontando para uma mesa cheia de whiskies e conhaques próxima a mesa de jantar. – Pode pegar pra mim a minha caixa de ferramentas? Ela está em cima do meu armário.

– Tá bom, tia.

Caminhando até o seu quarto, comecei a mandar mensagem para Júlia.

– Nossa, Ju. Tive que jantar com a minha tia usando só sutiã o tempo todo. Que tortura!

– Só de sutiã?! Mas por quê?

– Ela havia molhado a camisa e colocado na máquina pra lavar.

– E por que ela não pegou outra?

– Eu não sei. Ela disse que não tinha problema. Pra ela podia não ter mesmo, mas pra mim tinha. Quase me engasguei me distraindo com aqueles peitos.

– Ela tá jogando verde. Quer ver se você curte também.

– Lá vem você com essas suas fantasias malucas.

– Não é nada maluca, é você que é muito careta.

Fechei o celular, já havia chegado no quarto há um tempo. O armário devia ter dois metros de altura. Subi na cama para tentar alcançar a parte de cima, mas mesmo nas pontas dos pés, ainda era difícil. Fui tateando até encontrar a tal caixa de ferramentas e puxei pela alça com a ponta dos dedos.

A caixa de ferramentas, no entanto, começou a empurrar uma caixa de sapatos, tentei ir tirando sem derrubá-la. Mas no fim acabou caindo no chão. A caixa se abriu e derrubou um monte de DVDs que estavam lá dentro. Peguei a caixa de ferramentas, coloquei em cima da cama e comecei a catar os DVDs.

Foi aí então que tudo mudou. Peguei o primeiro DVD no chão e para minha surpresa, era um filme pornô. Levei um susto, e dei uma risada interna. Era engraçado pensar que minha tia assistia filme pornô em DVD, enquanto tinha tudo de graça no computador.

Porém, quando comecei a catar os outros, percebi algo estranho. Olhei com mais atenção às capas. Eram sempre duas ou três mulheres peladas, normalmente com corpos bastante voluptuosos, seios de silicone e bunda e coxas grossas, com um bronzeado bastante marcado. O famoso 'padrão Panicat'. As mulheres estavam sempre umas abraçadas às outras, tocando-lhe os seios ou a vagina. Foi então que eu notei os textos nas capas.

'O melhor filme lésbico que você vai ver!'

'3 horas de deliciosas cenas lésbicas!'

'Maravilhosas garotas em cenas muito deliciosas!'

Todas as capas tinham o mesmo padrão. Eram todos pornôs lésbicos.

Minha mente foi a loucura. Estava surpresa e ao mesmo tempo eufórica por descobrir que a tia que eu sempre admirei como um exemplo de pessoa também era lésbica. Mais do que qualquer desejo, eu fiquei feliz em descobrir isso.

– Achou, Laurinha? – Gritou Tia Lucy da sala.

– Achei!

Recolhi rapidamente todos os filmes, coloquei de volta na caixa, me estiquei toda para colocar a caixa de volta em cima do armário, peguei a caixa de ferramentas e levei para a sala.

– Obrigada. Agora vamos furar uma parede.

Durante todo o tempo que passamos arrumando a parede para aquele quadro, eu só conseguia pensar naqueles filmes. De repente, toda a minha percepção pela Tia Lucy havia mudado. Mas ainda não sabia como abordar isso. Eu queria falar com ela a respeito, mas não tinha ideia de como fazer isso.

Quando terminamos de montar o quadro, disse que estava cansada e que iria me deitar no quarto. Assim que cheguei, mandei mensagem novamente para Júlia.

– Amiga, você não vai acreditar. Fui pegar uma caixa pra minha tia no guarda-roupa e acabei achando uma caixa de sapatos cheias de filmes pornôs. E todos lésbicos!

Júlia ficou eufórica, me mandou vários emojis e respondeu:

– Sua tia é uma tremenda sapatão. Sua "sapatia" kkkkk

– Kkk você é muito boba. Isso sim, garota.

– E aí, vai pegar a sua tia ou não?

– Não! Larga disso, sua pervertida. Eu nem sei como abordar isso direito.

– Só chegar e falar "Tia, eu sou lésbica, e eu sei que você também é. Bora fuder."

– Óbvio que não! Ela deve ter um bom motivo para não ter contado pra ninguém sobre isso. Eu não vou invadir esse espaço. Eu sei como é difícil sair do armário, eu mesma ainda não saí pra minha mãe.

– Nossa, você é muito duma lerda. Tenha um pouco mais de atitude se tu quer alguma coisa com a sua tia.

– Eu não quero nada com ela! É você que tá me instigando a fazer algo.

– Porque eu sei que você quer, mas não quer admitir que sente que é toda caidinha pela sua própria tia. Sua hipócrita incestuosa!

– Ai, tá bom, Julia. Já chega disso, vou dormir. Tchau.

Fechei o celular, um pouco irritada com a presunção de Júlia. Porém bem no fundo eu já sabia que ela estava certa. Sentia um calor no meu coração quando pensava na Tia Lucy, agora ainda mais sabendo do seu segredo.

Me peguei pensando naqueles peitos dela novamente, nas pintas em cima do seio esquerdo. Queria beijar aquelas pintas, e tudo em volta delas. Queria sentir aqueles firmes e maravilhosos peitos nas minhas mãos e boca.

Me coloquei debaixo dos lençóis e comecei a tatear o meu corpo. Estava excitada, e era um tipo de excitação diferente, algo mais agridoce. Deslizei meus dedos para dentro do meu short, estiquei minhas pernas o máximo que pude me espreguiçando. Fechei os olhos e comecei a me tocar bem devagar, em movimentos circulares em volta do grelo, sentindo meus dedos se umedecerem com o mel que escorria da minha buceta.

Eu mordi os lábios de excitação. Minha mente trabalhava nos mais diversos e improváveis cenários, e todos eles tinham Tia Lucy junto de mim, me beijando, me lambendo, me chupando, me tocando. Tudo o que eu poderia imaginar, eu imaginei.

Um arrepio veio percorrendo a minha espinha, me fazendo esticar todos os músculos do meu corpo. Um intenso orgasmo tomou conta do meu sistema nervoso, me fazendo ir às nuvens em um prazer intenso e duradouro.

Me masturbei um pouco mais, até os meus dedos ficarem cansados e o sono bater. Provei do meu próprio néctar, era doce com um leve toque salgado no final e dormi como um anjo naquela noite.

No dia seguinte, a curiosidade me consumia. Queria olhar novamente aquela caixa, fuxicar se encontrasse algo mais interessante. Pensava naquela caixa o dia inteiro. Quando ouvi Tia Lucy entrando no banheiro para tomar banho, pensei que essa seria a oportunidade perfeita.

Assim que a porta se fechou, corri para o seu quarto, me estiquei novamente em cima da cama para pegar a caixa e voltei ao meu quarto novamente. Sentei-me na cama e abri a caixa de pandora. Além dos DVDs, encontrei também um pequeno vibrador, não deveria ter mais do que 10 centímetros, e um pequeno frasco de lubrificante.

Comecei a olhar novamente os DVDs, olhando atentamente para as capas e pensando se valeria a pena roubar algum para assistir. Porém, fiquei tão entretida naquilo que não ouvi a porta do banheiro abrir, nem mesmo minha tia caminhando até o quarto. Ela abriu a porta, me dando um baita susto.

– Laura, o que acha da gente pedir uma piz… – De repente ela parou e notou a caixa na minha mão. Sua expressão mudou para uma surpresa espantosa. – …O que você está fazendo com essa caixa, Laura?

Foi estranho ouvir minha tia não me chamar de Laurinha. Obviamente a situação era séria, o que me fez ficar nervosa.

– É-e-e… É q-que e-eu… – Gaguejei, não consegui pensar em uma desculpa para aquilo, pois não havia nenhuma desculpa.

Tia Lucy veio marchando em minha direção e tomou a caixa da minha mão. Estava claramente chateada e na defensiva.

– Sua mãe não te ensinou que não se deve fuxicar as coisas dos outros não?! – Bradou Tia Lucy e foi andando em direção ao seu quarto.

– Tia, espera. Eu posso explicar… – Segui ela até o quarto, mas ela não queria me ouvir.

– Quem te deu autorização pra entrar no meu quarto e pegar as minhas coisas, Laura? Isso é muito falta de respeito da sua parte.

– Tia…

Tia Lucy se esticou na ponta dos pés para empurrar na ponta dos dedos a caixa onde ela estava, se esforçando ao máximo para tal.

– Isso aqui é algo muito íntimo meu e você não deveria estar mexendo nisso, Laura.

– Tia, eu sou lésbica! – O grito saiu rápido e seco, tal qual um tiro de revólver que acertou em cheio os ouvidos de Tia Lucy.

O espanto fez ela se desconcentrar e deixar a caixa cair no chão novamente, espalhando os DVDs e o vibrador, que rolou para debaixo da cama. Ela ficou um segundo parada, em total silêncio, refletindo se o que eu tinha dito era real ou imaginação.

– Tá falando sério, Laurinha?

Seu tom de voz mudou para um espanto, sua expressão já não estava mais zangada. Confirmei acenando com a cabeça, dando um sorriso tímido sem mostrar os dentes embaixo da porta.

– Desculpa ter pego suas coisas, tia. Eu as vi quando fui pegar a caixa de ferramentas ontem e acabei ficando curiosa. Mas é que eu fiquei animada de saber que eu não era a única da minha família.

– Ai, Laurinha…

Tia Lucy caminhou em minha direção e me deu um abraço apertado, novamente pressionando os seus seios contra mim. Foi um abraço bastante caloroso, cheio de amor e compreensão. Pela primeira vez eu me senti bem para me abrir sobre a minha sexualidade com alguém da minha família. Sentia que não seria julgada ou mal interpretada, pois sabia que ela sentia o mesmo.

– Você já contou para mais alguém, Laurinha?

– Não. Só os meus amigos sabem. Mas da minha família só você.

– Tudo bem, seu segredo está guardado comigo. Pode ficar tranquila.

– Nosso segredo, tia.

Ela deu uma risada tão gostosa de se ouvir que me fez rir junto.

– Certo, nosso segredo. Bom, o que eu ia te perguntar mesmo? Ah é! O que acha da gente pedir uma pizza e assistir um filme hoje a noite?

– Acho ótima a ideia!

Tia Lucy pediu a pizza, e até que ela chegasse nós ficamos conversando sobre nossa sexualidade. Tinha tantas perguntas para fazer que foi quase um interrogatório.

– Quando que você descobriu que gostava de mulher?

– Acho que eu sempre soube. A real pergunta deveria ser quando eu aceitei.

– Tá bom. Quando você aceitou que gostava de mulher?

– Numa festa, quando eu beijei uma amiga minha.

– Alguém da nossa família sabe?

– Só a sua mãe.

– A minha mãe?!

– Sim. Sua mãe pode ser superprotetora e conservadora, mas ela ainda é minha irmã. É coisa de irmãs confiarem uma na outra nesse tipo de segredo.

– Bem, eu não tenho irmã, então nunca tive ninguém a quem confiar. Mas agora eu tenho você.

Peguei na mão da Tia Lucy, como um gesto de confiança. Seu toque era tão macio. Eu estava eufórica, queria conversar mais e mais com ela. Conversamos até a pizza chegar sobre nossas histórias e como éramos vistos pela nossa família.

– Nós deveríamos nos assumir. Juntas. Para toda a família. – Propus à Tia Lucy.

– Ficou maluca?! Eles te colocariam para fora de casa e nunca mais falariam comigo.

– E daí?! Eu não ligo, se eles não me aceitam como eu sou, então não deveria aceitar eles também.

Tia Lucy deu um sorriso de canto de boca.

– Vocês jovens são tão rebeldes, né? Sinto um pouco de falta disso. Desculpa, Laurinha, mas há coisas que você só vai entender quando tiver a minha idade. Mas eu estou bem em manter as aparências para minha família.

– Tia…

Iríamos continuar a conversa, mas a pizza havia chegado. Decidimos assistir a um filme enquanto comíamos. Tia Lucy tinha uma coleção bem grande de filmes, talvez isso explicasse o fato dela ter guardado alguns DVDs pornôs em vez de assistir pela internet. Começamos a procurar algum filme que nos interessasse.

– Que tipo de filme você gosta, Laurinha.

– Hmm… por que a gente não vê um romance?

– Tá bom… Que tal esse aqui? Namorados Para Sempre.

– Não! Eu não quero um romance heteronormativo padrãozinho. Você não tem nenhum romance lésbico não?

– Nossa, você é uma baita sapatina, hein!

– Desculpa, tia. Eu só estou animado. Também queria ver algum filme assim com alguém que não ficasse o tempo inteiro julgando e fazendo cara de nojo vendo duas mulheres se beijarem.

– Tá bom, então. Que tal esse aqui? – Tia Lucy me mostrou um filme de romance lésbico, que lhes pouparei do nome para evitar possíveis spoilers.

Nos sentamos no sofá, com pizzas e uma taça de vinho e colocamos o filme. Só de passar esse tempo com a minha tia foi reconfortante. Repousei a minha cabeça em seu colo e ela envolveu o seu braço no meu corpo, me aninhando carinhosamente. Só aquele momento já havia valido a noite, mas ainda tinha mais por vir.

O filme era emocionante. Muito bem feito e uma história contada de forma delicada e sob um olhar bastante realista. Quando o filme terminou, eu perguntei:

– Tia, você já amou alguma garota?

– Várias! Mas nunca acabou muito bem?

– Por quê?

– Acho que isso sempre bate na questão da família. Ninguém gosta de ser só um segredo para sempre. Principalmente quando você começa amar.

– Tia, eu entendo o seu medo. Eu tive ele há muito tempo também. Mas assumir a minha sexualidade hoje foi como tirar um caminhão das minhas costas.

– Pra mim também, Laurinha.

– E desde então, eu me sinto tão feliz com isso que eu finalmente quero me assumir. Quero chegar em casa depois desse final de semana e contar isso para a minha mãe. E não importa o que ela for falar, eu vou ficar feliz com isso. E acho que você deveria fazer o mesmo.

Tia Lucy me deu um sorriso de canto de boca e beliscou minha bochecha.

– Você é tão esperançosa, Laurinha. E muito bonita também. Vai achar fácil uma garota que gosta de você.

– Você também é linda, tia. Sempre achei. Na verdade eu sempre te admirei.

– Obrigada, Laurinha.

Demos um abraço apertado, mas que foi mais longo que um abraço normal. De repente, senti um fogo no meu corpo, incendiando a coragem que eu precisava para dar um passo a mais. Tomar a iniciativa, como Júlia havia falado.

Quando Tia Lucy me soltou dos seus braços eu olhei fundo em seus olhos. Era como se a pressão do ar tivesse mudado, o clima estava diferente, ela me olhava de um jeito que eu sabia que não era um simples olhar. Peguei no seu rosto, ela não me impediu. Me aproximei lentamente até os nossos lábios se tocarem.

Beijei minha tia, e para a minha surpresa ela correspondeu. Nos beijamos por uns 30 segundos, até ela se soltar dos meus lábios. Ela olhou para o chão, um pouco pensativa, mas não se soltou completamente de mim. Ela me segurava pelos ombros, seu toque era tão macio que me fazia querer senti-lo por todo o meu corpo.

– O que foi isso, Laura?

– Uma coisa que eu queria fazer há muito tempo.

– Acho que você bebeu vinho demais.

– Não. – Acenei com a cabeça. – Eu só tomei meia taça.

– Então eu bebi vinho demais. A gente não pode fazer isso, Laura.

– Por que não? Você estava gostando, não estava?

– Estava, é sempre bom beijar alguém. Mas você é minha sobrinha. Isso é errado.

– Então não pense nisso. Só por hoje eu não sou sua sobrinha. Sou sua mulher.

Lhe beijei novamente, desta vez foi mais longo e mais apaixonado. Eu estava lhe fisgando aos poucos, eu tinha noção disso. Depois de quase um minuto ela se afastou novamente.

– Laura, por favor. Pare.

– Não! Eu quero isso a tanto tempo. E eu sei que você quer também. Eu leio isso em seus lábios.

– Eu sou sua tia, Laura!

– Eu sei, mas você também é a mulher que eu mais admirei a minha vida inteira. Quando eu estava me descobrindo, só o que eu pensava era em você, tia. Em como você era linda e tão independente. Eu queria ser como você. O dia está sendo maravilhoso com você, Tia. Será que você não poderia torná-lo ainda mais especial?

Antes que ela respondesse, eu a beijei novamente. E foi através dos seus lábios e língua que ela deu a resposta. Dessa vez ela não se soltou mais. Em vez disso, ela deitou no sofá, deixou que eu a dominasse por completo.

Minhas mãos foram até os seus seios. Aqueles lindos e firmes peitos que eu tanto desejei tocar há muito tempo. Tirei sua camisa, deixei-a só de sutiã e me permiti beijar aquelas pintas que eu tanto desejei.

– Você é tão persuasiva, Laurinha. Nem acredito que eu estou fazendo isso.

– Nem eu. Mas é por isso que é tão bom.

Tirei os sutiãs, apreciei alguns segundos aqueles lindos seios nus antes de beijá-los novamente. Alternando entre o esquerdo e o direito, eu fui passando meus lábios, língua e até dentes nos seus mamilos, fazendo Tia Lucy suspirar.

Ela tirou a minha roupa também, camisa e sutiã, me agarrou pela cintura e beijou os seios. Era tão delicioso sentir os seus lábios lá que me fizeram gemer. Estava bêbada de tesão, eu acariciava o seu cabelo, passando meus dedos entre os fios enquanto ela me beijava. Comecei a esfregar minha buceta em sua coxa, sentindo o tecido da minha calcinha roçar em meu grelo, desejando mais e mais levar isso a outro nível.

Foi o que fizemos logo em seguida. Me deslizei até o chão. Enquanto Tia Lucy encostava as costas no sofá, eu tirava seu short e calcinha, abrindo suas pernas. A buceta de Tia Lucy era tão linda quanto tudo em seu corpo. Seus lábios eram apertados como os de uma virgem, rosados e um pouco cobertos pelos pêlos pubianos castanhos escuros. Beijei a parte de dentro de suas coxas antes de me lambuzar no prato principal que eram os seus lábios.

Comecei a chupar o seu grelo, o que fez sua buceta se molhar toda e ela gemer. Era tão delicioso provar o seu mel como eu havia imaginado.

– Nossa, Laurinha. Onde aprendeu a chupar tão bem assim?

– Com minhas amigas.

– Esses jovens de hoje em dia, hein. Só querem saber de putaria.

Me levantei, beijei ela de novo, agora em pé, com minhas costas curvadas. Tia Lucy pegou no meu short e começou a descer, revelando minha buceta para ela. Ela me puxou pela cintura, aproximou minha virinha da sua boca e começou a me chupar. Foi sublima sentir ela lamber o meu grelo, primeiro em pequenos círculos, depois chupando e brincando com ele dentro da sua boca.

– Eu tenho uma ideia. Vamos para o meu quarto. – Disse Tia Lucy.

Ela se levantou, pegou na minha mão e me conduziu até a sua cama, me fazendo deitar enquanto ela se esticava para pegar aquela caixa que ambas conhecíamos muito bem. Ela pegou o vibrador que havia lá e pediu para usar em mim. Obviamente, aceitei o convite.

Ela ligou, passou um pouco de lubrificante e começou a enfiá-lo dentro de mim. O vibrador foi entrando suave, tremendo em um ritmo uniforme que me fez contorcer as pernas de prazer. Ela ficava tirando e colocando. E às vezes deixava ele bem em cima do meu clitóris, que era o momento mais excitante.

Naquela noite, gozamos como duas mulheres apaixonadas. Por nós mesmas, mas também pelo simples desejo de sermos amadas por aquilo que gostávamos. Era como se nós duas precisássemos desse escape, e nos ajudamos mutuamente.

Fizemos amor, sexo e fodemos. Todos os três ao mesmo tempo. Às vezes lento e apaixonado, às vezes intenso e vulgar. Até nos cansarmos e cairmos quase desmaiadas na cama uma do lado da outra. Não lembro quando terminou, estava tão entorpecida pelo prazer que simplesmente apaguei. E na manhã seguinte, quando acordei nua deitada de conchinha abraçada com minha tia, percebi que não era um sonho, mas muito real.

Me soltei de seus braços bem delicadamente para não acordá-la e só podia pensar em fazer uma coisa. Procurei pela casa toda até encontrar no sofá da sala, onde tudo começou, o meu celular. Então, mandei mensagem para Júlia:

– Amiga, você não vai acreditar no que aconteceu na noite passada.

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Comentários

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Que bela postagem . . . Super bem bolado, sua leitura nos prende do começo ao fim . . . Deixo meu dez e três merecidas estrelas. ( rubilaser@yahoo.com )

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