Pimenta no Zóio dos Ôtro é Refresco (03)

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2364 palavras
Data: 10/01/2023 17:36:56

Eu devia ter uns 20 anos e uma reminiscência da época da fixação por revistas de mulher pelada ainda corroía meus miolos: eu nunca havia feito SEXO NA PRAIA! Para falar a verdade, eu morava longe do mar e isso complicava significativamente concretizar meu sonho, mas as fotos daquelas musas nuas em algum cenário de areia e sal estavam impregnadas lá no fundo do meu cérebro.

Decidido a concretizar meu desejo, peguei uns bicos na faculdade, juntei uma mixaria, coloquei a barraca na mochila, tomei um busão até a Bahia e fui passar as férias coçando o saco e fumando uns baseados lá no Morro de São Paulo. Calculando bem, a grana representava uma ração diária de três baseados, uma refeição e até dava para tomar uma cerveja. Levei uma porrada de livros, um par de bermudas e duas camisetas - as quais eu lavava mal e porcamente uma vez por semana.

Transcorrido um mês, eu já era nativo: minhas roupas se desmanchavam, meu cabelo tinha nó por todo lado, minha pele estava mais queimada que carvão e eu vivia largado na praia. Para contrastar, eu estava agarrado lendo “As Memórias de Adriano”, reconstrução histórica brilhantemente escrita. O livro é ótimo mas não é para todos, exige estômago e gosto literário, mas vale à pena aventurar-se nele.

O tempo ia passando naquela modorra, fiz uns amigos aqui e ali, as férias estavam ótimas, mas nada de descolar a tal bichana que me levaria a ter um orgasmo na praia. Bem, eu não era a melhor das opções, feinho, sujinho, magrelo e contando os trocados, mas aquilo estava cheio de estudantes quase na mesma situação e todo mundo pegava alguém.

“Porque não eu?” - Perguntava-me diariamente ao despertar dentro de minha acolhedora barraca armada num camping com um banheiro representando um risco iminente à saúde pública. “Ah, relaxa, tudo vai se resolver…” - Pensava eu depois do almoço-jantar e de fumar meu terceiro baseado, enquanto degustava a única cerveja diária onde afogava minhas mágoas.

Numa tarde em frente à igreja, onde eu ficava estirado nos degraus meio lendo e meio olhando o povo desembarcar e subir a ladeira para chegar na ilha, uma mina chegou junto e puxou assunto querendo saber minha opinião sobre o livro. Vocês devem estar se perguntando qual garota se interessa por alguém a partir do que está lendo: acreditem, geralmente só as melhores pessoas fazem isso. Mas eu era novinho e nem sabia dessas coisas, então fiquei desconfiadíssimo de que a tal garota devia ter algum problema mental.

Ela era paulista, uns 20 anos também, moreninha clara de olhos verdes e sotaque marcado, adorava ler e, pasmem, lia o mesmo livro - o que não era tão difícil de acontecer, pois era um clássico entre os universitários viciados em literatura da boa naquela época. Explicado o mistério de seu interesse em mim, nosso papo ilustrado fluiu bem. Ao final, resultou que essa menina foi a melhor das companhias durante os quinze dias que ficou por lá. Passávamos horas na praia jogando conversa fora com todo mundo, dividimos a cerveja diária, comíamos na mesma espelunca e discutíamos literatura.

Mas essa garota tinha uma amiga - caralho, porque sempre tem uma amiga para dificultar? Então, não bastasse minha inabilidade sócio-sexual para avançar o sinal e comer a paulistinha devoradora de livros, essa amiga, que só devia ler romance barato de banca de jornal, não tinha ido nada com a minha cara e passou o tempo todo empatando minha história. Para falar a verdade, eu me perguntava se ela também não queria comer a moreninha, do tanto que marcou cerrado a amiga.

O tempo continuava passando e nós só lá, no zero-a-zero. Íamos caminhar na praia e a fulana vinha atrás. Chegávamos na espelunca para comer e a garota já estava sentada, nos esperando. Enrolava um baseado e a tal da amiga acendia. Convidava a paulistinha para minha única cerveja do dia, o encosto ia junto e bebia metade da garrafa, sem nem contribuir para o racha.

Pior ainda, eu chamava a garota para ver uns livros na barraca, tentando uma aproximaçao mais direta, a porra da amiga aparecia em cinco minutos, abrindo o ziper da porta e perguntando o que a gente estava fazendo. Uma tremenda empata foda, agora eu tinha certeza de que ela queria mesmo era comer sua amiga e, por isso, ficava tirando minha bola da área.

Na véspera de ela ir embora, numa derradeira tentativa de comê-la, combinei de ver o pôr do sol num lugarzinho mais isolado, uma prainha minúscula e deserta depois do Forte. Para minha surpresa, quem apareceu lá foi a amiga empata-foda. Merda, essa mina não desistia de me quebrar. Ela disse que sua amiga teve um mal estar - o que era uma maneira elegante de dizer que estava com caganeira - e pediu para ela avisar que não poderia ir. Merda dupla, eu não só não comeria a paulistinha, como ainda teria que dividir o baseado com a amiga pentelha.

Mas aí, fumamos o baseado esperando o sol se pôr, ficamos só de papinho e resulta que a garota estava toda atenciosa comigo, quase como uma pessoa normal. A maré estava baixa e ali formava uma lagoa calma e acolhedora. Ela vestia só um biquíni pequeno amarelo vivo, suficiente para esconder os peitinhos medianos e enfiar-se na bundinha avantajada. Porra, eu devo ser cego, a mina passou o tempo todo empatando a amiga porque era ela quem queria coisa comigo!

Ao pôr do sol, a gente se pegava com beijos quentes rolando na água morna. Desci as mãos por suas costas lisas e sustentei a bundinha gostosa apertando de leve. Ela suspirou e colou mais o seu corpo ao meu. Beijei seu pescoço e mordi o lóbulo de sua orelha. Ela respondeu descendo a mão e massageando o bichão. Escorri uma mão entre suas virilhas e fiquei dedilhando a bichana pequena que tinha, ao que ela abriu minha bermuda começou a bater umazinha.

Desci das pedras e sentei na lagoa salgada, enquanto os peixinhos nadavam ao redor, trouxe a garota para o meu colo. Abraçados olhando nos olhos um do outro, afastei o seu biquini. Ela respondeu colocando o bichão pra dentro e começando a cavalgar. Com as mãos na sua bunda, eu guiei seus movimentos e a água chapinhava em seu regaço. Ela apertou meu pescoço enfiando meu rosto entre os seios, já não tão cobertos pelo biquini amarelo vivo. Enroscou as pernas em volta de mim, eu acelerei, chupando seus biquinhos morenos, até gozarmos juntos. No dia seguinte, as duas foram embora e nunca mais as vi.

Após mais de um mês em Morro de São Paulo vivendo como um nativo, eu recordava com saudade minha primeira trepada no mar. Aquelas férias estavam sendo ótimas, mas se aproximavam do fim. De companhia, apareceram por lá um amigo conhecido como Anjinho e A FILHA DO GENERAL, uma garota loira, baixinha e uns anos mais velha, amiga da faculdade com quem já tinha dividido uns bicos - e umas fodas.

O bom é que o Anjinho estava de carro e, se eu voltasse com eles, rolava uma carona na faixa - o que me permitia estender estes dias com a grana reservada para a passagem de ônibus da volta. Já rumando para o centro-oeste, o cara estava dirigindo e só falava da namorada dele, quem tinha ido ver a família em Fortaleza durante o verão. Falou tanto, mais tanto, que do alto do meu mau-humor eu perguntei: “Velho, porque tú não foi pra Fortaleza então? Tu só fala nessa mulher!” Minha amiga não perdeu tempo e emendou: “Pôrra, isso mesmo, bora pra Fortaleza”.

Meia hora depois já tínhamos dado meia volta e, em vez de descer para o Centro-Oeste, rumamos para o Ceará. Fortaleza é maneiro, mas… Eu tinha virado um bicho do mato largado lá na Bahia e estava achando um tédio ficar na cidade. Pra piorar, a tal namorada do Anjinho só fazia programa elitista, bar, restaurante, boate, e eu nem tinha mais grana. Só que a filha do general tinha, e foi facinho acertar de irmos embora pra Jericoacoara.

Em Jeri, estava de volta ao meu status de bicho solto. Tinha mulher a dar com pau e aquela vibe hippie que fazia as pessoas não se incomodarem com meu visual. Só tinha um pequeno detalhe: Eu precisava dividir um quarto da pousada com a amiga. A gente não se pegava já fazia tempo e, talvez por isso, era um pouco estranho dividirmos a cama de casal.

Mas tudo bem, ela tinha os rolos dela e eu transava meus corres lá em Jeri - e até ríamos juntos antes de dormir, falando sobre quem queríamos pegar. O acordo era não levar ninguém para o nosso quarto, assim que, se um de nós tivesse êxito, tinha que trepar na praia mesmo... Não funfou.

Um dia eu consegui chegar na pequena área de uma moreninha cearense, mas a mina se recusava a foder sobre a canga na praia, dizendo que ia entrar areia na bucetinha. Sugeri irmos pra pousada em que ela estava, mas também não rolou, porque dividia o quarto com suas duas irmãs. Não teve jeito, tive que foder meu acordo com a filha do general para conseguir foder a moreninha.

E lá estou eu comendo a menina de quatro, bombando na bucetinha e já pressionando o furiquinho com o dedo, a garota rebolava no meu pau com um requebrado cadenciado, mastigando o bichão na bucetinha e dando vários sinais de que poderia rolar algo mais dentro do furico além do meu dedão. Caralho, essa foda valeria pelas férias inteiras e me fariam esquecer da paulistinha lá de Morro de São Paulo de uma vez por todas!

Exatamente neste momento, como se fosse cronometrado, a filha do general abriu a porta e deu de cara com a cena sobre a cama. Só que ela era da zoeira, em vez de sair por onde entrou, se fingiu de indignada, dizendo: “Pôrra cara, outra vez! Assim não dá, eu quero divórcio! É só eu virar as costas que você arranja logo alguma putinha na praia pra foder!”

A moreninha ficou mais branca que um fantasma e um tanto confusa, sem entender porque em vez de tentar me explicar para a “minha esposa”, eu fiquei rindo e continuei comendo sua bucetinha e dando uns tapas na sua bunda. Entrando na zoação, olhei para minha amiga e disse: “Amor, não fica assim não… Essa mina é só um presentinho que eu trouxe pra você, pra animar nossa lua de mel, não é meu bem?”

A cearense não sabia bem o que fazer ante aquela situação e a filha do general ficou olhando pra gente, na dúvida se ia embora ou se entrava na dança. Era mais um daqueles momentos decisivos que tanto me encantam, onde não se sabe o que está por vir: trepada deliciosa ou merda no ventilador. O fato é que sou viciado em adrenalina e este tipo de situação faz meu sangue pulsar e meu cacete latejar.

Ok, eu não consegui manter o pacto de não levar nenhum tipo de lanchinho pra comer na cama de casal que dividíamos como irmãozinhos. Para dar uma mãozinha ao destino, ainda completei: “Pôxa amor, havíamos combinado que teríamos um casamento aberto e eu nem reclamei de você ficar chupando o caralho dos caras na praia.” - a moreninha parecia atônita em meio a tanta informação recebida em poucos segundos, nem sequer se mexeu para tirar meu cacete, ainda se mexendo dentro de sua bucetinha.

Quando eu dei uns tapas na bunda e disse “Vai cachorra, confirma aí que tú é só uma qualquer que eu trouxe pra minha esposinha querida comer”, a garota terminou mentindo e jurando que era isso mesmo. E aí vem o suspense: eu não imaginava qual seria a reação da filha do general. Ela ia dar as costas rindo e deixar eu terminar de foder? Ia entrar na dança e comer a mina comigo? Ia seguir o teatrinho se fingindo de indignada e armaria um falso barraco?

Nada disso, minha amiga pegou o telefone e começou a filmar, dizendo para seguirmos suas ordens. Ela ficaria DIRIGINDO A FODA, que nem num filminho pornô. Eu estou lá com a moreninha um pouco encabulado de trepar com minha amiga olhando, ao passo em que nos esforçávamos para seguir suas orientações. Sinceramente, eu acho que ela nos fez realizar tudo o que ela já quis fazer na cama e nunca teve coragem - coitada da Moreninha.

“Menina mete a cara no colchão e empina a bunda pro alto. Daí tú vem agora e enraba esse cuzinho. Ótimo! Ei, mais empenho aí, por favor, dá umas reboladas e sorri, pra fingir que não está doendo muito!” - ela mandava, e a gente obedecia. “Tá bom, mas já cansei dessa posição. Agora, menina, tú vai apoiar a cabeça no chão e as costas na borda da cama. Você senta na cama, vem por trás e continua só enrabando” - ela comandava e a gente seguia, e cada vez ia piorando para a moreninha.

“Ei, garota, arreganha essas pernocas aí, que eu quero filmar o cacete arregaçando com a tua xereca pulsando. Alias, parabéns, ô bucetinha mais bonitinha essa tua… Com um pau dentro então, dá o maior tesão!” - dizia a minha amiga, agora cheia de confiança, acreditando que estava em hollywood dirigindo um filme de verdade.

Depois de umas cinco posições que ela deve ter tirado do kama-sutra, quando eu já ia ter um torcicolo e a pobre da cearense já tinha o furico sem mais nenhuma preguinha pra contar a história, a filha do general deu-se por satisfeita e mandou a gente terminar com um boquete e a garota lambendo esperma do chão. Puta que pariu, eu não sabia que minha amiga era tão boa assim de esculacho: ela era muito, mas muito, melhor do que eu.

Depois da cearense ir-se andando toda torta, a gente ficou só fumando um baseado e rindo daquela situação esdrúxula. Infelizmente, as férias acabaram depois disso e voltamos às aulas na faculdade - mas eu não tinha a menor ideia de qual seria o destino da gravação que fizemos em Jeri…

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da série Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Um riponga na Bahia e lendo Marguerite Yourcenar já é um deleite ainda se fosse Jack Kerouac, tudo bem mais normal com o cenário...rsrsrs... Cara eu sou do tipo que presto atenção no que os outros estão lendo. Delícia este seu texto, aliás gosto muito do que você escreve. Sinto falta dos que você apagou. Você tem um jeito especial de narrar, sem ser pretencioso mas sendo extremamente cuidadoso. Gosto demais disso cara! Delícia de conto! Uma constelação para você. Pena só ter 3 estrelas!... rsrsrs

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Olá Tito, obrigado pelas palavras! De fato, até hoje me pego pensando em “Anímula vagula, blandula “, abertura genial da Margerite no livro - vai entender… Os contos antigos… Bem , você está certo, já é a segunda pessoa que fala nisso. Estou pensando em postar como um compêndio lá na minha página, assim poderão ler quando quiserem.

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Poste sim. Você tem textos muito bons que valem a pena reler... Tem um particularmente que eu achava genial.. A Estreia... Acho que era esse o título.

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Tomo nota, o nome é esse mesmo, gosto bem desse conto.

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Obrigado Grb73! Estou tentando fazer coisas diferentes do que leio aqui. Não que o resto não seja bom, tem contos ótimos, mas procuro escrever textos com a minha pegada.

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Gosto das suas histórias tem a parte eróticas e tem suas partes engraçada

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