Uma Foda de Parar o Coração

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 1419 palavras
Data: 08/01/2023 13:35:02
Última revisão: 08/01/2023 21:03:12

Meados de janeiro de 2022.

Início de tarde de domingo. Havia terminado de fazer o almoço e subi para o meu quarto. Em menos de uma hora a minha mãe chegaria do seu trabalho na feira, então eu desceria para temperar a salada e almoçarmos.

A porra do meu celular começou a dar um defeitinho assim que voltei do litoral, e piorou uns dias depois: o "touch" da tela não funcionava em alguns pontos.

Liguei para o meu pai para tentar uma grana.

— Oi, filha, como você está?

— Estou só de calcinha, tá um calor da porra.

— Pera aí, Leninha, você fica só de calcinha na frente do seu padrasto?

— Claro que não, né, pai? Estava com a minha regata longa do Corinthians, tirei agora que estou no meu quarto.

— Toma juízo, menina, não fica incitando os desejos desse cara aí, não confio no caráter dele.

— Fica frio, pai, sei me cuidar! Mas liguei para pedir ajuda para comprar um celular novo, o meu quebrou.

Resumindo: ele não tinha dinheiro, como sempre, não poderia me ajudar naquele momento.

Mais tarde, falei com minha mãe, mas já sabia que a resposta também seria não. No entanto, ela deu uma ideia para eu conseguir algum dinheiro e mandar consertar meu celular velhinho.

Ela falou com nossas vizinhas: Sirley e Márcia. Eu ganharia uns trocados ajudando a cuidar do pai cadeirante das duas, enquanto a dona Márcia ficaria internada alguns dias por conta de uma cirurgia.

Seriam apenas algumas horas por dia, no período em que a dona Sirley sairia para trabalhar presencialmente na corretora de imóveis.

— Mas você não havia dito que o homem é um conquistador barato que fica assediando toda mulher que vai lá?

— Eu disse, Leninha, mas é um cadeirante e inofensivo. Você só precisa ter paciência com ele.

Aceitei o trabalho provisório. Comecei no dia seguinte e já levei cantada do coroa. Todavia, foi no meu segundo dia como cuidadora que o tiozinho investiu pesado e até bancou o poeta.

— Você fez renascer meu fogo, meu anjo. Dizem que estou velho, mas ninguém sabe do vulcão que tenho aqui dentro, só esperando ser reativado.

Fui ouvindo sua tentativa de ser romântico e também aliciador, pois o tiozinho disse que poderia pagar-me um extra generoso, caso ficássemos mais íntimos. Dei a entender que não o levei a sério e continuei administrando a situação.

No entanto, o homem parecia obcecado, o valor oferecido para transar comigo, aumentava a cada dia da semana. Aquilo foi minando meu senso de virtude, fiquei me questionando se aceitaria vender meu corpo. A certa altura decidi que sim, desde que ele chegasse a um valor que fosse do meu agrado. A parte ruim era não sentir a menor atração pelo homem, seria mesmo só pelo dinheiro.

Nosso convívio continuou rolando com ofertas e recusas, até que ele me ofereceu uma grana razoável para que eu apenas me despisse e exibisse minha nudez para ele.

Parecia ter lido meu pensamento, havia cogitado essa possibilidade, seria um dinheiro fácil.

Concordei em fazer seu jogo e levantei a minha blusa exibindo meus seios nus. O seu Artur praticamente babou, posto que meus mamilos ficaram inchados de tesão, não pelo homem, mas pela situação inusitada.

— Vamos, meu bem, tira tudo!

— Primeiro me dê o dinheiro!

Ele foi até seu quarto e voltou com um bom punhado de notas de cem reais. Deu-me apenas o valor combinado e mandou-me iniciar o striptease.

Dei até umas reboladinhas de brinde enquanto tirava o jeans e posteriormente a calcinha.

Dominado pelo entusiasmo ao ver-me peladinha, ofereceu-me mais dinheiro para percorrer meu corpo com suas mãos.

— Eu aceito, mas sem enfiar os dedos em mim, tá bom?

Ele concordou, então me aproximei e fiquei ao lado da sua cadeira. O homem começou satisfazendo seu desejo, segundo ele, de massagear meus seios.

Enquanto ele se divertia, eu soltava uns "ais" devido aos seus apertos exagerados.

Na sequência, a mão máscula, percorreu o caminho pelo meu ventre e alcançou minha vulva. A palma de sua mão deslizou seguidamente sobre meus pelinhos pubianos.

Comecei a pegar gosto pela brincadeira. Minha bunda foi a próxima a receber carinho, aperto e palmadas.

Por fim, ele voltou aos meus seios e permiti que os devorasse com sua boca.

Fiquei toda babada e o cadeirante alucinado, disse que enlouqueceria se não fizesse amor comigo naquele instante. Ofereceu-me uma quantia de grana suficiente para que eu esquecesse temporariamente todas minhas virtudes e valores. Só exigi que fosse de camisinha e até disse que buscaria uma, caso ele não tivesse.

Falou que não tinha e que também não conseguiria esperar mais. Estendeu o braço em minha direção com o restante do dinheiro que trouxera minutos antes e disse:

— É tudo seu, é pegar ou largar antes que eu mude de ideia.

Peguei o dinheiro sem falsos pudores, falei que deixaria rolar conforme a vontade dele.

Guardei a grana no bolso do meu jeans, depois ajudei o homem a despir-se da cintura para baixo e fiz carinho no seu pênis.

— Sua safadinha, você tem mãos de fada.

Seu pau ficou firmão quando o punhetei devagar olhando para ele com minha carinha mais safada. O depravado induziu-me a chupá-lo. Não deixei que passasse vontade, o negócio encheu minha boca e invadiu minha garganta.

Em um curto espaço de tempo, seu membro iniciou pulsações de quem estava prestes a gozar. Dei um freio no boquete e levantei para ir para cima dele a seu pedido.

Sugeri ficar de costas para ele. Contudo, o homem não gostou da ideia.

— Não, assim não! Quero ver essa carinha safada quando estiver gemendo.

Ele deslizou seu corpo e ficou mais na ponta da cadeira. Sentei no seu colo o encarando, com minhas pernas abertas e pés no chão. Não era muito confortável devido ao receio de tombar com ele, mas a sensação era legal e diferente.

Esfreguei meu sexo sobre seu pau que pressionava contra minha fenda. Em instantes voltou a ficar rígido o suficiente para iniciar a introdução em minha boceta. Curti o deslizar até o fundo. Ahh! Por que não tornar aquele trabalho em um momento de prazer? Pensei. Então deixei rolar e gemi mexendo gostoso em cima do homem.

Instantes depois, já estava totalmente inserida no clima da foda que fluía além das minhas expectativas. Entretanto, o coroa começou a gemer como se estivesse tendo um orgasmo e já soltando todo seu líquido morno lá dentro.

Puta merda! Aquela transa mal havia começado, pensei. Intensifiquei as quicadas tentando gozar antes que ele perdesse a potência.

Contudo, algo parecia errado, percebi que o homem passava mal. Dei uma parada na cavalgada.

— Está tudo bem, seu Artur?

Ele resmungou algo incompreensível e ficou ruim de vez como se sofresse uma convulsão.

O processo foi rápido: o tiozinho fez uma careta, deu um suspiro profundo e murmurou algo como: "ai meu Deus!" e apagou ficando todo largado e tombando para o lado. Acho que o orgasmo prematuro foi demais para ele, pensei.

Levantei, e seu pinto saiu ainda duro das minhas entranhas completamente inundadas. Mas o que parecia ser sêmen, na verdade, era urina. E o que pareceu ser um gemido de gozo, acho que foi seu último suspiro.

— Puta que pariu, fodeu! — Que azar da porra! — pensei apavorada.

Liguei imediatamente para a dona Sirley alertando sobre a gravidade da situação. Depois recompus minha roupa e vesti o homem com seu moletom. O bagulho dele continuava grande e meio duro.

A filha dele chegou em menos de quinze minutos, estava acompanhada de um médico. O doutor disse que o idoso havia falecido, a princípio seria de insuficiência cardíaca.

A dona ficou batendo boca comigo e perguntando o que aconteceu, por que ele mijou sobre a cadeira?

— A culpa foi minha em consentir que uma inexperiente como você cuidasse do meu pai.

— Eu não fiz nada errado, dona Sirley, seu pai teve um mal súbito do nada, não foi minha culpa.

O médico, amigo da família, tentava acalmá-la.

Mais tarde, chegou o carro para levar o corpo do seu Artur para o IML.

Será que a mulher suspeita que assassinei o tiozinho? Pensei preocupada que acabasse dando ruim para mim.

No dia seguinte, fiquei sabendo que a morte foi constatada como natural, o coração do homem "arriou a bateria", morreu de infarto.

Nem no enterro eu fui. No mesmo horário, estava ocupada em uma loja no centro da cidade comprando um celular.

Agradeço a atenção de todos vocês!

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 107Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

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