Pimenta no Zóio dos Ôtro é Refresco (08)

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2375 palavras
Data: 22/01/2023 11:11:03

Viajar é bom, com uma turma é melhor e, se tiver mulher no meio, é fantástico. Não estou falando de casaizinhos, me refiro a quando a situação entre as pessoas é incerta e a adrenalina fica a mil ante a possibilidade de que tudo pode acontecer.

Era inverno, juntei com uns alunos da faculdade, o Baixo, a Princesa e a Gata, fomos passar uns dias lá em Porto Alegre, na casa dos pais de uma delas. Ok, eu sou da região central do país, onde a temperatura mínima no ano talvez deixe suas mãos frias, assim que o inverno no sul parecia outro mundo pra mim: o planeta gelado. Passamos uns dias loucos na capital, na cidade havia bares e boates divertidíssimos e muitas mulheres interessantes.

Lá tinha tantas louras bonitas que cheguei a pensar que estava levando lanchinho para a ceia de natal, andando sempre acompanhado das amigas - sério mesmo, com tanta loira gostosa, a todo momento eu pensava que encontraria por ali o meu eterno objeto de desejo: a irmã do meu amigo Atentado.

O Baixo sentia o mesmo, ficávamos comentando da mulherada, apesar de que a Princesa e a Gata fossem objeto de desejo de muitos colegas da faculdade. Já no segundo dia era tão impossível resistir à tentação que começamos a azarar outras minas descaradamente - e as colegas só de olho no movimento.

No quarto dia, eu tinha um monte de telefone anotado em guardanapo e planejava com o Baixo o que aprontar com tanta mulher dando mole. Só que as meninas inventam de viajar para o interior, visitar a fazenda e ir na FESTA DA COLHEITA, algo imperdível segundo elas. Sério mesmo, fazenda? Eu odeio o campo, inseto, vaca, cavalo, plantação - e qualquer outra coisa que nasça de uma semente que não seja a minha. O quinto dia foi de embate entre ir para a festa da colheita ou permanecer no meu querido asfalto cheio de mulher loira.

Ora, nós éramos homens decididos, fortes e obstinados, mas elas tinham buceta, assim que as garotas ganharam e terminamos mesmo indo para a porra do mato. Até então, para mim os termômetros só tinham aqueles sinais negativos por uma questão de simetria estética, mas ali descobri porque eram feitos assim. Se na capital fazia frio, no mato eu me senti pelado na Antártida. O radinho de pilha anunciava: aquela seria a noite mais fria do ano no planeta gelado.

Estou debaixo dos cobertores e tremendo de frio, o Baixo dividindo a cama de casal comigo, a gente quase se abraçava para tentar se aquecer, por mais que a ideia não agradasse nem a mim nem a ele. Os ventos vindos do polo sul se infiltraram assobiando pelas frestas na parede de madeira e não demorou para concluirmos ser impossível dormir naquele quartinho. Vamos para o aposento das meninas, onde havia um destes aquecedores de piso e estava morninho, uma delícia - porra, eu estava à beira da hipotermia e elas tinham um aquecedor?

Estava tudo escurinho, quase nao se enchergava nada. Não teve nem discussão, eu entrei pelo lado da uma e o Baixo pelo lado da outra - sem nem saber quem era quem. Eu abracei a menina pra me esquentar, ela puxou minha mão e colocou sobre seu seio, eu desci a outra e enfiei entre suas pernas.

Estou lá colado nas costas da garota, bolinando a bucetinha de pelinhos aparados, ela esfregando a bundinha no bichão, tudo no mocó para os outros dois habitantes da cama não perceberem. A garota começou a gemer baixinho, eu sussurrei para ela fazer silêncio, achando que era a Princesa, ao que ela respondeu: “Mas guri, não sou eu…”

Neste momento me dei conta de que aquela era a Gata e que os gemidos vinham do outro lado da cama, onde Baixo estava bolinando a verdadeira Princesa. Começamos a rir e falar abertamente daquela situação esdrúxula, todo mundo se pegando sem saber quem era quem e fingindo que não passava nada. Daí a coisa descambou, foi um salve-se quem puder com os quatro pelados debaixo do edredom. Era mão aqui, boca ali, cacete por acá e bucetinha por acolá, ninguém era de ninguém - mas todo mundo estava na roda.

Depois disso, adiamos a volta pra cidade até quase o final das férias só pra continuar a bagunça. Bem, eu quase mudei o meu conceito sobre o campo, até que existem coisas legais para se fazer no mato, mas o fato é que eu gostei bastante de voltar para a cidade e me sentia revigorado para começar mais um período na faculdade.

Se não me engano, foi exatamente neste semestre quando me envolvi num novo triângulo amoroso - bem minha experiência com triângulos era péssima, o último havia sido na praia com minha ex-namorada e sua ex-melhor amiga e não havia terminado nada bem. Enfim, nesta época duas garotas passaram a orbitar meu universo, as duas jovens, bonitas e bem parecidas, eram até amigas entre si desde o ensino médio e ambas cursavam comunicação. Eu diria que as únicas distinções físicas entre elas se resumiam a dois pontos: uma era loira de olhos castanhos e a outra morena de olhos azuis.

É certo que havia uma predileção de minha parte pela loira, contudo, a morena me dava muito mais espaço. Em outras palavras, a morena queria me comer, eu queria comer a loira, e a loira… Bem, sei lá o que a loira queria: Ficava naquele vai e não vai, só no puxa e estica, não me descartava mas também não engatava - nem me deixava engatar nela.

Não ajudava muito a resolver a situação o fato de que elas sempre saíam juntas. Assim, quando topávamos pelos bares da noite, eu caia matando na loira e ficava desviando da morena. Ok, podia ser que a loira não se decidia porque era amiga da outra, e sabia que a morena queria me comer. Mas, se fosse esse o caso, porque não me dava um fora de vez?

Haviam certos indícios sobre a loira que eu fazia questão de ignorar. A mina era cheia de si, pois tinha um monte de macho rondando, sempre. Ela fumava todos os baseados disponíveis e virava birita como poucas - muitas vezes a vi sair carregada como um saco de batatas de algum lugar. Mais ainda, só usava roupa de marca e estava sempre maquiada.

Neste ponto, a morena era sua antítese. Os caras estavam sempre em cima da loira - e a garota só ficava acompanhando. Ela até dava umas bolas num baseado, nada demais. Dividia cerveja com a turma, mas bebia devagar e passava a pedir coca-cola no meio da noite. Usava roupas comuns, calça jeans e camiseta, e nada de grife cara.

Numa festa na faculdade, decidi desembolar de vez nosso assunto. Cheguei lá com o auê já avançado e comecei a rodar atrás da loira. Encontrei-a num cantinho, de copo na mão, cumprimentei e já fui puxando para fora. Assim que atravessamos a porta, já pus contra a parede e fui beijando fundo. Ela correspondeu, estava super gostoso, até ela me afastar um pouco, fazer que vai dizer alguma coisa e, quando percebi, estava vomitando no meu pé.

Nisso chega a morena reclamando que era foda, que a amiga já estava bêbada de novo, que toda vez saíam das festas assim. Ajudei a morena a meter a loira no carro e fomos deixá-la em casa. Depois disso, vou deixar a morena também, me sentindo em algum ponto entre a raiva e a decepção. Chegamos no prédio da garota e ela me bate a real: “Pôrra cara, DEIXA DE SER OTÁRIO! Tu fica atrás dela, mas devia estar atrás de mim. Essa mina só vai te colocar em roubada, enquanto eu quero só que você coloque tudo em mim!”

Em quinze segundos eu nem me lembrava da loira, a morena estava nua sobre mim no assento do carro, me beijando e cavalgando com o bichão dentro de sua bucetinha como se fizéssemos isso há tempos. Agarrei suas nádegas e botei pressão enquanto acelerava as estocadas, ela levantou os braços, me deixou comendo à vontade e inclinou a cabeça pra trás dizendo: “Finalmente, eu queria tanto isso e você dando bobeira… Me come, vai, eu sou todinha sua. Está chupando estes peitinhos? Eles são seus! Está achando bucetinha gostosa? Ela é sua! Aqui tem tudo pra você, é tudo seu, pode aproveitar!”

A moreninha trepava para caralho, adorei, mas o lance não rendeu muito. A Loirinha teve um final trágico, fiquei sabendo anos depois quando a reencontrei, mas isso já é uma outra história, porque hoje estamos falando da fazenda e do mato - e eu terminei me desviando do assunto.

Então, como eu dizia, as férias na fazenda do planeta gelado até foram legais, mas vou me permitir ser sincero, mesmo que isto custe a simpatia de alguns de vocês: Eu odeio o campo, sempre odiei, sempre odiarei. Mas, se você gosta de mato, boi, cavalo e essas coisas que existem em fazendas e festas agropecuárias, não me leve a mal, não é nada pessoal, ok?

Bem, o povo de lá de onde eu venho adora uma cachoeira, uma fogueira com baseado, uma estrada de terra, ir a um discoporto e ficar caçando alienígenas no mato … Mas, for necessário escolher entre o campo ou a praia, para mim não resta dúvida: praia é sinônimo de mulher de biquíni - e, às vezes, sem biquíni, o que deixa o campo em séria desvantagem. Se bem que…

Haviam duas minas na faculdade que eu odiava tanto quanto A FAZENDA, se não mais. Elas eram minha antítese, sempre usando roupas de grife, com mil acessórios chiques - e talvez as odiasse porque me lembraram da tal loira vomitona. Se via que tinham grana, seus materiais eram de primeira qualidade e as duas estavam sempre impecáveis, parecendo que iriam para uma sessão solene do senado federal.

Obviamente, a antipatia era recíproca, vivíamos às turras durante as aulas e não nos suportávamos mutuamente. Até que encontramos pela frente um professor japonês adepto da filosofia zen, o sacana percebeu a bad-vibe que rolava logo na primeira aula do semestre e, propositalmente, nos colocou os três para formar um grupo. É claro que foi uma merda, a porrada comia em todas as reuniões e o trabalho não evoluiu. Já perto da entrega final, numa revisão em classe, o professor se deu conta de que o projeto estava péssimo e era claro que não havíamos aprendido a trabalhar entre nós da forma como ele queria.

O sacana nos deu até a semana seguinte para refazer tudo, desta vez coletivamente, ou era bomba para os três. Chamei as insuportáveis para passar o fim de semana lá no apê trabalhando, mas as duas se negaram rotundamente: Elas sempre passavam os fins de semana na fazenda! Estava explicada minha antipatia, é claro, elas gostavam do campo!

Brigamos uma tarde toda e, no sábado pela manhã, lá estava eu entrando na porra da fazenda, afinal, eram duas contra um e perdi a votação - e elas tinham buceta e eu não. Só aí eu entendi que “fazenda” era só uma maneira de dizer, não tinha boi, nem tinha cavalo. O que tinha lá era uma mansão, com uma piscina maior que a de um clube, dessas com cascata e carpa dentro de um laguinho, em meio à uma vegetação exuberante e com um ingrediente a mais: as duas pentelhas de biquíni fio dental.

Ficamos trabalhado ali mesmo na beira da piscina, a coisa fluía espantosamente bem, elas de biquininho enfiado no rego e eu vestido como quem vai entrar num curral, com bota, jeans e camisa de flanela xadrez, até que comecei a suar por todos os poros. Rindo da minha cara, elas mandaram eu colocar um short, ou uma sunga. Contudo, meio com cara de babaca, eu respondi que só tinha trazido roupa de fazenda.

Fazer o quê, não é? Fiquei só de cueca e aí o trabalho deu uma travada, quando elas viram o tamanho da ereção que eu estava tendo. Ouvi risos e comentários mordazes sobre a situação, mas rebati todos os argumentos dizendo: “Isso não é nada, meu pau pode ficar muito maior ainda, como um cavalo… Basta vocês tirarem os biquinis!” Recebi uma saraivada de risos na cara, é claro, mas eu tampouco pretendia comer ninguém, muito menos alguma das pentelhas minhas inimigas.

Seguia fazendo um calor dos infernos, decidi atirar-me na piscina para dar aquela refrescada, mas ao invés disso, a piscina também entrou em ebulição: elas mergulharam atrás de mim! Tudo começou com as duas querendo me dar um caldo - ou queriam de fato me afogar, sei lá, a gente não se dava bem e aquela intimidade era bem estranha. Mas eu tentava reagir, afinal, ninguém gosta de se afogar. Nessa de girar para lá e pra cá, terminei pegando em locais não muito pudendos das duas, até chegar a arrancar a parte de cima do biquíni de uma delas

Mas a garota não se fez de rogada e continuou na brincadeira de me afogar - e agora eu agarrava propositalmente o parzão de tetas boiando à minha frente. Quando me dei conta, a outra tinha tirado por sua própria conta a parte de cima do biquíni e me agarrava por trás, ainda tentando me afogar. Bem, eu bebi água para caralho, mas quando voltei à tona ninguém mais ali vestia nada. Depois de muito mergulho e pegação dentro da água, resolvemos sair da piscina - e aí foi que o bicho pegou de verdade.

Nós três ajoelhados na borda da piscina, uma à minha frente, outra atrás de mim, brincando de fazer cócegas e enfiar dedos aqui e ali, para depois colocá-las uma sobre a outra na cadeira de sol, ficar alternando penetrações entre as duas enquanto elas se beijavam, ter suas nádegas tão redondinhas e firmes em minhas mãos, até que finalmente eu senti aquele orgasmo mega-ultra-plus e terminei com a tradicional distribuição de leite fresco na boquinha das bezerrinhas - afinal de contas, aquilo não parecia, mas era uma fazenda!

Bem, nós tomamos pau na disciplina mas, ainda assim, no semestre seguinte eu só pensava em repetir o grupo com elas - além de seguir pensando na irmã do Atentado, é claro!

Nota: Confira os capìtulos ilustrados da saga Zóio em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Uma história com outra história dentro, que deixa o escritor lembrar de uma história que nada tem a ver com a história principal. Tudo muito bom e divertido. É isso aí rapaz! Gostei por demais.

OBS: Esta frase é do caralho cara. Definição perfeita!!! "Escritor em busca de uma voz, uma voz em busca de ouvidos, ouvidos em busca de uma mensagem, mensagem em busca de alívio: eu sou a busca, não a voz, nem os ouvidos, nem a mensagem, nem o alívio."

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Excitante com uma pitada de humor. Sensacional!

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Obrigado Jromao, gosto quando você gosta!

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