Lua Lasciva

Um conto erótico de D.Juan
Categoria: Heterossexual
Contém 1545 palavras
Data: 01/12/2022 01:30:26

Lua lasciva

No colchão de prazeres jaz ali a Lua, nua. Bela e misteriosa de tez lisa, Monalisa… Mas como arte moderna e não clássica, mais instinto que técnica, a obra que ali se realizaria seria mais notável por seus gemidos e rosnados! A proposta era apenas desenhá-la em um nu artístico, algo muito profissional, prometido como um presente de aniversário de casamento, um tanto exótico, diga-se! Mas há tempos era um desejo ser uma pin-up. Uma taça de vinho ao lado, quase vazia, ela, semicoberta por lençóis provocativos, só lhe pronunciavam ainda mais a sinuosa curva dos seios, deixando apenas entrever parte da auréola rosada dos mamilos. No pescoço adornava um laço de fita preta colado, típico das ninfas mais lascivas dos cabarés franceses. Com curvas dignas do dramatismo rococó, a ponta do lençol se alongava pelo dorso insinuando-lhe a buceta eclipsada apenas pela pontinha do tecido, passando por entre as coxas, os pelinhos recortados apelavam ao olhar do desenhista, que já rabiscava os primeiros traços, um tanto nervoso; pernas cruzadas e prancheta lhe escondiam a excitação menos artística e mais carnal, que de outra forma seria bem aparente.

Procurava não se envolver com clientes mas assim como muitos outros artistas da história, por vezes a tentação acontecia, aquela era uma! Ele fora anunciado naquele motel, "lugar privado muito adequado para um trabalho artístico do tipo, na falta de um ateliê próprio", ela o recebera naquela posição, já preparada para iniciar o trabalho. Jovem magro, de olhar penetrante, excelentes recomendações recobriam o desconhecido artista! Avisou ao marido que finalmente seria "o grande dia"! O local era menos importante, em se tratando de um trabalho meramente artístico, sem motivo para lhe dar uma preocupação adicional. Sendo um portrait de cunho erótico, claro que o semblante dela não poderia estar menos provocativo! Aquela boca ornada com um batom vermelho escarlate e olhar profundo, escondia seus segredos; "seria uma encenação necessária ao desenho ou um convite real". O perfume, como quem saúda os amantes, pairava no quarto como um convite ao prazer; confundia-se com a ligeira fragrância emanada dela, provavelmente francês, "muito oportuno!". Como um bom artista europeu, o olhar profundo dele poderia ser o de um exímio pintor ou, quem sabe, de um amante voraz…

Uma voz macia interrompe um croqui de excessiva ênfase em um espécie de triângulo, "Você sempre faz nus em motéis?" — o fisionomista resolveu apostar num "sim", significaria uma resposta bivalente, uma saída à francesa entre "tenho experiência profissional com isso" ou "sou bom também em outras áreas", ao gosto da freguesia! Visivelmente embaraçado ele volta o olhar à prancheta, mas sentindo que o próximo passo ali deveria ser o seu, toma a iniciativa de ir até a ela para modelar o caimento dos lençóis para ângulos mais estéticos. Ela, receptiva, consente, entre olhares. Sentindo-se convidado a um jogo de sedução, o próximo lance do enxadrista é movimentar a rainha, "no século XIX as musas europeias posavam com o sexo descoberto" — o lance é sagaz e audacioso, ele leva a mão onde o pano lhe cobre a vulva e retira a coberta com uma autoridade profissional. O olhar dela, atônito com a empáfia, faz a priquitinha reagir umidamente. Ouvindo o gesto de silêncio dela, ainda ousa lhe ajeitar a coxa, posicionando-a de maneira a expor mais ainda o sexo e acalenta com um afago de "boa menina" nas ancas. Subitamente, a mão dela sobre a dele, o que poderia significar um "pode parar por aí!", ao contrário, conduz a uma xoxota molhada, "e aqui, está no ponto?".

Prontificando-se de escorregar adentro, o dedo médio e indicador do rapaz vasculham delicadamente a pele mucosa, sedosa e humectada de tesão, ainda fitando-lhe os olhos, ele prova os dedos e aprova, "très bien!". As bocas são atraídas a um beijo ardente, cheio de línguas safadas, a mão dela não perde tempo em meter dentro das calças e sentir o membro, já rijo há muito, pulsava ganancioso para compartilhar daquela boca sedenta, cheia d'água. Ele a dedilhava como quem pinta um quadro à mão, os quadris se contorciam em um movimento complementar ao dos dedos, o que era um beijo se transformou em mordidas audaciosas, no queixo e no pescoço dela, não sem o seu olhar censor. Mas o artista se impôs com domínio da arte, segurando-a pelos cabelos e continuando a sua obra, a outra mão, que ora apalpava os seios, torturando os mamilos, ora escorregava indecisa de volta para a buceta. Ele a beijava ardentemente segurando-lhe os cabelos. Com o pau já pra fora, ela punhetava o grosso membro daquele homem, sentindo cada centímetro e já ansiando ser invadida.

"Não sem antes provar também do meu gosto", ele, ainda pelos cabelos, trouxe-lhe a cabeça, penetrando-a até a garganta, num movimento de sufoco subserviente, "era isso que você queria, sua safada?" — O caralho já estava bem banhado de uma saliva espessa, do profundo da dedicação daquela linda modelo, com o rosto vermelho e um sorriso devasso ela o convida para dentro recostando-se nos travesseiros e abrindo suas coxas grossas. Aquela chana rosada, implorando para ser comida, ainda pedia um beijo de língua inevitável! Aquele beijo, com língua e mordidinha nos lábios se repetiu ali, com gosto de mel. Segurando seus cabelos castanhos, ela o puxou em movimentos circulares junto a priquita, a língua dele a fazia gemer com mais e mais tesão, dois dedos complementavam o ato, que só durou até apenas quase levá-la ao êxtase.

Ele a lambia toda, desde a buceta, às virilhas e coxas. Ele foi subindo, beijando-lhe a barriga e subindo até alcançar um mamilo para chupá-lo. Enquanto uma mão habilidosamente lhe manipulava uma mama, alternando entre apertar todo o seio e beliscar o mamilo, a outra mão, os dedos, se mantinha no "trabalho de profundidade", mantendo a chana molhada até a desejada penetração. A essas alturas ela de pernas abertas só o recebia, segurando os seus cabelos e arranhando-lhe as costas. Era um trabalho artístico, consciencioso, ele estava provando-a aos poucos, como um gourmet prova a sua melhor sobremesa. Aquele cacete só a penetraria quando ela implorasse de desejo, mas já sentindo o pulsar do sangue que circulava ali, cheio de energia, quase sem fechar a mão ela conduz a cabeça do membro grosso até o seu molhadinho e brinca com o clitóris. Ainda beijando sua boca ele ruge de desejo. De olhos fechados, esperando o próximo gesto dele, ela se paralisa de boca e pernas abertas, sem ação.

Com muito ímpeto ele a invade de uma só vez, metendo o pau babado que escorrega naquela buceta, como faca quente na manteiga, os olhos dela reviram e ela solta um grito de surpresa, "que caralho gostoso da porra!". A partir dali começa um vai-e-vem acompanhado de beijos ávidos. Enquanto ele a abraçava lambendo e mordendo sua orelha, ela o segurava pelas nádegas trazendo-o para dentro dela, cada vez mais. Rasgando suas costas com as unhas, bem como abraçando-o com as pernas, o bate-e-volta sonoro e cadenciado do rapaz leva a dama ao primeiro orgasmo, ainda rendida ao prazer, intenciona fazê-lo parar para uma pausa, em vão! O suor dos dois, misturados com perfumes exalava um cheiro de sexo doce-amadeirado no ambiente. Ela, querendo sentir melhor a vara dele lhe fodendo a buceta, segura bem na portinha, complementado duplamente a trepada com uma punheta na saída da priquita. Enquanto a piroca desliza segurada pela sua mão, ensaboada pelo seu líquido viscoso de desejo, o saco dele que outrora batia na porta do seu cuzinho, agora é sentido pelo seu polegar. A sua outra mão que lhe apalpava a bunda rasteja um dedo sorrateiro e melado de sexo, em direção ao centro, "puta sem vergonha!!".

Ele começa a remexer a rola dentro dela, numa cadência circular, como quem vasculha a procura de algo, os gemidos dela se modulam de maneira a indicar a ele os caminhos de "quente" e "frio", ele chupa um peito dela, fazendo movimentos com a língua e sorvendo, de vez em quando mordiscando. Os dois estão ali, babados um do outro de prazer, numa linda cena erótica que seria em si, digna de um quadro! Um novo orgasmo, agora dos dois, é iminente e inevitável, o dela vem como um uivo que anuncia que o cantinho do tesouro foi encontrado, "um orgasmo maior que o anterior e seguido!", ele, tomado pelo êxtase de uma buceta quente, macia e meladinha, com mãos habilidosas, está para preenchê-la com seu leite quente. Ao som de gemidos e rosnados, salta fora uma rola jorrando porra desde dentro da buceta para a boca daquela dama, que sorve todo o leitinho que sobrou do jovem artista, que lhe puxa os cabelos em um movimento de penetração oral. Os dois se deitam juntos na cama por algum momento, ela adormece por exaustão.

No colchão de prazeres jaz ali a Lua, nua. Agora dorme entre os lençóis, como nuvens que disputam a atenção dos enamorados do seu encanto. Agora, sim, ele a desenha, como quem a desvenda a cada linha, a arte como substrato de uma paixão intensa. No mar da tranquilidade, ela esboça um sorrateiro sorriso de desejo consumado, Lua dos amantes apaixonados, que esconde seus mistérios lascivos. Lua que atrai artistas, filósofos e poetas, que te amam, Lua-tua, ainda que sem te ter!

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