Meu Preço - Capítulo Cinco

Um conto erótico de Samuel
Categoria: Gay
Contém 3077 palavras
Data: 20/11/2022 18:41:42
Última revisão: 21/11/2022 01:24:01
Assuntos: dívida, Gay, Homossexual

***CAPÍTULO CINCO***

Fiquei acordado quase a noite toda com medo de fechar os olhos e ele entrar no quarto sem minha permissão. Estou morrendo de fome, mas nem louco saio desse quarto. Me recuso a ver outra cena daquelas.

Quando o dia amanhece, estou quase comendo os travesseiros.

As batidas à porta retornam.

— Samuel, está acordado?

— Vá embora, Daniel. Aliás, nem sei se esse é mesmo seu nome.

Ele ri. Desgraçado.

— Desça para tomar café da manhã comigo. Você precisa ganhar um pouco mais de peso, está um palito — afirma ele, entre a porta.

Sou magro sim, mas um palito não. Sei que não vivia na mordomia igual a ele, mesmo assim ainda me alimentava corretamente.

— Se não abrir, eu abro.

— Não se atreva. — Faço uma ameaça vaga.

O que eu poderia fazer contra ele?

— Samuel, pare com isso. Vai me dizer que nunca transou na vida? — Fico em silêncio, mal consigo respirar. — Não? Você nunca... Samuel, me responde isso. Samuel! — Ele bate forte na porta, me assustando.

Qual é o problema dele com as portas?

— Vá pro inferno!

— Maldição!

Ele vai embora, depois retorna apenas para me avisar que precisa sair.

Só então desço e me preparo para comer tudo o que vejo de bom pela frente. Acho que tomei café da manhã e almocei ao mesmo tempo. Realmente ganharei peso se fazer disso um hábito.

— O que passou aqui, um furacão? — A voz de Daniel quebra o silêncio.

Droga, ele chegou e nem deu tempo de fugir para o meu quarto.

— Desculpe, vou limpar tudo e voltar lá para cima — asseguro, recolhendo os pacotes vazios que estão jogados pelo balcão.

Não consigo olhar para ele, me ocupo levando a louça para a pia.

— Não precisa.

Sinto o clima pesado.

O que vou dizer? Eu que fui bisbilhoteiro. Se for para avaliar realmente, estou bem errado por invadir sua privacidade. Me sinto mal. Melhor falar logo sobre o que aconteceu.

— Me desculpe por ontem, não devia ter entrado.

Se eu contasse isso para minha mãe, ela me daria um grande sermão sobre respeitar a privacidade das pessoas.

Não que ele mereça alguma coisa, mas a minha educação me obriga a fazer isso.

— Não ligo. Confesso que não sou exibicionista, mas se você me viu, fazer o quê? Agora precisamos conversar sobre outra coisa: — Fecho os olhos adivinhando o que seria. — Você é virgem? — Ele questiona, como se tivesse acabado de dizer o nome de algum tipo de doença. Isso me irrita.

Me viro e olho diretamente para ele.

— E por que importa? Não vejo relevância nisso. Vai mudar alguma coisa?

— Não vai mudar, mas vai deixar as coisas mais interessantes.

— Você é repugnante — digo, sentindo nojo ou querendo sentir.

Daniel me ignora.

— É sério mesmo, Samuel? Mas você não me disse que estava noivo daquele panaca? Ele ia se casar com você sem provar antes? — Faz várias perguntas, parecendo mesmo indignado.

— Lucas é um homem decente — rebato, na defensiva.

— Ele é um idiota! Quanto tempo vocês ficaram juntos?

— Dois anos. Ele era um fofo comigo, um verdadeiro homem.

— Porra! Juro que se alguma pessoa disser meu nome e fofo na mesma frase, eu me mato. — Encosta-se ao balcão — Que homem é esse que você ia se casar? Ele nunca nem tentou nada, tipo algo mais quente? — pergunta outra vez, curioso.

Não acredito que teve a audácia de perguntar isso...

— Não, como eu disse: ele me respeitava.

— Acho que te salvei de uma vida de sexo ruim. — Seus olhos me fitam de uma forma estranha. Talvez para ele eu seja um extraterrestre.

— Ele é um homem digno de se casar.

E é mesmo, Lucas sempre me amou de corpo e alma.

— Vejo que sim. — Ele ergue uma sobrancelha, depois dá de ombros.

Não vou mais prolongar essa conversa.

— Olha, sinto muito por ontem. Peça desculpa ao seu namorado por mim...

— Ele não é meu namorado — diz ele, me cortando.

— Hum. — Vindo dele não espero mais nada. — Vou pro quarto, não quero mais falar sobre esse assunto.

— Eu dito as regras aqui, anjo. Em algum momento teremos que falar sobre sexo.

Se eu pudesse socaria a cara dele agora mesmo; porém, com as experiências anteriores, melhor nem perder meu tempo.

— Não vai adiantar pedir que não me chame mais assim, né? — Tento, já perdendo as esperanças.

— Não.

— Você é sempre assim, tão... Irritante?

Ele ri no momento em que me viro em direção à pia.

— Esse short ficou ótimo em você. Ele se agarra bem a sua bunda.

— Cale a boca! — Saio pisando duro de volta para o quarto enquanto ele fica rindo na cozinha.

Como ele pode me irritar tanto?

***

Fico quase a tarde toda sem fazer nada. Se eu tivesse com meu livro favorito da Sarah J. Maas, estaria agora mesmo perdido nas páginas de sua história. Lembro que sua protagonista era uma assassina. Desde então, viveu seu romance na companhia de um homem lindo e feérico.

Ah, os livros me farão tanta falta...

Ouço o trinco da porta se abrir, tenho certeza de que havia trancado. De repente, Daniel entra, sem mais nem menos, invadindo o meu espaço.

— O que está fazendo aqui? — questiono.

— Sabia que não ia abrir, então resolvi entrar sem ser convidado. — Ele abre aquele sorriso malicioso, levantando as chaves com os dois dedos.

Já estou pensando em várias formas de trancar essa porta sem que ele consiga entrar.

— O que quer?

— Vamos a um lugar hoje à noite. Irei te apresentar a alguns amigos como meu noivo.

— No... Noivo, mas já?

E ele tem amigos?

— Não vejo por que esperar mais. Outra coisa: se tudo der certo no fim de semana, iremos visitar a minha família, e então depois faremos o casamento.

— Família? Você tem família?

Mais uma vez estou surpreso. A família deve ser igual a ele, fria como gelo.

— Claro que tenho família, por isso que nesta semana vamos aprender algumas coisas um sobre o outro. Precisamos parecer apaixonados na frente deles.

— Você comprou um homem, vai apresentar a sua família e ainda consegue fingir amor? Você já amou alguém?

Difícil acreditar em tudo isso. Em que mundo ele vive?

— Isso não vem ao caso. Preciso que fique apresentável, quero que use uma das roupas que tem no closet.

A calmaria em sua voz me tira do sério.

— Não vou usar aquelas roupas.

Me recuso a andar com determinados tipos de roupas só porque ele quer.

— Claro que vai. — Ele caminha até o closet e olha as poucas opções. — Este vai ficar lindo em você.

Daniel me monstra um camisa manga longa vermelha, longo, com uma gola baixa.

— Nem sonhando vou usar isso.

— Para de ser teimosa, garoto. Você vai usar e pronto.

— Você não manda em mim!

— Você é meu. Portanto, eu mando em você, e direi que vai usar a merda da roupa! — Ele berra, retornando sua autoridade em mim.

Fico em pé para enfrentá-lo. Vai ele pensando que pode me dizer o que fazer...

— E eu digo que você está louco! Saia logo do meu quarto! — Empurro seu peito.

— Venho te buscar às 20h. Melhor estar pronto até lá, ou te levarei nem que seja só de cueca.

Ele sai, batendo a porta com força.

— Grosso! — grito para ele ouvir, independente da distância.

Olho para todas as opções de roupas disponíveis durante um bom tempo. Ainda falta uma hora e meia para o pessoal chegar.

O que posso fazer?

Preciso de agulha e linha. Não quero falar com o Daniel, mas ele é minha única opção.

Vou até o quarto dele e bato à porta. Ele abre e, para o meu desespero, está apenas de cueca box. Cubro os olhos imediatamente.

— Por que está pelado? — questiono, horrorizado.

— Não estou pelado.

— Por que não veste suas roupas? Assim podemos ter uma conversa decente.

— Estou bem confortável assim.

Abro os dedos sem tirar a mão do rosto e vejo que ele apoia uma das mãos em cada lado do batente e cruza os tornozelos.

Senhor!

Não resisto e meus olhos passeiam por seu corpo. Abaixo a mão para ver melhor. Nunca tinha visto um homem dessa forma — Claro que já li algumas coisas a respeito e também vi determinadas revistas, mas, ao vivo, não. Nem o Lucas vi assim. Daniel tem um corpo bem desenhado, e aquele caminhozinho de pelos que somem dentro da cueca...

— Se continuar olhando desse jeito, vou rever os meus conceitos sobre esperar até o casamento — avisa, em um tom sério.

Desvio os olhos e sinto o rosto queimar.

— Desculpa, eu...

— Você precisa de alguma coisa? — Solta o batente e cruza os braços, me fazendo olhar para o peito dele de novo.

Merda, o que está acontecendo comigo?

— Linha... Linha e agulha.

Aprendi a costurar bem cedo com a minha mãe, não sou um profissional igual a ela, mas me viro muito bem.

— Acho que tenho aqui no meu quarto, comprei uma vez achando que ia precisar para alguma coisa, mas nunca usei. — Ele descruza os braços e se vira, entrando no quarto. Ao deixar a porta aberta para mim, consigo ter uma boa visão das suas costas e bunda durinha. — Sei que está me olhando.

— Não estou não. — Olho para baixo, só para não ser pego na mentira.

— Você fica mais lindo quando está com vergonha.

Sinto minhas bochechas arderem, o sangue se estabiliza completamente em meu rosto. Ele tem razão: estou, sim, com vergonha. Não sei nem onde colocar minha cara.

Queria ter esse autocontrole de falar as coisas como se fosse natural.

— Achou a agulha? — Ignoro o seu elogio, querendo correr logo dali.

Está quente, muito quente.

— Aqui. — Me entrega uma caixinha com várias agulhas e carretéis pequenos de linhas coloridas.

— Obrigado. — Agradeço, me afastando, bem alegre. Agora posso consertar as roupas e não ter que sair com um modelo tão ousado.

— Não faça nenhuma besteira. Ou você usa a roupa ou vai sem ele.

Quando chego ao quarto, separo a camisa vermelha.

Vai que Daniel cumpre com o que fala e me mande ir só de cueca. Ele é o próprio diabo, então provavelmente faria isso. E faria rindo.

Faço o que tenho que fazer.

Encaro a roupa enquanto alguém bate à porta, tentando abrir.

— Mas que porra, Samuel! — Daniel esbraveja.

Sorrio triunfante. Depois de ele entrar várias vezes sem minha permissão, fiz algo diferente: coloquei uma cadeira para segurar a porta.

— Estou ocupado.

— O pessoal de beleza chegou. — Ele tenta empurrar a porta outra vez, mas a cadeira faz um bom trabalho.

— Já vou atender, espere só mais alguns minutos.

— Sabe o que vai acontecer se você se atrasar, certo? — Me ameaça, de novo.

— Vá embora daqui, Daniel. Está me atrapalhando.

— O que fez com a porta?

— Não interessa.

Ele para de empurrar. Achei que tinha ido embora.

— Vai demorar?

— Está me tirando a concentração... — Tento analisar se está faltando alguma coisa, mas continua perfeito. — Já sei!

Vou até o closet e pego uma sapato Preto com detalhes prateados.

Simplesmente lindo, combinaria com certeza.

— Sabe o quê?

— Cale a boca, Daniel. Na verdade, você precisa me dizer seu nome verdadeiro. Daniel é escroto — zombo.

Não que tenha algo contra o nome dele, é até bonito, era só para atazanar mesmo. Rio por dentro, achando que dessa vez o atingiria, mas não.

Daniel ri da situação, quer dizer, na verdade, ele dá boas gargalhadas. Deveria fazer isso mais vezes, o som é agradável e não soa aterrorizante. Parece um homem normal.

Escondo a roupa e tiro a cadeira da porta. Assim que abro, vejo Daniel ainda plantado na frente do meu quarto.

— Ainda está aqui? — pergunto com desgosto.

— Não tomou banho ainda? Vai se atrasar muito.

Não parece bravo, e sim bem alinhado, tranquilo. É isto que me assusta nele: a calmaria repentina.

— Você precisa...

— Te dar banho? — Ergue uma sobrancelha sugestivamente.

— Nunca. Você precisa me ajudar com a banheira, deve ter alguma coisa errada com aquela torneira.

Ele sorri.

— Não tem nada de errado com a torneira, mas outro dia te ensino. Hoje terá que ser rápido no banho. Enquanto faz isso, vou mandar o pessoal subir. — Tudo bem.

Ele se vira para sair do quarto, mas para no meio do caminho e se volta em minha direção.

— Ah! Já ia me esquecendo... Nunca mais tranque essa porta ou eu mando arrancar o batente e você vai ficar sem ela.

Daniel me olha sério, deixando claro que é uma ameaça verdadeira. Ele seria louco o suficiente para fazer isso. Tenho certeza.

Entro no banheiro e mais uma vez estou fervendo de raiva desse cara. Pelo jeito, nunca terei minha privacidade estando com ele.

Acabo o banho e me assusto com o tanto de gente.

Ou será que ele chamou outras pessoas para se arrumar aqui, como se fosse um verdadeiro “clube dos homens do Daniel”?

Que imundo.

Ganhei um corte novo até acima dos ombros e uma boa hidratação. Os meus cabelos castanhos e longos estavam despontados e sem cor, fazia uns três anos que não cortava. Amei a leveza. Deixaram ele ondulado. Para mim estava igual ao outro, só que bem penteado.

Samuel, o que você sabe sobre elegância? Olha aí o meu subconsciente, voltando para dar um oi. Já começou me irritando.

Passam uma maquiagem básica na minha cara.

— Obrigado, fizeram um milagre aqui hoje.

Nunca me senti tão lindo.

— Você é maravilhoso, querido, não fizemos nada — Um moço simpático, que fez minha maquiagem, acaba de afirmar.

— Obrigado mais uma vez.

Assentem e vão embora rapidamente. Fecho a porta e nem me dou o trabalho de trancar, já que Daniel tem a chave. Melhor não arriscar se quero manter a porta no lugar.

Coloco a roupa que costurei e me olho no espelho. Os detalhes prateados se destacaram, e o sapato ficou como previsto.

Perfeito.

— Por que não está com a roupa vermelha? — A voz me assusta.

Assim que me viro, vejo Daniel me observando encostado no batente da porta.

Desde que horas ele está aqui?

— Você ainda vai me matar do coração.

— Onde está a outra roupa? — indaga de novo, num tom mais alto.

— Não gostou desse? — Provoco.

Viro de frente para ele, estou orgulhoso da minha invenção. Tive pouco tempo e ficou incrível.

— Lindo, está maravilhoso, mas não serve para o lugar que vamos. Por outro lado, essa roupa é perfeita para o nosso noivado. — Daniel me olha de cima a baixo, com um olhar desejoso. — Você mesmo que fez?

— Só fiz algumas mudanças.

— Deveria fazer mais vezes, está bem feito, nem parece que foi costurado à mão. — Ele elogia. — Mas agora sugiro que coloque a vermelha, não quero que chame a atenção demais com uma roupa sofisticada. E você tem cinco minutos. — Por fim, sai do quarto, me deixando sem fala.

Não acredito que vou ter que colocar a vermelha. Merda!

Arranco a roupa e, quando termino de colocar a outra, camisa vermelha com a calça branca me atrapalhando todo com o zíper, Daniel entra no quarto.

— Tempo esgotado, está pron... O que está fazendo?

Ele se aproxima.

Olho o reflexo no espelho e quase não me reconheço. Minha coxa parece mais grossa na calça apertada. Bem, para falar a verdade, nunca tive coxas finas; gosto de caminhar.

Meu corpo está desenhado pela camisa colada.

Olho em direção a Daniel a fim de protestar, pois não quero sair com isso de jeito nenhum.

As palavras não saem totalmente quando vejo sua expressão de surpresa e desejo. Seus olhos brilham enquanto vagueiam pelo meu corpo.

Minha garganta fica seca e eu tento engolir nem que seja uma gota de vergonha.

— Ficou horrível, não falei? — Choramingo, tentando disfarçar o meu desconforto com o seu olhar.

O que estou fazendo? Quero morrer.

— Você está perfeito. Onde escondia tudo isso? — Aponta para o meu corpo.

Me viro de novo para me olhar no espelho.

— Está apertado demais, parece colado. — Puxo o tecido tentando fazêlo desgrudar da minha pele.

— colado, sim. Apertado, com certeza. Não deveria usar essa roupa — diz Daniel, dando uma risadinha. — No final da noite, as mulheres e os homens estarão aos seus pés. Vou ter um pouco de trabalho.

Fico envergonhado pelo elogio, mas disfarço.

— Posso trocar? — inquiri numa falsa animação.

— Não temos mais tempo, vamos.

Mandão como sempre.

— Mas, Daniel... — suplico.

— Esse nome é mesmo escroto — Faz uma careta, me fazendo rir.

Claro que é escroto, visto que não é o seu verdadeiro nome.

Ele fica me olhando por um breve momento, depois sai do quarto, me fazendo correr atrás dele.

Daniel dirige que nem um louco pela cidade movimentada, não respeita o sinal vermelho e nem pedestres. Fico agarrado à lateral do banco e grito em alguns momentos quando considero que dessa vez vai bater ou matar alguém.

— Seu imbecil, quase atropelou o cachorrinho! — Esbravejo, sentindo a adrenalina nas veias.

— Lugar de cachorro não é na rua.

— Você é patético!

Ele pisa no freio de uma vez, me fazendo ir para frente quase dando de cara com o painel do carro. Volto ao banco na mesma velocidade. Meu coração está a um milhão de batimentos por causa do susto.

— Seu idiota! — Dou um soco no braço dele.

— Pare de ser irritante, e vê se cala essa boca.

— Não vou calar nada. Você é ridículo, um cara amaldiçoado. Acha mesmo que vou ficar quieto enquanto simplesmente manda em mim? Pensa que vai ser fácil? Você me tirou da minha casa e me trouxe com você. Me obrigou. Não tem alma nem coração. Não me surpreenderia saber que tenha comprado amigos e família também. — Ele fica me olhando e observando, bem atento à minha raiva — Você é o próprio demônio. Quase me fez quebrar a cara nesse painel, quase me mata com esse maldito carro e ainda me fez vestir essa roupa vulgar... — Daniel tenta argumentar. — Cale a sua boca, não fale nada! Sou capaz de matar você com as minhas próprias mãos. Onde já se viu comprar uma pessoa e ainda achar que vai criar como se fosse um animal de estimação? “Fique quieto, Samuel”, e de bom grado, vou ficar? Ah, sim, vai sonhando. Você é ridículo, ridículo... — Paro de falar no minuto em que ele explode em gargalhadas.

— Eu te odeio!

Isso só o faz rir ainda mais, quase se curvar.

— Garoto, você é lindo com vergonha, mas bravo é um arraso. — Ele só pode estar tirando uma com a minha cara. — Vou me lembrar de te irritar mais vezes.

Ele liga o carro, continuando a dirigir que nem um louco.

Cruzo os braços e, assim permaneço, emburrado, pelo restante do caminho.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 21 estrelas.
Incentive M.J. Mander a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Daniel (???) Está prestes se ver apaixonado por Samuel, o que nos resta saber é como vai lidar com este novo (???) Sentimento. As reações podem ser as piores possíveis em se tratando de uma pessoa que vive essa vida de cobranças e falta de empatia.

0 0
Este comentário não está disponível

Listas em que este conto está presente

Meu Preço
Conto Meu Preço