Meu Preço - Capítulo Catorze

Um conto erótico de M.J. Grey
Categoria: Gay
Contém 2988 palavras
Data: 28/11/2022 17:03:51

***CAPÍTULO CATORZE***

Gabriel fecha os olhos e aperta a ponta do nariz, nitidamente cansado.

— O que aconteceu, é minha irmã?

— Não, ela está bem, mas temos visita — diz o segurança, demonstrando com apenas um olhar que sabe muito mais coisas.

— Como chegaram aqui?

Gabriel parece entrar no modo Homem de negócios. Seu olhar é frio e sombrio, nem sinal daquele Gabriel que há pouco estava em minha companhia.

— Provavelmente alguém te delatou.

Estou boiando na conversa deles.

— Mas quem? — Ele bufa de raiva.

— Vamos descobrir, senhor, faremos o possível.

Ele aperta a minha mão, mas não forte. Talvez precise de algo para se manter calmo.

— Acabe com o show, invente qualquer coisa e tire todo mundo daqui.

— A voz não vacila em nenhum momento.

— Estão na entrada.

— Maldição! Tire esse pessoal daqui nem que seja com tiros no teto, abra as portas do fundo, proteja quem estiver aqui dentro e, tome cuidado, Dennis.

O cara que ia matar o meu pai está agora protegendo as pessoas. Quem é esse? Gabriel parece ter muitas faces, mas qual é a verdadeira?

— Sim, senhor. E por qual caminho o senhor vai?

— Uso a saída subterrânea. Não se preocupem comigo, sei me cuidar. Só receba bem as nossas visitas, um pouco de cortesia vai animá-los. — Ele sorri diabolicamente.

Dennis assente e sai pelo corredor, onde deveríamos seguir, mas Gabriel me puxa de volta para o escritório e vai até sua mesa. Abrindo a gaveta, ele tira um revólver — acho que um calibre 38 —, mas o que eu sei sobre armas?

Estou ficando com medo.

— O que está acontecendo, Gabriel?

— Não se preocupe, anjo, vou proteger você.

O que diz não me acalma nem um pouco.

— Gabriel?

Suspirando, ele pega a minha mão com firmeza e diz:

— Venha, te explico no caminho.

Ele aperta um botão na mesa e as paredes se movem, chego a pular para trás, assustada. Será que ele sempre vai me surpreender com essas passagens secretas e escuras?

— Tenho mesmo que entrar?

— Anjo, não temos tempo, precisa se apressar.

Nesta hora ouvimos barulhos de gritos e tiros no salão. Sinto um arrepio forte o suficiente que me faz mover do lugar.

Seguro na mão dele enquanto corremos pelas passagens escuras.

Tropeçando a todo o momento, interrompo a corrida para tirar os meus saltos. Não podemos cair e também não podemos demorar muito mais tempo nesse lugar, precisamos de agilidade.

Estou ofegante, não sei se é pelo esforço de correr ou pela adrenalina que corre em minhas veias, me deixando quente e frio ao mesmo tempo.

— O que está havendo? Você disse que me explicaria... Precisamos parar, não aguento mais — imploro.

— Temos que seguir, por favor!

Começamos a andar rapidamente, pelo menos não estamos mais correndo.

Depois de descermos as escadas, saímos em um estacionamento subterrâneo, com alguns carros estacionados que devem ser dos seguranças, porque são todos iguais.

Assim que nos direcionamos a um dos carros pretos, bem parecidos com aqueles de mafiosos que os seguranças dele usam, faço uma pergunta:

— Que carro é esse?

— Hummer H2 4x4... — Enquanto Gabriel tenta me explicar, um barulho ensurdecedor nos silencia. Eu só me dou conta de que é um tiro quando acerta bem na porta do carro. — Abaixe, Samuel... Corra! — Ele pega a minha mão e praticamente me arrasta por um corredor mal iluminado. — Maldição! Como eles me acharam?

Ele para no corredor e aponta a arma para alguns caras que vem correndo entre os carros. Me sinto enjoado. Gabriel atira três vezes e derruba os três homens. Ele é preciso e certeiro.

Sexy.

Oh, meu Deus, eu vou morrer — sei lá onde —, e estou pensando em como ele fica lindo e sexy com a arma na mão?

Nem paro para pensar que ele acabou de atirar na cabeça de três pessoas, três seres humanos.

Eles iam nos matar. Meu subconsciente “mau” volta com tudo.

Isso não justifica uma morte, Samuel. Pronto, olhe a merda feita: uma discussão entre subconscientes. Acho que estou enlouquecendo.

Corremos com o coração na mão e com os tiros atrás de nós, cada vez mais próximos.

Um tiro soa bem perto, nos fazendo voltar a correr.

— Quem são esses caras? — questiono alto para ele escutar.

Ele me puxa para trás de uma porta de aço e ergue a arma perto do rosto, olhando para trás.

— Agora não. Só me siga, prometo que conto tudo depois.

Um tiro acerta a porta que estamos.

— Ah, meu Deus! — grito.

— Venha.

Ele vira nos corredores até entramos em um cheio de portas, com a luz bem baixa, parece ser um hotel abandonado. Me faz entrar em uma das portas no fim do corredor. Em seguida, fecha ela atrás de nós, se aproxima de mim e me beija.

Seu beijo é ardente, daqueles de derreter cada fibra do corpo. Gabriel está tão ofegante quanto eu; porém, sinto suas mãos me soltando ligeiramente, quando percebe que estou a ponto de desmaiar por causa de seu contato.

Olho em volta e vejo uma cama bem velha, toda quebrada. Acho que por causa do tempo se manteve embolorada e com teias de aranha.

— Para onde vamos? — pergunto. A adrenalina me deixa zonzo, ou talvez o álcool ainda esteja em meu organismo, apesar de não me sentir bêbado.

— Vamos subir. Tem medo de altura?

— Não.

Pelo menos acho que não, nunca estive em uma situação dessas.

Ele assente e vai em direção à janela. Não era, na verdade, uma janela, é mais parecida com uma saída de incêndio.

Como a janela está quebrada, Gabriel arranca os restos do vidro. Atrás dela tem uma escada que provavelmente nos levará para cima, visto que estamos no subterrâneo.

É uma escada marinheiro, de ferro.

Gabriel me manda ir na frente.

Ele me ajuda a sair pela janela sem me machucar, até que a porta se escancara, e três homens entram na sala, armados. Um é magro e alto, usa um bigode estranho e tem a cara feia; o outro é baixo e magro, e está me encarando, tem o cabelo amarrado num rabo de cavalo; o último homem é mais forte e alto, até bonito.

Fico parado sem conseguir me mexer.

— Vai, Samuel. — Sua fala é calma e firme.

Não consigo me mexer.

— Até que enfim te achamos — O mais forte fala, se aproximando de nós.

— Sou difícil de encontrar, podem marcar uma reunião da próxima vez.

Aliás, estou aqui, por que não me diz o que querem?

Nem no pior momento ele deixa de ser sarcástico.

— Você tem algo que é nosso.

— Não me recordo disso. — Gabriel abre um sorriso diabólico e vai para cima do cara forte. Ele o desarma facilmente e o derruba com alguns golpes estranhos.

— Você viu isso? — O bigodinho indaga, tão impressionado quanto eu.

Não consigo me mover.

— Vá chamar os outros! — O homem com rabo de cavalo ordena ao bigodinho, bem quando o Gabriel o desarma também. Como estava ocupado com o rabo de cavalo, o bigodinho saiu correndo pela porta.

— Samuel, continue! — Não posso deixá-lo. — Agora! Vou indo atrás de você.

Ele dá dois socos no rosto do homem que tem rabo de cavalo e um chute, impossibilitando-o de andar, talvez por muito tempo, mediante o barulho de osso quebrado. Um grito de dor reverbera pelo espaço, me acordando do transe.

Ganhei vida.

Subo me firmando bem nos degraus, lembrando que preciso ser rápido.

Gabriel vem atrás, e me nego a olhar para baixo, sentindo meu rosto quente.

— Samuel, se não estivéssemos nessa situação, eu poderia agradecer a boa visão.

Ele tinha que comentar, claro que sim, é o Gabriel.

— Cale a boca, Gabriel!

Não sei como estou conseguindo que minha voz saia com tanta força de comando, porém, ao mesmo tempo, sinto que deve ser algo sexy e intenso direcionado exatamente para ele.

Meu corpo todo responde a minha autoridade e, mais uma vez, me sinto no topo. Eu estou no comando.

— Nossa, isso me levará a noites sem sono. Queria poder me calar nessa sua boca gostosa — sugere com intensidade na voz.

— Gabriel, não está ajudando.

Sinto minhas pernas amolecerem e estou perdendo as forças.

— Já parei. Está vendo uma porta acima da sua cabeça? Ela tem uma estrutura bem velha, e está toda destruída.

Olho pra cima e vejo, está numa distância de duas janelas. É a única porta.

— Sim, está bem próxima.

— Entre nela e, se puder, vá mais rápido, porque eles não vão demorar a aparecer. Não quero levar um tiro na bunda.

Concordo com a cabeça, mesmo que ele não consiga ver. Acredito que a única visão que Gabriel tem no momento é da minha bunda.

Samuel! Protesto comigo mesmo. Meus pensamentos estão por conta própria, fazer o quê?

No momento em que alcanço a porta, vejo a claridade da luz da lua entrar por uma janela, num corredor vazio. Está uma bagunça e cheira mal. A estrutura parece que vai ceder a qualquer momento, as paredes estão se deteriorando. Nunca tinha visto este prédio, nem ouvido falar nada parecido, ainda mais com quartos subterrâneos.

— Venha, Samuel, não podemos parar. Devem estar vindo.

Saímos do quarto por outra janela, só que dessa vez estamos em uma viela do lado de fora do prédio abandonado. Tem um latão pegando fogo do outro lado da rua, e algumas pessoas moribundas. Ou são moradores de rua ou estão usando drogas. Espero que seja a primeira opção.

Gabriel me puxa pela calçada com cautela, olhando para todos os lados. Qualquer barulho de carro, ele me encosta à parede e pressiona seu corpo ao meu.

É uma sensação esmagadora e enlouquecedora.

Andamos por mais um tempo, se escondendo e olhando em todos os lugares.

— Estamos em perigo ficando na rua assim. Vamos entrar aqui, tentarei falar com os meus seguranças — diz ele, pegando o celular no bolso.

Entramos num beco escuro, não consigo ver nada, apenas sentir o corpo do Gabriel pressionado ao meu. Estamos encostados de novo na parede.

— Caíque, como está a situação? ... Merda! Tudo bem, vocês conseguem deslocar algum carro para vir me buscar? ... Sim, conseguiram a localização? Ótimo, estaremos esperando.

Assim que Gabriel desliga, ouvimos conversas de algumas pessoas se aproximando. Ele me puxa mais para o escuro e me abraça.

Nossas testas estão coladas uma na outra, seu nariz bem perto do meu.

Ligeiramente abertas, nossas bocas mostram interação, buscando por ar.

Uma adrenalina pura corre de nossas veias.

— Eles conseguiram fugir, maldição! O patrão vai nos matar.

— Ele é como um rato, mas vamos pegá-lo, nem que seja usando o garoto. Você viu como ele o protegeu? Deve ser valioso para ele.

— Merda — Gabriel sussurra.

— Vai, vamos, eles não devem ter vindo por aqui.

Não vejo como os homens são, mas consigo ouvir a voz, e ficará gravada na minha mente para sempre.

A voz vai sumindo conforme eles se afastam até que não ouço mais nada.

— Acha que podemos sair?

Quero sair logo daqui, estou me sentindo sufocado e zonzo.

— Temos que esperar o sinal dos meus homens, você está bem? — Ele também parecia sem ar, seu peito subia e descia constantemente. Sinto seu coração acelerado na palma das minhas mãos pressionadas em seu tórax.

— Não sei, eu... — Sua respiração assopra em meu rosto, me deixando sem fala. — Eu...

— Não precisa ter medo, não deixarei que te machuquem.

— Não estou com medo.

O que estou sentindo agora é totalmente o contrário de medo.

— Você está tremendo. — Ele toca a pele nua dos meus braços, fazendo todos os pelos do meu corpo se eriçarem. Seu toque é como eletricidade, me consumindo por inteira, se misturando com a adrenalina que ainda corre em minhas veias.

— Gabriel... — sussurro seu nome em um gemido.

— Samuel. — Sua voz sai rouca.

Ele acaba com o espaço entre nós e me beija, fazendo minhas entranhas se derreterem até virarem água.

Meu corpo todo se enrijece quando ele toca em minha coxa e agarrar a minha bunda. Ofego em seus lábios.

A única coisa que consigo escutar é o som da nossa respiração.

Sei que deveria correr, empurrá-lo e dizer para parar, mas meu corpo não quer isso, eu não quero parar, preciso do seu toque. Gabriel aperta a minha bunda, me puxando ao encontro dele, arrancando um gemido do fundo da minha garganta. Estou mergulhado em um poço de sensações desconhecidas, novas. Não sei o que fazer, tão logo puxo seus cabelos, trazendo-o para mais perto, querendo ser beijado eternamente por seus lábios incansáveis e irresistíveis.

Sua mão desliza mais e vai até a borda da minha cueca

— Confia em mim? — pergunta, sussurrando em meus lábios.

Não consigo dizer uma só palavra, acho que estou tão inerte que nem sei o que ele queria que eu dissesse. Portanto, apenas volto a beijá-lo.

Ele grunhe, parando o beijo, enroscando os dedos na lateral da minha cueca, se abaixando lentamente e levando-a com ele. Quero perguntar o que ele vai fazer, mas suas mãos voltam a tocar minha pele, me calando. Suas mãos sobem devagar pela minha perna, me enlouquecendo e, fica tudo mais intenso quando deposita um beijo no alto da minha coxa, incendiando meu corpo todo. Meu cérebro começa a mandar sinais de perigo quando se aproxima do meu pau, mas as dúvidas logo se dissolvem assim que ele me toca, provocando um desejo avassalador abaixo do meu ventre.

Nunca fui tocado dessa forma, nem mesmo por mim. Mordo os lábios para abafar os gemidos, e meus quadris ganham vida se elevando voluntariamente ao encontro de sua mão.

Oh, como isso é delicioso! Por todos os deuses...

Ele faz movimentos lentos e em vai e vem, me torturando, me fazendo delirar.

— Porra, anjo, você está tão duro — diz, me masturbando.

Puta que pariu!

Já não controlo mais meu corpo, Gabriel está no comando, e eu apenas com as sensações, sinto o corpo febril e completamente entregue a ele.

— Ah, Gabriel! — Preciso de mais. — Por favor!

Imploro por mais velocidade, sem saber exatamente o que se aproxima, só sei que é forte e parece que vou explodir a qualquer momento.

— Quer gozar assim, anjo? Gosta que eu toque em você? — Sim! Quero gritar, mas não sairia nada coerente nesse momento. — Caralho, Samuel, estou me segurando para não me enterrar em você, é tão delicioso.

Ele praticamente grunhe as palavras.

Seus movimentos aumentam a velocidade. Encosto a cabeça no muro, atrás de mim, sentindo um calor descer pelas minhas costas e o prazer se aglomerar em meu ventre, fazendo meu corpo convulsionar com uma descarga de adrenalina completa, algo avassalador e incompreensível, delicioso e excitante.

Ele cobre a minha boca com a dele para abafar o grito incontrolável que sai dos meus lábios, enquanto algo quente escorre entre as minhas pernas. Gabriel me segura por um tempo, até meu corpo se recuperar e conseguir firmar as pernas para segurar meu próprio peso.

— Isso foi... — Ofego, mal conseguindo puxar ar para os meus pulmões.

— Eu sei — argumenta ele, me poupando de uma explicação vergonhosa. — Está tudo bem?

— Sim.

— Venha, os seguranças chegaram.

Estou tão perdido que nem escuto os seguranças. Será que eles me ouviram?

Ah, Senhor! Tomara que não.

Ajeito a roupa.

Os seguranças não demonstram nenhuma expressão capaz de comprovar o que estava acontecendo entre nós, mas eu percebo tudo. Eles sabem. Faz quanto tempo que chegaram aqui? E como Gabriel sabia? Ai, meu Deus, que vergonha!

Entramos no carro em silêncio, até que no meio do caminho, Gabriel se inclina para falar na minha orelha:

— Está tudo bem mesmo? Eu te machuquei? — Balanço a cabeça, negando, com receio de olhar em direção a ele. — Diz alguma coisa, Samuel, está me matando com esse silêncio.

— Estou bem.

— Eu... Me desculpe se passei dos limites, mas queria te tocar e, por causa da adrenalina correndo pelo meu sangue, não consegui me conter.

Está se desculpando de novo. Queria dizer a ele o quanto foi ótimo.

Se o sexo for parecido, quero experimentar logo, mas como posso simplesmente dizer isso? É loucura, eu sei, ele me comprou e tal, ameaçou meu pai; entretanto, quero que ele faça mais do que fez lá no beco. Até gostaria de odiá-lo, inclusive quero matá-lo, só que neste momento eu desejo me enroscar em seu corpo e sentir, viver... Aprender mais.

Me viro para ele.

— Gabriel, não sei o que dizer.

— Você já fez aquilo que fizemos no beco?

Por essa eu não esperava. Que tipo de pergunta é essa? Um rubor se espalha pelo meu rosto, já avermelhado.

— Não.

— Puta merda. — Ele encosta a cabeça, no encosto do banco.

Fico sem entender. Será que fiz alguma coisa errada?

— Isso é um problema? — pergunto, inocentemente.

— Não, o problema é que estou com uma puta ereção dolorida, louco para tocar em você de novo. E, descobrir que foi o seu primeiro orgasmo, deixa tudo mais excitante. Sem contar que está sem cueca, então posso considerar que isso sim é um grande problema.

Meu corpo entra em alerta novamente.

Gabriel fica em silêncio de novo, ainda com a cabeça encostada no banco e de olhos fechados. Fico encarando-o, querendo tocá-lo.

— Pare de me olhar, anjo, estou tentando ficar longe e você não está facilitando — Ele fala, sem se mover.

— Não estou fazendo nada — rebato, com a voz esganiçada pelo desejo.

Gabriel me olha, levantando a cabeça. Seus olhos estão tão negros que por um momento sinto medo do que vejo.

Ele se aproxima, e eu me encolho. Sua mão direita está na minha coxa.

— Você está me enlouquecendo, só de ouvir a sua respiração acelerada, só de ouvir o desejo no tom da sua voz... — A voz dele é fria e sombria, um aviso iminente. — Não precisa falar nada para me torturar.

Gabriel desliza a mão até o alto da minha coxa.

— O... O que... O que você vai fazer? — gaguejo.

— Ainda nada. — Assim que fala, volta a se encostar no banco, tirando a mão de mim e colocando o braço no rosto.

Sinto um aperto na boca do estômago em antecipação ao que ele vai fazer depois.

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Comentários

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Ca-ra-lho!!!!!! Adrenalina misturada ao tesão é uma bomba pronta a explodir...

Que delícia de capítulo!!!!!

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Que tenso, fico tão nervoso que nem durmo direito esperando a continuação.

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