Almas Peladas

Um conto erótico de Al-Bukowski
Categoria: Heterossexual
Contém 7307 palavras
Data: 12/10/2022 18:17:15
Última revisão: 06/09/2023 19:41:49

Quando finalmente me acomodei no sofá para curtir aquele final da noite, escuto no meu celular o terrível sinal de notificação do aplicativo da minha empresa. Uma sensação de desânimo me atinge por um instante, já considerando que meus planos de assistir a um bom filme na televisão estavam indo rapidamente para o brejo. Meu nome é Kátia, e trabalho como analista perita criminal em um laboratório forense. Como não possuímos equipe noturna, um esquema de revezamento de plantão acaba nos exigindo atendimentos esporádicos de chamados fora do horário, como parece ser esse o caso. É até legal para tirar uma grana extra, mas tem horas em que eu trocaria esse dinheiro por um belo descanso em casa, ainda mais depois de um dia estafante como foi o de hoje.

Tenho 37 anos e vivo sozinha dividindo um pequeno apartamento com meu gatinho Puffy. Não mantenho atualmente nenhum relacionamento sério, pois a bem da verdade eu meio que desisti de ficar procurando uma cara-metade depois de muitas desilusões com os últimos homens que conheci. Sei que minha personalidade forte e meu jeito meio desbocado acabam assustando um pouco os pretendentes. Sou uma mulher no todo atraente, com belos cabelos loiros mantidos cortados na altura dos ombros, curvas generosas e, confesso, ultimamente um tanto mais acentuadas por eu estar um pouquinho acima do peso. Apesar do trabalho exótico de estar envolvida com mortes e toda sordidez de crimes o dia todo, no fundo eu sou uma mulher sensível, na busca por um homem com quem possa dividir não apenas uma cama, mas uma vida por inteiro. E, mais do que beleza, o que acaba me atraindo é a personalidade e inteligência dele, características mais que raras de se encontrar por aí atualmente. Assim, vou levando um dia após o outro, à espera de que algo mude meu destino.

Pego o celular para verificar a mensagem, numa última esperança que seja apenas um aviso de rotina. À meia-luz no meio da sala, vejo meu rosto iluminado pela luz do aparelho, num reflexo no vidro da janela. Estou vestindo uma simples camiseta de algodão, junto com uma confortável calça de moletom, meu uniforme para relaxar em absoluta preguiça após o banho do qual acabei de sair, esperando poder preparar um lanchinho para a noite. Clico na notificação para ler os detalhes e meu temor se confirma: é mesmo um chamado que exige o meu retorno para o escritório. Olho o horário, e são 19h17 e penso nas minhas chances:

- Droga. Tomara que seja só uma revalidação de evidência - algo bem comum de ser encaminhado para nós no final das atividades diárias dos tribunais, visando a retomada de processos e julgamentos no dia seguinte. Se for isso eu consigo ir, fazer o que precisa ser feito e voltar em umas 2 horas. E a noite não estaria de toda perdida.

Arrisco tudo nessa minha aposta, e resolvo voltar para o laboratório assim mesmo do jeito que estou e não perdendo nem mais um minuto. Como sempre, lá deve estar vazio, já com todos tendo ido para casa, e sobrando todo o prédio para o coitado de plantão que for fazer as horas extras. E que hoje calhou de ser "euzinha" aqui. Calço meu par de tênis, visto correndo um blusão, e pego as chaves do carro, trancando o apartamento não sem antes deixar a tigela abastecida com a comida do Puffy. Ao sair do prédio, encaro uma garoa mais intensa que anuncia o tempo ruim que vai se estender noite adentro.

- Hoje é dia... que saco!

Chegando à empresa, estaciono meu carro num local mais próximo da recepção, mas tendo minha atenção atraída para outro veículo que está parado algumas vagas à frente. Sei muito bem de quem ele é, e o arrependimento bate forte:

- Ah, mas que bosta! Eu mereço mesmo me foder… burra do caralho!

Sem saída, sigo a passo rápido, com o blusão sobre a cabeça me protegendo da chuva até chegar ao saguão do prédio. Passo então por todos os vários sistemas biométricos de segurança, até chegar ao elevador no hall central. Quando nele entro, aproveito o tempo que ele leva subindo para tentar me arrumar minimamente, soltando e penteando os cabelos, e passando um batom que providencialmente encontrei na bolsa. Quanto à roupa não posso fazer muito, e a solução que encontro é amarrar o blusão à cintura para cobrir a bunda que a calça de moletom mais que realça, não escondendo nem mesmo a pequena e algo indecente calcinha que estou usando por baixo. A camiseta ajuda pouco na parte de cima, com a transparência mostrando claramente o sutiã e meus volumosos peitos. Bom, paciência, é o que posso fazer nesse momento para não aparecer tão desleixada...

Adentrando a recepção do laboratório, noto a luz vindo da sala técnica. Ao lá chegar, coloco a cabeça para dentro, confirmando meus temores:

- Boa noite Alessandro! Você por aqui também?

- Oi Kátia! Sim, você me desculpa, mas fui eu que abri o chamado te convocando. Sei que você trabalhou o dia todo, mas eu realmente precisava de você aqui, pois temos uma demanda mais complicada.

- Não, tudo bem... Imagina! Vim assim que pude… até me desculpa pelas minhas roupas... ah... não apropriadas.

Levantando a vista, Alessandro olha uns instantes para mim, escondendo um sorriso:

- Você está ótima, não liga para isso. Queria eu poder estar à vontade assim, pois pelo jeito vamos ter que ficar um bom tempo aqui resolvendo esse enrosco que nos arrumaram…

Adeus Netflix, agora tenho certeza mesmo. Ainda mais pela forma como Alessandro está compenetrado arrumando seu material de análise. Ele é meu superior, mas mais que um chefe, ele é também uma inspiração para mim e outros aqui. Eu o admiro desde o primeiro dia em que fui entrevistada na admissão para o laboratório, o que ocorreu há cerca de 10 anos. A forma como ele lidera as tarefas, seu conhecimento e cultura que demonstra ter sobre os mais diversos assuntos, tudo isso me fascina. E, mais do que isso, o lado humano dele, sempre educado, solícito e compreensível com os problemas de todos do nosso time. Sim, eu bem sei que não é apenas profissional... Meus olhos traem meus sentimentos, brilhando sempre quando o vejo, me deixando até um tantinho nervosa. É uma atração platônica que tenho por ele, mas que escondo como posso. Isso primeiro por respeitar o ambiente de trabalho, e depois por crer que ele nunca realmente se interessaria por mim, com tantas mulheres bonitas, refinadas e interessantes por aí, a julgar pelas ex-esposas dele que conheci.

Alessandro é um homem maduro, 54 anos e uma referência profissional em sua área de atuação. Muito estudioso, detalhista e criterioso, ele combina essas características com uma apurada compreensão do comportamento humano, o que o ajuda em muito na leitura das cenas de crimes, por mais complicados que possam se mostrar a princípio. Não foram poucas as reviravoltas a que as conclusões dele levaram ao desvendar vários mistérios antes insolúveis. Entretanto, se do ponto de vista profissional sua ética e excelência o precedem, na vida pessoal, e talvez mesmo por culpa desse lado "cientista louco" de ser, ele não conseguiu sustentar seus 2 casamentos, dos quais teve com dois filhos. Apesar de amoroso, a convivência com as mulheres não resistiu a suas manias e seu jeito contido de ser, sempre racional ao extremo. Hoje vive sozinho, tendo as ex-esposas como grandes amigas, mas apenas isso até onde sei. Nunca consegui entender como elas puderam o deixar, um homem dono de lindos olhos castanhos, uma barba sempre impecável, e um corpo gostoso para a idade, mantido a custas de exercícios regulares. E que eu sutilmente tenho observado e cobiçado silenciosamente ao longo de toda essa convivência no trabalho.

- Kátia, por favor, pegue seu kit de análises e me encontre lá na sala de exames. Ah, e não esqueça do material para autópsia.

- Ah... não me diga que...?

- Sim. Temos um crime para desvendar. E, dois corpos para analisar hoje.

- Logo dois? Mas, o que aconteceu?

- Bom, você sabe o que sempre digo...

- Tá, tá... Que as provas e evidências é que irão nos dizer o que realmente aconteceu. Eu sei..., mas... o que foi reportado pela polícia?

- Veja, aparentemente, um rapaz invadiu uma propriedade, encontrando a mulher, que é casada, mas que estava sozinha no momento. Há sinais de arrombamento, o que o time do Marcos ainda está analisando lá no local. O marido teria chegado no exato momento em que o rapaz estava asfixiando sua esposa, após ter abusado dela e cometido estupro. Houve luta, e o rapaz foi alvejado com três tiros no tórax, vindo a falecer no local. A esposa já estava morta quando ele a socorreu, chamando logo depois a polícia. Ainda não está claro se os disparos foram feitos pelo marido ou por seu motorista e segurança particular.

- Nossa, que horrível. Odeio esse tipo de crime, com a mulher sofrendo dessa forma. Bom... vou pegar o material e estou lá em alguns minutos. Vai ser uma noite longa...

- É, com certeza. Conforme for, pedimos algum lanche daqui a algumas horas.

Esse trabalho vai tomar um bom tempo, mas temos que ser rápidos, uma vez que os corpos ainda precisam depois ser encaminhados ao IML. Mas, de qualquer forma, algo aqui não está se encaixando, pois é estranho que haja um chamado com essa urgência. Encontro Alessandro na porta da sala, e não resisto a bisbilhotar um pouco mais no que estamos trabalhando de fato:

- Alessandro, não tem mais alguma coisa que você não me contou nessa história? Pois geralmente casos assim não são enviados para nós na calada da noite...

- É, você percebeu Kátia. Bem, quando você reconhecer a vítima vai entender melhor a situação...

- Do que vc está falando?

- Você vai saber logo... vem comigo.

Assim que entramos, vejo as duas bancadas alinhadas uma ao lado da outra no meio da sala, sobre as quais estão os dois corpos cobertos por lençóis brancos. Desamarro o meu blusão, deixando-o pendurado num cabide na entrada, vestindo meu jaleco e calçando as luvas de látex. Alessandro também segue esse protocolo, exigência do regulamento forense. Não deixo de pensar que o jaleco pelo menos esconde um pouco melhor meu trajes e assim fico mais segura para seguir com as atividades a noite toda ao lado dele. Vamos primeiro para a bancada da esquerda, onde Alessandro abaixa parcialmente o lençol mostrando o rosto da mulher. Não consigo esconder minha surpresa:

- Não acredito! Não me diga que é a...

- Isso mesmo Katia. É a Lúcia Maria Kardhall, esposa do Humberto Kardhall, o milionário empresário do ramo de hotelaria.

- Nossa, eu sigo ela nas redes sociais! Ela é a médica esteticista de todas as celebridades e artistas. Quer dizer... era, né? Nossa, como isso pode acontecer?

- Realmente, não dá para entender.

O corpo de Lúcia está nu, o que logo fica visível ao ele retirar completamente o lençol. É o corpo perfeito de uma morena linda e alta, 34 anos de idade, cabelos longos e escuros, lábios grossos, seios siliconados, cintura fina e quadris largos. A pele morena impecavelmente bronzeada realça marquinhas insinuantes de biquini, tanto nos seios, onde cobrem quase que apenas os mamilos mais escuros e bicudos, como numa pequena faixa no entorno de uma xana grande e carnuda, e completamente depilada. Por mais mórbido que seja, o corpo ali sem vida não deixa de preservar a beleza, destoando só pelas marcas violentas em volta do pescoço, e algumas escoriações em alguns pontos nos braços, coxas e joelhos. Por mais profissional que Alessandro seja, naquela hora seu olhar masculino o trai, e ele não fica totalmente indiferente àquela visão. Isso tudo o que se acentua entre nós dois, ainda mais por ser ela uma mulher muito conhecida, seu rosto de beleza ímpar sempre estampando revistas e programas na televisão. Será um trabalho complicado, e mais do que nunca nosso senso profissional será colocado a prova.

Pelo meu lado, não tendo tanto autocontrole como meu superior, e não deixo de reparar aquela nudez agora revelada:

- Uau, que corpaço que ela tem! Ou melhor, tinha...

- Kátia! Por favor, vamos nos concentrar no trabalho a ser feito.

- Eu sei..., mas, poxa... Não tem como negar que ela era uma mulher extremamente sexy! Queria eu ter um corpo assim...

Digo isso com uma certa dose de pena, arrumando com carinho os cabelos que caíam sobre o rosto dela. A boca entreaberta e os lábios ainda vermelhos, realçados pelo último batom que usou.

- Você não merecia isso, querida! Tadinha, nem consigo pensar no terror que foram seus últimos momentos...

- Ninguém nunca merece Kátia. Mas a vida é... difícil, estranha, complexa.

Fico meio paralisada, olhando ternamente para a Lúcia como que velando o corpo. Sinto uma profunda comoção, algo que não me lembro de ter ocorrido antes, Alessandro se vira para a bancada onde está o rapaz, também lá retirando o lençol. Numa reação puramente instintiva eu seguro sua mão enquanto olho de lado para o algoz dela. Sou surpreendida com o que vejo, pois ao invés do perfil esperado de um marginal, algo alguém de feições duras e naturalmente ameaçadoras, vejo um rapaz novinho, com rosto e jeito quase de um adolescente nerd.

- Os dados passados pelos investigadores o identificaram como sendo Renato Bonacardio, 26 anos, e funcionário de Lúcia na clínica. Formado em computação, era responsável por toda a infraestrutura de sistemas da empresa, estando empregado lá há quase 2 anos.

- Hum... já vi tudo! Provavelmente é um frustrado sexual que devia nutrir uma tara por ela, coitada. Mais um maníaco estuprador e assassino, esse maldito! - digo revoltada ao escutar Alessandro puxar a ficha daquele bandido.

- Menos Kátia. Quantas vezes tenho que te ensinar isso... até o momento só podemos dizer que ele é a principal suspeita de ser o assassino dela.

Nem bem termino de escutar a bronca do Alessandro e um forte raio cai nas proximidades, fazendo a luz piscar por uns instantes enquanto o prédio todo vibra com o forte impacto. Ainda segurando a mão da Lúcia, eu a aperto com força, tomada pelo susto. Então fecho meus olhos, sentindo uma tontura estranha, acompanhada de uma sensação esquisita vindo de dentro de mim. Um frio na barriga, um sentimento de medo e ansiedade, envoltos numa tristeza profunda. Respiro mais fundo, me apoiando na bancada. Mal percebo quando Alessandro foi até a bancada de equipamentos, e ligou o aparelho de som colocando sua famosa playlist que costuma sempre escutar enquanto ali trabalha minuciosamente na busca por todo tipo de pistas que possam ter sido deixadas para trás nas evidências.

- Espero que não tenhamos que trabalhar à luz dos geradores - a sequência de músicas suaves já nos acompanhando no ambiente.

- Sim, tomara - minha voz sai baixa, quase que sem força nenhuma, não querendo estar ali. Não me reconheço naquele instante nem como profissional e nem como pessoa, uma ligação se formando com aquela mulher que realmente pouco conheço, e ali estirada sobre a mesa.

Vejo Alessandro em câmera lenta seguir os procedimentos, registrando com fotos, recolhendo diversas amostras de diferentes partes do corpo da Lúcia. Algumas de manchas de terra, resquícios debaixo das unhas, e buscando outras pistas que possam de alguma forma ajudar no esclarecimento do crime. Estou ao seu lado quando ele abre suas pálpebras, surgindo dois olhos grandes, lindos, brilhantes e... vivos. Por mais que Alessandro foque na análise criteriosa do globo ocular dela, para mim aquele momento é um choque, pois sinto ela me olhando, pedindo ajuda. Perco a respiração ao que acho ser um leve movimento da boca dela, se entreabrindo. Mas isso é impossível... ela está morta!

- Precisamos verificar os indícios de estupro, Kátia- e dizendo isso, Alessandro movimenta o corpo dela forçando um pouco uma das pernas para deixar suas coxas afastadas, ganhando acesso à boceta dela. Os lábios mais escuros e proeminentes se revelam, emoldurando a racha da Lúcia. Vejo claramente quando Alessandro passa os dedos com a luva de látex por toda a entrada dela, e isso dispara uma forte sensação em mim... no meio das minhas pernas. Os dedos dele friccionam o grelo dela, tocam a pele dos lábios e eu sinto tudo isso na minha própria boceta, me levando a pressionar minhas coxas uma contra a outra, brigando contra essa sensação. Mas é inútil, e na hora em que ele introduz um dedo, e depois mais outro, é dentro de mim que isso se reflete, e com muito custo seguro um gemido, sentindo a minha calcinha se molhando, manchando minha calça de moletom cinza. Logo depois ele insere uma seringa lubrificada para coletar o material, e o toque frio daquele tubo entra junto dentro de mim, como quando brinco solitária em casa com meu vibrador amigo. Minha mente e meu corpo embaralham tudo isso, e quando fecho os olhos me vejo deitada naquela bancada, com as pernas abertas para Alessandro, ele me tocando dentro da boceta, os dedos grossos envoltos na luva mexendo dentro dela, o rosto dele me olhando nua e exposta... eu sendo Lúcia, ela sendo eu.

A seringa recolhe uma quantidade enorme de uma substância branca, que quase não deixa dúvidas de ser o esperma que Renato ejaculou dentro da Lúcia.

- Estranho Kátia. Veja aqui, os tecidos vaginais dela não parecem machucados. Há sim algumas escoriações, mas não o que se tem como padrão numa cena de estupro. Concorda comigo? - Ele diz isso me mostrando os detalhes, expondo a boceta dela... ou a minha? Ai... preciso me controlar, e tento focar novamente no que ele fala comigo, apesar de todo o tesão que sinto, o calor subindo dentro de mim, turvando minha visão.

- Sim, é verdade... humm...

- Algum problema?

- Hã? Ah, não... desculpa...

- Bom, ajude-me aqui, por favor, a virar o corpo dela.

Eu já sei o que ele busca, e tremo só de pensar. O corpo dela fica de lado, virado de frente para a outra bancada. Alessandro se inclina sobre as costas de Lúcia, já entreabrindo a banda da bunda carnuda e redonda dela, deixando seu ânus todo à mostra para nós dois. É certo que ela praticava sexo anal, o que concluo não apenas pela minha experiência profissional, mas também de vida como mulher. Vejo o ânus dela também todo depilado, as preguinhas um tanto laceradas, com uma vermelhidão no entorno. Aquele não é absolutamente o ânus de uma mulher que ali seja virgem, muito pelo contrário. Mas também está claro que ele foi forçado e penetrado recentemente.

Quando meu chefe repete o procedimento do exame, da mesma forma que fez na vagina dela ao inserir dedos e a seringa, eu não me contenho e reviro os olhos, com minha respiração ficando ofegante. Tenho que me apoiar firmemente na bancada, apertando as bordas com as mãos quase até doer, para não me desequilibrar e cair. Agora com minha boceta inundada e meu cuzinho pulsando e piscando, querendo expulsar e morder ao mesmo tempo os dedos dele dentro de mim... quer dizer, dela... O que está acontecendo comigo? Ele recolhe mais uma quantidade de esperma, agora do reto dela, apenas comprovando que ela também foi por ali violentada, o que as marcas nos joelhos se somam para compor a cena dele a possuindo por trás, muito provavelmente com o peso do corpo sobre o dela no chão lá da casa.

Ainda tonta dessa sensação que não para de me descontrolar, eu me viro para o corpo do rapaz, ficando em pé ao seu lado. E nessa hora meus olhos lacrimejam de imediato, e aquela sensação de angústia se transforma numa dor insuportável dentro do peito. E então eu escuto... eu me escuto balbuciando baixinho mesmo sem querer:

- "Não! Não, meu amor... você não merecia isso!" - e minhas mãos fogem do meu controle, passando sobre o rosto dele, acariciando, sentindo o peito, tocando com cuidado nas marcas dos tiros que penetraram e atravessam sua pele. Eu fecho os olhos, mas continuo vendo tudo como se estivesse com os olhos completamente abertos. Não sou mais eu... É ela, Lúcia está aqui. E está, de alguma forma que não sei explicar, dentro de mim! Mal consigo segurar a vontade de beijar aquele rapaz, querendo sentir os lábios macios dele colados aos meus. Não entendo e brigo sem sucesso contra isso. Minha mão desce mais, procurando os pelos do ventre dele, e depois sentindo entre os dedos aquele membro, um pênis pesado que seguro e acaricio, puxando a pele para trás querendo dar vida a ele, os dedinhos tocando de leve o saco peludinho. Enquanto faço isso, abro botões do meu jaleco, procurando sentir meus seios sobre o sutiã mesmo, meus seios antes carnudos e macios estão agora duros e empinados no meu toque. Minha boca saliva olhando aquele pau gostoso, que tanto quero sentir dentro de mim... "novamente!"

Alessandro volta com Lúcia na posição normal, e, em silêncio às minhas costas, ele para por alguns instantes. Fugindo de sua postura profissional, se ele se rende aos encantos e beleza dela. Suas mãos tremem, e também sem saber como, uma delas agora apalpa livremente o seio esquerdo dela, sentindo os mamilos perfeitos e escuros, sentindo prazer ao fazer isso. O toque dele me deixa eriçada, e meus bicos endurecem de imediato, o que intensifica ainda mais minha própria mão me procurando, entrando por baixo da minha camiseta e do meu sutiã, procurando e me beliscando de leve o biquinho. Aperto o pau que está na minha outra mão, uma punheta meio macabra num corpo morto, o que Alessandro sente na hora, seu próprio pau endurecendo por completo dentro de suas calças, mesmo ele não me vendo fazer isso. Estamos ambos profanando os corpos daqueles dois, e mesmo sabendo ser errado, não conseguimos parar.

Mais um forte raio cai ali perto, o que nos tira temporariamente do transe, apenas o suficiente para nos virarmos um de frente para o outro no pequeno espaço entre as duas mesas com os corpos. Estou num estado de excitação extremo, respirando como consigo pela boca aberta, minha mão perdida dentro da minha camiseta, o jaleco já caindo dos ombros. E vejo um olhar que nunca tinha antes visto em Alessandro, ele parece assustado, perdido, sofrido. Aquele lapso de consciência é o último que temos. Fechamos os olhos mesmo sem querer, mas continuamos vendo tudo a nosso redor. E é assim que vejo Alessandro se jogando contra mim, me abraçando e me puxando pela nuca para um beijo ardente, nossas bocas se procurando, as línguas duelando uma dentro da boca do outro. Lágrimas escorrem num choro descontrolado, enquanto meus dedos se enroscam nos cabelos dele e as mãos dele passeiam pelas minhas costas, minha nuca, meu pescoço...

- "Renato, eu te amo! Nunca vou deixar de te amar!"

- "Me desculpa, eu deveria ter te protegido... ficado com vc..."

- "Shhhh... não fala isso! A gente não teve culpa de nada... ninguém é culpado por amar."

- "Ah, Lúcia, meu amor... Por que isso foi acontecer?"

- "Não sei, mas teremos agora a eternidade toda juntos... e a chance de uma última noite aqui..."

As memórias de Lúcia vêm à minha mente, e, enquanto somos beijadas pela boca de Alessandro e pela alma de Renato, sou inundada por lembranças do longo caso que tiveram, o amor irresistível nascendo em sorrisos tímidos na clínica, ela tomando a iniciativa e seduzindo o rapaz novo e cheio de sonhos. O sofrimento do casamento de aparências, o marido bruto e violento, a judiando pela inveja que sentia do sucesso dela, do quanto ela se tornava independente dele. A descoberta das muitas traições dele, as humilhações a que se submeteu para tentar manter o casamento. E a tragédia de hoje, o marido retornando para casa de uma viagem cancelada de última hora, naquela que seria a chance deles dois ficarem o final de semana todo juntos, planejando a vida que teriam após o processo de divórcio que já estava sendo tratado pelos advogados. O marido os pegando na sua cama em pleno ato, ela gozando sobre ele depois de uma tarde de loucuras pela casa toda, e sendo subitamente puxada pelos cabelos sendo xingada e gritando para Renato fugir. Os tiros lá fora do segurança o matando, e ela sufocando e perdendo as forças, as mãos do marido em volta do seu pescoço, terminando com sua vida. Aqueles dois ali eram ardorosos amantes... E não vítima e algoz!

Sinto as mãos de Alessandro me procurando, entrando por dentro da minha calça de moletom surrada. Já sem luvas, ele sente a minha pele branca e macia, as carnes da minha bunda grande, apertando e apalpando por baixo da calcinha, forçando a descer até o meio das minhas coxas junto com a calça. Lúcia "me vira" de costas para seu amante, me fazendo ficar apoiada na mesa de trabalho, depois de empurrar tudo que havia sobre ela para o chão. Minha calça desce com a calcinha junto até os pés, eu tirando para ficar agora apenas com minha camiseta, com as pernas abertas apoiando o tronco sobre a mesa. As mãos de Alessandro percorrem a minha bunda junto com sua boca, dando beijinhos em cada um dos lados, para depois se enfiarem no meu rego procurando a entrada da minha rachinha àquela altura completamente ensopada. A barba de Alessandro roça na parte de dentro das minhas coxas, seus dedos encontrando minha boceta, me tocando por dentro finalmente, dois dedos reais enfiados enquanto a língua chupa e morde meu grelinho rosadinho e pulsante entre meus pelinhos loiros. Lúcia solta um gemido gutural por meio da minha garganta e voz, sentindo os mesmos toques, só que de Renato sugando um grelo grande e duro, a boceta de lábios escuros e toda depilada. A visão e sensações de Alessandro e Renato misturadas nas duas mulheres que tocam juntos, morena e loira, depilada e peludinha, greluda e delicada... Mas ambas vertendo fluídos e mais fluídos rebolando no rosto de ambos, o desejo de fêmeas expresso no cheiro de seu sexo contaminando e perfumando aquela sala antes fria e mórbida.

Desconheço-me por completo, sorrindo ao sentir um arrepio pelo meu corpo todo quando a língua atrevida dele toca meu cuzinho rosado e virgem, que se abre como nunca antes permiti. Lúcia quer, ela gosta... Ela quer dar a bundinha para ele, a minha bunda emprestada para saciar o desejo dela. Algo só dela e de Renato, que nenhum outro homem de sua vida teve o prazer e capacidade de conquistar, uma espécie de vingança contra o desgraçado do marido. Minha confiança não é racional, mas eu também quero, por mais que nunca tenha deixado alguém sequer encostar no meu precioso anel. E ninguém melhor que o homem que mais desejo secreta e platonicamente na minha vida. E assim, apoiando o peito sobre a mesa, jogo meus braços para trás, as mãos afastando as bandas da minha bunda branca e gordinha, deixando meu cuzinho todo exposto, aberto e piscando descontrolado para ele. O meu gemido de Lúcia sai rouco pedindo:

- "Vem meu amor, come meu cuzinho... uma última vez!"

O cuzinho que Renato conhece bem, e que com os dedos molhados com a saliva de Alessandro ele prepara com carinho, as preguinhas de Lúcia também o chamando. Ela com uma bunda perfeita, toda redonda e durinha, pele bronzeada e com uma marquinha de biquini indicando o caminho do pecado descendo ao longo do reguinho. Nem vi quando, mas Alessandro já tem as calças e cuecas arriadas aos pés, com o jaleco aberto e seu pau duro também sendo molhado por sua saliva, ele segurando e apontando ameaçador agora para meu rabinho.

A cabeça do pau dele toca meu anel, que se abre então todo em flor. Eu estou forçando mesmo sem saber, deixando ele relaxado. Lúcia sabe bem como fazer, ela está no comando, e sentindo pelo meu corpo o tesão enorme de se entregar novamente ao seu amante. Sinto ele entrando, invadindo minha bunda, as paredes do meu reto se abrindo. Alessandro tem uma visão da assistente dele que nunca imaginou ter, mas que sempre sonhou e desejou. Eu ali virada, me entregando da forma mais íntima que uma mulher pode fazer para um homem. Ele desfruta, sentindo o membro sendo abraçado e mordido pelo meu cuzinho, entrando e saindo aos poucos, a experiência de Renato o orientando a fazer gostoso. E como é bom!!! Aos poucos, vai entrando e saindo, cada vez indo mais fundo. Uma sensação deliciosa, de Alessandro e Renato dentro de mim, de nós duas. O pau maior do segundo, o cuzinho mais macio de Lucia, eu ainda toda apertadinha, acolhendo o pau gostoso de Alessandro, grosso na medida certa para mim. O pau dele está todo dentro de mim agora, os pelos dele roçando no meu rego, me fazendo instintivamente jogar a cabeça para trás para senti-lo quente e duro aqui dentro de mim. Ele fica parado por uns instantes, nós todos curtindo o momento, o tesão dessa foda. Então ele se abaixa devagar e fala no meu ouvido:

- Ah Kátia, você não sabe o quanto eu te desejei assim!

- Vem Alê, me come! Sou toda sua!

Ele se apruma novamente em pé, se ajeitando atrás de mim. É Renato que, segurando meus cabelos com uma mão, nos puxa para nós ficarmos bem empinadas, agora nos dominando para começar a socar com intensidade, cada bombada com mais força.

- "Aiiii… humm… me fode meu macho gostoso!"

- "Sua putinha safada! Você gosta no cu, não é? Fala vagabunda... mostra como você é uma cadela na cama!"

- "Eu adoro. Fode meu cu, me arregaça toda! Come sua puta, como só você sabe fazer! Me faz gozar Renato! Aiiiii"

Sinto o pau do Alessandro me abrindo toda, forcando meu ânus a se dilatar ao máximo, uma dor ardida, queimando, doendo. Mas é uma dor deliciosa, que nunca senti por sempre me privar disso. A mão livre dele aperta minhas carnes, sentindo todo o volume da minha bunda. Eles me batem com carinho, mas com força. Os tapas vão deixando a pele da minha bunda, antes branquinha e macia, agora toda vermelha e marcada.

- "Bate mais que eu gosto!"

- "Vagabunda, safada... Minha puta!"

E a mão dele me abre, dando uma visão total do nosso cuzinho sendo arrombado por eles, Alessandro fodendo gostoso meu anelzinho rosado, Lúcia fazendo ele piscar, mordendo e mastigando o pau de Renato, as sensações todas juntas, nos deixando malucas. Eles fodem com intensidade, amantes fervorosos que foram. Se xingam, se provocam. Eu e Alessandro, de carona nessa, sentindo tudo aquilo como novidade, ainda mais por nunca termos tido nada além de um desejo refreado. Não aguento essa excitação toda, e passo a me tocar na boceta, procurando meu grelinho e esfregando-o como se minha vida dependesse disso. Meu mel escorre pelos meus dedos como uma cascata, sentindo ele descendo pelas minhas coxas. Meu orgasmo vem forte, em ondas, um tsunami de duas mulheres gozando juntas no mesmo corpo, ambas sendo comidas por seus amantes. Uma verdadeira DP de corpo e alma!

- "Tô gozando… Vem amor, goza comigo!"

- "Humm… ahhh, que tesão" - escuto a voz dele nas minhas costas, o grunhido de um macho que cobre sua fêmea, prestes a ejacular dentro dela, e de mim!

Ele soca mais rápido e mais forte ainda, atingindo o mais fundo possível dentro do meu rabinho agora todo deflorado. Sentimos o calor subindo pelo meu corpo, explodindo num gozo indescritível, ao mesmo tempo em que eles jorram dentro de mim. Jatos vigorosos de porra que sinto sendo expelidos dentro de mim, aquele pau pulsando duro e quente, me possuindo do jeito proibido.

Alessandro desaba sobre minhas costas, me beijando os ombros, mordiscando meu pescoço, ambos respirando fundo e tentando recuperar o fôlego.

- Eu te amo, meu amor!

Não sei quem disse isso, mas sou eu quem responde, mais do que lúcida:

- Eu também, sempre te amei meu querido!

Sinto quando o pau dele amolecido escapa para fora do meu cuzinho, trazendo junto um pouco do esperma que escorre para fora, meu anelzinho ainda aberto e incapaz de conter aquele fluxo todo. Ele se vira e se apoia na mesa, enquanto eu encontro forças não sei aonde para me erguer também. Lúcia e Renato são indiferentes a nossa condição física, agora sem limites para seus desejos. E assim logo me vejo querendo e beijando Alessandro novamente, ele encostado na mesa, e eu procurando sua boca, sentindo nela ainda o gosto da minha boceta. As mãos deles descendo por minha cintura e apalpando com carinho minha bunda, Renato sentindo novamente os quadris da amada, que me faz rebolar de forma lasciva como ela sempre fez com ele.

Nós duas queremos eles mais uma vez, e sem perder tempo eu ajudo Alessandro a tirar o jaleco e a camisa de vez, bem como se livrar das calças e do resto da roupa, incluindo as meias e os sapatos. De olhos abertos eu vejo finalmente o corpo do homem por quem me apaixonei. Um homem maduro, lindo e gostoso, peito peludo e forte, coxas grossas, e um pau não comprido, mas grosso e que já sinto na mão punhetando devagar, lubrificado ainda pelo gozo recente. Fechando os olhos, o corpo de Renato se mostra para Lúcia, jovem e cheio de energia, vigoroso, a pele lisinha que ela tanto gostava de tocar e beijar, o rosto até ingênuo de garoto, do seu garoto que tanto amou... e ainda ama. E o membro maior, mais comprido e grosso, crescendo novamente com seus carinhos desejosa ela de o sentir novamente dentro se si, a preenchendo por completo, no limite da dor do amor.

Entre beijos e carícias de nós quatro, Alessandro me ajuda a tirar minha camiseta, e, um tanto envergonhada, a soltar meu sutiã, liberando finalmente meus peitos grandes, macios e mas levemente caídos. As mãos dele tocam meus mamilos rosados, brincando, sentindo eles reagindo e endurecendo, causando mais sensações gostosas em mim. Sua boca logo desce, para me sugar um peito enquanto continua apalpando o outro. Vejo então Alessandro de olhos bem aberto sussurrando, para mim:

- Que delícia! Como são lindos Kátia...

E eu o puxo mais para mim, fazendo-o entender o quanto o quero, que estou entregue a ele, que sou agora toda dele. Quero ele mamando meus peitos, o que sua boca se encarrega de fazer, entre mordidas e chupadas que acendem nosso tesão. A língua mexendo e brincando com minhas aréolas, ora num peito, ora em outro. Ele se fartando, e eu me molhando novamente, me deliciando em ser assim desejada e tocada.

Lúcia então comanda novamente, puxando a cabeça dele para cima, para mais um beijo na boca, entre gemidos e frases de amor misturadas, agora confusas entre os dois casais. Apenas temos a certeza de que nos amamos intensamente. E, já escorregando pelo pescoço, peito e barriga dele, ela provoca de uma forma safada:

- "Minha vez de chupar!"

Logo estou ajoelhada de frente para o pau de Alessandro, segurando-o com os dedos, formando uma argola para o punhetar lentamente com ele se endurecendo de novo. Minha boca se abre, pelo meu desejo e pelo de Lúcia, e eu o abocanho chupando primeiro a cabeça, molhando-a com minha saliva. Vou agora mais fundo, sentindo o pau dele se endurecendo mais ainda dentro da minha boca, dando saltos em espasmos. O gosto do meu cuzinho está impregnado nele, mas nada disso me causa repulsa ou nojo. Eu quero e me excito mais ainda com isso. Ali de cócoras para meu homem, isso faz meu ânus piscar lembrando dele me fodendo por trás instantes antes. Trabalho com minha boca limpando-o todinho, limpando o pau do meu homem com minha língua. E, de tempos em tempos, olhando Alessandro nos olhos, e vendo como ele está adorando tudo isso. Sinto o pau delicioso dele todo na minha boca, e, fechando os olhos, vejo o de Renato entrando até tocar minha garganta. Lúcia me faz agir como uma puta, lambendo tudo, descendo para o saco, chupando suas bolas enquanto punheta. Rimos de forma obscena, fazendo questão que eles nos vejam como que cultuando aquele membro, uma das razões principais do nosso gozo.

Eu me ergo sem deixar de segurar e manter aquecido o pau dele, voltando para o beijar com desejo e paixão. Nem estranho mais quando a playlist salta inexplicavelmente de músicas, parando numa romântica do ano passado, e que tanto embalou casais pelo mundo. É a música deles que toca agora, e que vai ser nossa também. E nesse momento, estranhamente é comigo que Lúcia parece falar, dentro de mim, na minha cabeça ou com a minha alma, uma súplica chorando:

- "Deixa ele gozar dentro de mim, por favor. Uma última vez, para selar nosso amor terreno…"

O desejo dela é o meu, de alguma forma sabemos disso, e pegamos na mão dele e o puxamos para o chão duro e frio daquela sala, improvisando com as roupas emboladas um travesseiro onde me deito repousando a cabeça.

Alessandro está ajoelhado ao meu lado, e me vê abrindo as pernas e o chamando com os olhos para me possuir, minha boceta com os pelinhos loiros brilhando, e que os olhos de Renato vê como a xana poderosa e deliciosa de Lúcia, toda aberta e com o grelo saltado. Ele se ajeita, nós duas vendo os respectivos membros duros ao máximo, as cabeças reluzentes refletindo o molhado de nossas babas que deixamos ao chupá-los. E assim somos penetradas, eu sinto o pau dele escorregando para dentro de mim, entrando justo e gostoso, até tocar levemente o meu útero, massageando-o a cada estocada que ele passa a dar. Já não é apenas uma foda, mas sim estamos fazendo amor, e enquanto metemos, nos beijamos muito na boca e no pescoço, nossas mãos não deixando um segundo de nos sentir, passeando por nossos corpos. Meus seios são espremidos pelo peito de Alessandro, os pelos dele roçando nos meus bicos me dando uma sensação adicional de prazer. Tranço as pernas em volta dele, e agora sinto ele mais fundo ainda dentro de mim, nosso ritmo sincronizado, meu grelinho sendo esfregado a cada investida. O orgasmo vem forte novamente, mas agora diferente, menos animal, mas mais de alma e profundo. E, nos olhando, as lágrimas escorrem junto a sorrisos de amor, milhares de lembranças e sentimentos bombardeando nossas mentes. Isso na hora exata em que gozamos juntos, minha boceta pulsando e jorrando, nosso gozo se misturando à porra que sai em mais jatos do pau dele.

- Eu te amo! - as palavras saem de nós todos, o sentimento como única certeza daquele momento final.

Algum tempo depois, que não sei a princípio dizer se foram minutos ou horas, acordamos comigo abraçada sobre o Alessandro. Sentimos o calor um do outro, tentando nos manter um pouco aquecidos ali no laboratório, a noite ainda fria e com uma garoa mais calma caindo na cidade. Olhamos um para o outro, um sorriso meio contido, mas certos de ser real tudo o que estranhamente vivemos naquela noite. Os corpos de Lúcia e Renato repousam como deixamos sobre as bancadas, inertes e sem vida. Nenhum sinal deles, estamos sozinhos novamente.

- Você sabe o que fazer, não é Alessandro?

- Sim, e não podemos perder nem mais um minuto.

Levantamos, um ajudando ao outro, procuramos nossas roupas espalhadas para nos recompor, não deixando se nos vermos completamente nus, agora numa cumplicidade sem volta. O dever tem que ser cumprido, e, pela primeira vez em nossas carreiras, não são provas materiais que vão decidir esse caso.

10 dias depois...

Estou assistindo ao jornal na televisão, encostada na cama enquanto faço uns chamegos na cabecinha do Puffy. Passa uma reportagem ainda ecoando o crime cometido em nossa cidade, e que chocou a todos. O marido que matou a esposa, num crime passional, mas cercado de tramas de traições e violência no casamento. Durante aquela noite ainda, Alessandro acionou o time do Marcos, que conseguiu, com ajuda da Polícia Federal, interceptar Humberto Kardhall quando esse estava quase embarcando em seu jatinho particular tentando fugir do país. A princípio negando, não teve depois como refutar tanto as provas colhidas por nosso time forense como também o testemunho de uma velha empregada, que, muito assustada, estava escondida em um dos cômodos da casa, e apareceu apenas quando a polícia já estava no local.

Ela demorou a expor os fatos, com medo de retaliações por parte do patrão. Mas depois que as peças começaram a encaixar, ela revelou tudo que escutou e viu naquela tarde fatídica. Ela sabia do caso de Lúcia com Renato, e até mesmo os apoiava. Tendo praticamente criado Lúcia desde pequena, via como ela sofria nas mãos do marido, e torcia para que logo o divórcio fosse feito para que ela pudesse ser feliz com o amante querido. Eles tinham planejado passar o final de semana juntos na praia, aproveitando aquela tarde para ficarem juntos na casa dela antes de viajarem. Tudo deu errado com o retorno inesperado do marido, culminando no assassinato de ambos.

- Estava precisando desse banho. Ufa, me sinto novo em folha! - escuto Alessandro me dizendo, enquanto sai enrolado numa toalha vindo do banheiro de nosso quarto. Não se passaram nem alguns dias para eu ser convencida a ir morar com ele, os dois não querendo mais perder nenhum momento longe um do outro nessa vida.

- Vem cá meu gostoso, que estou com saudades de você.

- Saudades? Passamos o dia todo juntos lá no laboratório... não enjoou não?

- Enjoar de você? Nunca meu amor!

E falo isso deixando uma alça do meu babydoll cair "sem querer", fazendo aparecer uma boa parte do meu peito. Vejo o sorriso de desejo dele, já deixando a toalha pelo chão enquanto sobe pela cama para me abraçar e beijar. Logo estou completamente nua, sentada sobre meu homem, sentindo ele dentro de mim, enquanto eu o cavalgo no meu ritmo lento, saboreando cada estocada, em êxtase junto com Alessandro. Rebolo para frente e para trás com minha bocetinha engolindo aquele pau gostoso, nós nos amando até gozarmos juntos, entre beijos e muitos carinhos.

A essa altura, Puffy já estava enroscado na cestinha dele no canto do quarto, provavelmente vendo sua dona fazendo coisas que nunca tinha visto antes. Acho que, de alguma forma, ele sabe também que eu finalmente tinha encontrado minha felicidade, que tanto ansiava. Depois de gozar, eu me aconchego deitada sobre o peito dele, ainda sentindo o esperma dele quente dentro de mim, entre minhas pernas. Escuto Puffy então dar um miado estranho, se arrepiando e fugindo rapidinho do quarto. Ao voltar minha visão para Alessandro, sinto que não estamos mais sozinhos. E mesmo de olhos abertos, na meia-luz do quarto, a imagem de Lúcia e de Renato vai se formando, ali bem junto de nós.

- Você está vendo também, Kátia?

- Sim... estou! - e dizemos isso sem nenhum medo, na verdade agora sentindo uma paz, vendo-os radiantes, muita luz os cobrindo por inteiro.

Estamos agora os dois abraçados, com Lúcia deitada às costas de Alessandro, a mão fazendo um carinho no rosto dele, mesmo sem ser algo sentido por ele na pele. E, enquanto isso, sinto Renato junto de mim, da mesma forma me tocando pela alma, numa leve sedução que me aquece e me causa arrepios gostosos, me deixando excitada. Ele sussurra no meu ouvido:

- "Cuide bem desse maluco ai, Kátia. A história de vocês é longa, não vem de hoje."

Ao mesmo tempo Lúcia fala baixinho para Alessandro:

- "Ela vai ser o amor da sua vida, para sempre. Sua busca terminou!"

Acabamos por nos beijar novamente, e todo um tesão renovado nos leva a querer fazer amor mais uma vez. Lúcia e Renato se afastam e ficam apenas olhando, de mãos dadas e sorrindo para nós. A última imagem que temos deles é um aceno de paz, antes de esmaecerem defronte à nossa janela. A história deles seguirá do outro lado, enquanto a nossa nos uniu aqui... ambos para todo o sempre.

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Comentários

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Muito obrigado Hoax Toxin! Suas palavras são um estímulo para continuarmos a colocar “no papel” as fantasias e ideias em que nos inspiramos para criar esses contos. O “Almas Peladas” teve muito disso, sendo uma “viagem” num mundo do sobrenatural e do erótico, com uma mensagem subliminar de amor entre os dois casais. Um que continua carnal e terreno, o outro levado para o além.

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Al-Bukowki, não me recordo de ter lido um texto seu. Vou ler outros. Gostei muito deste conto. Foge ao padrão, mas tem um enredo criativo e feito com uma narrativa gostosa, fácil, de texto enxuto. Mesmo aparentemente não se enquadrando nesse critério "de terror", ele tem todos os ingredientes fantásticos que nos deixam o tempo todo em clima tenso, (terror) o ambiente onde a história decorre, o assassinato, os corpos sendo examinados, os dois legistas num ambiente além das horas, numa noite de temporal, espíritos que influenciam seus examinadores, sentimentos que os confundem, e uma trama policial de assassinato por ser desvendado, tudo isso, num momento de grande excitação, mesmo que meio macabro, ou com uma sutil sugestão quase necrófila, o que eu já acho de ótimo tamanho para atender ao tema do desafio. Gosto muito da história, do desfecho e do texto. Todas as estrelas. Muito bom.

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Mestre Leon, obrigado pelas palavras acima. Comecei essa aventura de tentar escrever e contribuir com alguns contos depois de ler diversos autores aqui, sendo vc um deles. E está sendo muito legal e gratificante.

Esse conto rápido foi para o desafio do Terror, mas que como vc e Ana bem notaram, caiu mais para o lado do Sobrenatural, uma vertente meio paralela ao clima de Halloween.

Valeu pelo apoio e incentivo. Vamos agora voltar os esforços para mais uma série, em que estou trabalhando. Abs

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Al-Buk, deixa essa coisa de mestre. Somos todos aprendizes. Uns mais antigos e outros menos. Sempre apendemos uns com os outros. Se quiser trocar figurinhas meu e-mail é leonmedrado@gmail.com e eu sempre respondo. No privado podemos comentar sem sermos julgados por outros. Abraço e parabéns.

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Obrigado a todos pelos comentários e incentivos, que são sempre legais para mantermos o gosto por criar essas histórias e compartilharmos com vcs!

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Cara, aplaudindo de pé!!!

Texto absolutamente original, criativo, espetacular e um tratamento linguístico perfeito.

Meus parabéns!

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Que conto incrível, sua criatividade é inexplicável de tão boa.

Mas pessoalmente não encontrei elementos no texto que configurasse o gênero terror. Apenas uma observação minha...

Meus parabéns, já estava sentindo falta das suas histórias e seu talento vai te levar longe. Sucesso!

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Obrigado Ana.

Vc está certíssima sobre o ponto de qualificação sobre Terror, e foi algo que também me questionei ao longo do desenvolvimento do texto. Até pensei em colocar algo do gênero (sustos, sangue, dor e outros elementos) mas percebi que iria descaracterizar o enredo original. Assim preferi seguir para contar a história como imaginei.

No final eu acabei associando ser ela uma história de temática “Sobrenatural”, o que, apesar de não ser bem um terror, tem também ligação com Halloween e demais folclores dessa época do ano.

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Muito bom, excelente. Original, não lembro de ter lido outro conto na mesma linha. Nem preciso falar do português, pontuação, etc.

PS: Não consigo ver uma SUV preta sem lembrar...afff...rssss

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Hahaha! Que legal, a SUV preta ter deixado saudades.

Spoiler: em breve teremos algumas novidades, aguarde!

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