Viagem para a Colônia

Um conto erótico de SissieHipnose
Categoria: Trans
Contém 4581 palavras
Data: 10/10/2022 16:02:26
Última revisão: 10/10/2022 16:04:47

Trabalhadores partem da Terra para as colônias espaciais como mão de obra especializada. Mas algumas vagas foram preenchidas por jovens não especializados.

(Essa é uma história de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa história são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa estória.)

sissiehipnose@gmail.com

êxtase: estado de quem se encontra como que transportado para fora de si. Na ficção científica é bastante usado para retratar um estado de animação suspensa e não envelhecimento para realização de viagens espaciais longas.

inércia: é a propriedade de todo e qualquer corpo associada à maior ou menor variação de velocidade quando alguma força atua sobre ele. Pode ser sentida, por exemplo, em um carro acelerando ou freando.

A claridade me cegou nos primeiros momentos. Precisei de algum tempo para me acostumar e para colocar os pensamentos em ordem.

Parece que foi a apenas um instante, mas anos podem ter se passado. O tempo não passa para quem está numa câmera de êxtase.

A oportunidade foi ótima. A maioria das ofertas para novos colonos envolve requisitos para engenheiros, médicos e outros especialistas. Os requisitos para a vaga a qual me candidatei foram mais básicas, envolveram sexo masculino, um peso, uma altura e uma idade máximas e nenhuma exigência profissional, apenas estudo tradicional. Dei muita sorte que a minha estatura é mais baixa que a média.

Não foi a primeira vaga como essa que eu já tinha visto, mas a lei só permite a viagem de colonos com dezoito anos de idade mínima.

Meus pais foram um misto de felicidade com tristeza quando dei a notícia que fui aprovado para a vaga. Deixei para dar a notícia após ser aprovado nos critérios médicos, psicológicos e na simples prova escrita a que fui submetido.

Eles sabiam que nunca mais me veriam pessoalmente, além de inicialmente perder o contato por alguns anos durante o trajeto da viagem. Mas eles receberam uma boa quantia financeira pelo meu desligamento do meu lar e eu teria muito mais oportunidade numa colônia do que na Terra.

A lucidez dos meus pensamentos retornou cada vez mais. Quantos anos teriam se passado. A nave passaria por sete colônias e eu fui contratado para a terceira. O tempo de viagem estimado era de oito anos e quatro meses.

A garganta seca me lembrou que eu preciso me levantar. Estava aguardando a voz simpática de um médico ou de um enfermeiro após ser tirado do êxtase, mas ela não surgiu.

A cama a qual estou é bastante macia. Eu esperava algum tipo de ambiente hospitalar, mas pareço estar um um quarto simples. Me levanto um pouco para olhar o meu corpo nu. A minha pele está mais branca que o habitual e o meu corpo está completamente sem pêlos.

Preocupado toco a minha cabeça, mas meus cabelos parecem normais. Pensando se já tinha lido sobre esse estranho efeito colateral sobre o meu corpo, olho à minha volta. O dormitório é branco e simples.

Ao longe posso ouvir o ruído intermitente de máquinas. Não posso sentir o movimento, mas ainda devo estar na nave. Porque eu seria despertado ainda na nave?

Nós somos colocados no êxtase ainda na Terra. É mais simples carregar e decolar uma nave com câmeras com pessoas inanimadas do que uma multidão ativa. A força de aceleração é muito desagradável e o espaço interior de uma nave muito restrito.

A minha voz soou um pouco rouca quando perguntei:

— Computador, onde estamos?

A voz feminina, um pouco metálica e desprovida de emoções respondeu:

— Sala de treinamento, andar cinco, nave Curupira.

Pensei por um momento o que seria uma sala de treinamento. É esperado que eu fosse desempenhar alguma atividade específica na colônia, mas eu não esperava ser despertado ainda em voo. Perguntei novamente:

— Quanto tempo até a terceira colônia de parada?

— Não tenho essa informação.

Insisti:

— A quanto tempo deixamos a Terra?

— Não tenho essa informação.

Um pouco irritado me levantei, mesmo sentindo uma tontura inicial por um momento. Com um passo me acomodei na cadeira em frente a um terminal de acesso. Nele seria possível obter mais informações que a limitada interface de voz parece não ter.

A tela despertou e acendeu assim que a toquei, mas após alguns minutos de tentativas infrutíferas de consultas desisti de conseguir mais informações por enquanto. Nós poderíamos ter deixado a Terra tanto a algumas horas quanto a alguns anos.

Me recordei das aulas de física na escola. A nave por tanto ainda estar acelerando, bem como freando, que os anuladores de inércia não me deixariam nada sentir, como se ela estivesse imóvel.

Meu estômago roncou de fome e a minha garganta parece ainda mais seca que no despertar.

Olhei para o sintetizador de alimento na parede, ao lado de uma bicicleta ergométrica. Não parece ser um modelo humano mais complexo, parece os modelos mais simples de alimentação animal.

Não preciso fazer exercícios no momento então peguei um copo descartável, mas a sede está mais urgente que a fome e não consegui achar nenhum tipo de filtro. Irritado perguntei:

— Computador, onde tem água?

— A pasta sintética tem toda a alimentação balanceada de que você precisa.

Olhei para o minúsculo banheiro anexo, mas a água é um artigo de luxo num ambiente restrito de uma nave espacial e desanimado olhei para o chuveiro sônico.

Sem opções, ativei o sintetizador de alimento. A sua torneira única expeliu uma pasta bege e espessa e encheu o copo descartável. Com um certo nojo perguntei:

— Que bosta é essa?

— Pasta alimentar sintética. Tem toda a alimentação balanceada de que você precisa.

Toquei a minha língua no produto para sentir o seu sabor. Ela parece algumas rações de animais que já vi em material de estudo na escola.

O sabor é quase neutro, levemente adocicado. Sua consistência é mais líquida que sua aparência. Mas é impossível identificar qualquer informação sobre seu conteúdo exato.

Sem mais opções imediatas, bebi o copo inteiro do produto e repeti novamente. A sede realmente desapareceu como se eu tivesse bebido água pura.

Meu pinto se tornou inexplicavelmente ereto. A situação não é excitante para mim, é totalmente o contrário. Voltei o meu pensamento e a minha atenção para as necessidades mais urgentes.

Eu preciso deixar a sala e descobrir mais informações. A sala não tem um guarda roupas, mas tem uma impressora de roupa descartável. Eu já tinha lido sobre a existência dela nas naves, onde cada peso adicional de bagagem é muito caro. Eu só fui autorizado a trazer uma pequena maleta com algumas lembranças.

Acionando a máquina aguardei e aos poucos foi fabricada uma roupa íntima, depois um shorts, uma blusa e por último um chinelo. Todos brancos.

Deslizei a cueca pelas minhas pernas. Tinha que ajeitar o meu pinto ainda duro sob a cueca da melhor forma que consegui. A minha pele lisa e sem pêlos parece mais sensível e a cueca é feita de um material fino e muito macio. O mesmo aconteceu quando vesti e shorts curto demais e a blusa que deixou uma parte da minha barriga à mostra. A máquina deve ter sido ajustada para alguém ainda menor do que eu.

Todas as minhas tentativas de deixar a sala foram em vão. O que parece ser a única porta da sala não abre por nada. Desistindo sentei sobre a cama e olhando para a televisão grande fixada na parede falei:

— Passe algo na televisão.

Precisei de apenas um instante para perceber a exibição do filme erótico. Preciso descobrir mais do porque fui despertado e preciso achar alguém responsável aqui na nave. Involuntariamente meu pinto se tornou ereto novamente.

***

A luz do dormitório me despertou. Como em outras vezes, parece que fui atropelado por um caminhão. A familiar dor de cabeça durou algum tempo antes de desaparecer. O mesmo tempo que precisei para colocar os pensamentos em ordem, que antes disso tudo ficava muito confuso. Nunca tinha imaginado que o pós êxtase fosse tão ruim.

Me espreguicei por um momento, para depois olhar a volta para ver apenas o mesmo dormitório de sempre. Como em todas as vezes, a roupa descartável havia evaporado do meu corpo.

Eu não tenho um relógio ou qualquer controle do horário, então começo o meu dia no despertar com a claridade e vou dormir quando a luz se torna mais fraca, até que apenas fico em companhia da escuridão. No espaço não existe realmente dia ou noite.

Segui para o mais próximo que tenho de um banheiro. Como sempre observei o meu rosto no único espelho que tenho. Como antes o meu rosto continua liso demais, como todo o meu corpo. Em condições normais, sinais de barba já teriam aparecido.

Meu rosto está nitidamente mais magro, bem como o meu corpo. Apesar do computador repetir sempre que eu pergunto que a pasta me oferece uma alimentação balanceada, não acredito que isso seja verdade. Os exercícios diários que o computador me manda fazer na bicicleta ergométrica não ajudam, mas é o único exercício que consigo fazer num lugar tão limitado.

Meus peitos parecem um pouco mais inchados que no dia anterior. Começou a uns dias atrás que se formou caroços neles, mas depois eles foram inchando um pouco.

Segui para o alimentador como parte da rotina e peguei um copo da minha pasta alimentar. Eu odeio consumi-la, mas é a minha única fonte de alimento e água. Ela sempre me deixava excitado. Ela parece fazer algo, meu corpo parece estar mais sensível.

Eu já esperava ficar com o pinto muito duro e ter que me aliviar sozinho novamente. Consumi o produto, mas os minutos correram e meu pinto permaneceu completamente flácido.

Como em todos os dias acionei a máquina de fabricação de roupas. Seria indiferente eu permanecer trajado ou nu, mas eu prefiro me vestir.

Para a minha surpresa, observei pela primeira vez a saída de uma roupa com cor. Um tom de azul claro saiu do aparelho. Vesti a nova roupa. A minha pele arrepia com o deslizar do traje sobre ela. Porque estou tão sensível? A cor não é a única mudança que posso perceber, a cintura parece mais larga.

Sem muitas opções de distrações volto para a cama e ajeito o meu travesseiro na parede. Olho para a televisão desligada. Já pedi para o computador diversas vezes opções na programação, mas nunca tive uma opção sobre a mesma. Quase rindo falei:

— Passe algo que não seja pornografia na televisão.

Duas mulheres nuas aparecem sobre uma cama. Um homem com um pinto em riste senta no meio delas já tocando os seus peitos. Sem opções me acomodo para novamente assistir pornografia.

***

A luz em meus olhos me acordou. Me sentindo muito confuso, olhei a minha volta.

Precisei de algum tempo para me lembrar que estou numa sala de treinamento a caminho de uma colônia. Porque estou aqui? O que estou treinando? Lembro de ter sonhado algo diferente. Como se tivesse sonhado algo proibido, mas não consigo saber o que.

Na minha cabeça está a rotina do que devo fazer, mas de alguma forma sinto algo errado. Meus pensamentos se voltam para o dia a dia. Todos eles parecem iguais. É tão difícil me lembrar de algo mais.

Ignoro a necessidade de fazer a minha rotina. Algo parece martelar a minha cabeça quanto mais tento me lembrar de algo fora do meu dia a dia e sair da minha rotina estabelecida.

Sento sobre a cadeira e pressiono a tela do meu terminal de consulta. Não consigo me lembrar da última vez que o utilizei.

O sistema parece me negar o acesso a qualquer consulta que tento fazer. Impaciente falo em voz alta:

— Computador, quanto tempo para o meu destino?

— Não tenho essa informação.

— Eu quero sair daqui agora!

— Não posso executar essa instrução.

— Porque estou preso aqui?

— Não tenho essa informação.

Eu sei que a minha voz está diferente. Ela parece mais aguda e estranha. Após mais algumas perguntas com respostas infrutíferas desisti de obter qualquer informação nova.

Sigo para o meu banheiro me olhar no espelho. Eu sei que faço isso todos os dias, mas diferente dos outros dias, eu sei que estou estranho.

Minhas mãos tocam os meus seios. Como é bom sentir meu toque neles, como eles são sensíveis, sinto choques de prazer. Não consigo me lembrar como eram antes, mas acho que eram menores.

Peguei o pote do creme rosado que uso todos os dias sobre o meu corpo. Seu cheiro é adocicado e agradável. Me lembra de alguma fruta. Mas impulsivamente o jogo ao longe e vejo seu invólucro plástico rachar no chão.

Desanimado olho para o meu pinto. Ele parece ainda menor e mais fino que ontem. Não tenho uma régua, mas ele está menor que o meu menor dedo. Como ele era antes?

Abandonando o banheiro sem executar a minha higiene matinal sigo para a impressora de roupas. Olhando para ela por um momento falo:

— Computador, quero roupas diferentes!

— Não posso executar essa instrução.

— Sua porcaria inútil.

Lágrimas escorreram em minha face. Não é o primeiro e não será o meu último choro solitário. Me acomodo sobre a cadeira. Eu preciso sair daqui de alguma forma ou morrer tentando.

O meu estômago ronca. Olho para a máquina da minha pasta alimentar, mas me recuso a comer. De alguma forma eu sei que a minha comida é parte dos meus problemas. Talvez eles me libertem se perceberem que vou morrer de sede e fome.

Olho para a televisão e afasto esses pensamentos. As duas únicas programações são a pornografia e as receitas culinárias detalhadas. Porque eles me mostram tantas receitas variadas se eu não tenho como prepará-las. Parece que tanto a pornografia quando essas receitas se impregnam na minha mente.

Decido pela inatividade. Não vou me vestir, comer ou assistir televisão até sair desse lugar. Alguém há de me libertar antes de eu morrer. Quem está fazendo isso comigo?

***

A claridade me despertou. Me estiquei sobre a cama e senti o meu estômago vazio e embrulhado, bem como a garganta seca.

Sentei sobre a cama. Meus pensamentos estão mais nítidos desde que posso me lembrar. Com uma voz desafiadora falei:

— Eu vou morrer aqui se vocês não me deram água e alimento de verdade e me libertarem.

A minha voz saiu mais fraca do que eu pretendia e realmente me senti em dúvidas se seria capaz de manter as minhas palavras.

Olhei para o local onde no dia anterior estava o pote de creme sobre o piso, mas ele estava limpo.

Sentindo um pouco de fraqueza segui para o banheiro. Nele ignorei o novo pote de creme e segui para uma limpeza corporal. Posso sentir um pouco de cheiro do meu suor.

Durante a minha higiene olhei para o meu diminuto pinto e tive certeza que ele se encontrava ainda menor. Só tenho uma pequena ponta saindo da minha pele. Por um instante fui tomado de desespero, mas rapidamente me acalmei, como se meu corpo fosse forçado a voltar a calma.

Eu queria vestir algo, mas quero roupas maiores que a máquina está me oferecendo. Me nego a imprimir as mesmas roupas coloridas novamente do mesmo modelo curto e chinelos para os pés.

Me sentindo fraco, retorno e me acomodo sobre a cama. Seguro a minha tentação por habilitar a televisão. Apenas olho para o teto branco.

As horas parecem passar. A minha garganta passa a machucar e o meu estômago sente uma dor quase insuportável. Me sentindo que vou desmaiar a qualquer momento me levanto e sigo para a máquina de comida. Com lágrimas nos olhos eu aciono e como a minha alimentação com prazer. Ela é tão saborosa.

***

A claridade me despertou e me senti tranquilo. Me espreguicei e me levantei. É mais tranquilo seguir a rotina.

Por um momento me lembrei de dois dias atrás quando tentei ficar sem comer. Fui uma estupidez imensa.

Fiz a minha higiene matinal e passei meu creme corporal. Adoro a sensação de minhas mãos sobre o meu corpo.

O orifício que tenho entre as pernas é muito sensível. Ele parece tão sensível como os meus peitos. Eu sei que antes eu tinha algo diferente entre as pernas, mas não consigo me lembrar o que era.

Saindo do banheiro olhei com curiosidade para a porta aberta. A luminosidade do meu ambiente invadiu um outro local que está com pouca luz.

Sem saber exatamente o que fazer congelei. A porta aberta não está na minha rotina. A conhecida voz do computador falou:

— Passe pela porta.

Com um pouco de receio caminhei e passei para o local escuro. As luzes dele imediatamente se acenderam, ao mesmo tempo que percebi a porta se fechando atrás de mim.

Mesmo com medo olhei para o novo ambiente que me encontro. Ele é maior e mais espaçoso. Meu medo se ampliou quando a minha visão parou no corpo nu masculino acomodado sobre a cama de casal.

Olhando uma última vez para a porta fechada atrás de mim, caminhei com passos cautelosos para o homem imóvel.

Seu cheiro é agradável e meu olhar não pode deixar de perceber o pinto que ele tem avantajado entre as suas pernas. Ele é peludo, musculoso e bonito.

O seu movimento me assustou. Com desespero me afastei e me encolhi em um canto. Me sinto impotente diante dele. A minha voz de preocupação falou:

— Por favor senhor, não me faça mal.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto e meu corpo tremia de medo. Um pouco depois a voz grave e forte do homem falou:

— Onde nós estamos?

Gaguejei um pouco para responder:

— Eu… eu… não sei…

Ele andou pelo ambiente. Eu apenas fiquei encolhida e evitando levantar o meu olhar. Após algum tempo ele falou:

— Fica calma. Qual é o seu nome? Vou tentar fazer roupas para você.

Pensei a respeito da pergunta. Tentei me lembrar sem sucesso. Como alguém pode esquecer o próprio nome? Respondi um pouco insegura:

— Eu não sei.

Levantei um pouco o meu olhar. Ele está sentado na cama mexendo em um tablet. Ele parece tão grande e forte. Seu vozeirão falou:

— Eu sou Paulo. De acordo com as instruções fui despertado para executar algumas manutenções elétricas.

Pouco depois ele continuou:

— Existe apenas um primeiro nome ou apelido aqui. Você se chama Pat. Não tem informações do seu propósito aqui. Talvez seu nome seja Patricia.

Ouvi a impressora de roupas trabalhando e um pouco depois uma calcinha preta foi jogada para perto de mim. Depois um sutiã, seguido de uma calça comprida e uma blusa. Por último uma sandália foi atirada em minha direção.

Vesti cada peça com pressa. Eu nunca tinha vestido um sutiã, mas assisti muitos vídeos com outras garotas o colocando e sabia como fazer. Foi estranho sentir os meus peitos sendo pressionados.

Com cautela me levantei do chão. Me senti um pouco estranha usando roupas que cobrem tanto o meu corpo. É gostoso sentir o tecido sobre as minhas pernas. Ao mesmo tempo, o homem também se levantou. Ele é tão grande. Explicou:

— De acordo com as instruções, o meu turno começa em quarenta minutos. Vou comer algo.

Ele seguiu para a porta aberta. Há uma cozinha anexa ao dormitório.

Eu o segui com cautela. Ele estava pegando produtos em uma geladeira. Colocou algumas coisas sobre a mesa e passou a abrir armários. De um deles tirou um pacote de pão e sentou na mesa. Depois praguejou:

— Que droga, sempre tomei café no bar, não sei fazer um café decente.

As palavras me fizeram despertar. Eu sei exatamente como fazer. Me lembro dessa cozinha e onde estão guardados todos os itens. Respondi:

— Eu faço o café.

Comecei a prepará-lo enquanto ele fazia alguns sanduíches. Ele perguntou:

— Do que você lembra?

Eu contei para ele um pouco da minha rotina. Não pude falar muito porque tudo parece se tornar confuso quando tento recordar.

Depois de pronto coloquei o café e uma xícara em frente a Paulo e depois me sentei do outro lado da mesa. Ele empurrou um prato com um sanduíche em minha direção e falou:

— Não sei quais serão as suas instruções, mas melhor comer algo.

Olhei para o prato sentindo repulsa e nojo. Eu jamais poderia comer esse alimento. Me levantei e segui para uma máquina de alimento, igual existia no outro dormitório. Peguei um copo com a minha alimentação e voltei para a mesa.

Paulo olhou com curiosidade e depois fez uma cara de nojo falando:

— Você é que sabe. Isso parece alimentação animal.

A degustação do alimento me deixou quente e excitada como sempre fez. Senti a umidade entre as minhas pernas e meus peitos ficarem duros. O cheiro agradável do homem pareceu se intensificar ainda mais.

Ele contou um pouco de sua vida. É um eletricista e conseguiu a vaga se destacando entre vários candidatos. Estamos em uma nave espacial seguindo para a Colônia Belarus. Ele disse que não conseguiu descobrir sobre o tempo de viagem. As informações não me pareceram ser importantes de qualquer forma.

O homem terminou de comer. Mexeu um pouco no tablet e falou:

— Eu vou indo. Não localizei qualquer instrução relativa a você. Na hora do almoço estou de volta.

Ele apontou para o relógio de tamanho razoável na parede da cozinha. Eram oito horas e cinquenta minutos. Depois se levantou e com passos apressados deixou a cozinha.

Deixei a cozinha um pouco depois e observei a nova porta aberta e o que pareceu um corredor atrás dela.

A curiosidade em saber o que existe depois dela durou apenas um momento. Tenho coisas mais importantes para fazer. Me acomodei sobre a cama e falei:

— Computador, ligue a televisão.

Eu tenho um intervalo de uma hora. Depois vou começar a preparar o almoço de Paulo. O dormitório também conta com um relógio de tamanho grande igual ao da cozinha.

***

O almoço em companhia de Paulo foi agradável. Ele pouco fala e muito me observa. Depois somente o vi novamente no final da tarde.

Sentando sobre a cama e mexendo no seu tablet ele falou:

— Podíamos ver um filme. Escolha um filme.

Ele estendeu o aparelho para o alcance de minhas mãos e por reflexo eu o peguei, mas apenas assisti a tela apagar quando eu o peguei.

Após um momento percebi que o tablet não funciona em minhas mãos e o devolvi para Paulo, para ver a tela novamente acender. Ele também percebeu o fato, mas nada comentou. Mexeu um pouco e logo um filme que percebi ser de ação apareceu na tela. Foi um prazer assistir ao filme em companhia de Paulo.

Depois ele me fez novas roupas. Essas foram mais curtas e mais próximas do que estou acostumada. Descobrimos que não posso pedir roupas novas.

Mais tarde e na hora de dormir, Paulo pareceu desconfortável em se deitar ao meu lado. Sem outras opções de acomodação acabamos dormindo juntos, mas percebi a distância de seu corpo.

***

Paulo chegou de suas atividades do dia e me abraçou por um momento. Seu cheiro é delicioso e me excita quando ele está próximo. Depois se acomodou e falou:

— Eu fiz algumas pesquisas a seu respeito. Um número de vagas considerável foi preenchido por rapazes mais jovens e sem uma especialização. Mas não consigo descobrir qualquer indicação sobre a sua função. Não acho que você está aqui para fazer comida, podiam ter deixado um monte de congelados aqui.

Eu prestei atenção a suas palavras. Tudo o que ela fala é importante, mas nada me pareceu ser interessante. Ele parou por um momento e perguntou:

— A quantos dias estamos juntos?

Precisei pensar para responder. Tentei me lembrar um pouco, sem sucesso. Ele percebeu o meu silêncio e continuou:

— Você tem problema com parte de suas memórias de curto prazo. Estamos aqui juntos há três dias. Você assimila e guarda informações para me agradar, mas fora isso é bem alienada. Se ajoelha aqui.

Prontamente me acomodei ajoelhada em frente a Paulo. Ele pareceu contente e continuou falando:

— Eu tentei te evitar. Mas você sabe ser sexy. Cada gesto e cada movimento seu transpira sexualidade, embora você não faça nenhuma atitude mais direta.

Olhei com alegria o imenso pinto semi rígido que o homem tirou de suas calças. O seu odor forte invadiu as minha narinas. Ele balançou o membro à minha frente.

Por reflexo eu avancei e o abocanhei dentro de minha boca. Seu sabor é indescritível e o odor que entra pelas minhas narinas é o melhor do mundo.

Com desejo o chupei. Meu corpo inteiro está excitado. Eu queria sentir o sabor do seu esperma, mas ele me afastou depois de alguns gemidos.

Com uma força considerável ele puxou a minha mini blusa que se desfez em suas mãos. Com força seguros os meus seios. Ondas de prazer me invadiram e não consegui me conter sem gemer.

Ele me tocou com força algumas vezes e depois arrancou o meu sutiã e a minha mini saia. A minha xoxota está fervendo como nunca senti antes.

Ele colocou a minha barriga sobre a cama e com uma mão segurou a minha nuca com força.

Senti o seu grande pinto forçar a entrada da minha xoxota. Ela é apertada, não consigo me lembrar dela ser penetrada.

Estocadas se sua espada fálica me penetra. Cada entrada faz aumentar o meu prazer. A minha xoxota quer mais e as sensações pelo meu corpo são intensas demais.

O homem dá uns gemidos mais altos e eu sinto o seu esperma me invadir. Isso pareceu ser um gatilho, sinto uma vontade quase irresistível de urinar e meu corpo convulsiona com ondas de choque de prazer. Eu tive um orgasmo.

Ele sai de cima de mim e eu não consigo me mover, quase sem forças. Senti a melhor sensação de minha existência. Um pouco depois ele fala:

— Eu estava certo. Você está aqui pra se tornar uma garota fácil e sexualmente ativa. O que fizeram com você?

Ele me acariciou um pouco e logo deitamos na cama sem roupas e abraçados.

***

— Unidades despertar.

Por algum motivo eu sabia que a voz feminina se referia a mim. Sentei-me ao lado da cama olhando para a fileira de camas com garotas acordando. Me voltei para a voz feminina que novamente, uma garota mais velha e bem vestida, que falou:

— Vistam-se, vocês têm dez minutos, já venho buscar vocês.

Estranhei o som diferente de garotas se vestindo, algumas conversas no ambiente, mas nada do zumbido de máquinas que sempre pude ouvir.

Cada cama tinha uma roupa de cor diferente em seus pés. Peguei a minha, ao mesmo tempo que uma garota nua a minha frente perguntou:

— Eu sou Suzi. Qual é o seu nome?

— Eu sou Pat.

— Espero que possamos ficar juntas. Você é muito bonita. Você me excita.

A presença de tantos corpos nus também estava me excitando. Todas pareciam muito belas.

Pouco depois que eu já estava vestida a mulher retornou e falou:

— Sejam bem vindas a Belarus. Há muitos homens ansiosos por carne fresca aqui. A Terra se superou ainda mais nesse lote. Venham comigo, façam uma fila.

Segui a mulher junto das outras garotas, feliz com a minha nova vida e desejosa por servir a muitos homens.

Fim…

Fiz esta história como parte única, mas quem sabe. Não sei se ela ficou lenta demais até chegar no ponto de uma relação sexual real.

Sugestões e críticas são sempre bem vindos. Agradeço que puder escrever e deixar um recado.

Infelizmente meu tempo livre para a escrita é muito menor do que eu gostaria. Mas sempre que posso estar por aqui.

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Foto de perfil de SissieHipnoseSissieHipnoseContos: 65Seguidores: 76Seguindo: 0Mensagem Trabalho com tecnologia da informação e sou escritor amador nas horas vagas. Adoro contos envolvendo tecnologias diversas, feminização (principalmente forçada), mulheres dominantes, lavagem cerebral, controle mental e ficção científica. Obrigado a todos que acompanham e comentam meus contos. Se quiser papear o meu e-mail se encontra na maioria dos meus contos.

Comentários

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Feliz que te agradou. Eu estava com medo da lentidão inicial e demorar pra chegar em sexo real. E que dessa vez não ficou confuso como nos contos "Alfa, Beta Gama" kkkkk. Eu pensei em algo se passando já no planeta destino, com a primeira pessoa em outro personagem que não a Pat. Mas são ideias iniciais ainda.

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Muito boa essa história, a pegada mais futurista me surpreendeu positivamente, não achei nem um pouco lenta parece que tudo aconteceu no tempo que deveria.

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Legal que gostou. Eu achei que foi um pouco extensa até chegar a cena de sexo, mas não consegui encaixar antes sem forçar algo na história. Eu gosto de ficção científica, então a maioria das minhas histórias vai puxar para esse lado de uma forma ou de outra.

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Achei o timing muito bom. E pode continuar, se quiser. Está interessante. Lembra um pouco um outro conto que li há muito tempo sobre viagens espaciais e troca de sexo. Mas não envolvia hipnose e supressão total da personalidade anterior. Então são histórias com focos bem diferentes. Mas bem interessantes.

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Ficou muito contente que vc gostou. Eu achei um pouco longo antes de chegar a cena de sexo, mais longo do que acho apropriado, isso vai agradar alguns e desagradar outros. Obrigado pelo comentário.

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A idéia é boa, só acho que faltou mais cenas de sexo

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Que bom que gostou. Eu não consegui inserir cena de sexo mais cedo na história e ela começou a ficar longa. Acabou por entrar apenas no fim. ;-)

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