Eu não sou totalmente quente", eu disse. "Não sou nem morna. Sou uma velha."
Ryan riu, estendeu a mão sobre a mesa e pegou meu mocha, que eu quase terminei. Ele bebeu o resto, então colocou minha xícara na mesa e olhou para mim com o mesmo tipo de sorriso arrogante e egoísta que eu tinha imaginado no meu devaneio anterior.
"Esse foi o meu mocha", eu disse. Tentei parecer magoada, mas soava mais como se estivesse com tesão.
"Vamos", disse Ryan, de repente se levantando. "Vamos descer para a beira-mar."
Ele se virou e começou a se afastar, obviamente esperando que eu o seguisse como um ninguém covarde. O que eu fiz. Fazia quatro anos que eu não ia à beira-mar, e muita coisa mudou desde então. Havia muitas lojas e restaurantes novos, e uma longa e larga passarela de cimento havia sido construída ao longo da costa. Chamava-se "passeio", e Ryan e eu andávamos de mãos dadas.
"Estou feliz por finalmente estar sozinho com você", ele me disse enquanto a brisa fresca passava por nós.
"Sério?" Eu disse. "Por que?" Lembrei-me da fantasia que tive no carro e o que "sozinho comigo" significava para mim.
Ryan me deu seu típico e sem sentido encolher de ombros e disse: "Eu não sei. Você sabe como é. Especialmente perto de papai. Você não pode dizer tudo o que você quer dizer na frente dele."
"Como o quê?" — perguntei, embora achasse que sabia exatamente o que ele queria dizer.
"Como o quanto eu te amo e senti sua falta. Como você é importante para mim." Ryan olhou para mim, e seus olhos subiram e desceram pelo meu corpo. "Como você fica sexy com essa regata." Outro sorriso conhecedor.
Sorri também e olhei para a baía. "Obrigado," eu disse, então acrescentei, "Mas você disse todas essas coisas antes..."
Ryan parou de repente e eu parei com ele. "Venha aqui", disse ele, e me puxou contra ele. Ele beijou minha bochecha, então me abraçou em um abraço gentil, mas firme. Eu o abracei também e ficamos ali juntos por um tempo, apenas abraçados.
O tão esperado momento romântico.
Eu podia sentir algo contra minha barriga, embora não pudesse dizer se era duro ou não.
Eventualmente, Ryan relaxou seu abraço e recuou para olhar para mim. Ele tinha um olhar estranho em seus olhos, como se quisesse me dizer algo, mas não sabia como. Eu acho que eu posso ter o mesmo olhar em meus próprios olhos, porque sua boca se curvou em um pequeno sorriso, então ele se inclinou e me beijou nos lábios. Foi o melhor beijo de toda a minha vida.
Percebi quando os lábios quentes de Ryan pressionaram contra os meus que eu estava abrigando um desejo não correspondido pelo meu filho, mas agora, quando o beijo com Ryan se aprofundou, eu senti uma submissão completa à sua paixão.
Ryan era um homem e sabia como falar com uma mulher, como segurá-la e como beijá-la. O fato de que ele era meu filho de repente parecia totalmente irrelevante. Eventualmente, nosso beijo terminou, nossos lábios se separando lentamente e nós dois recuamos o suficiente para olhar profundamente nos olhos um do outro. Senti uma fraqueza nos joelhos, sem mencionar um calor crescente entre as pernas. Eu queria beijá-lo de novo, deixá-lo colocar a língua na minha boca, deixá-lo me tocar do jeito que aqueles garotos da escola queriam fazer comigo. Faça coisas por ele que eu não faria por eles.
Tentei comunicar esses sentimentos a ele com meus olhos, com meu sorriso amoroso e com a maneira como eu pousei minhas mãos em sua cintura, como se elas estivessem apenas parando ali antes de descerem mais para encontrar sua dureza.
Ryan tocou meu cabelo, então minha bochecha. “Eu te amo, mãe,” ele disse suavemente.
"Eu também te amo", respondi. Pareceu-me que nós dois queríamos dizer mais, mas o que poderíamos dizer? Nós éramos mãe e filho. Tínhamos chegado aos limites externos do nosso relacionamento, talvez até ultrapassado um pouco a linha. Era impossível ir mais longe. Senti uma enorme tristeza tomar conta de mim e tive que desviar o olhar.
Ryan me soltou e nós dois demos um passo para trás, como se estar perto um do outro fosse errado. Ryan virou as costas para mim, murmurou algo na brisa, então se virou novamente. Seus olhos pareciam resolutos e ele não estava mais sorrindo.
Eu abri minha boca para me desculpar, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele disse: "Você sabe por que eu nunca disse a eles que você era minha mãe?"
"Por que?" Eu perguntei.
"Porque eu não podia, mãe. Eu senti tanto a sua falta... eu precisava que você fosse mais do que minha mãe..."
