PROFESSOR CRUSH

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Homossexual
Contém 986 palavras
Data: 03/10/2022 20:48:16
Assuntos: Gay, Homossexual

Acabei de fazer dezoito anos. Dizem que sou lindo. Bem feminino; cabelo grande, cacheado, emoldura meu rostinho. Tenho um sorriso perfeito – também dizem isso. Enfim: sou todo gostoso. Mas minha saída do armário, há uns dois anos, foi traumática, e junto do armário, precisei sair de casa também. Minha família não me rejeitou, mas ficou esquisita comigo. Meu pai principalmente. Então, para evitar constrangimentos em casa, aproveitei que passei no ENEM para uma faculdade numa cidade grande, próxima à minha, e resolvi sair de casa e morar sozinho. Descolo uns trampos como modelo frila, que dá pra ir levando.

Na faculdade, a turma superlegal, não tive problema de adaptação. O pessoal me respeita numa boa. E tem um professor que é meu xodó. Adoro aula dele. Chama-se Cláudio. Já é madurão, mas tem uma cabeça muito massa. As aulas são uma onda. Ele brinca com todo mundo, fala palavrão, fala sério... Amo ele! E ele usa umas calças jeans que marcam nitidamente o pacote – ai, me deixa louco!

Mas danado é que sou muito retraído e não tenho jeito de me aproximar dele. De puxar papo. Até já tentei. Mas me dá um nervoso... ui! Aí eu desisto. Além do mais, ele é muito espalhado, sabe, tem múltiplos comportamentos... Daí não sei se ele é do babado ou não.

Semana passada eu sonhei com ele. Foi uma loucura. Acordei de pau duro e babando. Bati uma punheta para me acalmar e decidi que naquele dia eu chegaria junto. Nem que fosse para me desiludir de vez. Foi o dia mais longo da minha vida. À noite, ele estava mais lindo do que nunca – ou talvez fossem meus hormônios e meu tesão que me fizessem ve-lo assim... Vai saber!

Quando ele entrou na sala, notei que tinha um broche do movimento lgbt na mochila dele. Meu coração quase sai pela boca. Caralho, bicha! Será que ele...?! Decidi que eu não iria terminar aquela aula sem tirar essa dúvida. Por sorte, o assunto acabou mais cedo, e ele ficou fazendo algumas anotações, enquanto a turma se dispersava, conversando ou saindo para lanchar. Ele estava sozinho na mesa. Era agora ou nunca. Fui lá.

– Professor, quando vai ter avaliação valendo nota? – eu tinha que perguntar qualquer besteira pra puxar assunto...

Ele respondeu alguma coisa que eu nem escutei. Fingindo curiosidade, peguei o broche e, de repente, perguntei:

– Desculpe a pergunta, mestre... você é do vale?

Fiz a pergunta e o coração disparou, esperando o maior fora. Mas a resposta veio supernatural: “aham!”

– Massa! – Foi tudo que pude dizer. Até porque aproximou-se uma aluna para fazer uma pergunta e ele foi atende-la. Coração aos saltos, voltei para o meu canto, imaginando um jeito de me aproximar do meu crush.

O destino deu seu empurrãozinho. No final da noite de aula, eu me dirigia para o ponto do busão e... caralho! Vi que não daria tempo de pegar aquele que estava saindo. Precisaria esperar pelo próximo, pelo menos meia hora. Não vi que ele estava atrás de mim, e viu meu piti... Só ouvi aquela voz suave: “Quer uma carona, Raul? Estou indo para o centro...”

Ai, quase que eu tive um troço. Gaguejei um “sim” e fomos para o seu carro no estacionamento. Logo que ele girou a chave na ignição, uma música italiana deliciosa inundou o ambiente, acariciando minha alma, e num volume que dava legal pra gente conversar. Falamos sobre mil assuntos aleatórios e, de vez em quando, eu passava um rabo de olho para o pacote fálico dele – doido para pegar. Mas ele estava muito na dele, maior respeito – embora um pouco mais descontraído do que na sala de aula. Uma vez ou outra até tocou na minha perna, para enfatizar alguma coisa que falava – não sei se ele percebia minha perturbação nesses momentos...

Em todo o percurso, os assuntos foram os mais diversos, mas não tocamos em nada ligado à afetividade ou sexualidade, tesão, essas coisas. Isso me deixava meio confuso e mesmo agoniado. Resolvi colocar tudo nas mãos do destino outra vez. O que tivesse que ser, seria.

Mas terminou chegando em frente ao meu prédio e nada foi além da inocente conversa. Eu sentia meu estômago remexendo-se, o coração aos saltos e decidi “atacar”, senão eu não conseguiria dormir naquela noite, juro. Assim, quando o carro parou, vi que teria que ser naquele momento ou nunca mais:

– Desculpe, Cláudio... Posso te pedir um beijo? – eu devia estar com o rosto escarlate, que pegando fogo eu estava sentindo.

– Claro! – ele sorriu, e, na maior naturalidade, tirou o cinto e se aproximou de mim.

Eu travei, né?! Era capaz de sentir a velocidade do sangue nas minhas veias. Fechei os olhos e esperei. Lábios macios se colaram aos meus. Um raio de energia me percorreu, enquanto nossas bocas se entreabriam e nossas línguas se invadiam. O calor de mil megatons tomou conta de meu corpo, e creio que no dele também. Senti meu pau endurecer fortemente e tive ânsias de me apoderar do cacete de Cláudio e me fazer um só com ele.

Mas, terminado o beijo, ele se afastou um pouco, deu mais dois ou três selinhos, entre sorrisos, e deu “boa noite, lindo!”

Agradeci a carona, reuni o que restava de minhas forças e desci do carro. Eu sentia minhas pernas bambeando e minha rola querendo rasgar minha calça. Dei tchauzinho a Cláudio e entrei na portaria, procurando disfarçar minha rigidez. Por sorte, o elevador estava vazio e pude relaxar até descer no meu andar, correr até o ap e me livrar da minha roupa.

A rola pinotou e babava intensamente. E por um bom tempo Cláudio esteve no meu corpo, me comendo. O prazer tomava conta de todo o meu corpo e não demorou muito jatos fortes de prazer cruzar o espaço de meu banheiro e me levar às alturas, entre gemidos e ganidos de quem dormiria muito, muito, muuuuuito feliz naquela noite.

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Comentários

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Gostei tanto da sua forma de escrever que fui maratonar seus contos desde 2011. Já estou em 2017 dentro de um ônibus maravilhoso em tres versões. Não sei mais quantas vezes gozei. Obrigado e forte abraço do fã carioca.

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Que maravilha, Roberto! Me deixou molhadinho de felicidade... Boa leitura, amigo!

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ORA, ORA, ORA. UM EXCELENTE COMEÇO. AQUI SUPER CURIOSO PELO PRÓXIMO CAPÍTULO.

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Ora, ora, ora, meu caro! Não sei se haverá próximo capítulo. Talvez só mais um, para satisfazer seu tesão...

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