Entre Grades 17

Um conto erótico de Cesar Junior
Categoria: Homossexual
Contém 2977 palavras
Data: 31/08/2022 15:44:56

Minha boca estava seca, meu estomago doía muito, meus olhos eram só remelas e tão vermelhos quanto bolas de fogo. Minha cabeça latejava.

Já fazia 3 dias que eu estava deitado naquela cama. Eu estava de baixo das cobertas, onde só minha cabeça ficava pra fora. Já era abril, um tempo mais fresco. Deitado naquela cama eu suava e me aquecia.

Era uma quinta feira se não me engano. O Marcelo, passava na minha cama, com o Fernando todos os dias para ver como eu estava, e me atualizar sobre as obras. Eu só balançava a cabeça e voltava a cochilar.

A fofoca de que Rogério tinha morrido, tinha se espalhado como piolhos na prisão; Mas graças a Marcelo, não tinha se espalhado que eu o matei. Ítalo ainda estava no poço. Vai saber quanto tempo ele ainda ia ficar por lá. Carlos, estava no hospital e não podia nem mandar sinal de vida. Parecia que tudo estava desmoronando mas graças à ajuda de Marcelo, as coisas ainda funcionavam.

Só perceberam que Rogério estava morto, quando foram fazer a transferência dele no dia seguinte, quase 11 da manhã. Oque eu fiquei sabendo foi que atestaram, que ele morreu de uma crise de hipoglicemia. A responsabilidade recaiu sobre a enfermaria do presidio, mas ninguém correu atrás dos direitos de Rogério. Pois a única pessoa da família dele que não estava presa estava fugida.

No meu quarto dia deitado, na hora do almoço, eu continuava deitado de costas para a porta e ouço alguém falando:

- seja bem vindo de volta, Carlos.

Marcelo, passa quase que correndo pela cela em direção a Carlos, ouço um bochicho, mas não entendo direito o que eles falam. Provavelmente é sobre minha condição depressiva. Mas uma vez volto a me sentir um peso para meus companheiros.

Demorou um pouco até Carlos vim na minha direção. Mas veio!

Quando ele parou na minha frente a cara dele estava toda estourada e roxa, eu nariz estava com um curativo, em volta dos seus olhos estavam roxos, seus olhos tinham, marcas de sangue, mas ele ainda me olhava com um olhar sincero e afetivo.

Eu queria muito abraçar ele, e beija-lo, mas não tinha força pra isso. Ele passou a mão no meu rosto.

- oi! como você tá?

- estou bem! - falei como uma resposta automática, mas eu não estava bem, era nítido para qualquer um. - e você?

-tirando minha cara que está bem fodida, estou bem! mas sei que você não está bem.

- eu só to cansado.

- você já comeu?

- não, to sem fome. Vou dormir um pouco - virei para o lado e fui dormir um pouco.

Ainda não tinha forças para levantar, mas estava mais feliz em saber que Carlos estava bem. Ele estava de volta e isso era muito importante para mim. Parte do meu mundo passava a se estruturar. As coisas estavam voltando aos eixos.

Passei a quinta feira dormindo

....

No dia seguinte Carlos me acorda com uma caneca de chá e rosquinhas:

- bom dia! vamos levantar hoje? dar uma olhada na obra. Eles já terminaram, mas não custa nada você dá uma olhada.

- hoje eu não to muito bem, talvez mais tarde ou amanhã de manhã.

- amanhã e dia de vista, ninguém trabalha.

- então eu vejo talvez na segunda.

- tem certeza, você não precisa fazer isso hoje, mas você precisa levantar.

- mais tarde!

Eu não tinha animo, também não tinha mais sono.

Eu não estava fazendo o suficiente por mim, nem pelo Carlos, tão menos para ninguém que eu prometi ajudar. Ficar deitado naquela cama não me ajudava em nada. Minha cabeça e mente eram como uma armadinha para baratas. Um labirinto sem fim para culpa.

Tudo o que me sobrava, naquele lugar por diversas vezes foi que eu nunca fui um criminoso. Que eu era um cara digno, inocente, honesto; ter valores que meus pais me passaram.

Mas já fazia meses que esses meus valores estavam corrompidos.

Para onde eu estava indo, que buraco eu estava me metendo. Eu estava perdido. Eu queria morrer.

Meu corpo doía muito mesmo. Meu estomago, foi aliviado pelo chá, mas eu tinha que ir ao banheiro para pelo menos fazer minhas necessidades.

Na parte da tarde, Marcelo subiu na minha cama, tentou conversar.

- quando você vai levantar.

- talvez amanhã.

- vai ser assim todos os dias?

- talvez.

- Cesar, você não é culpado. Oque aconteceu com você, foi uma defesa. Então pare de se culpar.

- Marcelo, eu matei ele, eu escolhi a forma, eu peguei a seringa, eu injetei nele, eu senti ele agonizando eu ouvi a vida dele o deixando.

- Cesar, quando você entrou naquele ônibus, o seu destino estava fadado a tudo isso. Você estava até agora vivendo as consequências de segurar aquela mochila. Você escreveu uma nova história; você ainda vai sofrer as consequências de ter matado ele, mas agora você tem que trilhar esse novo caminho. Não desista.

- isso dói tanto amigo.

- eu sei. Não é pra você não sentir, mas foi Rogério que morreu não você. Vai ser difícil, mas você tem que encontrar motivos para viver. Lute! sei que uma parte de você morreu naquele dia, mas você ainda tem muita vida para viver.

- obrigado por estar do meu lado.

- amanhã na parte da Tarde, você tem cobrança para fazer, é a primeira parcela da obra do telhado.

- ok.

Parando para pensar o que o Marcelo tinha me falo; a minha maior punição de ter matado alguém seria a culpa, e eu teria que carrega- lá pra o resto da minha vida.

....

Sábado de manhã. Eu estava deitado, minha barriga doía muito, eu precisava usar o banheiro. Mas continuava deitado. Todo mundo começou a levantar, tomar café e se arrumar para o dia de visitas. Carlos, Marcelo e Fernando discutiam no fundo da cela. Eu só acompanhava com o olhar, mas já era o suficiente; era sobre mim que estavam falando. Fechei os olhos, e quando abro, Carlos, já está na minha frente.

- levanta!

- mais tarde - falei me virando de lado.

- levanta agora, Cesar!

- eu não consigo!

- você não quer! então levanta agora.

- me deixa aqui!

- chega!

Carlos me descobriu, serio meu estado estava deplorável. Ele arrancou sua roupa, ficando só de cueca. Eu estava fedendo muito parecia um morador de rua. Ele me pegou no colo, e me segurou, me apertando em seus braços. Carlos me carregou até o banheiro, na frente de toda a cela, me colocou sentado em cima de um dos baldes e ligou a água.

Carlos, já não falava mais. Ele, me segurou e arrancou toda minha roupa de deixando pelado.

- você perdeu todo o peso que tinha conquistado.

- desculpa

- você tem que se cuidar, amor. Se você não se cuidar, você vai ficar muito doente e aqui não é lugar para isso.

- desculpa.

- sei que você, não está se desculpando por não se cuidar, mais pelo o que aconteceu. Cesar, eu nunca quis que fosse você que tivesse feito isso, mas já que aconteceu. Você vai ter que aprender a viver com isso. Eu aprendi.

- então você já tirou a vida de alguém?

- sim! e sei como você se sente. Eu sei o que é querer morrer depois de matar. Mas se você quer um motivo para viver eu vou te dar.

Carlos levantava o meu braço e esfregava, minha cabeça, meu sovaco, minhas costas, minha pernas minha bunda até meu pau ele lavou.

Carlos me secou, passou creme em todo meu corpo, e me vestiu.

- eu posso fazer isso!

- fica quieto, não ligo de cuidar de você.

Carlos pediu para eu chapeiros fazerem pães com ovo para mim. Eu comi.

- liguei para sua mãe, hoje você tem visita.

- oque, você ligou para minha mãe.

- sim, eu disse que eu tinha um motivo para te fazer viver; um deles é ela.

Eu comi e Carlos me levou para fora da cela.

Estava mos andando para pelo pavilhão:

- Eu era muito jovem. Eu quando, entrei para essa vida, acho que tinha por volta de 16 anos. Quando tudo começou. Eu não tinha mais minha mãe. Meu pai era um bêbado, então Cesar, minha vida sempre esteve fadada ao fracasso visto que eu jamais poderia dar certo por causa da minha família. Quando eu entrei na boca era dali que eu tirei meu dinheiro, para me sustentar. Quando eu fiz 19 anos meu pai morreu. Com todos os defeitos, ele era tudo o que eu tinha, a boca passou a ser minha família, ali foi onde perdi amigos que mais pareciam irmãos. Foi a primeira vez que me vi sozinho. Quando fiz 20 puxei a primeira cadeia. Fiquei 6 anos da minha vida dentro de um presidio, aqui me envolvi muito e quando sai voltei direto para o tráfico, para a mesma vida. Quando sai e foi para uma posição um pouco mais alta foi quando aconteceu, foi quando eu matei uma pessoa, isso matou uma parte de mim e por isso que eu entendo bem o que você passou! você ainda vai ficar muito mal contudo isso até a culpa sair de você.

Fomos andando e conversando, ele me levou para o pátio de visitas, em quanto ele me contava a sua história. Carlos não teve uma vida fácil. A realidade dele foi muito diferente da minha. Eu entrei, no mundo dele na realidade dele e é ali que eu estava vivendo.

-agora vou te deixar aqui para você ver sua mãe, aproveite

- não, não! você vai ficar

- aproveita o dia comigo

- tá bom - Carlos, não ofereceu muita resistência, acho que ele estava pensando na comida da minha mãe.

Minha mãezinha passou pelo portão e acho que era a primeira vez que ela não me via machucado, ela me abraçou e me apertou. Que saudade dela, minha mãe era minha força minha amiga, minha parceira.

- Carlos, meu filho o que aconteceu com você! - até me assustei com o nível da intimidade.

- nada de mais, só escorreguei no banheiro, mas está tudo bem agora

- ahhh, ótimo. Obrigado por sempre me manter contato, já que o Cesar nunca fala nada.

- então vocês conversam?

- sim! quase todos os dias.

Carlos só olhava para minha cara e sorria.

Eles começaram a manter com contato quando eu fui para o poço. Durante os 50 dias minha mãe vinha na visita e era recebida por Carlos, que dava notícias minha e acalmava seu coração.

Passamos um dia incrível, conversando comendo. Sensação de estar em casa.

Aquilo me deu motivação

Depois de uma tarde maravilhosa eu voltava para nosso pavilhão sorrindo. Era uma coisa que nem eu rosto tava mais acostumado. Que meu rosto ate doía. Mas era muito bom.

Chegamos no nosso bloco. E quando chegamos no fim da tarde com o cair da noite. Carlos disse que tinha algo para me mostrar.

Ele me ajudou a subir na escada e sim, estava mos em cima do bloco do nosso pavilhão.

Quando cheguei lá em cima o senário era diferente da primeira vez que estive lá. O cimento recém feito, era vivo e limpo, sem sinal de musgo ou rachaduras. Aquele lugar era diferente.

Reparo que tem algo lá que não deveria estar, mas que foi colocado e pensando , para talvez criar um clima romântico entre duas pessoas.

Havia, um tapete com um colchão em cima, uns 2 cobertores no chão, parecia um ninho. Tinha também uma garrafa com um suco de uva e água de fogo em outra garrafa e para comer, tinha queijo, salame e umas toradas salgadas.

- Gostou do resultado?

- sim, realmente ficou muito bom, tudo isso.

- É Graças a você. Você fez tudo isso Cesar. Nós precisamos de você.

- você me dar forças para aguentar tudo isso que passo aqui.

- Cesar, você é incrível.

Seguimos andando em frente.

- e tudo aquilo ali, é pra que?

- acho que merecemos um tempo só pra gente. O que você acha?

- acho perfeito.

Eu e Carlos sentamos ali, e ficamos bebendo nosso vinho improvisado, que como toda a cachaça da prisão era bem forte. Eu bebia ao poucos. Mas em questão de tempo a cara de Carlos estava toda vermelha e quente por causa da bebida.

Ver ele sorrindo era um privilegio, logo depois de tudo o que passamos. Ali de cima dava para ver um por do sol lindo. Por instantes ate esqueci que estava preso.

Com os ventos do outono, estava- mos cobertos nos aquecendo. Aquilo lembrava a gente aquele dia da chuva. Nossa intimidade, velada de baixo no cobertores, nossas caricias, a tensão sexual.

Logo a gente estava se beijando, com tanto desejo, e amor envolvido, que eu passei a ter certeza que eu amava aquele homem.

Eu pulei para o colo de Carlos, ele me abraçava com muita força, ele apertava com tanta força minha cintura que parecia que ia me quebrar. Mas aquilo era desejo, que não cabia mais no seu corpo e ele precisava expressar de alguma forma.

A gente se beijava, e eu já conseguia sentir o volume de Carlos na minha bunda, eu rebolava por cima dele. Eu mordia seu lábio de desejo. Carlos arrancou sua blusa e me ajudou a arrancar a minha. Ele beijava meu peito, beijava minha boca me dava pequena mordidas por todo meu dorso.

- você quer um motivo pra viver; Então eu vou te dar um motivo para viver!

Carlos, com um movimento me jogou de costas em cima do colchão e eu fiquei de barriga pra cima, ele tirou sua bermuda e arrancou sua cueca. Ele puxou minha bermuda com cueca e tudo. Ele entrou por entre minhas pernas, e seu pau estava na minha bunda, em busca de uma entrada.

Carlos me beijava com força, ele sugava minha boca com tanta força, que se desse mole ele sugaria minha alma.

Ele se afastou segurou minhas pernas e me levantou, me dobrando como um origami, botando minha bunda pro alto e chupando meu cu com muita vontade, foi na hora que um gemido, inconsciente saiu de mim. Tapei minha boca com minhas mãos para segurar o tesão de gemer enquanto meu macho me fodia com a língua. Carlos, sabia o que estava fazendo. Ele tinha uma vontade e experiência em chupar um cu com vontade.

A cada lambida de Carlos, meu corpo se arrepiava. Ele largou minha pernas, e veio na minha direção me dando um beijo de me tirar o folego. Ainda entre minhas pernas, Carlos segurou no meu queixo, mandou eu abri a boca e cuspiu dentro da minha boca. Seu cuspe, bateu na minha garganta, e como um reflexo, minha garganta se abre pra receber e beber a saliva o meu mestre, meu homem.

Carlos enfia os 2 dedos grossos na minha boca deixando os molhados com nossa baba.

Carlos sem rodeios enfia esses dedos no meu cu. Doer doeu, mas meu cu logo relaxou, pois ele se preparava para receber uma coisa mais grossa e firme.

Depois que Carlos me dedou a vontade; me deixando vários cm mais largo ele cuspiu na mão e passou no seu pau.

Segurando nas minhas pernas novamente ele me dobrou, mirou dentro do meu cu e encaixou. Ele não meteu, ele só foi soltando meu peso para ele entrar em mim. Não sei se foi pela bebida, mas eu estava extremamente leve e relaxado.

Carlos estava todo dentro de mim, quando ele viu que eu estava confortável na piroca ele começou a socar tão firme no meu cu que naquela hora foi impossível segurar os gemidos naquela piroca,

- amor, faz silencio.

-não dá to com muito tesão

Carlos pegou a sua cueca que estava no chão e enfiou na minha boca para abafar o som que saia da minha garganta.

Aquilo só me deu mais tesão, sua cueca tinha cheiro de pica e sabor de suor com gotinhas de mijo. Tinha cheiro de homem. Tinha gosto de macho.

Caralho que tesão filho da puta.

Não demorou que essa combinação me levava a loucura, meu cu piscava tanto, tanto, que eu apertava a piroca de Carlos com força. Isso fez com que não conseguisse mos segura , gozamos juntos. Carlos em cima daquela laje uivou feito um lobo para lua enquanto gozava na profundezas do meu cu.

Carlos caia do meu lado, arrancando a piroca de dentro de mim e deixando uma vazio.

Depois da bela gozada, fumamos um belo cigarro e conversamos mais um pouco

- falta quanto tempo pra você ainda aqui?

- acho que uns 6 anos, isso com bom comportamento.

- você pensa em fazer o que depois que sair daqui?

- ué, você já sabe Cesar, eu não tenho muita escolha.

- claro que tem Carlos.

- quando falam que nessa vida só tem dois caminhos, que é morto ou preso é verdade, Cesar!

- Carlos, vamos fazer muito dinheiro ainda só com o esquema das obras, dá para meter o pé disso. Vamos poder fazer tanta coisa.

- amor, entrar nessa vida, é como está preso na gravidade de um buraco negro, depois que se está dentro, não podemos fazer nada. Só relaxar e ir ao encontro do fim. Agora ocupo uma posição alta e isso vai ser cobrado. Pode não parecer, mas por trás do tráfico de drogas no Brasil; tem muita gente poderosa.

Será que Carlos nunca fosse sair dessa vida, o destino da nossa relação estava fadado a isso. A viver sempre a margem da sociedade, e na criminalidade. Eu sabia que Carlos só tinha vivido uma realidade, então eu teria que apresentar a minha a ele. Era a única forma de mudar a mente dele para podermos sair dessa juntos. E para isso precisaria me articulara.

Conseguir dinheiro, era o primeiro passo. Em seguida apoio, e em terceiro reconhecimento, ocupar espaço de poder na facção.

Carlos me aperta e leva minha cabeça a pensar em outra coisa. A verdade é que eu não tinha que pensar em nada disso agora. Eu só tinha que pensar no meu namorado, que estava ali abraçado comigo.

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Comentários

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Nunca matei ninguém mas imagino que isso deve ser um fardo muito pesado para se carregar. Sofrimento válido.

Acho que Carlos demorou para tomar a atitude de fazer Cesar levantar porém, ele fé isso de uma forma bem planejada e gostosa... Rsrsrsrsrs

O que é esse homem!!!!!

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Caraca depois de tanta tenção que delícia de tesão. Nao estava no telhado mas até eu gozei.

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