Paixão Secreta - Parte Final: Motel

Um conto erótico de J. R. King
Categoria: Lésbicas
Contém 1206 palavras
Data: 27/08/2022 16:05:18

Lúcia chegou no motel, que ficava na Barra da Tijuca, meia hora antes do combinado. Pagou por três horas e alí ficou esperando por Heloísa. Nunca havia estado em um lugar assim, sentia um certo desgosto por lugares assim. Entre as paredes conseguia ouvir gemidos e o ranger das camas. Se sentia suja por estar em um lugar assim, mas era necessário.

Quinze minutos após o combinado, chega Heloísa, vestindo uma camisa regata e uma saia de bolinhas. Assim que ela entra no quarto e vê Lúcia, já abre um sorriso. Lúcia estava linda, seu cabelo loiro vivo que caía sobre os seus ombros eram radiantes, e seu corpo voluptuoso deixava Heloísa com um tesão absurdo.

Lúcia pediu para que Heloísa se sentasse ao seu lado. Heloísa deixou a bolsa no criado-mudo e sentou-se na cama.

– Muito bem. Eu pensei a respeito, e quero ficar com você, mas se você quer mesmo levar isso à frente, precisamos de algumas regras: A primeira: não me provoque em frente à minha família, nem se eles estiverem na minha casa. Não quero que você me beije ou sequer me abrace se nós não estivermos a sós. A segunda: só iremos fazer algo quando eu quiser. Mesmo que estejamos a sós, não tente insistir, eu só irei para a cama com você se eu me sentir segura de fazer isso. A terceira: Você terá que fazer o meu filho feliz, pois se ele te der um pé na bunda, você não vai me ver mais também, então trate de cuidar direito dele ser uma boa esposa para ele.

Heloísa não pensou duas vezes em concordar com as regras. Se Lúcia tivesse lhe pedido para ser sua escrava sexual, ela teria aceitado. Todas pareciam razoáveis, dada a situação.

– Quarta e última regra: me beije agora.

Heloísa se jogou nos braços de Lúcia e a beijou. Apenas Deus sabia o quanto ela sentia falta daqueles sedosos lábios em contato com a sua boca. As línguas dançando em um balé ritmado que apenas as duas sabiam a coreografia perfeita. Heloísa estava de volta nos braços de sua Marilyn Monroe, como sempre desejava.

As duas se deitaram na cama, Lúcia tirou sua roupa e logo em seguida tirou a de Heloísa. Se beijaram apaixonadas, Heloísa chupou os seus peitos e com os dedos tocou o seu sexo. Normalmente, Lúcia gemia baixinho, tinha medo que algum vizinho a escutasse. Mas naquele lugar, pouco se importou. Tratou de tirar toda a sua ânsia e gemeu alto, como uma meretriz faria.

Heloísa desceu os lábios pelo seu corpo, até chegar na zona de sua perdição. Com a língua, foi lambendo todo o seu sexo, alternando entre movimentos circulares e para cima e para baixo, fazendo Lúcia se contorcer toda sobre a cama. Heloísa se deleitava com o sabor do mel que escorria pelos lábios de Lúcia e aos poucos foi também tocando o seu próprio sexo. Ela queria que aquela volta fosse especial, então decidiu fazer algo que jamais havia feito com Lúcia.

Heloísa cruzou suas pernas com as de Lúcia, e em um movimento pélvico, começou a roçar sua boceta contra a de sua paixão. Pêlo com pêlo, pele com pele, ela foi fazendo os seus lábios se beijarem, como beijavam também as suas bocas.

Lúcia sentiu um prazer intenso, como nunca havia sentido antes. Por certo momento, pensou que perderia a consciência e se entregaria novamente a seu prazer. Mas então lembrou-se que o seu plano não estava concluído. Precisava se manter sã.

As duas rolaram sobre a cama. Com Lúcia agora por cima, ela beijou sua amada e acariciou os seus seios, enquanto agora era sua vez de remexer o quadril. Suas duas mãos, que apertavam os fartos seios de Heloísa, foram subindo o seu corpo. Para a sua clavícula até o seu rosto. Lúcia deu mais um beijo em Heloísa, segurando o seu rosto com as duas mãos. Do rosto de Heloísa então brotou uma lágrima, ao perceber que aquele seria o seu último beijo.

Lúcia continuou a se esfregar em Heloísa, até ela gozar. contorceu o seu corpo todo em um espasmo de prazer, Rolou os olhos para trás e fez uma cara de intenso orgasmo. Foi então que Lúcia percebeu: É agora!

Suas mãos desceram rapidamente até o pescoço de Heloísa, que demorou a perceber o que acontecia. Achou que ainda era um carinho, mas percebeu quando já lhe faltava o ar.

– L-Lúcia, o que está fazendo!? – Tentou falar Heloísa.

– Me desculpa, mas nosso relacionamento acaba aqui.

– N-não, p-por favor… – Heloísa tentou implorar, mas não tinha mais ar.

Ela começou a se debater, a lutar pela sua vida, mas seu corpo estava fraco. Lúcia segurou forte. Em nenhum momento fraquejou em sua decisão. Viu o corpo de Heloísa se debater cada vez mais fraco, até que lhe esgotaram suas forças e não havia mais pelo que lutar.

Em suas últimas forças, Heloísa ainda tentou falar algumas palavras, queria dizer que a amava, mas não conseguiu. A visão foi ficando cada vez mais turva, as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, assim como as de Lúcia também escorreram. Em uma última visão, o semblante de Lúcia parecia a Heloísa o mesmo da Marilyn, o que a fez dar um leve sorriso antes de ir embora.

Quando o corpo parou de lutar e os olhos se fecharam. Lúcia ainda segurou o seu pescoço por mais um minuto, enquanto se debulhava em lágrimas. Quando a soltou, o corpo estava mole. Lúcia ainda processava o que havia feito, não acreditava que havia tido tanta coragem, e ao mesmo tempo tentava manter a calma, pois agora era a hora mais crucial.

Ajeitou o corpo de Heloísa na cama, como se ela estivesse dormindo. Tirou de sua bolsa duas cartelas de remédios, e fez o defunto engolir todas as pílulas enfiando todas na garganta. Jogou as embalagens em cima da cama e juntou suas coisas. Na bolsa de Heloísa, pegou sua identidade, e qualquer outro documento que pudesse identificá-la.

Saiu do quarto e pagou em dinheiro vivo. Pegou então o seu carro e foi dirigindo de volta para casa. Parou em um acostamento na Avenida Niemeyer e jogou os documentos de Heloísa no mar. Durante a viagem de volta, Lúcia parecia se acalmar. Aquele problema agora parecia tão distante quanto a Barra era de Copacabana. Chegando na Zona Sul, foi até o seu salão de beleza favorito. Pediu para que sua cabeleireira mudasse completamente o seu visual.

– Quero fazer uma surpresa para o meu marido! – Disse Lúcia.

Ela cortou o cabelo, quase tão curto quanto o se um homem, e o pintou de preto. Quando se olhou no espelho, pensou que havia ficado perfeito, não por estar bonita, mas por estar completamente diferente da pessoa que reservou o quarto de hotel naquela tarde.

Não demorou muito para o corpo de Lúcia ser encontrado, uma das camareiras, que achou que o quarto estava vazio, foi quem encontrou. Em poucas horas, a polícia já estava no local. Coletavam provas na mesma hora em que Lúcia sentava-se à mesa junto com sua família. Afonso parecia meio preocupado, pois havia esperado mais de uma hora pela sua namorada na faculdade e ela não apareceu, nem naquela noite, nem nunca mais.

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Comentários

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Gostei! Prendeu a atenção do começo ao fim, e eu fiquei surpreso com o desfecho, mesmo prevendo que a chance de terminar em tragédia. Foi um excelente conto!

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