Contos Vorazes: O Fotógrafo (5) Final

Um conto erótico de O Bem Amado
Categoria: Gay
Contém 3006 palavras
Data: 17/08/2022 23:03:41

E da escuridão fez-se luz! Eu não sabia o que estava acontecendo comigo; olhei ao redor e me vi em um dia estupendo, quente e ensolarado; estava nu estirado sobre uma espreguiçadeira confortável em uma praia linda e deserta; a areia reluzia os raios de sol e o mar realçando os tons azuis do oceano a minha frente; eu não sabia como chegara ali e nem o que estava fazendo; a última coisa que minha mente guardava era a escuridão e a dor. Eu olhava de um lado para o outro sem saber o que procurar, ou se havia algo a procurar.

Repentinamente, vi alguém saindo do mar e caminhando em minha direção; forcei um pouco a vista para distinguir a figura etérea que avançava para a areia e quando consegui vislumbrar meu coração se encheu de regojizo; era Amora, minha esposa; a medida em que aproximava eu vibrava ao vê-la tão linda e exuberante como sempre fora; sua nudez de formas generosas e curvilíneas sempre me excitara desde a primeira vez que nos vimos e seu sorriso encantador sempre me fascinara. Ela chegou perto de mim e se pôs de joelhos ao lado da espreguiçadeira, mirando meu rosto com sua face iluminada.

-Amora, meu amor! …, eu morri? É isso? – perguntei com tom ansioso esperando por uma resposta que não veio, pois ela se limitava a me encarar e sorrir.

Eu insisti na pergunta mais algumas vezes, mas percebi que não haveria uma resposta; tive vontade de chorar e meu olhos ficaram marejados; eu não me importava se morrera ou não, eu apenas queria saber o que seria de mim a partir de então. “Não chore, meu amor! …, não, você não morreu!”, ela respondeu finalmente acariciando minha têmpora.

-Ainda não é a sua hora! – prosseguiu ela beijando minha testa – Você ainda tem muito o que viver …, viver momentos tão felizes quanto foram os nossos …

-Mas então …, por que estou aqui? …, com você? – interrompi questionando-a com uma expressão cheia de dúvidas.

-Eu vim até você …, precisava te dizer para viver – respondeu ela ainda sorrindo e com tom entusiasmado – Você não está sozinho …, e nunca estará …, apenas abrace a vida e não deixe que ela fuja de ti …

Foi nesse momento que ouvi um tom de voz mais insistente e a luz do sol desapareceu sem aviso substituída pela luz artificial de uma lâmpada que feria minhas sobrancelhas cerradas; abri lentamente os olhos e diante de mim estava uma enfermeira. “Que bom! O senhor acordou! Como está se sentindo?”, perguntou ela com tom amável. Enquanto eu tentava responder ela me explicou que estava em um hospital e que chegara ali trazido por um veículo de resgate que me encontrou caído em uma praça sem roupas ou documentos. Ouvi-la falar sobre mim ainda era algo insólito, pois uma série de perguntas pairavam sobre a minha mente, deixando-me muito mais confuso e transtornado.

Algum tempo depois um médico veio ao nosso encontro e fez uma explanação técnica sobre o que havia me acometido; disse que além de ter ingerido uma substância alucinógena tinha hematomas pelo corpo e um sangramento retal fruto de abuso o que impôs uma pequena intervenção cirúrgica que restou satisfatória. Por fim disse que um policial estava a espera de minha recuperação para que pudesse dar-lhe um depoimento já que havia indícios de que eu fora vítima de roubo e estupro; após toda essa avalanche de informações médico e enfermeira retiraram-se do quarto me deixando descansar ainda com a mente transtornada.

Dias depois dei meu depoimento ao investigador de polícia, mas omiti detalhes relacionados com a aventura desastrosa que participara assim como nomes e lugares, deixando tudo na esfera da dúvida. Ele me respondeu que eu estava só quando fora encontrado, pois lhe perguntei se havia mais alguém comigo lembrando do pobre Rodney que também fora vitimado pelos mesmos algozes. Herculano veio em meu auxílio quando consegui contatá-lo e ajudou-me a sair do hospital e voltar para meu apartamento.

Por algumas semanas tive apoio de um “Home Care” conveniado e ainda procurava por Rodney sem sucesso; certo dia ele me ligou e perguntou se podia me ver, pedido com o qual aquiesci de imediato. Quando ele chegou os hematomas no rosto e alguns cortes profundos nos braços confirmaram que assim como eu ele também fora castigado ao extremo. Juntos, pensamos em denunciar Jonas e Evandro, mas logo desistimos, pois não tínhamos nenhuma prova do acontecido.

Rodney me contou que após a sevícia ele ainda permaneceu sob o jugo dos algozes em uma espécie de cativeiro em um lugar desconhecido e que trataram de se livrar de mim com a ajuda de comparsas me levando para a tal praça onde fui encontrado e prosseguiram abusando dele por mais alguns dias até libertá-lo sem mais nem menos em uma avenida desconhecida durante a noite; deixaram-no nu e cheio de pequenas escoriações e outros ferimentos sendo que um sujeito que passava de carro pelo local decidiu socorrê-lo encaminhando-o para um pronto-socorro.

Eu via em seu olhar não apenas a tristeza e o arrependimento, mas também a vergonha por ter me atraído para aquela armadilha tenebrosa; confortei-o afirmando que ambos fomos vítimas e que não havia razão para remorsos. Ficamos nos visitando por um bom tempo até nos recuperarmos o suficiente para trocarmos beijos e carícias. No entanto, toda aquela experiência somada à visão que eu tivera durante a internação hospitalar tornara nosso relacionamento um tanto distante e pouco estimulante e com o passar do tempo acabamos por nos distanciarmos até perdermos o contato. Semanas depois soube por Herculano que a academia havia fechado as portas e que o proprietário desaparecera fugindo da massa de credores que estavam em seu encalço e também de algumas denúncias policialescas, algo que me deixou muito feliz.

A partir de tudo isso minha vida retornou ao marasmo de antes, comigo retomando minhas caminhadas e aproveitando os dias de solidão da melhor forma possível; vez por outra lembrava da frase de Amora para que abraçasse a vida e não a deixasse fugir de mim; mas como era possível fazer isso se em minha mente apenas uma pessoa me prendia a um passado que eu não queria esquecer? Como seguir em frente sozinho e sem entusiasmo? Eram essas as perguntas que me atormentavam.

Todavia, um dia ouvindo a ária “Habanera” de Bizet, senti uma espécie de cutucão em minha mente; “a amor é um pássaro rebelde que ninguém consegue domar!”, dizia a letra que eu já decorara pelas tantas vezes que a ouvira de todas as maneiras. Era isso que eu sentia dentro de mim um pássaro rebelde que me instigava a desfrutar de seu voo com a pessoa que eu tanto desejava; imediatamente olhei para a lista de contatos em meu celular até encontrar o telefone de Evaristo; pensei milhares de vezes antes de ligar e acabei por fazê-lo!

O chamado tocou insistentemente até cair na caixa postal; e eu não tive coragem de deixar uma mensagem me odiando por ter feito a ligação; ele certamente sabia que era meu aquele número e não quis me atender; lamentei por todos os erros de minha vida e mais uma vez as lágrimas teimaram em rolar pelo meu rosto.

Logo após o jantar naquele mesmo dia, eu estava a ver televisão quando meu celular vibrou; meu coração quase saltou pela boca ao ver que a ligação era dele! “Oi, querido! Perdoe-me a demora em retornar, pois estava no atelier de um amigo e deixei meu celular aqui no apartamento …, está tudo bem com você?” disse com um tom de voz meigo e amável deixando-me letárgico por alguns minutos ainda tentando acreditar que fosse verdade. Finalmente, consegui responder dizendo que estava tudo bem e que desejava saber dele e de sua vida.

Evan (foi assim que comecei a tratá-lo), me contou que estava morando em Bruxelas onde possuía um apartamento e trabalhava como crítico de arte Latino-americana e também esculpindo, pintando e dando consultoria; ele falava com muita fluidez e entusiasmo e eu sentia em seu tom de voz uma ponta de alegria com meu contato; conversamos por mais de uma hora até que se formou um silêncio inquieto.

-Escute …, daqui a algumas semanas viajarei para aí – disse ele quebrando o silêncio – Será que poderíamos nos encontrar para bater um papo?

-Mas é claro que sim! – respondi impetuosamente tentando disfarçar minha euforia – Basta me avisar que te pego no aeroporto! …, isto é …, se você quiser …

-Quero sim! Estou ansioso por isso! – interrompeu ele em tom de desabafo – Assim que estiver tudo acertado, eu te aviso OK?

Nos despedimos sem vontade de fazê-lo e eu fiquei ainda atordoado com a possibilidade de rever Evan nem que fosse apenas uma única vez mais sem nutrir qualquer esperança de um novo recomeço para ambos. Nos dias que se seguiram o que alimentava minha alma era a possibilidade de rever aquele homem carinhoso, sedutor e envolvente permitindo que eu tivesse uma espécie de sobrevida após o desastre. E quando minhas esperanças escorriam pelo ralo da incredulidade ele enviou uma mensagem informando a data de sua chegada e outros dados. “Espero que você possa ir!”, escreveu ele ao final.

No dia marcado eu parecia um adolescente a beira de um ataque de nervos tal era minha ansiedade; andando de um lado para o outro no amplo saguão que antecedia o desembarque internacional eu não via a hora de rever Evan e pensava em tudo que precisava dizer a ele; assim que o vi acenando para mim perdi toda a noção do que dizer ou fazer; ele se aproximou trazendo uma pequena valise em uma das mãos e assim que foi possível nos abraçamos afetuosamente …, sim …, e apenas isso, pois tanto ele como eu sempre cultuamos a discrição em lugares públicos.

No entanto assim que entramos no meu carro, Evan segurou meu rosto entre suas mãos trazendo seus lábios de encontro aos meus; foi um beijo intenso e ambicionado havia tanto tempo que nossas bocas pareciam querer engolir-se nos levando a reboque; só nos desvencilhamos porque ficamos sem ar e acabamos rindo a valer de nosso açodamento eufórico. No trajeto para meu apartamento, Evan tentou esboçar algumas palavras para explicar as razões que o levaram a deixar-me após o acontecido com Luka, mas eu o interrompi gentilmente. Rodei alguns metros até estacionar em um posto de gasolina onde havia uma loja de conveniência. E foi dentro do carro que eu retomei a palavra.

-Ouça … eu fui um idiota! – disse eu cortando suas palavras – agi sem pensar e ainda por cima eu não tinha qualquer moral para tomar aquela posição …, ambos agimos impensadamente e fomos obrigados a assumir as consequências de nossos erros …, o que precisamos agora é definir o que queremos para o nosso futuro …

-Se há uma coisa que eu tenho certeza que quero é você! – ele me interrompeu antecipando-se às minhas palavras – Sim, nós erramos! …, mas, eu não quero mais errar ou acertar se estiver distante de você!

Sucedeu-se então uma avalanche de sentimentos e expectativas que varriam nossos corpos atormentados pela ausência um do outro e não fosse o fato de ainda estarmos em um lugar público, certamente teríamos nos amado ali mesmo. Mal entramos em meu apartamento algum tempo depois e começamos a nos despir com gestos febris e desmedidos ainda trocando beijos e carícias; Evan me atirou sobre o sofá e separou minhas pernas caindo de boca em meu membro cuja rigidez era algo surpreendente até mesmo para mim! Ele lambeu eu sugou com a avidez de um esfomeado ao mesmo tempo que cutucava meu selinho com os dedos deixando-me ainda mais alvoroçado.

Implorei a ele que me deixasse fazer o mesmo e depois de me fitar com um olhar ardente ele girou o corpo permitindo que também eu desfrutasse do sabor de seu membro rijo e pulsante dentro de minha boca; à nossa volta nada mais importava; nem o tempo, nem o espaço nem mesmo o frenesi que nos impelia, pois éramos movidos por um desejo desmedido e reprimido há muito tempo.

Evan levantou-se apenas para ficar de joelhos entre minhas coxas erguendo minhas pernas e segurando-as pelos tornozelos enquanto permitia que eu próprio manipulasse sua vara pincelando-a por todo meu rego antes de apontá-lo na direção desejada; e já no segundo movimento pélvico contundente senti seu falo rompendo a resistência do meu selo laceando-o e avançando resoluto; Evan penetrou-me aos poucos saboreando cada estocada e sorrindo ao ver-me cheio de expectativa por mais.

Em breve estávamos copulando com ele estocando com veemência ouvindo meus gemidos e manipulando meu instrumento que pulsava em sua mão; eu jamais o vira tão excitado sem qualquer sinal de arrefecimento, estocando e sorrindo, sorrindo e me masturbando até que ao cabo de um bom tempo ele anunciou a chegada de seu clímax. Foi um gozo mútuo celebrado com gemidos e suspiros e eu ainda experimentei seu orgasmo caudaloso inundando minhas entranhas ao mesmo tempo em que ejaculava projetando jatos de esperma que logo despencavam lambuzando meu ventre.

Com o suor irrompendo por todos os nossos poros permanecemos prisioneiros de nosso arroubo e eu me deliciava com Evan inclinado sobre mim trocando beijos e carícias enquanto seu membro esvaía-se lentamente antes de escapar para fora de mim; descansamos apenas o tempo suficiente para uma ducha revigorante e corremos para meu quarto nos deitando na cama e retomando intermináveis beijos e carícias; pedi a ele que ficasse de bruços e me coloquei em uma posição que me permitisse separar suas nádegas e linguar seu orifício que correspondia com contrações voluntárias.

Esfreguei meu membro já enrijecido pelo rego de Evan e iniciei uma penetração meticulosa usufruindo de cada estocada inclinando-me sobre seu corpo para morder seu pescoço ouvindo seus gemidos e suspiros; e no instante em que me vi inteiramente engastado dentro dele sentindo as contrações do selo pouco laceado mordendo meu membro não resisti em gemer em seu ouvido confidenciando um “eu te amo” repleto de doce sinceridade. Passado algum tempo ele insistiu que tomássemos a posição “cachorrinho” que lhe permitia corresponder aos meus movimentos atirando-se para trás vez por outra; eu estava arrebatado não apenas pela cópula que era realmente incrível, mas mais ainda pela realização de tudo aquilo com a pessoa que significava uma nova vida para mim, assim como eu ansiava ser para ele!

E mais uma vez, atingimos o clímax ao mesmo tempo, desabando sobre a cama, suados, exaustos, mas plenos de felicidade; e assim a noite avançou sobre o dia e logo depois viu-se vencida pelo sol que nos encontrou ainda desfrutando de um prazer mútuo repleto de beijos, carícias e tudo mais que ansiávamos havia tanto tempo. E nos dias que se seguiram transformamos meu apartamento em nosso refúgio secreto e meu quarto serviu como uma cela de delirante confinamento. Quando tínhamos fome pedíamos lanches e refeições por aplicativos, mas a única fome que não saciava era aquela que vibrava em nossos corpos e em nossas almas.

Uma manhã fui acordado pela boca sempre ávida de Evan saboreando meus mamilos e vindo em busca do meus lábios; após um longo beijo ele me perguntou se eu aceitaria um convite para passarmos o fim de semana em uma pousada nas montanhas; eu sorri e respondi que ao lado dele iria para qualquer lugar. Naquela mesma tarde arrumamos nossas malas e partimos em direção à pousada de um amigo dele. Era um lugar charmoso e muito acolhedor com vários chalés espalhados em uma área pouco acima do sopé de uma montanha onde apreciamos bons vinhos, ótimas refeições e noites avassaladoras.

Evan me levou até uma clareira pouco acima da pousada onde uma cachoeira deitava seu véu de águas cristalinas sobre um lago límpido que refletia os raios solares formando uma espécie de espelho vivo; assim que chegamos ele se despiu e atirou-se no lago chamando por mim; nadamos por algum tempo até ele me conduzir até uma das bordas onde nos deitamos sobre a relva morna. Evan não perdeu tempo em abocanhar meu membro que já apresentava uma ereção insinuante me presenteando com uma mamada deliciosa.

Pouco depois ele me pôs de lado e colou-se ao meu corpo roçando seu membro pulsante entre minhas nádegas; sabendo de suas intenções ergui uma pernas e usei minha mão para puxar a nádega deixando meu selo refém de sua impetuosidade; Evan dedou a região untando-a com sua saliva e veio com sua ferramenta suculenta cutucar até penetrar-me enfaticamente; ele golpeava e ao mesmo tempo beliscava meus mamilos e linguava minha orelha e também meu pescoço, instigando-me a acompanhá-lo masturbando-me com gestos alucinados. Foi um gozo recíproco pleno de uma cumplicidade única e especial.

À noite enquanto jantávamos, Evan sussurrou algo no ouvido do proprietário que me fitou e sorriu; fiquei inquieto com aquela cena, mas quando os primeiros acordes de “You are my sunshine”, na voz inconfundível de Johnny Cash tomaram conta do ambiente eu me senti presenteado ouvindo a melodia e apreciando o olhar terno e cálido de Evan que após alguns minutos se aproximou de mim estendendo a mão onde jazia um pequeno estojo; ao abri-lo fiquei sem ar vendo o par de alianças em titânio escuro que repousavam em seu interior. Ele então pegou uma delas e pediu minha mão colocando-a em meu anelar; um pouco trêmulo e hesitante retribuí o gesto e de repente fomos surpreendidos por uma salva de palmas dos presentes.

-Vem comigo para Bruxelas! – pediu ele algum tempo depois quando tomávamos café na varanda de nosso chalé apreciando uma lua exuberante reinando absoluta na escuridão.

Eu não respondi, preferindo sorrir e beijá-lo; lembrando-me de Amora, tive a certeza de que iria com ele para qualquer lugar; ao seu lado sei que seria feliz e faria de tudo para fazê-lo feliz; voltamos para a cidade e depois de alguns preparativos apressados adquirimos as passagens. E novamente naquele mesmo saguão de embarque do aeroporto, respirei fundo antes de ingressar na área de alfândega; Evan segurou minha mão e sorriu; partimos em direção ao nosso futuro e nele não havia lugar para tristeza, pois o amor era a nossa certeza!

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Comentários

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Adoro sexo com muita paixão e amor, no fundo sou um romântico. Faz 33anos que ouvi essa frase "com você vou para qualquer lugar " e veio e ficou, hoje só lamento não ter respeitado 100% tudo que desejei e recebi. Se pudesse teria feito tudo diferente. Parabéns e obrigado por mais esse conto.

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Fico lisonjeado e tb tocado em saber que meu conto te impactou assim tão profundamente. Agradeço demais por seus comentários e leitura.

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