Esposa amorosa, casamento feliz - Parte II

Um conto erótico de Al-Bukowski
Categoria: Heterossexual
Contém 3449 palavras
Data: 14/08/2022 15:21:37
Última revisão: 31/08/2023 09:08:53

2h00 da tarde. Saio do quarto largando as roupas e a calcinha suja da Fernanda jogados ao lado da cama. Nunca estou em casa nas tardes de semana e isso tudo soa muito estranho na minha mente. Os sons da cidade agitada no dia de trabalho, carros passando pela rua, buzinas e todo o burburinho chegam aos meus ouvidos nesse dia incomum. Eu peguei minha esposa querida, mãe de meus filhos, aquela que sempre se portou tão discreta e amável, entrando num motel escondida para fazer sabe-se lá o que. Bom, eu posso imaginar bem tudo que ela fez por lá, e isso não sai da minha cabeça, martelando, envenenando, entristecendo, revoltando… Por que Fernanda?

Largo o corpo no sofá, olhando para as paredes e tudo em volta. Eu não deveria estar ali nessa situação. Se não tivesse esquecido os documentos do projeto em casa nada disso teria acontecido. Teria me despedido com paixão dela, ido para a empresa, conquistado o cliente e recebido os elogios do meu chefe e amigo. A essa altura do dia provavelmente estaríamos comemorando num restaurante a nova conquista, afrouxando os nós das gravatas e nos sentindo os “donos do mundo”, preparados para mais sucesso. Voltaria ao final do dia para casa, agarrando minha mulher e enchendo-a de beijos, carinhos, dizendo o quanto a amo e vendo o brilho nos olhos dela; sabendo que faríamos amor naquela noite, sentindo o quanto nos pertencemos um ao outro. Seria o homem mais feliz do mundo, realizado profissionalmente, família encaminhada, e com uma esposa maravilhosa em meus braços. Não saberia de nada, de que ela abriu as pernas para outro nessa manhã, que enquanto eu trabalhava, ela estava gozando com ele, deixando-o usá-la como bem quisesse; comendo a “casadinha perfeita” como os comedores se vangloriam de conquistar. Só que hoje eu soube que minha mulher é também uma dessas “casadinhas perfeitas”, que eu virei corno sem querer, e agora estou aqui sem chão e sem saber o que fazer.

Meu celular dá um sinal de notificação, e vejo que é uma mensagem dela. Sinto amargura no coração ao abrir e ler:

Fernanda: “Oiê amor, tudo bem? Como foi lá a reunião, deu tudo certo? Nossa, fiquei aqui torcendo muito, pensando em você a manhã toda aflita por vocês! Olha, não esquece que temos hoje a reunião na casa da Cristina, tá? Vamos curtir muito! Te amo mais que tudo! Beijos” (e mais coraçõezinhos, beijinhos e boquinhas).

Só uma coisa me vem à mente: sua vaca, puta, vagabunda! Pensou em mim a manhã toda, é? Ficou aflita quando? Quando estava chupando a pica do outro? Ou quando virou de quatro para ele lhe foder por trás? Piranha, cadela! Sinto o estômago revirar, a bile subir na garganta vendo esse filme na minha cabeça. E então digito no celular:

Roberto: “Oi querida! Foi tudo bem sim, ganhamos mais essa! Não esqueci não da reunião, quero te ver linda como sempre! Te amo mais ainda que você!" - E envio.

Jogo o celular no sofá e desmorono. Porra Roberto, que bosta de homem você é, caralho! Sua mulher lhe manda uma mensagem toda falsa, jogando o charminho dela, amorzinho para cá e para lá, mentindo na cara dura enquanto você sabe que ela estava dando gostoso para outro. Se bobear com os dois rindo de como você é mesmo um corninho, zoando enquanto você "apaixonadinho" pela esposa não sabe de nada. Ela levando a esporra dele dentro da boceta para casa, pois nem camisinha usaram, como se isso agora fizesse diferença. E, no final, você ainda responde para ela todo carinhoso também, dizendo que está tudo bem? "Tudo bem", o cacete! Não está nada bem... EU não estou nada bem... O que está acontecendo? Comigo, com ela... onde isso tudo desandou?

Sozinho ali, sem ninguém para desabafar, como um amigo mesmo, recorro ao que tenho na mão: abro uma garrafa de whiskey que guardamos para ocasiões especiais e me sirvo. Que melhor ocasião seria essa do que descobrir que sua mulher perfeita está dando para outro? Ou melhor, vai saber já para quantos não vem dando há tempos?

Volto para o sofá tomando alguns goles, lembrando desse nosso apto, que batalhamos para comprar há 10 anos, juntando as economias, eu na empresa de engenharia e ela nos projetos de arquitetura. Esse mesmo sofá, onde tantas vezes não nos pegamos quando as crianças estavam fora? Aqui mesmo me lembro da Fernanda abrindo a minha calça, aqueles olhos castanhos brilhando, mordendo os lábios grossos antes de colocar meu pau na boca e chupar muito, olhando para o meu rosto, fazendo carinha de safada, algo que era só nosso. Algumas vezes, naquelas rapidinhas, ela me fazia gozar na boquinha, lambendo e engolindo tudo, para depois vir me beijar na boca para eu sentir o meu gosto nela, ambos dizendo juras de amor eterno.

Ou em outras ocasiões em que chegávamos de alguma festa mais animada, e já vínhamos nos agarrando no carro e no elevador. Isso não faz nem 3 anos, disfarçando para a câmera do elevador não ver minha mão por baixo do vestido dela, os dedos entrando dentro da calcinha, procurando a bocetinha já molhadinha… o grelinho inchado dela. Ah, o grelinho da Fernanda, grandinho e pronunciado. Ela tinha vergonha dele no começo, por ser maior que de outras garotas e amigas. Demorou para ela se soltar e sentir comigo que, na verdade, aquilo era uma vantagem para ela, sempre a deixando mais excitada nos toques, e também quando eu a chupava, lambendo e mordiscando, fazendo ela gozar fácil na minha boca. Era brincar com ela no carro e no elevador, para chegarmos nesse sofá e ela ficar ajoelhada e apoiada de quatro, levantando o vestido e pedindo:

- Vem Beto, me come assim! Vem que estou molhadinha!

Era o tempo de abaixar as calcinhas caras de renda dela até seus joelhos, e eu, desajeitado com as calças arriadas, meter fundo na boceta dela. O pau deslizava por inteiro, indo direto tocar o útero dela, e já saindo todo molhado, esbranquiçado do mel dela.

Não posso negar que a Fernanda é e sempre foi um tesão de mulher, o que me deixava mais ainda apaixonado por sua discrição e seriedade no dia a dia. Ela se revelava mesmo comigo na cama, gemendo e falando putarias.

- Me fode meu homem… vem… ai, delícia de pau grosso que você tem… hummmm… assiimmmmm, mete gostoso na sua mulher… ai ai ai… ai meu Deus… estou gozaandooo!!!

A voz dela ecoa nas minhas lembranças nesse sofá, os dois suados metendo sem parar, ela depois vindo por cima, pegando meu pau e ajeitando ele na entradinha da bocetinha; rebolando e encaixando até sentar fundo, empinando a bunda e se mexendo sem parar. Aquele rebolado para frente e para trás, sentindo o grelo duro se esfregando nos meus pelos, ficando louca com minha pica a fodendo, e com minha língua duelando com a dela na boca. Sentindo minhas mãos agarrando aquela bunda carnuda, abrindo-lhe as nádegas e a expondo por completo, descendo com o dedo e brincando com o cuzinho apertado, sentindo-o piscando, as preguinhas delicadas mordendo a falange do meu dedo, ela gemendo e deixando.

Era fazer isso e eu me acabar esporrando forte dentro dela, os dois agarrados até relaxarmos, nos beijando, a respiração acalmando. Ela sorrindo e saindo de cima de mim, o pau amolecido escapando da bocetinha, e correndo rindo para o quarto, a calcinha fora do lugar e com as mãos se protegendo para não deixar nosso gozo escorrer e pingar no chão. Eu a pegava depois lá no chuveiro, onde a gente terminava se lavando, beijando e indo para a cama dormir nus e agarrados.

Não faz tanto tempo esse amor todo, essa cumplicidade, mas que agora ficou contaminada pela traição, e pela dúvida. Será que… ela já estava com outro naquela época? Ou é algo recente, talvez minha culpa por não estarmos com aquele fogo todo…. Será que o casamento feliz ficou calmo demais e sem graça para ela? Teria eu ignorado os sinais?

Droga, mais alguns goles que não me respondem nada. Fico nesse jogo mental tentando entender tudo isso, antes mesmo de pensar no que fazer. Não tenho cabeça agora para acabar com o casamento, por mais que os filhos agora crescidos, sempre a grande preocupação, não fossem um problema justamente por já terem maturidade para aceitar isso. Não. Antes de qualquer coisa, eu preciso, não… eu mereço saber o que está acontecendo.

São quase 20 anos de casado, e durante os quais eu fui realmente fiel. É Roberto, agora não tem volta. Difícil olhar para trás e lembrar de seus amigos aprontando e te zoando por ser todo certinho. Mas amigos de verdade, que acabavam respeitando sua decisão de não ir atrás de outras mulheres e periguetes que apareceram na sua vida, até porque viam como você e a Fernanda eram como casal, admirando a sua mulher e entendendo que ela te completava. É certo que, como homens, eles também devem ter dado as espichadas de olho para cima dela, quando ela se mostrava linda nas festas, ou mesmo nas viagens para praia, e ela com seus biquínis discretos, mas que não tinham como esconder o corpo delicioso dela. Os seios grandes, mas não exagerados, as curvinhas do corpo, a bunda carnuda… e tudo isso coroado pelo rosto lindo e delicado, trazendo até uma certa ingenuidade no olhar combinado por uma boca que pede para ser beijada. Não duvido que tenham batido punhetas para ela, afinal ela mereceria. Mas amigos que são, nunca passaram disso… eu acho.

E nesse tempo todo eu sempre fiquei firme, não cedi às tentações. Ou, olhando da situação em que estou, nunca aproveitei as oportunidades. Isso em respeito a ela, sempre. A ela como esposa e mãe dos meus filhos, aos nossos votos, ao nosso amor. Não que eu seja grande coisa, mas tenho meus valores. Bem-sucedido, trabalhador, não acho que seja de jogar fora. Nessa vida de trabalho, viagens e muitos contatos, volta e meia “coisas acontecem”. Não sou ingênuo ou totalmente santo: vejo e admiro outras mulheres, algumas que cruzaram rápido por minha vida, outras que estão aí até hoje, como várias amigas que temos. É certo que já me excitei por elas, que bati muita punheta no chuveiro pensando em como seria fodê-las em N situações, algo normal de um homem. Mas nunca fui atrás, e sempre controlei meus instintos para descontar e me dedicar a minha Fernanda, realizando as fantasias com ela.

Agora penso no otário que fui. Eu aqui todo casto e dedicado, e a puta se arreganhando toda para os outros. Esse whiskey está subindo, rsrsrs. Mas é isso mesmo, casei-me com um amor de mulher que acabou virando uma vaca ordinária… é… é isso! No quarto, vejo minha imagem no espelho vindo do trabalho, a gravata afrouxada ainda na camisa social, segurando esse copo… e com uma galhada na testa. Olha só para você, Roberto, que figura ridícula. Burro, otário… agora perto dos 50 a crise da meia idade chegando, quem vai te querer, seu bosta? Solto o cinto da calça e a deixo cair aos meus pés. Abaixo a cueca para me olhar no espelho, cena patética, mas que o álcool explica. Acho que é a primeira vez que me olho pelado na frente do espelho. Essa roupa toda atrapalha, resolvo tirar tudo e ficar pelado só com o copo na mão.

O que que a Fernanda teve que procurar em outro, cacete? Olha para você! Ok que os cabelos estão ficando ralos e uma carequinha já está aparecendo. Mas você não é de todo feio. 1m75, peso proporcional, não tem a barriguinha de tanquinho, mas a barriga não é nada fora do normal. Fico me olhando, o peito peludo, ombros largos, coxas grossas… pô Fernanda, você quer mais o quê? Você também já é quarentona, apesar de toda gostosa, não é nenhuma jovem toda durinha. Você combina comigo e eu com você! Pego então no meu pau, e vou mexendo devagar. Peludo, mas bem cuidado. Você sempre pede, Fernanda, e eu o deixo sempre liso. Até o saco eu passo o barbeador para você chupar melhor. Mas nada de depilar mais do que isso, pois não é algo da minha geração. Isso não negócio e você sempre aceitou, e até gosta quando se esfrega neles.

Será que é meu pau que não te satisfaz mais? Encontrou outro caralhudo para te arregaçar, sua puta? Mas olha aqui, como ele não é pequeno. Puxo a pele mostrando e analisando a cabeça do pau, rosada, um pau de tamanho médio com os 15cm medidos e homologados pela fita métrica que você mesmo usou Fernanda, em nossas brincadeiras. Mas, que compenso com orgulho pela grossura dele, taluguinho que sua mãozinha não consegue fechar quando pega nele. Você quer mais o que? Não está bom? Ele sempre duro te querendo? Olha aqui como fica duro, olha sua cadela… E me masturbo ainda mais, acelerando e me vendo no espelho, o pau crescendo rápido e inchando na minha mão esquerda, enquanto equilibro o copo com a direita. Olha aí Fernanda, minha piroca dura e pronta para te foder! Te querendo, para entrar assim em você, apertada… e punheto apertando bem o corpo dele, sentindo o tesão, desejo de mostrar como sou homem, viril, capaz de te fazer gemer nesse pau quando lhe como, dentro da sua xaninha.

Mais um gole e, nesse apartamento, meio da tarde e meio embriagado e batendo punheta na frente do espelho, meu passado passa como um filme na minha frente. Lembro-me das primeiras garotas na escola, as homenagens em casa para elas, tentando recordar dos detalhes da roupa, os ângulos de alguma visão mais reveladora do corpo delas. Uma época em que não era fácil como hoje, não. Comer, de fato, uma garota na escola era algo raro, e tenho certeza de que metade das histórias contadas eram todas mentiras. Ah, a Mônica… a primeira namoradinha, os amassos gostosos, ambos aprendendo a beijar. E, depois mais avanços, até conseguir a glória de ver, tocar e beijar os peitinhos dela, de passar a mão na bundinha por baixo da calcinha, ela mostrando a bocetinha peludinha, abrindo para eu ver (“É só para olhar viu? Não encosta nela!”) e ganhar uma punhetinha com direito a gozar na mãozinha dela, admirada como ele funcionava, vendo tudo pela primeira vez. Descoberta que guardo com carinho e tesão até hoje… Mônica querida, que fim você levou?

Vou recorrendo a imagens das amigas, namoradinhas e casos rápidos daquele tempo, me vendo aqui batendo essa punheta depressiva, nessa situação. Homem maduro e agora sem rumo. Depois delas todas até conhecer você Fernanda, razão da minha vida e agora da minha ruína. Você terminando seu curso na faculdade, veio fazer estágio de arquitetura na empresa onde eu trabalhava. Fiquei fissurado em você, nos aproximamos, e a química foi perfeita. O único problema era que você ainda namorava em seu primeiro relacionamento. Não aceitei bem, mas você dizia que o namoro estava acabando, já infeliz e decidida a deixá-lo de vez. Seria um sinal de que deixei passar do seu caráter? Será que fui estúpido nesse tempo todo não entendendo que, enquanto nós dois já nos pegávamos no meu carro, que havia um outro “Roberto” sendo também traído e que nada sabia do que estava acontecendo? Exatamente o que aconteceu comigo agora?

Mas como resistir a você, seu jeitinho meigo e ao mesmo tempo provocante. Você brincava comigo lá na empresa mesmo, desafiando o perigo por estarmos num ambiente de trabalho, tentando me seduzir e me deixando louco. Seu namorado na faculdade nem imaginava o que você aprontava, usando roupinhas mais justas, se achegando a mim provocante, deixando seu perfume me contaminar enquanto saia da minha sala rebolando sua bundinha deliciosa. E assim engatamos nosso namoro, depois de você finalmente terminar com ele. Logo no começo, nós dois não resistindo e saindo muitas vezes direto do trabalho para você levar muita pica minha, a noite toda na minha casa ou mesmo em algum motel. Seus pais lhe imaginando na faculdade, enquanto na verdade você estava experimentando o gosto da minha porra na boquinha. Lembro de você montada no meu pau, gemendo e gozando comigo mordendo seus peitos. Experimentamos todas as posições, de ladinho, papai-mamãe com declarações de amor no ouvido, e de quatro, sua preferida se empinando toda para a minha vara… essa aqui mesmo, olha, lhe fodendo com força por trás. Muitas horas transando gostoso, terminando sempre com um banho gostoso, beijos e carinhos antes de lhe deixar na sua casa. Nós dois apaixonados, e você sendo só minha. Por todo esse tempo, meu amor.

Isso tudo rodando na minha cabeça, a bebida embolando tudo agora depois do segundo copo, e seu corpo maldito, sua voz se misturando com as das poucas outras mulheres da minha vida. Achando agora que me dediquei a ser fiel a essa mulher, enquanto ela deve ter aproveitado a vida, como sempre fez. Desgraçada, eu perdi tantas oportunidades, com secretárias ambiciosas querendo se submeter ao chefe disciplinado, esposas infiéis de conhecidos que se insinuaram para mim, o sexo fácil que estaria à mão em viagens a negócio em vários olhares cruzados em hotéis, bares e restaurantes… outras tantas mulheres que provavelmente agem como você, que põem chifres nos maridos querendo uma noite de muita putaria. Fernanda, você foi dessas também? Quando eu viajava você saia dando por aí? Quero a verdade toda, agora!

Já não duvido de mais nada, e nem consigo pensar racionalmente. Só bato essa punheta feroz me vendo no espelho do corpo e da alma como o marido traído. Minha mão nervosa soca mais e mais e já sinto a vontade de gozar. De gozar por tudo isso, pelo que você me fez, pelo que não fiz, querendo voltar no tempo, querendo me sentir macho de novo. Começo a esporrar sentido os espasmos e jorrando longe… Um jato, um segundo… e quando solto o terceiro e derradeiro estou olhando para a calcinha da Fernanda no chão, a mesma com a mancha de gozo e esperma do outro. Gozo sem querer ver isso, e caio deitado na cama chorando do fundo do poço em que cheguei. A dor do corno, daquele que não quer, não pediu e não merece ser. Choro e apago por um tempo, o copo vazio largado ao meu lado.

Acordo por volta das 4:00, com uma baita ressaca moral. Deitado pelado, o pau encolhido e melado, me levanto procurando um pouco de dignidade. Arrumo as coisas como consigo, limpando a porra agora seca do que gozei no chão em frente ao espelho; guardando a bebida e indo tomar um banho, sem esquecer de recolocar a roupa dela de volta no cesto do banheiro. Sentindo a água lavando isso tudo, passo a pensar mais friamente em como seguir com tudo. Antes de mais nada preciso descobrir a verdade, escutar da Fernanda alguma explicação, averiguar o que acontece e quem é o amante dela. Nada de loucuras, ser racional para não acabar perdendo mais do que já perdi.

Estou na sala no início da noite, quando escuto o barulho das chaves destrancando a porta do apartamento. Meu estômago embrulha, mas respiro fundo esperando aquele contato. Tentei antecipar tudo, parecer natural. Ela entra em casa toda feliz, como sempre linda e arrumada. Blusinha com um leve decote valorizando seus seios, os cabelos soltos, e uma calça jeans justinha marcando o bumbum. Não, Roberto, você não vai ser seduzido por ela… mas ela é maravilhosa. Como pode ser? Não tem uma explicação que salve tudo isso? Sei lá… ela sendo chantageada, fazendo aquilo forçado? Ou quem sabe não tenha saído com outra mulher, hein? Ela sempre demonstrou algum interesse… vai que não acabamos num "trisal" e você fatura outra bocetinha? Hein, hein???

- Oi amor! Chegou cedo hoje! Que bom, assim podemos nos arrumar sem pressa para irmos na casa da Cristina! Você se lembrou, né? Hoje vai ser animado, as meninas estão todas cheias de ideias… brincaram o dia todo no WhatsApp, quero só ver!

Ela se abaixa e me dá um beijo na boca, beijo rápido, mas com a língua brincando com a minha. Passo a mão pela cintura e pela bundinha dela, não resistindo.

- Vou tomar um banho e me arrumar como você pediu, bem sensual viu? Quero me divertir muito essa noite!

Vejo tudo isso calado, depois dessa tarde de sofrimento. Pensa Roberto, pensa! Daqui para frente sua vida TEM que mudar… pensa em você, entenda e trace um plano. Que plano? Ainda não sei…

- Ok, Fê! Estou te esperando aqui na sala. Já estou pronto para a festinha.

Será que estou mesmo?

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Foto de perfil de Al-BukowskiAl-BukowskiContos: 68Seguidores: 322Seguindo: 134Mensagem Al-Bukowski é minha pequena homenagem ao escritor maldito, Charles Bukowski. Meu e-mail para contato direto: al.bukowski.contos@gmail.com

Comentários

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Puta que pariu! Esperava outra reação! Mas vamos ver tá muito bem relatado!

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Eu estou gostando bastante. É bom saber de mais um autor de qualidade no site. Se passar seu e-mail poderemos dar outras dicas e comentários mais restritos. Valeu.

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Um conto publicado em agosto e eu lendo apenas agora. Tentando seguir a sequência naturalmente. Gosto do texto, não vi nada fora do crível e do normal. Acho que o Roberto (pelo seu perfil) agiria mesmo dessa forma. Mas exagerou um pouco nos devaneios, transmitiu bem o drama do traído que descobre, suas lembranças, a crise, mas passou um pouco do ponto. Concordo com o leitor que disse o mesmo. Ficou meio cansativo, por vezes tive vontade de parar de ler, saltar partes. muitos detalhes desnecessários, embora acredite que eles existem numa situação semelhante. Mas no conto não precisa. Se fizer uma revisão poderá enxugar mais. Mas o conto é muito bom e o problema do casal está sendo bem apresentado. 3 estrelas. Gostei.

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Querido par com isto seja homem pela primeira vez na vida,confronte ,peça explicação não seja covarde como muitos,fale que vc sabe da traição,não fique aí chorando tocando punheta pelos cantos,vai fundo meta o pé na jaca,vai lá no banho come ela e depois fala,bjs

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Nossa, o peso psicológico na narrativa do personagem é incrível! Do tipo que deixa o leitor bastante intrigado com o que pode acontecer por diante. Tô amando!

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pelo fato dela transar com o amante sem camisinha e ainda deixar ele gozar dentro tudo leva a crer que a fernanda ja estava traindo o Roberto ja faz bastante tempo....

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Sinto amargura no coração ao abrir e ler: “Oie amor, tudo bem? Como foi lá a reunião, deu tudo certo? Nossa, fiquei aqui torcendo muito, pensando em vc a manhã toda aflita por vocês! esta parte foi pesada em!!!

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O fato dela ter ficado com ele enquanto ainda estava namorando outro já deu a dica: ela tem flexibilidade moral para trair sem se sentir culpada... Eu já saltei fora de um relacionamento justamente por conta disso. Se fiz bem ou não não há como saber. O fato é que não quis pagar para ver.

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Mais uma vez agradeço pelos comentários, agora sobre a Parte II. Confesso que, depois de muito ler outros contos aqui, tive a pretensão apenas de ver se conseguiria contribuir com uma trama e evoluir uma história. Não esperava receber comentários, e tanto os positivos como os negativos são legais pois mostram a reação dos leitores.

Sem adiantar nada (pois tenho o curso do conto já traçado e o rascunho da próxima parte a meio caminho para publicar nos próximos dias), queria colocar alguns pontos para vcs pensarem comigo:

1) O Roberto é um cara meio fora da curva. É um cabaço que teve pouquíssimas mulheres na vida, sendo algumas na adolescência e depois apenas a Fernanda o resto da vida, apaixonado por ela, e chegando agora na meia idade. O mundo dele ruim nesse dia, e ele não processou ainda tudo o que aconteceu.

2) Apesar de ter publicado em 2 dias, o tempo da história não passou mais do que poucas horas, entre o trauma da manhã e agora o início da noite. E boa parte desse tempo ele ficou preso no trabalho ou no porre da tarde. Dado o contexto, a reação dele ainda não veio de fato, não caiu a ficha de tudo.

3) Para a discussão corno x não corno, uma resposta: corno ele já é (ou ao menos tudo leva a crer que sim). O ponto é se ele será um corno manso aceitando tudo, se fechará os olhos fazendo vista grossa, se acaba com o casamento e chuta o balde, ou… bom, vamos ver onde termina.

4) Por último, entendo que muitos estão criticando o fato dele já não chegar “dando o louco” no motel como no caso da Fabiola (rsrsrs) ou voltar para a casa e esculachar a Fernanda e acabar com tudo. Isso acabaria também com o conto, e seria lugar comum com ela que vemos muito por ai. A ideia aqui é termos uma situação com um cara que se defronta com uma crise de vida, personalidade, e tudo mais. Certo ou não, talvez muitos se identifiquem com ele, ou até mesmo conheçam amigos e casais como eles. Casais com muito tempo de casados, nada indicando o que algum deles esconde em sua vida particular.

Bom, é isso. Espero que continuem curtindo as continuações que virão a seguir.

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...rs ...continuo só observando , será que não haverá uma reação? 20 anos de fidelidade e derrepente...rs..🤔

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