A esposa infiel do meu amigo (parte 10)

Um conto erótico de Lael
Categoria: Heterossexual
Contém 2444 palavras
Data: 04/07/2022 20:01:23

Após ler a mensagem de Karina, nitidamente fiquei preocupado e apesar de Chloé estar dirigindo com grandes óculos escuros, deve ter me olhado de rabo de olho e notado:

-Problemas no trabalho ou alguém sentindo sua absence?

-Não, nada fora do normal, rotina de trabalho.

-Ouais (sim).

-E você? Está bem?

-Sim, totalement perfect.

Sua resposta foi ácida e após um fim de semana digno de uma lua de mel, aquilo era estranho, mesmo já sabendo do seu problema de humor, decidi me certificar se não era nada comigo.

-Não sei se de repente fiz algo e te aborreceu ou se foi outra coisa, mas se quiser, pode falar, gostaria de ajudar.

-Non há nada, apenas pare de tentar ser legal, prefiro você brut como é na cama ou mesmo amer (amargo) como me tratou no primeiro dia que o procurei.

Resolvi me calar e pensei. “Apesar de linda e quente na cama, conviver com essa peça deve ser um roda gigantes de emoções, uma hora está doce como uma namorada apaixonada, na outra nem quer falar”.

Voltamos em silêncio, quando Chloé me deixou na porta do meu prédio, mesmo sentindo que ela estava brava, puxei-a para mim e beijei sua testa e cabeça:

-Há muito tempo não me sentia tão bem e não falo só sobre a maratona de sexo, estar com você e vê-la serena ou até gargalhando em alguns momentos, foi maravilhoso.

Chloé encostou a cabeça em meu ombro por alguns segundos e disse:

-Non épris (não se apaixone), você irá se machucar, isso deve ser só sexo. –Respondeu sussurrando.

Desci do carro e de cara já tinha que saber o que ocorreu entre Karina e Eder, avisei no trabalho que chegaria um pouco mais tarde.

Liguei para Karina dizendo se poderíamos conversar. Ela desceu ao meu apartamento e entrou aflita.

-O Eder está completamente louco! Bebeu feito um gambá o fim de semana inteirinho e me chamou de todos os nomes, o mais bonito foi puta. Vomitou tudo no chão da sala, chorou, dormiu na varanda, foram dois dias de show. Mas o mais grave, disse que não irá cuidar de filho dos outros e já está planejando que vai revelar tudo ao Juninho, mas claro com uma versão alternativa da história de que eu o traí e agora o filho pode ser de outro, só sei que estou sofrendo muito com tudo isso. –Contou Karina chorando em seguida.

-Calma, vamos resolver isso, hoje à noite falarei sério com ele.

-Não! O homem já está uma arara se souber que conversamos, aí que ele surta!

-Ah, mas ele vai te que ouvir, até agora, o Eder se colocou em primeiro lugar em tudo, até já sei por onde irei pegá-lo, pode deixar que de hoje não passa, você vai ver como ele mudará.

Karina ainda ficou receosa, mas procurei acalmá-la. Quando já estávamos nos despedindo, ela perguntou.

-Você só visualizou as mensagens hoje cedo e vi que chegou com uma mala, passou o fim de semana fora?

-É...Campos de Jordão. Resolvi descansar, só trabalhar e não desfrutar é desperdiçar a vida.

-Tem razão. – Karina parecia desconfiar de algo pelo modo que me olhou, mas não tinha nenhum compromisso com ela, então não encanei.

À noite, subi e fui falar com Eder. Ele me recebeu de cara amarrada e sua esposa foi para o quarto, com medo de sua reação.

-Temos que conversar sério, Eder.

-Já sei, ela foi correndo te contar tudo, será que não aproveitaram para dar mais uminha?

-Cara, respeite sua mulher, se a conversa for começar nesse tom, acho que irá acabar muito mal.

-Aaaaahh! Quer dizer que além de foder minha esposa, botar um filho nela, agora vai me bater também? O que quer mais? Esse apartamento? Meu carro?

Eder fazia gestos espetaculosos movendo as mãos, querendo me dar a chave do carro. Estava realmente alterado.

-Quero falar como você como dois homens, sem molecagem barata, pois a situação é séria. Naquela noite, em meu apartamento, você me disse que o filho era seu e pronto e que nunca mais deveríamos tocar nesse assunto, que porra de mudança é essa? Sua palavra não vale?

-Ah! E você pensa que é fácil para mim, a barriga dela não dá dá para notar, mas daqui a um, dois meses, toda vez que eu olhar, pensarei: “quase certeza que o bebê ali é do Geovani, do comedor que fodeu minha esposa na minha cama, duas, três vezes por semana, fora em outros lugares, como na festa”. Vocês acabaram com a minha vida, isso sim! Eu não vou ficar com fama de corno, melhor separar e pronto só não sei se espero a criança nascer e faço o exame e depois vejp, mas é teu, claro que é. E tem mais, quando o Alexandre e a Gro-Gro-Groe...Droe...Vroe...Enfim, esse nome aí verem a Karina grávida levarão cinco segundos para dpensarem “coitado do Eder, além de corno, ainda vai assumir o filho de outro”.

Vendo a vitimização de Eder somada a tudo o que ocorreu desde a noite que Alexandre e Chloé me flagraram com Karina, perdi a cabeça e foi a minha vez de pegá-lo pelo colarinho. Ele é baixinho e um pouco barrigudo (não muito) e se assustou quando viu eu quase rasgando sua cara camisa polo vermelha e branca:

-Escuta direitinho tudo o que eu vou dizer, Eder. Até agora, a sua vontade foi colocada em primeiro lugar, você pirou de tesão quando soube que durante o tempo que passou separado da Karina, ela transou com outro, quando reataram, passou a desenvolver esse fetiche de imaginá-la com outro, depois quis que ela e eu ficássemos dando uns amassos sem penetração bem aqui enquanto você se acabava na punheta, em seguida, quis que eu a comesse na sua cama, na minha, no motel e sempre adorando. Foi sua a ideia inicial de que Karina e eu nos pegássemos lá no casamento e agora que ocorre um imprevisto, você se torna a vítima? Seja homem, cara! A Karina perdoou uma traição sua e entrou nessa de mundo liberal porque a ideia foi sua! Agora era hora de você estar ao lado dela e não fazendo-a chorar, ameaçando que vai deixá-la e pior, dizer para o seu filho que a mãe dele te chifrou e engravidou de outro? Tem ideia do estrago que vai fazer na cabeça e na vida deles só para não passar por frouxo? Pois saiba de uma coisa, você é frouxo sim, não porque aceitou dividir a esposa com outro, isso não tem nada a ver com ser mais ou menos homem, você é frouxo pelas atitudes que vêm tendo desde aquele bendito flagrante. Só que tem uma coisa, se você decidir falar mais uma merda para a Karina durante a gravidez ou tomar alguma atitude mais drástica como abandoná-la, contar lorota ao seu filho, eu irei revelar a todas, mas todaaaaaaaaaaassssss as pessoas que te conhecem que eu comi sim sua mulher, mas porque você quis! Porque você adorava vê-la gozar com outro, contarei todos os detalhes, de você gozando e caindo no chão de tão excitado que ficava. Isso sim, vai ser a sua ruína moral e o seu pior pesadelo. Agora, a gente pode resolver isso de outra maneira, se depois de um tempo que a criança nascer, você resolver fazer o teste para saber se é o pai e caso não senja, querer se separar discretamente, aí é uma conversa entre vocês, mas em hipótese alguma, caso o filho não seja seu, permitirei que saia difamando ela, entendeu? Não pense que teremos outra conversa dessas, mais um surto como o que deu no fim de semana e a sua moral irá para sarjeta. Esquece porra de Alexandre e da mulher dele, que só para constar se chama Chloé, há anos você parece que vai ter um AVC toda vez que tenta pronunciar o nome dela e nunca acerta. Assume a sua responsabilidade nessa aventura, a sua companheira de 18 anos precisa do seu apoio agora não da sua reputação.

Após esse longo discurso, Eder caiu sentado no sofá com o olhar perdido, talvez o medo de ser chamado de como corno manso por todos, o fez entender que não poderia simplesmente cair fora, ou talvez tivesse se tocado do idiota que estava sendo com Karina.

-Tem razão! Eu...Vou ter que procurar um terapeuta para digerir tudo isso, mas preciso me controlar, tenho sido um canalha com a Karina...Preciso mudar.

-Espero que mude pelo bem e não só pelas minhas ameaças.

Resolvido ainda que temporariamente a situação de Eder e Karina, passei a refletir sobre Chloé, apesar do espetáculo de mulher, de trepar bem demais e de seus maravilhosos cheiros, tinha muito receio de criar alguma expectativa mesmo que fosse de nos tornarmos amantes, pois além de Alexandre se revelar um cara que além de canalha, poderia ser perigoso, devido aos seus contatos, o humor dela era realmente complicado, temi me apaixonar e do nada ela dizer com a maior cara blasé: acabou, ou então sumir para a França, já que ia sempre para lá. Porém, nos momentos de descuido, me pegava pensando no sorriso dela diante da lareira, das caminhadas abraçados ou de mãos dadas que demos em Campos de Jordão e de um monte mais de situações, quando percebia, me repreendia mentalmente.

Novamente de segunda até sexta, Chloé não entrou em contato, mas como parecia estar virando rotina, na sexta, após o almoço, fui avisado por minha secretária que a francesa estava em minha sala, porém dessa vez, espantei-me ao notar que ela aparentava estar embriagada. Trajando uma saia marrom curta, uma blusinha branca, um casaquinho também marrom e botas da mesma cor, ela estava sentada em minha cadeira e com os pés na mesa. Ao me ver, disse com a voz alterada pelo álcool:

-Olha ele aí! Até que hoje não demorou tellement (tanto)...L’homme d’affaires (o homem de negócios) – Em seguida, começou a rir.

Fechei a porta incrédulo, bati uma mão contra a outra e pensei: “Um dia é o Eder bêbado no meu apartamento, no outro, Alexandre bêbado ao telefone e agora até a Chloé? Esse pessoal deve achar que tenho cara de dono de boteco”,

-O que é isso, Chloé? Não acredito que você bebeu e para estar assim deve ter começado cedo.

Passando a mão no rosto e depois fazendo um gesto do tipo “dane-se” jogando a mão.

-Ne pas déranger! (não perturbe)

Aproximei-me dela para entender melhor: “Só faltava mais essa, a francesa é cachaceira”.- Pensei comigo.

-Conte-me o que houve, vamos nos sentar no sofá.

Chloé conseguia andar, mas por via das dúvidas, fiquei por perto.

-O que aconteceu?

-O Alexandre...Allez au diable (maldito), como sempre...

-O que ele fez para te deixar assim?

Chloé jogava os braços para o alto, meio que sem controle e começou a falar totalmente em francês, pedi então, que falasse em português.

-Fez tudo. Mas ontem passou dos limites. Foi para a casa da amante como sempre faz, duas vezes por semana e voltou de madrugada totalement ivrê (bêbado), acredita que mesmo cheirando a sexo feito com ela, o fils de pute queria que eu chupasse seu pau. Dormimos em quartos separados, quando notei ele já estava esfregando o membro mole, gosmento e com um cheiro horrible. O négligeable (insignificante) ainda tentou me puxar pelos cabelos, mas lhe dei um belo soco nos ovos. Brigamos até amanhecer e quando ele saiu decidi encher a cara como dizem vocês aqui no Brasil.

A minha raiva de Alexandre só aumentava, mas naquele momento tratei de cuidar Chloé.

-Você veio dirigindo nesse estado?

-Évidemment non. Sai de casa sem rumo, não aguentava mais ficar lá, aí peguei um táxi e vim para cá.

-Acho melhor a gente ir para o meu apartamento, você descansa umas horas e depois vemos o que fazer.

Chloé não se opôs e fomos. Após um banho e de eu lhe emprestar uma camisa minha para ficar mais confortável, ela dormiu por umas duas horas. Vendo-a ali tão indefesa e pensando nas merdas que Alexandre a fazia passar, além de seu problema de alterações do humor, me apiedei dela.

Quando Chloé acordou, começou a reclamar de dor de cabeça e lhe dei um analgésico. Um tempo depois, já melhor, ela me contou mais sobre o caos que era viver com Alexandre, mas que mesmo com suas ameaças, estava decidida a se separar. A má notícia para mim é que a francesa não iria querer ficar mais no Brasil.

Após um longo desabafo dela, fiquei lhe dando muito carinho, acho que há anos, eu não ficava assim com uma mulher, só abraçando, acariciando seu rosto e cabelos sem que a coisa depois fosse para o sexo. Mesmo tentando negar a mim mesmo, em tão pouco tempo, Chloé tinha mexido com meus sentimentos, mas não sabia se eu tinha mexido com os dela e isso me inquietava. Em um dado momento, ela disse:

-Te avisei algumas vezes para não se apaixonar por mim, mas preciso estender esse aviso a mim também, não posso me apaixonar por você, nem pensar nisso agora.

-Ah, é e por quê? Qual o problema?

-Trop complique, outra hora explico melhor, tenho que focar no momento. Amanhã, vou lá pegar uma coisas e ir para um hotel, posso dormir aqui hoje ou tem algum date hoje?

-Claro que pode, na verdade, meu date hoje à noite seria com uma pizza aqui mesmo, mas com uma convidada tão elegante, acho melhor repensar o cardápio.

Ela riu:

-Idiot, sempre com suas blagues (piadas) sobre o meu jeito. Fique sabendo que adoro pizza, claro que com modération para não engordar. Vamos escolher uma boa.

Pedimos a pizza e decidimos que faríamos uma sessão de cinema depois dela. Um tempo depois, o porteiro liga dizendo que o rapaz da pizza chegou e eu peço para subir. A campainha toca e estranho a rapidez, mas abro sem olhar, nesse momento, levo um grande susto, pois é Eder, soube depois que ele queria me agradecer pela dura que lhe dei e contar que estava tudo bem, porém quando abri, só deu tempo dele dizer “Fala, Geovani” e seus olhos se fixaram para a outra parte da sala, onde ele viu Chloé só com a minha camiseta branca transparente e com suas longas pernas de fora. Espantado, como se tivesse visto um fantasma, Eder apontou para ela e conseguiu pronunciar ainda mais errado o nome da francesa:

-Puta que pariu! Você e a Broaaaaaaaaaa?

Começava mais um problema.

Aos que estão curtindo a saga, peço, se possível, que deixem um comentário sobre a trama.

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Comentários

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Caraca este foi de me fazer odiar,ri um pouco primeiro gostei da dura que Giovane deu no Eder,cara babaca ele quiz arrumou tudo e pediu Giovani transar com a mulher dele,depois quando soube que ela estava grávida quis foder a mulher, canalha,depois ri da cara de dono de botequim gostei do termo, agora o fraga do Éder ele vai pirar, gostei muito,bjs

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Essa saga está realmente me prendendo. Continue, está muito bom

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Lael não se ofenda com a brincadeira mas você é meio masoquista, quando você vai escrever um conto que o protagonista tem o mínimo de paz na vida? Acho que o Geovani é o maior azarado do mundo, o cara é solteiro, tem uma vida tranquila financeiramente, transa com duas mulheres que não querem nada sério e só se fode, não tem uma semana de paz. Tenha compaixão Lael, tenha compaixão.

Ótimo conto.

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ahahaa Boa análise, mas acho que os problemas piores ainda virão.

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meu querido não sei como voce cria estas historias mais cada vez me apaixono mais pelas tramas como sempre 3 estrelas e uma nota 1000.

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Muito grato pelo seus elogios, Laric

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Cara, já comprei 2 séries de contos suas e raramente comento aqui, mas você é foda demais, parabéns pela tremenda habilidade de manter a narrativa interessante. Chego o site duas vezes diariamente pra ver se você postou a continuação hehe, não nos abandone!

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Muito grato pelos comentários generosos, meu caro. Gostaria que mais pessoas que leem os contos, tivesse essa atitude, não só nos meus mas em todos os contos dos demais autores que agradam.

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