Como tudo começou - Descobrindo meu lado comedor

Um conto erótico de Rodrigo
Categoria: Heterossexual
Contém 1868 palavras
Data: 18/05/2022 17:09:34

Tenho lidos muitos contos da Casa e, embora eu entenda que essa seja a fantasia de muitos homens - e mulheres também - preciso alertá-los que o meio cuckhold/hotwife não funciona da maneira como são expostos na maioria dos relatos. ´

É claro que a maior parte dos contos é ficcional, não que isso seja ruim, mas acho que é um pouco perigoso quando o autor afirma que os fatos são verdadeiros, porque (a) isso vai moldando a mente do leitor e (b) faz com ele tolere ou espere situação que não vão ocorrer e (c) isso praticamente anula a possibilidade convencer a esposa e entrar nessa mundo.

Por isso, quero passar algumas situações que vivi nos anos que fui comedor de algumas mulheres e consegui nutrir uma boa amizade com muitos casais.

Primeiro, não querendo dar carteirada, mas tenho que me apresentar, até mesmo para passar a confiança a quem me lê: meu nome é Rodrigo, tenho 35 anos, e por mais de 10 anos fiz parte desse meio, saí com diversas mulheres casadas - a grande maioria acompanhada por seus maridos. Atualmente estou "aposentado", por assim dizer, estou casado com uma linda moça e, sinceramente, não sinto muitas saudades.

Digo isso porque existe uma situação que quase não se fala que é em relação ao comedor e sua solidão. Normalmente, o comedor é descrito como um macho alpha, impassível e sem sentimentos, que é uma máquina de sexo. É claro que nós devemos ter essas qualidades, até porque se não tivermos, as mulheres não se interessarão, mas é preciso se observar que uma hora fantasia acaba, a rainha/hotwife volta a ser a esposa do dia a dia e o marido/corno também, e o comedor segue sua vida solo.

Durante muitos anos isso não me afetou, pelo contrário, eu amava. Mas veio a necessidade de formar família, criar raízes, e senti o peso da solidão pela primeira vez. Aos poucos, as relações efêmeras foram perdendo a cor e o sexo se tornou algo chato. E foi nesse momento da vida que encontrei minha esposa.

Mas não estou aqui para falar dela, ou de mim, mas sim para passar situações reais e tentar agregar conhecimento e valor, com minhas experiências, para vocês.

Sendo assim, vamos começar do começo, e vou contar da primeira vez que estive com uma mulher casada e ouvi falar do mundo cuckhold.

Naquela época eu já havia transado com algumas meninas, mas nada além de namorinhos de escola. Eu tinha acabado de fazer18 anos e queria desfrutar de tudo aquilo que a vida poderia me oferecer e estava convicto que começaria logo naquela verão.

Embora eu já more no litoral do Espírito Santo, aluguei uma casa com os amigos na cidade de Piúma, que, para quem não conhece, é uma cidade praiana aonde o pau quebra, mocinha de família não vai pra lá, não. Hoje está meio derrubado, mas naquela época, ainda tinha o famoso trio elétrico que passava na orla e a galera ia acompanhando. Era muito fácil lá, coisa de beijar 10, 15 meninas, sem fazer muito esforço.

Claro que entre essas tinham aquelas bem feinhas, mas a gente não ligava muito, o negócio era beijar. O problema é que até então eu estava só beijando e eu queria mais e as meninas da minha idade não queriam dar.

Puto com aquilo, tomei coragem e cheguei numa coroa que nem estava no trio, mas estava ali por perto. Ela me deu um corte bem seco e me mandou procurar gente da minha idade. Brincadeira, né?

Mas isso era bem normal, então só segui em frente.

A noite passou, o trio terminou e eu estava voltando pra casa, mais uma vez, sem sexo. Quando eis que me aparece a mesma coroa.

- Olha só quem o vento trouxe de volta.

- Pois é, pior que nem achei minha turma nessa brincadeira.

- Tadinho, vem cá que mamãe cuida.

Ela me deu um abraço que pode ser descrito até mesmo como afetuoso. Eu, que sempre fui um grande admirador dos perfumes femininos, me frustrei um pouco ao sentir cheiro de cigarro e um bafo alcoolizado. Mas, cá entre nós, com 18 anos isso faz alguma diferença? Tentei tascar um beijo na moça.

- Ou, ou, ou chega pra lá. Não é assim, não. Tá muito apressadinho.

- Desculpa, achei que você queria.

- Achou até certo, mas fez errado. Olha só, me encontra amanhã no Quiosque n. 12, que eu tenho muito o que te ensinar.

Ela se despediu e me deixou ali perplexo, sem entender exatamente o que rolaria. Mas fiquei bem ansioso.

Na hora marcada eu já estava lá esperando, quando ela chegou. Não que ela fosse linda ou gostosa, mas também não era feia. O cabelo loiro cortado curtinho, a maquiagem do rosto era leve, e as roupas adequadas para a ocasião: vestia um short jeans curto, mas sem exageros, e uma blusinha preta com um decote generoso que realçava seus principais trunfos: dois lindos seios bem grandes.

- Pontual, começou bem!

- Estava contando as horas.

Sentamos na mesa e ela pediu uma cerveja, bebemos juntos e fomos nos conhecendo melhor. Confesso que aquilo era bem diferente do que eu esperava, porque sentar e tomar uma com uma mulher não parece tão natural aos 18, pelo menos para mim. Mas fui dançando conforme a música que ela tocava.

- Bom, tem uma coisa que eu preciso falar - ela disse com ar misterioso - eu sou casada.

Tomei um puta susto, irmão. Na mesma hora eu quis ir embora. Lembro que naquela época se dizia que "perfume de mulher casada era pólvora", mas ela, percebendo meu suto, me tranquilizou e começou a conversa que mudaria minha vida.

- Alguns casais tem esse tipo de arranjo, sabe? Que gostam dessas coisas.

- Eu nunca ouvi falar, não.

- Mas existe. Tu é muito novo ainda, não viveu o suficiente pra conhecer o mundo, mas é isso. Alguns casais tem relacionamento aberto e ficam com outras pessoas. No meu caso, passamos muito tempo longe um do outro, e fizemos esse acordo.

- Então quer dizer, que a gente pode ficar, sem problemas pro seu marido?

- Sim. Teoricamente, né? Porque ainda não sei se vamos ficar - Ela deu um sorriso quando disse isso e comecei a ficar mais tranquilo - Eu tô brincando, mas é sério. Você tem que saber que isso exige muita confiança e sigilo.

- Não, com certeza, eu entendo.

Seguimos conversando sobre a vida de casado, relacionamento aberto e ela me passou algumas regras que eles seguiam.

De certa forma, sempre me baseei no que ela me ensinou para lidar com as pessoas do meio cukhold e me dei bem em 99% das vezes.

Em resumo, ela me disse o seguinte:

a) O mais importante é o casal, o comedor deve estar lá para satisfazer as vontades.

No futuro, eu passei a entender que o mais importante, na verdade, é a mulher. Então minha ordem de prioridade era: a esposa, o marido e eu. Algumas pessoas me diziam que eu era um pouco mole com isso, mas posso dizer que seguir dessa forma me deu muitos frutos.

b) Existe o momento do sexo e o restante.

Qualquer um que já tenha transado sabe que no momento do ato a gente se transforma, deixa os instintos aflorarem e não pensa direito. Mas quando estamos em três, inserindo uma pessoa no momento que, normalmente é à dois, e realizando um fetiche, é mais difícil ainda se segurar. Mas o comedor precisa saber separar muito bem: não podemos nunca levar o que acontece no sexo para o restante da vida. Durante o sexo podemos tratar a esposa como a maior puta do mundo, mas assim que encerra esse momento, devemos tratá-la com todo o respeito. Em alguns casos, devemos tratá-la até mesmo como uma desconhecida, se for a vontade do casal.

c) Diálogo. Diálogo. Diálogo.

Tudo - absolutamente tudo - deve ser conversado antes. Já ouvi casos em que tudo foi por água abaixo porque o comedor deu uns tapas na cara da esposa ou a xingou sem o consentimento do casal. Para mim, esses exemplos são coisas normais do sexo, mas insisto que tudo deve ser conversado. Alguns maridos, mais adeptos de ser corno manso, gostam de ser desrespeitados ou gostam da surpresa, mas mesmo nesses casos, eu sempre estipulei um limite, uma palavra de segurança, ou algo do tipo.

Sem mais enrolação, vamos aos finalmentes.

Obviamente, estava excitadíssima com essa história, com esse mundo novo que se abria diante de mim, e não tardou para levarmos a conversa para o lado da putaria. Ela começou a me contar algumas histórias que ela e o marido viveram e a safada sabia provocar, bicho. Aquela voz baixa e rouca perto do ouvido, a mão que massageava minhas coxas, o sorriso inocente contrastando com toda a tensão sexual...

Contou que o marido curtia BDSM, e ela começou a se liberar a partir de um joguinho que eles tinham: sempre que ela o fazia sentir ciúmes, ela apanhava.

- E se você terminar de me contar essa história em outro lugar? - Arrisquei.

- Tipo aonde?

- A casa que eu estou é aqui pertinho...

- Vê lá se eu vou pra um casa cheia de moleques.

- Calma, eu ia dizer que posso pegar o carro e a gente vai pra algum motel.

- Quem sabe. Mas acho melhor ir pra minha casa.

Não entendi muito bem se era um convite ou um fora, mas, mais do que depressa me levantei, paguei a conta - o que ela elogiou e fomos andando.

Assim que saímos da avenida principal, ela me puxou para um canto e começamos a nos beijar. Foi um beijo muito gostoso, muito diferente do que eu estava acostumado. Não tinha pressa. Só estava rolando... Levei a mão dela até o meu o pau, que já estava duro, e ela não negou, começou a ensaiar uma punhetinha por cima da roupa mesmo.

Nos esgueiramos um pouco mais para a sombra, e ela enfiou a mão por dentro dos meus shorts e começou uma punheta de verdade.

- Já imaginou uma mulher casada te punhetando no meio da rua?

- Não, nunca. Mas tá muito bom.

- Imagina se meu marido descobre, o que tu acha que ele faz?

- Ele vai te bater, e muito - disse recordando o joguinho deles - e bateria mais se soubesse tudo que eu quero fazer com você.

- Ah é? E o que você quer fazer comigo?

- Ah, eu quero chupar você todinha, depois te colocar de quatro e meter bem gostoso, na cama do seu marido.

Ela continuou forte na punheta, até eu gozar. Limpou a mão na minha bermuda e mudou completamente a expressão.

- Infelizmente você ainda tem muito o que aprender. Não disse que tudo devia ser combinado de forma respeitosa?

Ali, meus amigos, tive a primeira lição desse mundo que nós tanto gostamos: o respeito e o diálogo devem ser a base de toda a relação.

Mas tudo bem, perdi a primeira oportunidade que tive de foder uma casadinha, mas serviu de lição. Voltei pra casa com a cueca melada, um mundo novo a ser descoberto e uma grande lição sobre respeito.

É isso, galera, espero que gostem e espero que as lições sejam válidas. Se gostaram da proposta, comentem aí e eu escrevo mais.

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Comentários

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Muito legal seu relato, a vida nos ensina, e com o tempo, nos tornamos mais maduros e menos afoitos, por assim dizer. Legal, continue escrevendo, suas experiencias devem ter sido fantásticas. Abraços.

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Achei legal seu relato, pelo menos não é igual a tds os outros onde o comedor é o melhor, o mais bonito e mais pirocudo do planeta.

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Um bom relato. Esse ponto de vista, acho que nunca foi expressado aqui.

Mas também é sempre contado pelo lado casal. Acho que cada casal é único e generalizar, dizer que a sua visão é a forma correta de viver o mundo liberal, é um pouco do seu orgulho falando. Mas o relato é realmente bom.

E sua experiência .ereção ser contada. Como você mesmo disse, muitos se identificam e acabam seguindo pelo lado errado.

Forte abraço e continue contando.

3 estrelas.

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Tái uma visão diferente da maioria dos contos onde macho Alpha tem sempre a maior da galáxia fode durante horas mas geralmente os casamentos destes amantes nunca dá certo com a mulher dos outros tudo em casa nada

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