Nossa vida - Capítulo 2

Um conto erótico de Felipe
Categoria: Homossexual
Contém 1196 palavras
Data: 08/03/2022 00:25:17
Última revisão: 08/03/2022 00:29:46

>>>JÉSSICA<<<

Acordei me sentindo meio enjoada, com dor de cabeça, nem levantei da cama e mandei mensagem pra minha mãe avisando que não iria para a faculdade hoje por estar com mal estar. Continuei deitada esperando minha mãe sair de casa, logo que ela saiu liguei para a farmácia perto da minha casa e pedi um teste de gravidez.

Não teria como eu estar grávida, certo? Eu sempre usei camisinha e todas as vezes que ela estourou eu usei pílula do dia seguinte. Não tem como eu estar grávida, é coisa da minha cabeça. Não tem como.

O teste chegou e deu positivo. Eu estou grávida. O que vou fazer? Tomei uns 3 comprimidos de clonazepam, deitei e dormi.

Acordei umas quatro da tarde, zonza por conta do remédio.

Peguei meu celular e estava cheio de ligações perdidas do Rodrigo.

Meu deus, como vou contar isso para o Rodrigo?

Ao pensar nisso toda aquela ansiedade voltou, eu sabia que não estava pronta para lidar com isso.

Liguei para o Felipe, tentei manter a calma, mas acho que mesmo assim soei meio desesperada. Marcamos de nos encontrarmos na casa dele.

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10 meses antes

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Dormi na casa do Rodrigo esse final de semana, foi nossa comemoração de 3 anos de namoro.

-Corre amor, o Felipe mandou mensagem avisando que já está pronto! -Rodrigo gritou do quarto

-Já vou, to quase pronta -Eu respondi do banheiro

Estava terminando de me maquiar, quando o Rodrigo entrou no banheiro e se apoiou na bancada do meu lado

-São 07h da manhã, amor, não precisa se maquiar tanto, você é linda do seu jeito. -Rodrigo falou

-Eu te amo, sabia? -Eu falei

-Eu te amo mais. -Rodrigo falou se aproximando para me beijar

Atualmente sinto como se nosso amor tivesse esfriado, não sinto mais o mesmo tesão que sentia por ele a um tempo atrás. Não queria terminar com ele, pois ainda sinto algo. Talvez o motivo de o amor ter esfriado seja por ele ser perfeito demais, sabe aquele cara que nunca errou? Aquele cara que faz o máximo para te satisfazer em todos os sentidos? Aquele cara que está sempre ali por você? Esse é o Rodrigo. Chega a ser um pouco sufocante isso, eu sinto como se eu não merecesse um cara tão perfeito assim. Daddy issues? Talvez.

Meu pai literalmente saiu para comprar cigarro e não voltou mais, parece até piada, mas realmente aconteceu. Eu tinha apenas 11 anos quando ele fez isso, deixando eu e minha mãe completamente desamparadas. Mas acho que foi bom na verdade, ele era alcoólatra e já havia agredido minha mãe várias vezes. Talvez ele ter ido comprar cigarros tenha sido um livramento.

Passamos na casa do Felipe, pegamos ele fomos para a universidade. Chegando lá deixamos o Felipe no prédio dele e o Rodrigo seguiu para me deixar.

-Amor, to pensando em viajar na metade do ano, para Búzios, o que você acha? -Rodrigo falou

-Ahhh, eu acho que não vou ter dinheiro suficiente para isso, deve ser muito caro. -Eu falei

-E quando eu te deixei na mão? Sê você quiser ir, cê sabe que daremos um jeito de conseguir a grana. Conversei com o Felipe e acho que ele vai ir também. Não fica tão caro.

-Vamos ver, amor.

Dei um beijo nele e segui para a minha sala de aula.

Não tive aula naquele dia, os veteranos só levaram os calouros para conhecer a estrutura da universidade. Fiquei esperando uma festinha ou algo do tipo, mas não teve. No final da apresentação eles nos informaram que no final de semana teria uma calourada e que todos calouros estavam convidados.

Fui para casa de ônibus sozinha pois o Rodrigo ainda estava em aula e o Felipe tinha sumido.

Moro perto da casa do Felipe, umas duas quadras de distância.

Cheguei em casa e encontrei a minha mãe deitada no sofá com novo namorado dela.

Minha mãe se chama Cecília, tinha 53 anos, era muito bonita para a idade, apesar dos problemas ela sempre se cuidou muito.

Minha mãe estava desempregada a meses, estávamos vivendo basicamente a base dos freelances e das maquiagens que eu fazia e as vezes minha mãe conseguia uma faxina. Achava um ultraje a minha mãe levar um macho para viver a nossas custas, sabendo da dificuldade que estávamos passando. O nome dele é Flávio, nem sei ao certo a idade, só lembro que tinha menos de 30 anos. Branco, alto, cabelo preto e meio gordinho. O pior é que ele era nitidamente um interesseiro, um maconheiro (nada contra maconheiros, mas o cara vivia fumando e não corria atrás nem de bancar o próprio vício) de menos de 30 anos que não trabalhava e só estava atrás de alguém para bancar, por que provavelmente nem a mãe aguentava mais em casa.

Minha mãe viu eu abrindo a porta e levantou do sofá e veio toda feliz em minha direção.

-Como foi filha? – Minha mãe falou

-Nada demais, dona Laura. -Eu respondi

-Você sabe que eu não gosto que você me chame pelo meu nome -Minha mãe falou

-Ta mal educada ela, ein amor. – Flávio falou

-Cara, cala boca. Quando você vai embora daqui? Ou mudou de vez para cá? -Eu falei

-JÉSSICA! Não fale assim com ele, ele é meu namorado e você deve respeito a ele da mesma forma que deve para mim -Minha mãe falou brava

-Isso amor, bota ordem na casa -Flávio falou

-É sério mãe? A senhora não vê que esse marmanjo só ta se aproveitando da senhora? -Eu falei

-Se você falar dessa forma comigo ou com ele mais uma vez, eu te boto para fora de casa. Não esqueça que essa casa é minha e eu já te criei, você é maior de idade. Cuide da sua vida que da minha cuido eu. Me respeite. -Minha mãe falou

Minha mãe estava muito nervosa, já tivemos outras brigas por conta disso mas nunca tinha visto ela dessa forma. Enquanto eu e ela brigávamos o Flávio ficava só segurando o riso no sofá.

-Ta me ameaçando por causa desse encostado? SOU EU QUE TENHO COLOCADO COMIDA NA MESA DESSA CASA A TEMPOS. Seu eu sair daqui é VOCÊ ~falei isso apontando o dedo para ela~ que vai sofrer e não eu. Inclusive eu até agradeceria e teria mais paz. -Eu falei

-Então sai da casa querida, ta fazendo o que aqui ainda? -Minha mãe falou

Olhei para a cara dela, não respondi nada e sai chorando para o meu quarto.

Eu sabia que esse dia iria chegar, só não esperava que fosse tão cedo. O que vou fazer? Eu ganho uma grana até que boa, mas não é o suficiente para bancar um lugar para eu morar.

Lembrei de uma amiga minha que me falou uma vez a respeito de um site onde ela fazia strip tease na câmera e ganhava em dólares por isso. Eu não posso fazer isso com o Rodrigo. Não posso. E se eu contar para ele? Não, ele não me apoiaria. Ele me apoiaria financeiramente, mas eu não quero. Nunca precisei de dinheiro de homem algum e não vai ser agora que vou precisar.

Abri o site CAM4.

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Comentários

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Adorei.

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