Consequências do Feminismo

Um conto erótico de Don Pidgeon
Categoria: Heterossexual
Contém 2721 palavras
Data: 17/02/2022 17:58:04

João Ricardo estava no seu segundo ano como segurança do campus da UNESP. Era alto, atlético e tinha 29 anos, seu sonho sempre foi se formar em direito e entrar na Polícia Federal, mas nunca tivera tempo suficiente para se dedicar a uma faculdade. Tendo de sustentar esposa e filhos, João apenas trabalhava em uma universidade e olhava esperançoso para as salas de aula, imaginando quando poderia voltar aos estudos.

João não se irritava facilmente, mas um dos seus botões eram os alunos vagabundos, que não valorizavam suas oportunidades. E a época que mais irritou – e traumatizou – João Ricardo fora durante o ano de 2016. O Brasil estava extremamente dividido, brigando nas ruas e redes sociais, e, para completar, os estudantes da UNESP decidiram por fazer greve e “ocupar” a universidade, impedindo que as aulas acontecessem, em protesto contra a PEC que limitava os gastos públicos.

O segurança do campus não se interessava muito por política, preferia não discutir e muito menos dar opinião. Mas a ocupação da UNESP foi algo que o deixou irritado, pois todo dia ele, na condição de segurança e mantenedor da ordem dentro do campus, devia lidar com estudantes que passavam dos limites, danificavam patrimônio público e faziam badernas em geral. Seu trabalho era, basicamente, capturar os vândalos e os escoltar para fora da UNESP. A maioria dos casos eram resolvidos pacificamente, exceto por alguns insultos ao segurança. Poucas vezes o uso da força foi necessário, caso em que João precisava chamar reforços pelo rádio.

Mas houve um caso um tanto... peculiar.

Aconteceu durante uma tarde de sábado, quando João fazia sua ronda rotineira pelo campus, pilotando a moto da universidade. Um grupo de estudantes o chamou e denunciou que havia vândalos quebrando cadeiras em uma sala de aula do curso de direito. João fez uma careta de desgosto. A cada chamado ficava mais puto, e se pôs a caminho da ocorrência. Como a maioria dos casos se resolvia sem necessidade de reforço, João optou por não utilizar o rádio.

Ao chegar ao prédio, desceu da moto e entrou no corredor da sala de aula em questão. Quando chegou no local, realmente notou que haviam móveis quebrados e pichações nas paredes, e sua decisão de não chamar assistência de outros seguranças apenas foi reforçada quando ele viu que os vândalos eram do sexo feminino. Eram três garotas, todas estavam rindo e conversando entre si, sentadas no chão da sala vandalizada.

— Ah não, chegou o fascista — suspirou uma delas. Era morena, tinha cabelos castanhos cacheados, usava uma blusa tie dye, calças jeans com rasgos no joelho e calçava all-stars brancos e sujos.

— Ok meninas, hora de sair do campus. Ocupar é uma coisa, vandalizar é outra — João manteve a paciência e disse o que sempre falava nessas situações.

— Não fode, macho escroto — xingou outra, uma moça de pele branca. Enquanto a de cabelos cacheados tinha um rosto simpático e era levemente acima do peso, essa era bem acima. Tinha cabelos azuis e seios enormes. Vestia-se toda de preto, incluindo pesadas botinas.

— É, sai fora — reclamou a terceira, a mais magra do grupo. Esta era loira, seus cabelos lisos e longos. Usava um vestido leve com desenhos de flores e calçava um par de tênis keds.

— Sabem o procedimento moças, não me façam usar a força — disse João, perdendo a paciência aos poucos. Pelas características, já imaginava que eram feministas, daquelas mais enjoadas.

As três gargalharam.

— É só isso que macho escroto sabe fazer mesmo, ameaçar — disse a garota usando tie-dye.

— Certo, vocês pediram — João apertou o botão para falar ao rádio, mas antes que qualquer palavra saísse de sua boca ele foi acertado por algo duro na nuca.

O segurança caiu no chão da sala, zonzo, foi quando notou que havia uma quarta garota na sala, que estava atrás dele o tempo todo. Antes de desmaiar, viu se projetar acima dele uma garota morena, magra, usando uma blusa branca e calças jeans. Ainda sentiu um leve chute que ela lhe deu, notou que ela usava sandálias melissa.

— É assim que se conversa com fascista — ela falou, orgulhosa, ao som do aplauso das amigas.

A visão de João escureceu completamente.

Recuperou a consciência aos poucos. Notou que estava caído no mesmo lugar, na mesma sala, seu rosto colado no azulejo branco do chão. Sua visão estava embaçada, mas conseguiu perceber que as meninas ainda estavam ali, pois via os formatos de seus corpos se mexendo. Elas conversavam e riam de algo, mas seus ouvidos zumbiam tanto que não conseguiu entender de primeira. Sentiu alívio, no entanto, ao perceber que estava vivo. Tentou se mexer, querendo tocar na própria nuca, que ardia, mas não conseguiu. Suas mãos estavam amarradas nas costas. Onde diabos elas conseguiram uma corda? Pensou.

—O fascista acordou — ouviu uma das garotas dizer.

João tentou identificar quem foi a autora do comentário, mas sua visão ainda estava borrada. Tentou dizer que elas estariam muito encrencadas se não o soltassem naquele exato momento. Foi quando percebeu que sua boca estava coberta com uma fita adesiva. A mancha de uma das meninas aproximou-se dele, e quanto mais ela chegava perto, mais sua visão melhorava, até que reconheceu a autora do golpe na sua nuca. Ela devia ter usado uma perna de cadeira ou algo do tipo. Com o rosto no nível do chão, uma das primeiras coisas que sua visão recém-recuperada notou foi a sandália melissa. Naquele momento, decidiu que chamaria aquela menina de Melissa.

— E então, machista, o que a gente faz contigo? — João sentiu a sandália dela no seu peito, empurrando-o, de modo que agora ele ficou deitado de rosto para o forro branco do teto.

— Joga o spray de pimenta que ele usa nos olhos dele! — riu uma das garotas mais atrás.

João começou a ficar possesso de raiva. Quem essas garotas pensavam que eram? Tentou remexer-se para se livrar da corda, mas estava bem amarrada nas mãos, tentou mover os lábios de modo a afrouxar a fita adesiva, mas a fita dava voltas por trás da sua nuca e também estava bem presa. Puto, virou-se de lado novamente e encarou as meninas. Já havia nomeado Melissa, e agora olhava para a garota de vestido florido – Flor – era como ele chamaria ela. Olhou ao lado e viu a morena com camisa tie dye, não teve dúvidas, identificaria a garota como Tie Dye. Por último, a mais gorda delas, com os seios enormes. Espanhola seria o nome dela.

— Quem disse que pode ficar olhando pra gente, fascista? —Flor perguntou, agressiva.

— Responde ela, fascista! — Melissa, que estava perto dele, aproximou o pé de seu rosto. João achou que levaria outro chute, mas ela apenas usou a ponta da sandália para levantar sua cabeça. Com a proximidade, João não pôde deixar de perceber o aroma desagradável. Melissa notou quando ele fungou.

— O quê? Meu pé tá fedendo? — Melissa riu e aproximou a sandália do rosto de João de novo, dessa vez mais perto, e mexeu os dedos dos pés. João nunca havia se sentido tão humilhado na vida, não podia fazer nada a não ser aguentar aquele cheiro horrível, uma mistura de vinagre e queijo.

— Não parece que ele gosta muito — Tie Dye gargalhou, acompanhada das amigas.

Melissa se sentou no chão e, com a ajuda de um pé, empurrou a sandália do outro para fora e então repetiu o processo, livrando-se das sandálias podres. João conseguiu ver as solas da garota de frente para ele agora, estavam sujas e amareladas. A garota sorriu e falou:

— Bora ver se ele gosta — e cobriu o rosto de João com os dois pés. Ele sentiu as solas se esfregarem contra o rosto pra cima e pra baixo e o cheiro rapidamente o deixou intoxicado. Começou a se contorcer para se livrar daquela situação terrível, mas isso só causou mais gargalhadas das meninas. Duas delas seguraram ele, uma sentou no seu quadril para impedir seu corpo de se mexer e a outra segurou sua cabeça, para que não conseguisse fugir dos pés de Melissa.

— Tá um cheiro bom, fascista? — ela provocou — Gostou do meu chulé?

As meninas riram de novo.

— Eu acho que ele devia cheirar todos os nossos pés — disse a garota sentada no quadril dele. Pelo peso, só podia ser a Espanhola — Vai ser uma boa punição pra esse verme.

Depois de um tempo, os dois pés saíram do rosto dele. João finalmente conseguiu um momento de ar puro. Uma mão segurou seu cabelo e puxou violentamente para o lado. Ele viu o rosto de Tie Dye encarando o dele.

— Ele até que é bonitinho... pra um nazista.

— Tem razão — disse a Espanhola, olhando de cima.

— Nem tanto — protestou Flor, que ainda estava sentada um pouco longe da vítima.

João não tinha ideia de como sair daquela situação, não sabia o que mais poderiam fazer com ele. Quando voltou a si, notou que a Espanhola estava tirando as botinas, ela não usava meias e os pés pareciam mais suados que os de Melissa. Ele tentou protestar, mas a fita adesiva não o deixava dizer nada.

— Acho que ele tá pronto pra você — Tie Dye largou o cabelo dele e a Espanhola sentou novamente no seu quadril, agora de frente pra ele.

Espanhola o encarou por alguns segundos, começou a esfregar os pés um no outro bem na frente dele, ela sorria o tempo todo. Por conta da sala fechada, ele já conseguia sentir o cheiro de chulé que emanava daquelas solas.

Ela não disse nada, só pressionou os pés contra o rosto dele. Diferente de Melissa, que ficou esfregando os pés em seu rosto, Espanhola apenas os manteve lá, parados, o que João percebeu ser muito pior. Ele foi mantido naquela escuridão fedorenta e seus olhos começaram a lacrimejar, tão forte era o cheiro. As meninas começaram a conversar entre si como se ele nem estivesse lá, era surreal! João quase chorou de felicidade quando, depois do que pareceu uma eternidade, os pés da Espanhola saíram de seu rosto.

Ele respirou fundo o máximo que pode, querendo aproveitar cada segundo livre da tortura. Mais uma vez, sua liberdade não durou muito, pois Tie Dye estava assumindo o lugar da Espanhola e agora desamarrava os cadarços de um dos all-stars.

— Gente, empurrem ele até a parede — Tie Dye disse, e as três garotas fizeram força pra arrastar o segurança até uma das paredes da sala, onde ele ficou sentado apoiando as costas — Perfeito.

Tie Dye se sentou no chão, de frente para ele, terminou de tirar os tênis, revelando pés sem meias, assim como a Espanhola. Ela se apoiou no chão e chegou mais perto, até que levantou os pés para o alto, flexionou os dedos rapidamente, e então eles desceram até o nariz de João.

— Respira meu chulé — ela disse, simplesmente. João não tinha escolha, por isso respirou. E mais uma vez foi atingido pelo cheiro horrível, sua careta fez Tie Dye rir. Diferente das outras, Tie Dye não cobriu seu rosto inteiro com os dois pés, apenas até o nariz, de modo que seus olhos podiam vê-la. Eles se encararam por um tempo, e João nunca viu uma garota tão satisfeita consigo mesma como aquela agora.

— Olha pra ele, Mari — ela comentou com a Espanhola — Queria assistir ele cheirar meu chulé assim todo dia.

Mari, ou Espanhola, riu e pegou ele pelos cabelos.

— Ele é muito bonitinho.

— Ah, porra. Por que vocês não chupam o pau dele então? — Flor protestou de novo.

— Não é uma má ideia — Melissa disse. Flor suspirou, desapontada.

— Não se preocupa, minha linda. Ainda te amo mais que tudo — Melissa abraçou Flor. Então elas são um casal, concluiu João. Não que importasse.

— Na verdade, não é uma ideia ruim — falou Flor, de repente — Abaixem as calças dele.

João começou a respirar aceleradamente, nervoso, enquanto Tie Dye e Mari desafivelaram o cinto dele e puxaram as calças, e então a cueca. João nunca se sentiu tão exposto quanto agora. Tentou libertar as mãos de novo, sem sucesso. As quatro garotas o olhavam agora, com sorrisos diabólicos.

— Você gosta dessas coisas, não é Raisa? — Flor gesticulou para o pênis exposto.

— Eu adoro — Raisa, também conhecida como Tie Dye, respondeu. Em poucos segundos, ela estava de joelhos, pegou o pau de João e fez um carinho rápido, suficiente para ele começar a crescer. A garota deu um risinho, satisfeita, piscou para João, beijou a ponta do pênis e então começou a chupar até o final, subindo e descendo. João contorceu-se, mas agora de um prazer que não queria sentir, não naquela situação. A língua da garota fazia círculos em volta da glande e ele não podia evitar a sensação.

— Olha pra ele, ele tá tentando resistir — Flor gargalhou.

— Ei, fascista, olha isso — a Espanhola tirou a blusa, deixando os peitões de fora, e começou a esfregar aquelas coisas enormes no rosto dele. João deu um gemido, totalmente involuntário, sentiu o pau crescer ao máximo, como se desse um pulo dentro da boca da Tie Dye. Ela parou com sua boca mágica por alguns segundos, deu um murmúrio de aprovação.

— Assim que eu gosto — e voltou a chupar como uma mulher possuída.

Outro gemido chamou a atenção de João, era Flor. Ela estava chupando um dos mamilos de Melissa e agora a sala de aula parecia o palco de uma suruba. João pensou, ironicamente, que ele pagaria para estar naquela situação alguns anos atrás. Tirando o fato de que as garotas haviam batido nele e o feito cheirar chulé.

Quando pensou nisso, notou os olhos de Flor nele. Ela não parecia nada satisfeita agora.

— Ele tá gostando demais disso — Flor protestou de novo. João temeu o que viria novamente, ouviu o barulho de algo caindo no chão e logo soube que eram os keds da garota mais ranzinza do grupo. Os pés de Flor logo estavam na altura do seu rosto, e a Espanhola, usando os peitos enormes, pressionou sua cabeça pelo lado para que não tivesse por onde fugir. Os pés encontraram seu nariz.

Flor tinha, definitivamente, o pior chulé de todas do grupo. Ela o olhou com ar superior enquanto ele era forçado a cheirar, e então voltou-se para os peitos de Melissa.

— Nossa, que chulé, Vitória! — reclamou a Espanhola, com uma das mãos no nariz e rindo.

— Ótimo, deixa ele cheirar — Vitória, ou Flor, riu.

Não havia opção. João ficou ali, cheirando chulé enquanto recebia o melhor boquete de sua vida. Sentindo-se humilhado e empolgado ao mesmo tempo.

Após alguns minutos, sentiu seu corpo estremecer, estava perto de gozar.

Tie Dye tirou a boca do pau dele e começou a masturbá-lo com as mãos.

— Ele vai gozar — avisou as amigas.

Flor virou-se de volta para João.

— Você vai gozar sentindo o cheiro do meu chulé, como se sente? Posso fazer o que eu quiser contigo, inclusive te ver gozar cheirando chulé — riu — Vai, fascista, goza! — encorajou.

Tie Dye começou a masturbar ele com mais força.

— Faz ele gozar na sua camisa, Raisa — alertou Flor.

João revirou os olhos e estremeceu completamente quando chegou ao clímax, atirando esperma quase sem parar. Raisa garantiu que melasse a blusa dela, um dos disparos de sêmen até mesmo chegou no queixo da menina, que sorriu ao ver o resultado do seu trabalho.

Quando tudo terminou, João estava ofegante. Flor tirou os pés do nariz dele e se aproximou. Flor sentou no colo dele, quase esmagando os testículos no chão, ela o pegou pelo cabelo e aproximou tanto o rosto que João achou que receberia um beijo.

— Escuta bem agora, fascista. O esperma na camisa dela é nossa garantia, entendeu? Qualquer coisa que sair da sua boca imunda sobre o que aconteceu aqui hoje, a gente grita “estupro”, entendeu? A gente tem seu esperma, não esquece.

Ela saiu de cima dele. A Espanhola puxou a fita adesiva, finalmente libertando a boca do segurança, mas ele não tinha nada o que dizer. Estava totalmente envergonhado. Antes de calçar de volta os all-stars, Tie Dye ainda colocou um dos tênis no nariz dele.

— Quero que você me reconheça pelo chulé — ela riu.

Então soltaram a corda que prendia as mãos dele. João estava tão envergonhado que apenas saiu da sala, sem dizer uma palavra. Só ouviu as gargalhadas das meninas atrás dele.

— Vai dizer que não gostou?! — ouviu uma delas gritar.

Esse era o problema.

Era difícil admitir, mas ele tinha gostado.

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