Descobrindo novos caminhos – Um natal complicado

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Gay
Contém 7927 palavras
Data: 01/01/2022 15:38:09
Assuntos: Gay

TitanKronous: Obrigado pelos elogios, você já faz parte do grupo do telegram? conversamos bastante em relação aos personagens.

https://t.me/+PDXpCqKQ4j82ZTkx

Pessoal desejo a todos os leitores um feliz ano novo.

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Depois de despachar a bagagem fui para a sala de espera e de longe já consegui ver todos os meus amigos esperando pelo embarque, o primeiro a perceber minha aproximação foi o Vitor que esboçou um sorriso tímido fingi que não percebi o sorriso dele e logo depois os demais foram percebendo a minha aproximação a Valeria estava com uma cara de poucos amigos.

- Valeria: Onde você estava?

- Eu: Não entendi, você sabe onde eu estava.

- Valeria: Sim eu sei podia ter avisado que ia chegar encima da hora né?

Olhei no relógio e ainda faltava 30 minutos para o embarque. – Eu: Valeria ainda falta 30 minutos para o embarque mais se te faz sentir melhor desculpa pelo atraso.

Ela relaxou após o leve surto, ficamos conversando trivialidades ate chegar a hora do embarque e quando entrei dentro do avião veio a primeira surpresa, quem estava senado ao meu lado era o Vitor.

- Vitor: Como você esta?

-Eu: Com um pouco de sono acordei de um pesadelo na madrugada e não consegui mais dormir, e você como esta?

- Vitor: Eu preciso de um favor seu, sabe é que não contei pra minha mae que agente terminou e ela quer levar agente pra jantar assim que chegarmos, você iria?

Era incrível como ele não mudava certas coisas, ele devia ter contado.

- Eu: Juro que não entendo você, um dos motivos que você alegou para ter defeito o que fez era a proximidade que eu tinha com a sua mãe no fato de ele me pedir pra tomar conta de você e do seu dinheiro e agora que terminamos você quer que eu jante com você e com a sua mãe?

- Vitor: Não precisa dizer que eu não faço sentido eu sei que não faço sentido em metade das coisas que eu faço mais achei que podíamos fazer isso como amigos.

-Eu: Vitor, é muito cedo pra isso e muito estranho um amigo almoçar com a mae do outro em um restaurante isso e coisa mais intima.

- Vitor: Tá aí, eu acho que nunca vou entender os limites do que podemos ou não fazer.

- Eu: E você acha que pra mim e fácil?

Ele desviou o olhar de mim e abaixou a voz para um sussurro. -Vitor: Eu sei que não é.

Sorri para ele para amenizar o clima. – Eu: Vitor, não acho seguro no momento fazer nada apenas nos dois, vamos nos ver sempre em evento junto com nossos amigos, eu acho que tem muita confusão de sentimento entre nós e eu não quero me machucar com isso nem machucar você, você consegui entender isso?

Antes que ele pudesse responder o avião decolou rumo a Brasília, sempre tive medo de avião o que me fazia grudar nos braços da poltrona e fechar meus olhos fazendo uma careta, quando abri meus olhos ele estava me encarando com aquele sorriso torto que eu tanto gostava e foi inevitável não sorrir também.

- Vitor: Eu entendo sim, não tenho direito de pedir nada pra você.

- Eu: Também não é assim, somos amigos so temos que pensar e estabelecer limites para isso.

-Vitor: Tudo bem, pense nos limites e então conversamos.

- Eu: Tudo bem, eu acho que vou tirar um cochilo agora pois eu realmente estou cansado.

Ele apenas sorriu, coloquei meus fones de ouvido e fechei meus olhos mais ainda senti os olhos dele em mim, fiquei parado por um longo tempo e minha respiração estava tranquila mais eu não conseguia dormir o medo do avião era maior que o sono, passado algum tempo o Vitor pousou sua mão por cima da minha e ficou fazendo círculos com seus dedos nas costas da minha mão, não vou negar que achei essa atitude muito fofa e por isso não o parei e continue fingindo que estava dormindo e algum tempo depois ele colocou sua mão novamente sobre a minha e entrelaçou nossos dedos, suspirou fundo e falou para si mesmo.

- Vitor: O que eu vou fazer? Eu sei que eu te amo (acredito que ele olhava pra mim) mais eu acho que quero conhecer outras pessoas pra ter certeza que quero passar o resto da minha vida com você, so que tenho medo de ser tarde demais quando eu descobrir que eu so quero você na minha vida, como o Matheus falou, você é especial de mais e qualquer um teria sorte em ter você.

Então ele e o Matheus tiveram uma conversa sobre mim o que será que eles conversaram, acho que não importa se nenhum deles saiu de olho roxo já era lucro, meu coração estava apertado com o que ele tinha acabado de dizer mais ainda ficaria ainda mais apertado pelo que estava por vir.

- Vitor: Eu vou seguir conforme falei para o Matheus, se você escolher outra pessoa eu não vou atrapalhar mais saiba que eu sempre vou te amar, mesmo que seja de longe e escondido.

Senti vontade de chorar após aquela declaração que ele não sabia que eu estava ouvindo, “droga, você e muito bom com as palavras quando acha que eu não estou ouvindo” era o pensamento em minha cabeça naquele momento, enquanto eu tentava pensar em tudo que ele me falou ele suspirou fundo tirou a mão de cima da minha e ficou em silencio o resto da viagem, desembarcamos em Brasília para pegar o voo para Goiânia, não conversei com ele pelo resto da viagem e pouco mais de 30 minutos desembarcamos no aeroporto de Goiânia, tanto o Dani quanto o Vitor vieram em minha direção.

- Dani: Vamos comigo agente te deixa em casa.

- Vitor: Não, ele vai comigo eu o deixo em casa.

Suspirei fundo. – Eu: Pessoal ninguém vai me deixar em casa eu vou de táxi sozinho.

-Dani: É besteira eu vou pro mesmo rumo que você pra que gastar essa grana toda?

-Eu: Dani, eu to com a língua meio solta talvez não seja a melhor companhia para você e seu pai nesse momento, nos sabemos que ele não gosta de mim se eu responder ele e bem possível que ele não me deixe entrar na sua casa.

Ele não podia negar que fazia sentido o que eu estava fazendo e por isso não reclamou so fez uma cara de tristeza, o Vitor ainda me olhava como se esperasse uma explicação, olhei pra ele meio increduo.

- Eu: Não preciso te explicar o óbvio, né?

Ele fez uma careta e murmurou alguma coisa meio que “você não me deixa marcar nem um ponto”, me despedi de todos e fui procurar um táxi para me levar para casa mais para a minha tristeza o pai do Dani já estava esperando-o do lado de fora e me viu e começou a acenar para mim.

-Pai do Dani: Lucas, você sabe se o Daniel vai demorar?

- Eu: Não, ele só está pegando a mala na esteira deve estar aqui em pouco temo, se o senhor me der licença eu estou vendo um táxi disponível.

Ele me olhou meio surpreso e irritado ao mesmo tempo.

-Pai do Dani: Como assim? Você vai como agente.

- Lucas: Eu não quero dar trabalho para o senhor.

Ele deu a volta no carro e abriu o porta mala. – Pai do Dani: Não tem discussão você vai com agente e pronto, agora coloca sua mala aqui.

Acabei concordando com ele pois não queria colocar o Dani em uma situação difícil com o pai, em poucos minutos o Daniel saiu pela porta e esboçou um sorriso, ele provavelmente tinha entendido o que tinha acontecido e estava visivelmente feliz com isso, pois o pai raramente ajudava com o que ele queria, ele chegou e sorriu pra mim eu revirei os olhos e ele riu mais ainda ate que fomos interrompidos pelo pai dele.

-Pai do Dani: Daniel, da pra colocar logo essa mala do caro pra gente ir embora. Falou de forma ríspida.

- Dani: Já estou colocando pai.

Essa foi a deixa para eu entrar no carro e quicar quieto o resto da viagem, estranhamente o Dani sentou no banco de trás do carro e graças a Deus o pai dele não se importou com isso, não conversamos ao longo do trajeto mais os olhos do pai dele ficou vigilante o caminho todo que por bem era curto, estacionaram na porta da minha casa e o pai dele entregou a chave do carro pra ele dizendo pra ele abrir o porta-malas, descemos os dois do carro e o Dani abriu o porta-malas peguei minha mala e ele segurou minha mão. Olhei assustado para ele e com os olhos arregalados tentando dizer sem falar “você está louco, ele está bem ali” ele sorriu e balançou a cabeça de forma negativa, colocou um papel em minha mão fechou o porta-malas do carro e entro novamente dentro do carro dessa vez na frente junto com o pai, agradeci o pai dele pela carona e destranquei o portão de casa para ser recepcionado pelos cachorros em primeiro lugar e depois pela minha mãe.

- Mãe: Como foi de viagem meu filho?

Eu não sabia mentir para minha mae por pior que fosse a situação sempre falei a verdade.

- Eu: Ah mãe, foi meio estranha.

- Mãe: Como assim? O que aconteceu?

-Eu: Bom, eu e o Vitor terminamos, teve uma briga na boate por conta do Matheus um cara que mora em Brasília que conheci la e acabou que não aproveitamos bem os dias pois o ate então namorado da Valeria terminou com ela e beijou o Vitor.

- Mãe: Nossa, foi bem turbulenta essa viagem, mas como você está com tudo isso?

-Eu: Sinceramente eu estou esgotado emocionalmente é muito difícil ver a pessoa todo dia e sentir raiva, amor, remorso, frustração, vontade de socar, vontade de beijar, tentar ignorar e ao mesmo tempo querer meu amigo de volta, ele ainda fez algumas declarações dentro do avião pra mim enquanto achava que eu dormia, enfim é bom que vou ficar longe dele por um tempo.

- Mãe: E quem é esse Matheus.

- Eu: Então ele foi um amigo que eu fiz lá ele mora em Brasília e ele me ajudou me dando alternativa de não ficar perto do Vitor mais antes que você pergunte ele tem uma quedinha por mim sim.

-Mãe: É você, o que sente por ele?

- Eu: Mãe, eu não sei a tudo muito confuso pra mim, acho que preciso me distanciar de tudo.

- Mãe: Por falar em ficar distante seu tio ligou semana passada e perguntou se você não quer passar alguns dias na fazenda com ele.

- Eu: Vou pensar, agora vou tomar um banho e desfazer a mala.

- Mãe: Vai la que vou preparar alguma coisa para você comer.

Fui tomar banho e confesso que era reconfortante estar em casa viajar e bom mais estar em casa e ter todas as suas coisas ali a sua disposição era bom demais, terminei meu banho e sai enrolado com a toalha para o meu quarto escolhi uma roupa surrada para vestir e abri minha mala para organizar as coisas, primeiro retirei meus calçados, perfume e itens de higiene e guardei em seus respectivos lugares depois comecei a separar as roupas fui organizando tudo e colocando para lava ate que cheguei na roupa do Matheus, “ Deus, eu devia ter devolvido a roupa e o tênis dele” mais apensar disso ele também esta com uma roupa minha, separei a roupa dele longe da minha para que eu pudesse lavar e guardar ate ter a chance de devolver, “ se é que você terá essa chance”, ele prometeu que vou ver ele antes do que eu imaginasse “ e isso seria bom?”, sabe eu to cansado e não vou discutir com você parei por um minuto e comecei a rir de mim mesmo, não posso ser tao tolo a ponto de discutir comigo mesmo. Continuei a organizar as roupas e la esta ele novamente me encarando, suspirei olhando para aquele boné sem saber o que fazer com ele pois certamente eu não usaria mais também não tinha coragem de jogar ele fora, ficamos nos encarando por um tempo ate que eu lembrei da caixa, aquela caixa onde eu guarda minhas reordaçoes com o Vitor eu também não tinha coragem de jogar ela fora, com certa dificuldade eu peguei aquele boné e diversas emoções tomaram conta de mim abri o guarda roupa abri a caixa de recordações e guardei aquele boné la dentro, suspirei mais um vez.

- Eu: È aí que você tem que ficar.

Assim que guardei o boné na caixa minha mãe me chamou para jantar e como sempre a comida estava ótima, assistimos TV na sala e conversamos mais em relação a como tinha sido a semana dele e por volta das 22 horas eu fui para o meu quarto liguei o computador e coloquei as musicas para tocar de forma aleatória deitei na cama e comecei a ver minhas mensagens de texto, havia 4 mensagens.

Olhei a primeira que era da Valeria.

Lucas, vamos comigo amanha comprar os presentes de natal nossa reunião anual vai ser daqui a três dias.

Realmente tínhamos combinado de sempre nos encontrarmos no da 23 de dezembro para trocarmos presentes e fazermos alguma coisa juntos dessa vez iríamos nos encontrar na casa da Valeria, respondi.

Vamos sim, nem estava lembrando, onde você quer encontrar?

A próxima era do Dani.

Lucas, desculpe pelo meu pai, vai comprar os presentes amanha?

Sim, vou junto com a Valeria vamos também?

Ao responder a mensagem do Dani lembrei que ele tinha me entregado um papel quando saímos do carro aqui na porta de casa, corri ate o banheiro e peguei o papel que eu havia esquecido, o Dani nunca teve muito jeito para escrever ali naquele papel tinha apenas uma frase.

“Não se preocupe, ontem não rolou nada com a Carla”

Sorri ao ler o bilhete dele, acho que na terra dele aquele bilhete era esclarecedor, deitei na cama e voltei para as mensagens e para a minha surpresa la estava uma do Matheus.

Pelos meus cálculos você já deve estar em casa, chegou bem?

Ele realmente era um cara legal.

Matheus, graças a Deus eu cheguei bem em casa e você como esta?

A ultima mensagem era do Vitor.

Dormi com Deus amor.

Um sorriso bobo tomou conta de mim quando vi aquela mensagem dele mais talvez a palavra amor não coubesse bem no contexto, mas eu adorava ver ela ali, resolvi responder.

Dorme com Deus também Vitor.

Não sei mais alguma coisa segurava meus dedos para não digitar a palavra amor em resposta a ele mais resolvi para não encanar nisso

Coloquei o celular do lado da cama e fiquei olhando para o teto sem saber o que fazer, não queria pensar no que eu precisava fazer então me foquei na musica que estava passando de forma aleatória no computador e pra minha sorte estava passando uma das minhas musicas preferidas que naquela época eu achei que se encaixava perfeitamente no momento (https://www.youtube.com/watch?v=eVTXPUF4Oz4) e quando a musica dizia seu refrão era impossível não cantar e lembrar do que tinha vivido com o Vitor:

I kept everything inside

(Mantive tudo aqui dentro)

And even though I tried, it all fell apart

(E mesmo eu tendo tentado, tudo desmoronou)

What it meant to me will eventually

(O que isso significou para mim será eventualmente)

O que realemente tudo isso siguinificou pra mim? (Me perguntava mentalmente)

Be a memory of a time When

(Uma memória de um tempo quando)

I tried so hard and got so far

(Eu tentei tanto e cheguei tão longe)

But in the end, it doesn't even matter

(Mas no fim, isso nem mesmo importa)

I had to fall to lose it all

(Tive que cair, que perder tudo)

But in the end, it doesn't even matter

(Mas no fim, isso nem mesmo importa) Sera que realmente nada do que vivemos importou?

E In the End terminou me deixando com alguns pensamentos sóbrios e incertos na cabeça, percebi que ouvir musica não me impediria de pensar enquanto a próxima musica começou a tocar meu celular apitou o recebimento de uma nova mensagem de texto e so então percebi que já tinha três mensagens aguardando resposta, a primeira era da Valeria que dizia:

Vamos nos encontrar no araguai Shopping as 10?

Respondi de imediato:

Sim, marcado.

A segunda era do Dani:

Sinto muito mais meu pai acabou de me dizer que vou com ele em capinas amanha para ele comprar um novo conjunto de pesca pois ele vai junto com meu irmão pescar depois do meu aniversario e deixou bem claro que não vai me levar.

Também respondi o Dani:

Que pena sinto por seu pai não te levar pra pescar eu sei o quanto você gosta.

A ultima era do Matheus.

E aí você já tem planos para o ano novo?

Dei uma resposta simples rezando pra ele não me chamar para Brasília.

Pior que não mais a Valeria vai descobrir alguma coisa pra gente fazer, isso eu tenho certeza.

Coloquei o celular do lado da cama e desliguei o Computador estava pronto para tentar dormir pois estava muito cansado pela viagem e por ter acordado muito cedo, virei para o lado e adormeci.

No outro dia acordei cedo tomei um banho e me arrumei para encontrar a Valeria, tomei me café da manha me despedi da minha mae e sai para pegar o ônibus, ainda faltava mais de 1 hora e meia para o horário combinado mais os ônibus em Goiânia são complicados, cheguei no shopping faltando 10 minutos para o horário marcado sentei me em um dos bancos e fiquei observando o fluxo de pessoas que passava por ali ( pra quem não sabe o Araguaia Shopping também é a rodoviária de Goiânia, na época eleita a melhor do Brasil), passado alguns minutos vejo a valeria descendo a rampa de acesso, ela se aproxima e me abraça bem apertado, sorrio de forma involuntária devido ao carinho contido naquele abraço.

- Eu:Oi, está tudo bem com você?

- Valeria: Sim, mas o que importa mesmo é como você esta?

Suspirarei. – Eu: Não sei, estou muito confuso com tudo o que tem acontecido ainda mais depois do que o Vitor me falou quando estávamos no avião.

- Valeria: Como assim? O que ele falou?

- Eu: bom ele achava que eu estava dormindo mais na realidade eu estava apenas de olhos.

E contei tudo o que ele tinha falado enquanto achava que eu estava dormindo, ele prestou atenção a cada palavra e depois que terminei ela me olhou de forma seria.

- Valeria: Você tá fazendo outra vez, você esta procurando motivos para perdoar os erros do Vitor e no fundo você sabe que só vai se machucar fazendo isso pois cada vez que você perdoa, ele vai achar que tá tudo bem fazer o que quiser, você é um cara incrível e qualquer pessoa teria sorte de ter você o que eu não entendo é o porque você não olha pro lado e tenta alguma coisa nova no lugar de ficar sempre insistindo onde você já sabe o resultado.

A Valeria sempre tem razão ela tem uma forma bem pratica de ver as coisas mais eu ainda tinha muitos sentimentos pelo Vitor e na realidade estava com medo de perder ele pra sempre.

- Lucas: Sabe você tem razão e eu sei disso mais uma coisa é você saber outra coisa e sentir, eu tenho medo de perder ele pra sempre.

- Valeria: Eu sei bem disso, mas você tem que pensar no que é melhor pra você e você tem uma opção muito boa viu.

- Eu: Você tá falando de quem?

- Valeria: Você não pode ser tão tapado assim é lógico que eu to falando do Matheus de quem mais seria.

Sorri para ela. – Eu: Realmente, o Matheus é um fofo.

- Valeria: Então por Deus o que você está esperando?

- Eu: Não sei, talvez terminar o tempo de luto.

Ela revirou os olhos. – Valeria: Vamos logo fazer compras porque você é enrolado demais com as decisões da sua vida.

Gargalhei. – Eu: Nem todo mundo e tão pratico como você.

Saímos em direção as lojas, eu nunca tive muita paciência para fazer compras mais a Valeria adorava andar de loja em loja para escolher os presentes, fiz ela fazer uma para obrigatória na loja de brinquedo o presente do Dani sairia de lá, pra ele comprei uma miniatura colecionável do anime yu yu hakusho ( o anime favorito dele), para Paulo e para o Rafa comprei uma camisa polo pra cada, para a Carla comprei um CD de musica internacional, para o Danilo comprei o livro o Hobbit, para a Valeria comprei um colar com um pingente de coração de cristal e por fim comprei para o Vitor um CD Minutes to Midnight, terminamos as compras e almoçamos na praça de alimentação e resolvemos ver um filme no cinema mais precisamente Encantada o filme não foi muito bom mais passar o dia com a Valeria foi maravilhoso me fez esquecer de todos os meus problemas e o melhor me deixou longe do celular pra que eu não visse as mensagens que eu sabia que existiam la pois o celular vibrou a tarde toda, acompanhei a Valeria ate o ponto de ônibus e fiquei esperando ate que ela entrar no ônibus para a segurança dela, nos despedimos com outro abraço apertado e eu fui em direção ao meu ponto de ônibus para aguardar meu ônibus. Cheguei em casa por volta das 19 horas e minha mae não estava em casa provavelmente estaria na casa da minha avó definindo o que seria feito no natal, tomei um banho e liguei o computador e entrei no MSN (Sim, ele provavelmente e o pai do whatsapp) e havia uma solicitação de novo contato pelo email eu não imaginava quem poderia ser e por curiosidade acabei aceitando, pra minha surpresa já assim que aceitei já veio a mensagem.

Oi lucas, tudo bem?

Tudo, quem fala?

È o Matheus.

Uai, onde arrumou meu contato?

Eu tenho meus métodos ne.

Sei, isso tem cheiro de conspiração viu.

Continuamos conversando por algum tempo e como não tinha quase ninguém online logo despedi dele e desliguei o computador novamente me joguei no sofá da sala e liguei a TV e peguei meu telefone para ler as mensagens, havia 5 mensagens no meu telefone, uma da minha mae avisando que estaria na casa da minha avó, outra do Dani:

Então, amanha vamos juntos para a casa da Valeria?

Respondi:

Claro Dani, passou aí na sua casa depois do almoço.

A próxima era a mensagem da Carla:

Lucas, você podia facilitar minha vida o que eu compro de presente pra você?

Respondi:

Ah, qualquer coisa que seja de coração.

A próxima era do Vitor deu ate um frio na barriga antes de ler:

Lucas, vamos juntos para a casa da Valeria amanha.

Respondi:

Foi mal eu já combinei com o Dani.

A próxima era da Valeria:

Cheguei em casa e você já chegou.

Respondi:

Cheguei sim, estou deitado no sofá vendo TV.

Assisti TV ate tarde e acabei pegando no sono no sofá mesmo depois de alguém tempo minha mãe me acordou para ir para cama e lá terminei de amanhecer o dia. Na manha do dia 23 ( também conhecido como o dia seguinte) levantei cedo como de costume e comecei a embrulhar todos os presentes minha mãe já havia saído e dormiria na casa da minha avó para ajudar a preparar tudo para a ceia de natal ( coisa de familia do interior), terminei de arrumar os presentes arrumei alguma coisa para comer como almoço arrumei a cozinha e fui tomar um banho e me arrumar para ir para a casa da Valeria quando terminei de fazer tudo o que precisava já era quase 13 horas me olhei no espelho e gostei do que esta lá, uma camisa gola V preta, calça jeans azul escuro e um tênis preto uma correntinha no pescoço o cabelo arrepiado com gel, sorri para a minha imagem e sai de casa em direção a casa do Dani, cheguei la e toquei a campainha e pra variar ele não estava pronto e a mãe dele me convidou para entrar e fiquei sentado na sala esperando por ele distraído olhando para a porta do banheiro quando a porta do banheiro se abri e ele sai enrolado na toalha a principio ele ficou surpreso por eu estar sentado de frente para a porta mais em questão de minutos colocou um sorriso safado no rosto virou pro espelho e começou a pentear os cabelos e discretamente ele abaixou a toalha para deixar as “entradinhas”, percebi naquele momento que tinha muito tempo que não reparava no corpo do Dani quer dizer crescemos muito e as mudanças não ficaram tão evidentes assim mais agora ali com ele se exibindo pra mim eu pude perceber como ele estava com um corpo bonito, ele estava com um peitoral largo e avantajado do tipo que fica marcado na camiseta, o abdomen demonstrava gomos levemente definidos, ele era praticamente liso não possuía pelos, nem no peitoral e nem no abdômen com a única exceção “do caminho da felicidade” e nas axilas, a pela dele era clara e os mamilos rosados ( o que sempre me deu tesão) porem a felicidade dele acabou o portão da casa abriu e ele ouviu o carro do pai entrar mais que depressa ele correu para o quarto e em 5 minutos estava pronto para sair, assim que saímos da casa dele eu comecei a zoar.

- Eu: Dani, você não tem vergonha não?

Ele fez uma cara de falsa surpresa. – Dani: Não to entendo o que você ta falando.

Sorri. – Eu: Para né eu vi seu sorrisinho safado enquanto você ficava se exibindo pra mim.

- Dani: Sabia que você tava me secando.

-Eu: Sonha não Daniel, já tava de barraca armada só de saber que eu tava na sala e agora vem querer paga de fodão.

Rimos junto.

- Dani: Desculpa, na hora pareceu uma boa ideia.

- Eu: Não precisa se desculpar não mais me explica uma coisa que historia foi aquela do bilhete?

Ele corou. – Dani: Promete que não conta pra ninguém?

Revirei os olhos. – Eu: Sabe que não precisa pedir isso pra mim né mais em todo caso eu prometo.

- Dani: Então, eu broxei, na hora que estávamos lá eu só pensava em você e meu amigão não funcionou.

- Eu: Porra Daniel e você vai colocar a culpa em mim.

- Dani: Não tem graça.

Mais tinha sim tanto que ele começou a rir e eu também, pegamos o ônibus e fomos em direção a casa da Valeria, pouco mais de um hora e meia chegamos na casa dela e todos já estavam reunidos na sala.

- Valeria: Ate quem fim vocês dois chegaram né.

- Eu: Você sabe que a culpa e sua por morar do outro lado da cidade.

- Vitor: Se tivesse aceitado vir comigo não teria chegado tarde.

Sorri de forma sarcástica. – Eu: que bom ver vocês dois trabalhando junto.

Todos riram do meu comentário.

- Valeria: O que vocês querem fazer primeiro, podemos ver matrix ou podemos trocar os presentes?

- Eu: Acho que prefiro o Filme.

- Dani: Eu também.

- Valeria: Alguém tem alguma objeção a vermos o filme?

Todos se calaram então a Valeria colocou o filme matrix versão com os comentários do diretor no DVD e começamos a ver o filme, as meninas estavam sentados no sofá eu me sentei no chão com as costas apoiadas no sofá em que a Valeria estava com o Dani sentado do meu lado direito o Vitor sentado do meu lado esquerdo e o Danilo do lado do Vitor, encostado no sofá da Carla estava o Paulo eo Rafa, passado pouco mais de 30 minutos do filme a Valeria começou a fazer cafuné na minha cabeça eu tinha conciencia de que o Dani e o Vitor já estavam encostados em mim, mas isso não me incomodava e com o cafuné da Valeria lentamente eu fui sumindo ate apagar, algum tempo depois eu começo a ouvir vozes femininas e risinhos abafados com dizeres “eles não são fofos dormindo”, abri meus olhos e me deparei com uma cena que para mim era perturbadora, o Dani tava deitado no meu colo dormindo pesado e o Vitor estava deitado no meu ombro dormindo com os braços no meu pescoço, eu estava impossibilitado de me mexer pelo peso do corpo deles olhei para a Valeria que estava rindo e com uma câmera fotográfica na mão “ maldita, você fotografou isso”.

- Eu: Você definitivamente é uma bruxa, a ultima coisa que me lembro e de você acariciando meu cabelo e agora acordo com dois marmanjos em cima de mim.

Falei cutucando o Vitor com o cotovelo e levantando meu joelho na tentativa de despertar o Dani, ambos despertaram e pra minha surpresa ambos acharam graça na situação.

- Valeria: To vendo que alguém acordou de mau humor. Falou em tom de deboche.

- Eu: Não só de mau humor mais meu corpo esta todo dormente.

Todos riram de mim.

- Valeria: Pessoal vamos começar a entregar os presentes, quem vai primeiro.

- Eu: Porque você não começa já que é a dona da casa e uma bruxa.

Ela mostrou a língua pra mim mais aceitou iniciar, ela entregou os presentes primeiro o vestido vermelho que havia comprado para a Carla, depois o cinto para o Dani, um chinelo para o Paulo outro para o Rafa outro para o Vitor e outro para o Danilo, para mim ela comprou uma carteira e dentro tinha uma foto minha e dela juntos eu sorri com a foto e a abracei era um presente perfeito. O segundo a entregar os presentes foi o Dani, Para a Carla ele comprou um MP3 player, para o Vitor comprou um cinto que foi a mesma coisa que comprou para o Paulo, Rafa e Danilo, para mim comprou o livro o Silmarilion e para a Valeria uma blusa azul. Depois foi a vez do Paulo e do Rafa entregarem os presentes, eles preferiram fazer isso juntos pois eram presentes complementares, para a Carla e Valeria eles compraram um conjunto de blusa e shorts, para o Danilo, eu, Vitor e Dani eles compravam uma polo e um calção de jogar futebol, e para eles se presentearam cada um com um MP3 player. Depois foi a vez do Danilo que comprou o mesmo CD pra todo mundo o que foi uma jogada muito esperta. A Carla foi a próxima a entregar os presentes e o de longe foi o mais divertido de todos, ela comprou um par de brincos para a Valerira o que foi um presente legal porem o comico e que ela comprou um brinco para cada um dos meninos, menos para mim e pro Dani, pra mim ela comprou um Diário e para o Dani ela comprou um MP3 Player. O Vitor foi o próximo a distribuir os presentes ele comprou uma pulseira para cada uma das meninas, uma camisa da polo para cada um dos meninos e para mim entregou uma caixa grande, olhei pra ele sem entender e abri.

- Eu: Vitor eu não posso aceitar isso os presentes não deveriam ser caros.

- Vitor: Bom, eu vi todos aqui comprarem presentes melhores para as pessoas que mais amam aqui e pelo que me consta você recebeu o segundo melhor presente de todos, não entendo porque eu não posso fazer isso.

-Valeria: Lucas não seja chato, aceita o presente e deixa agente ve logo o que tem nessa caixa enorme.

Eu comecei a tirar os presentes da caixa, o primeiro era o MP3 Player, o segundo um conjunto do perfume egeo (meu favorito na época) o ultimo era um colecionável do anime Bleach, de longe foram os melhores presentes. O ultima a entregar os presentes fui eu entreguei o colar para a Valeria que gostou muito, entreguei o sapato de salto que combinava com o vestido que a Valeria deu para a Carla, entreguei o colecionável do yu yu hakusho para o Dani que vibrou com o presente, entreguei uma carteira para o Danilo, um Tênis para o Rafa, uma camisa para o Paulo, um short para o Danilo e para o Vitor entreguei o Cd que ele queria a algum tempo.

- Valeria: Pessoal antes da gente lanchar eu queria contar a novidade para o ano novo, consegui convites para agente ir passar a virada do ano na festa do clube Jáo.

Todos ficamos impressionados com os convites que ela agora estava distribuindo e acabou que sobrou um.

- Vitor: Valeria esse convite que sobrou você vai dar para alguém?

- Valeria: Não tenho ninguém em mente.

- Vitor: posso ficar com ele, tem uma pessoa que ficaria feliz em ir também.

Ela entregou o convite pra ele e não perguntou nada eu fiquei um pouco intrigado com tudo aquilo mais não perguntei nada, não queria dar sinais de que me importava. Lanchamos e ficamos um tempo conversando e brincando a noite veio chegando e todos já se despediam para ir embora eu e o Dani já nos encaminhávamos para quando o Vitor nos alcançou.

- Vitor: Vamos embora comigo, pegamos o mesmo caminho.

O Dani me olhou com cara de quem não queria carregar todos aqueles pacotes por dois ônibus ate chegarmos em casa então eu suspirei e dei de ombros o Dani sorriu.

- Dani: ok, vamos então.

O Vitor não demonstrou nenhuma reação ao fato o que me deixou ainda mais inquieto com tudo aquilo, dado a situação normalmente ele vibraria de alegria mais não foi o caso, está ficando muito incomodado com aquilo tudo, mais ainda assim não falei nada resolvi esperar o que quer que fosse não demoraria muito para aparecer, entramos no táxi comigo no meio ( odeio ir no meio) com o Dani de um lado e o Vitor do outro durante o caminho um silencio reinou dentro daquele carro mais não era um silencio comum alguma coisa deixa o ambiente muito pesado e desconfortável tanto que ate o motorista parecia desconfortável e por vezes olha fixo para trás, chegamos na casa do Dani e nos despedimos dele assim que o Dani saiu do carro o clima ficou ainda mais pesado agora se tornava tão denso que era quase palpável comecei a sentir dificuldade em respirar e por sorte em menos de 3 minutos o carro parou na porta da minha casa, peguei todas as minhas coisas dentro do carro agradeci o Vitor e sai no prazo de eu dar a volta no carro e subir na calçada ele estava parado ao lado do carro me esperando.

- Eu: O Que foi?

Ele estava sério. – Vitor: Precisamos conversar.

Bom, seja o que fosse que estivesse acontecendo eu estava perto de descobrir.

- Eu: Pode falar então.

Ele suspirou. – Vitor: Eu acho que você deve saber por mim e não ser pego de surpresa ou saber através de fof-cas, existe um motivo para eu ter pedido o convite para a Valeria e esse motivo é que eu e o Cauan nos acertamos ontem atarde e estamos juntos e é pra ele que eu pedi aquele convite, o que estou tentando dizer para você é que ele estará na festa comigo.

Por um momento eu perdi os sentidos, aquilo só podia ser brincadeira o que eu havia perdido eu havia acabado de acordar a poucas horas com ele dormindo no meu ombro e abraçado comigo, o que aconteceu com todo aquele amor declarado dentro do avião dois dias após aquilo e o sentimento já morreu?

- Eu: Não entendo, você acabou de dormir no meu ombro abraçado no meu pescoço e todo aquele amor que você declarou dentro do avião morreram em menos de 48 horas? Minha voz saiu totalmente alterada.

Ele me olhou assustado. – Vitor: Você ouviu o que eu falei no avião.

- Eu: Isso não vem ao caso Vitor, como que você pode fazer isso?

Ele me olhou com lágrimas nos olhos e por Deus ele estava lindo demais. – Vitor: Eu não sei, eu só achei que se eu te contasse seria melhor do que você nos ver na festa.

- Eu: Não Vitor, nenhuma opção seria boa, a pergunta é como você diz me amar e vai estar com outro?

- Vitor: Você passou a viagem toda com o Matheus.

- Eu:Não tive nada com o Matheus ele é apenas um amigo que me ajudou a não ter uma viagem de merda por sua causa, quer saber Vitor vai lá e seja muito feliz com esse cara mais me faz um favor fica bem longe de mim de agora para frente e outra coisa eu não quero seus presentes pode ficar com isso (joguei a caixa que ele havia me dado encima dele) não aceito presente de pessoas que não fazem parte da minha vida.

Virei as costas para ele e abri o portão de casa e tranquei novamente escorei no portão e deixei meu corpo escorregar ate que eu sentasse no portão meu cachorro Duque (um fila brasileiro) veio correndo doido ate mim lambendo meu rosto enquanto as lágrimas caia ele deitou a cabeça no meu colo e as lágrimas caíram descontroladamente, o Vitor ainda batia no portão.

- Vitor: Não faz assim abri o portão e vamos conversar.

Eu apenas chorava.

- Vitor: Lucas, eu estou vendo sua sobra por baixo do portão por favor você poderia ao menos pegar os presentes eu comprei de coração.

Não aguentei a raiva tomou conta de mim sorri de forma histérica que ate o duque assustou. – Eu: Coração? Você não tem coração.

- Vitor: Eu juro que não queria te machucar por favor acredite em mim.

- Eu: Vitor, não seja sinico não teria outro motivo pra você fazer o que fez se não fosse pra me machucar, agora ou você vai embora ou vou soltar meu cachorro enciuma de você e juro por Deus que eu vou deixá-lo te matar.

- Vitor: Tudo bem, já vi que não tem conversa com você hoje mais em algum momento teremos que conversar.

Não respondi mais nada, ele também não falou mais nada pude ouvir o carro dando a partida e indo embora, fiquei ali sentado com o cachorro ao meu lado chorando, chorei ate compreender que não existia confusão em mim e sim uma espera, compreendi que eu estava esperando por ele e que aquilo dentro do avião havia me dado esperança e que a mensagem de boa noite com aquelas palavras haviam me dado a certeza de que ele voltaria, porem era tudo uma ilusão e agora eu estava mais sozinho do que nunca, não sei quanto tempo eu chorei ali sentado encostado no portão de casa e nem quanto tempo eu demorei para ter essa conclusão, mas eu estava pronto pra levantar e para dentro, beijei meu cachorro que me acompanhou fielmente no momento de desespero e fui para dentro de casa, entrei para o banheiro e deixei a agua quente relaxar meus músculos e ali a solidão me abração novamente e eu chorei outra vez, terminei o banho com o banheiro todo enevoado pelo calor da agua e com o corpo avermelhado pela temperatura da agua em meio a tudo aquilo a única coisa que eu podia fazer era agradecer por minha mãe não estar ali eu não teria forças para fingir um personagem feliz para não preocupa-la, sai do banheiro e vesti apenas uma cueca box e me joguei na minha cama eu não sei como mais cada músculo do meu corpo parecia estar doendo, fiquei ali deitado me sentindo vazio por dentro como se parte de mim tivesse sido arrancada e não mais retornaria, adormeci assim e pela primeira vez na vida tive uma noite de sono que não conseguisse descansar meu corpo e minha mente.

Acordei no dia seguinte véspera de natal com minha mãe fazendo barulho, olhei no celular e era por volta das 09 da manha, meu corpo estada todo dolorido e eu não entendia o porque me forcei a levantar da cama fui ate o banheiro e meu rosto estava péssimo, joguei uma agua nele, escovei os dentes arrumei o cabelo, suspirei fundo e ensaiei um sorriso, não estava bom mais teria que servir pois era o melhor que eu conseguiria fazer naquele momento, voltei para o meu quarto e vesti uma roupa qualquer, suspirei fundo coloquei o sorriso no rosto que havia ensaiado no banheiro e fui de encontro a minha mãe.

- Eu: Bom dia mãe.

- Mãe: Bom dia meu filho, chegou dois pacotes para você logo cedo estão na mesa.

- Pacotes? Mais eu não recebo pacotes, sabe quem mandou?

- Mãe: Não olhei, mas deve ter cartões.

Peguei um copo de café para tentar despertar meu corpo e fui ate os pacotes, um deles eu reconheci de longe era o pacote que havia devolvido para o Vitor ontem anoite ele tinha dado-se o trabalho de enviar via motoboy ou o que quer seja, o segundo pacote era mais misterioso era uma grande caixa retangular que devia possuir uns 20 cm de altura e havia um bilhete em cima da caixa que dizia o seguinte “só abra em caso de emergência” em baixo tinha a assinatura do Matheus, “ por Deus ele me arranca sorriso ate quando eu não posso sorrir” abri a caixa e lá dentro tinha um smoking preto e um sapato social preto brilhante com um detalhe dourado não pude deixar de sorrir, onde o Matheus acha que eu vou usar aquilo eu não sabia mais tinha um bilhete dentro da caixa também que dizia:

“Já que você abriu a caixa eu entendo que deve estar passando por algum problema então porque não me liga e agente conversa?

HAHAHA relaxa eu sei que você não vai ligar pois acredita que pode resolver tudo sozinho porem se a sua emergência for um problema de qual roupa vai usar no ano novo então eu estou resolvendo-a, por favor use essa roupa.

Com Amor Matheus. “

Um sentimento pareceu se acender dentro de mim como se fosse uma pequena vela acessa após uma noite de escuridão implacável o sorriso que agora estava no meu rosto não era ensaiado era real aquele presente, aquela demonstração de carinho gratuita e inesperada me tocou profundamente, talvez eu estivesse carente mais me agarrei aquela esperança, deixei o pacote do Vitor em cima da mesa não iria ler o bilhete e nem daria chance dele me machucar outra vez.

Sai de encontro a minha mãe.

- Eu: Mãe que horas vamos pra minha avó?

- Mãe: Após o almoço, porque a mãe do Vitor trouxe essa caixa pra você?

Suspirei. – Eu: Acho que você já sabe a resposta se você foi ela quem trouxe.

Minha mãe me olhou com uma expressão indecifrável. – Mãe: Sabe Lucas, eu esperei que você me contasse mais parece que isso não vai acontecer mais acho que é a hora perfeita de você saber que por mais que você se esforce em parecer bem nos que te conhecemos sabemos que você não esta bem e sabe esta tudo bem filho, ninguém tem a obrigação de estar sempre bem mais se você continuar guardando tudo que esta errado dentro de você isso vai te consumir e te tornara uma pessoa amarga.

- Eu: Mais todo mundo parece que tem tantos problemas, como que eu posso levar mais problemas para as pessoas que eu amo?

-Mãe: Da mesma forma que essas mesmas pessoas levam os problemas delas pra você, na realidade ninguém espera que você resolva os problemas delas apensar de você sempre tentar ajudar a todos a sua volta mais na maioria das vezes as pessoas só querem que você as escute e as conforte e é isso que você não as deixam fazer por você.

- Eu: Obrigado mãe, o Vitor me contou ontem que já tem outra pessoa e eu recusei os presentes de natal por varias coisas que aconteceram eu achei que nos iramos voltar mais agora eu sei que foi só coisa da minha cabeça.

- Mãe: Então talvez seja hora de dar uma chance para o seu futuro, quem enviou um embrulho tão bonito merece no mínimo uma chance de te ver sorrindo, você não acha?

Sorri. – Eu: Também acho mais ele mora em outra cidade.

- Mãe: Pare de arrumar pretexto para e deixe as coisas acontecerem e quando acontecerem não fuja dela e outra coisa deixe de ser bobo e va abrir a caixa e aproveitar os presentes que ganhou não vai deixar aquilo em cima da minha mesa como um troféu para o seu sofrimento.

Sorri com que ela me falou. – Eu: sim senhora.

- Mãe: Encare o presente como uma compressão mínima pelo seu sofrimento.

Voltei para dentro e encarei aquela caixa me aproximei como que em câmera lenta ate ficar de frente para ela, suspirei e abri o embrulho novamente lá dentro encontrei os presentes da noite passada e duas cartas dentro de envelopes a primeira era dele, suspirei fundo e abri o envelope:

Lucas, não sei se você algum dia ira ler essa carta mais espero que realmente que leia pois eu gostaria que você soubesse que eu nunca tive a real intenção de te machucar eu só estou tentando fazer o que eu acho certo quer dizer eu nem sei se é o certo mais é so o que eu acho que eu devo fazer, sei que não faz sentido porque não faz sentido nem mesmo pra mim, mas me sinto compelido a fazer. Espero que do fundo do meu coração você saiba que meu amor por você e real e que eu me odeio por fazer uma pessoa maravilhosa como você sofrer saiba que eu nunca me perdoarei pela dor que estou causando em você, se um dia você puder me perdoar saiba que eu estarei esperando por você para darmos andamento em nossa amizade.

Com amor Vitor!

Suspirei fundo e aquela vela que a carta do Matheus tinha acendido dentro de mim parecia ter apagado, respirei fundo e abri a próxima carta, era da mãe dele.

Caro Lucas, espero que essa carta encontre-o bem e espero que não esteja com raiva de mim pois conversei com sua mãe ontem anoite em relação a vocês dois, em primeiro lugar gostaria que você soubesse que não estou de acordo com a decisão do Vitor e acho que ele esta cometendo um grande erro nessa decisão, em segundo lugar eu gostaria de pedir desculpas pois acredito que parte do que motivou a decisão do Vitor é por nossa proximidade então espero que você possa me perdoar, no fundo da caixa você vai achar meu presente de natal pra você espero que você aproveite.

Com todo o Amor!

A carta da tia era linda, eu não a culpava de nada e eu precisava que ela soubesse disso algum dia mais esse dia não seria hoje, procurei dentro da caixa o presente que ela tinha enviado para mim e em um canto embaixo dos presentes dele estava um caixa de sapato abri ela e havia um belo tênis preto da Nike era um belo tênis sorri pela gentileza dela, guardei todos os presentes dentro do guarda roupa e joguei a caixa do Vitor fora para não virar um troféu como minha mãe diria, tomei um banho e fiquei aguardando minha mãe para irmos para a casa da minha avó.

O dia passou sem muitas novidades ate que a meia noite o telefone que ate então eu havia ignorado tocou olhei quem era e não conhecia o numero suspirei e atendi.

- Eu: Alo...

- Estranho: Feliz natal.

Continua....

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Comentários

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Reli todos capítulos. Cada vez mais empolgante, Vitor parece meio perdido com relação a tudo que o cerca. Espero ansioso que tudo se resolva.

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Parabéns por mais esse conto maravilhosos Lucas!!! Sim, já estou no grupo e conversaremos muito sobre os personagens!!! No aguardo do próximo capítulo dessa maravilhosa história!

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