Descobrindo um novo mundo nº1

Um conto erótico de lili
Categoria: Heterossexual
Contém 2437 palavras
Data: 27/12/2021 23:55:06

Olá, essa é a primeira vez que escrevo num site ou algo do tipo. Há alguns anos escrevo meus relatos em um diário, mas então meu querido Eduardo (que vocês conhecerão mais a frente, me estimulou a publicar minha história com outras pessoas). Lembrando que tudo relatado aqui é verídico, um pouco enfeitado com base nas lembranças que tenho, já que ocorreu há muitos anos. Narrarei sob o meu ponto de vista, assim compreenderam os sentimentos envolvidos. Vamos lá...

*******

Lembro que acordei com um embrulho de presente sobre a minha cama, era o meu aniversário e provavelmente era um presente do meu pai, mas ele não estava em casa para comemorar comigo. Papai sempre fugia nessa data, que era a mesma em que a minha mãe havia falecido, morte no parto. Ela era sua segunda esposa, e se chamava Lídia, por esse motivo herdei o seu nome. Meu pai, Marco, era bem mais velho que ela, cerca de vinte e cinco anos, e agora já está na casa dos 52. Ele tem outros 4 filhos do primeiro casamento, todos homens: Cristiano (30), Eduardo (23), Alex e André (17), são os gêmeos caçulas.

Meu aniversário nunca foi motivo de felicidade, meu pai some, e meus irmãos aparecem para comer um bolo que geralmente a esposa do Cristiano faz para mim. Sei que dentro da embalagem de presente tem uma boneca cheia de firulas, e isso me deixa emburrada, não sou uma criança, mas todos me veem assim, nem mesmo tenho idade para brincar mais com a garotada que corre na rua. Mas para toda a minha família, a Lígia ainda é a bebezinha dos Velasque, uma família de São Paulo que há gerações comanda um importante escritório de advocacia.

Saio da cama e vou para o banheiro, deixando o presente embalado entre as cobertas amarrotadas. Entro embaixo do chuveiro e regulo os registros para a água não ficar tão quente, já que o mês de julho já faz um calor escaldante. Esfrego o sabonete nas mãos e então esfrego meus seios até fazerem espuma, são menores que o das minhas amigas, elas sempre me consolam dizendo que irão crescer quando for a hora, por enquanto tem um formado pontudo, como o bico de uma garrafa de soda limonada. Esfrego entre as pernas, achando curioso como ultimamente tem aparecido uma leve penugem na região, não era assim e não sei se é normal, seria estranho perguntar para de umas amigas da escola se elas também o possuem, mas de qualquer forma terei que esperar até o fim das férias para isso.

Quando saio do banheiro o quarto já está arrumado, temos uma empregada, a Neuza, uma cinquentona gorda que fala alto e está aqui desde que eu nasci. Pego uma roupa que ela deixou separada, é um conjunto de shorts e blusa de alcinhas cor de rosa, o visto e fico incomodada como meus seios parecem pontudos contra o tecido fino, e o short deixa um V marcado demais, sinal de que cresci muito para minhas antigas roupas compradas no ano passado.

Meu cabelo castanho cai em ondas e deixo que ele fique na frente, cobrindo o estranho relevo na blusa. Como sozinha, sem ninguém para me acompanhar, apenas os Gêmeos moram aqui comigo e o papai, Cristiano, o mais velho, tem seu próprio apartamento, e o Eduardo mora próximo ao campus da faculdade para poder se dedicar integralmente aos estudos.

Quando termino não tenho muito o que fazer, a criançada da rua parece barulhenta e infantil demais, e os gêmeos são irritantes e distantes de mim. Vou para a sala de jogos da enorme casa, lá ainda estão todos os brinquedos que os meninos usaram desde criança, e as minhas coisas que já não parecem mais adequadas, como uma enorme casa de bonecas cor de rosa que uso para me esconder e jogar no gameboy que ganhei de presente no ano passado, do Eduardo, o único que já não me dá bonecas ou coisas cheias de laço cor de rosa.

Fico tentando encaixar os blocos do joguinho quando escuto passos entrando na sala. Uma horrorosa cabeça de boneca é colocada na janela da casinha na qual estou totalmente abaixada para caber dentro.

— Mamãe lígia, você deixou sua filhinha abandonada. - Alex imita uma voz de bebê para simular a boneca falando comigo.

Imagino que seja do embrulho que não abri, já que nunca vi essa antes, e olha que tenho muitas guardadas.

— Sai daqui seu fedelho! - Reclamo, irritada com o mais imbecil dos irmãos. — Quando o papai voltar eu vou contar que ficou me provocando.

— Que coisa feia, abandonou sua filhinha igual sua mãe fez com você. - Ele caçoa, enfiando a cabeça na janela.

Sempre senti que meus irmãos não gostavam muito de mim por eu ser filha do segundo casamento, fruto da mulher que foi amante do papai, e por consequência fez com que ele se divorciasse da primeira esposa. Os gêmeos eram os mais novinhos na época, acho que é por isso que me odeiam mais.

— Eu queria que você morresse. - Desejo, deixando o gameboy de lado para sair da casinha pela porta.

— Quer me matar igual fez com a puta da sua mãe? - Ele provoca outra vez.

É o que basta para que meu sangue juvenil ferva e eu saia me arrastando da casinha para grudar nos cabelos pretos e escorridos dele. Alex é alto, provavelmente, quando se tornar adulto, ficará maior que os mais velhos, e com essa diferença notável, ele segura meus pulsos e me joga de costas no chão.

— Sua biscatezinha. - Ele me xinga, se sentando sobre minha barriga, impedindo que eu me levante. — Cuida da sua filinha.

— Sai daqui, Alex! - Grito, me mexendo como uma maluca sob ele.

— Cuida dela! - Ele exige, de uma forma que me dá medo, olhando dentro dos meus olhos completamente irado.

Alex puxa as alcinhas da minha blusa apertada e pressiona a boca da boneca contra o meu seio. Ele tem uma expressão sádica no rosto, por isso fico quieta e de olhos arregalados, enquanto ele simula que a boneca está mamando.

— O velho deu um presente para a favorita dele, então acho bom você brincar com essa boneca maldita. - Ele força a cabeça da boneca mais uma vez e então se levanta, me deixando sozinha e assustada no chão.

Vejo André nos observar parado na porta, sem dizer uma palavra sequer, calado como sempre.

— Vamos jogar bola, Alex. - Ele chama o perturbado de seu irmão gêmeo.

Os dois são idênticos, a diferença está na personalidade e no corte de cabelo. André tem os dele cortado bem curto, já Alex deixa o seu crescer a ponto de cobrir a testa e ficar jogado de lado.

Alex me olha com desprezo e sai, o acompanhando.

Fico sentada no chão, olhando para o nada, me perguntando que culpa tenho por algo que aconteceu antes mesmo de eu nascer.

A boneca de borracha está ao meu lado, a pego no colo, mesmo que não sinta a minima vontade de brincar com ela ou qualquer outro brinquedo infantil demais, ela simboliza que meu pai se lembra de mim e do meu aniversário, coisa que não faz com os gêmeos, por isso Alex está bufando de raiva. Um sorriso brota no meu rosto com a ideia que tenho.

Arrumo minha blusa e agarro a boneca pelo braço, a levando para o jardim da casa, os dois estão chutando uma bola em direção ao pequeno "golzinho" fixado próximo ao muro da propriedade. Me sento em uma das cadeiras de sol da piscina e finjo estar brincando com a boneca, até que eles cravam a atenção em mim.

— Querem brincar com meu presente novo? O papai que me deu. Como é bom ser a favorita. - Me gabo numa atitude totalmente infantil. — Vocês dois foram trocados como a puta velha da sua mãe.

— Cala a boca, pirralha. - André ordena, rompendo seu costumeiro silêncio.

— Deve ser horrível ser odiado pelo próprio pai. - Provoco, sem olhar na direção deles, apenas ninando a boneca no braço. — Não é bebê? - Pergunto a ela, fazendo graça.

Alex vem marchando na minha direção, mas é interrompido por André que segura o seu braço, o impedindo e eu gargalho.

Fico no jardim por mais um tempo até me casar da cara de tacho deles, então abandono a maldita boneca e subo para a casa. Assisto à Tv até o horário de almoço, e como sozinha outra vez, sendo informada pela Neuza que os gêmeos estão almoçando na mesa do jardim. Volto para o quarto e fico escutando música no discman com os fones de ouvido até cochilar. Acordo com barulho de risadas vindo do andar de baixo, e antes de me levantar da cama, noto a boneca junto ao meu corpo, com meu seio enfiado na boca dela. Lembro que havia a deixado no jardim, e deve ter sido aquele demônio mirim do Alex que a trouxe para cá outra vez.

Me levanto irritada, abro a primeira gaveta do móvel de cabeceira e retiro um marcador permanente, desenhando chifres nela, dentes de vampiro e um tapa olho. Saio do quarto a segurando pelo tornozelo e entro na sala de TV onde os dois estão gargalhando assistindo uma fita. Vou por trás do sofá e bato a boneca na cabeça do Alex com toda força que tenho.

Ele grita de dor e se vira para mim.

— Toma, brinca com ela você. É a sua cara, a bebê demônio.

Alex esfrega a cabeça e me surpreende rindo.

— Então eu sou o pai e você a mãe. - Diz ele e o André se vira também sobre as costas do sofá. — Por que a gente não brinca de casinha com ela, em Lili? - Ele me chama pelo apelido que só o papai usa.

— Não sabia que gostava de brincar de bonecas. - Rio. — Deixa o papai saber que está criando uma menina barbada.

— Vem aqui, brincar de boneca comigo. - Ele chama, pegando a boneca que deixei cair de qualquer jeito no sofá. — Vou te ensinar como se faz um bebê.

Arregalo os olhos, geralmente minha primeira reação é sempre provocar ou correr do Alex, mas fico curiosa, não sei como um bebê é feito, e já escutei diversas versões sobre cegonhas e feijõezinhos quando era criança, e nenhuma delas me parece muito convincente agora. As minhas amigas do colégio particular católico também não fazem ideia, e por várias vezes já buscamos a resposta no livro de ciências.

Naquele momento a curiosidade falou mais alto, então mordo o lábio inferior pensando se vou ou não, e dou o primeiro passo, contornando o sofá, e me sentando no carpete do chão, em frente a televisão.

— Vai, mostra logo. - Peço com um tom exigente.

— Deixa de história, Alex. - André fala. — Ela vai contar para o velho.

— Desencana, "Dré", só vou mostrar para ela. - Alex ri e se senta no chão comigo. — Precisa de um homem e uma mulher para fazer um bebê.

— Sem cegonha ou abelhas?

— Isso ai. - Ele concorda. — Você precisa ficar deitada.

— Eu não quero fazer um bebê! - Exclamo com os olhos arregalados.

— Você não vai ter um bebê, sua besta, é só uma demonstração. Como num livro de ciências. - Ele esclarece e eu avalio a ideia.

Não via aquilo com maldade, para mim o máximo que o Alex poderia fazer era me dar uns beliscões, ou bagunçar meu cabelo. Então me deixo e os dois olham atentamente para mim.

— Assim? - Pergunto, levantando a cabeça.

— Assim mesmo. - André confirma, parecendo querer participar.

— Dai o homem deita sobre a mulher. - Alex explica e eu rio, imaginando como deve ser engraçado, homens são maiores e mais pesados. Isso deve doer.

Alex se deita sobre mim e eu prendo a respiração, estamos vestidos, e ele sustenta o próprio peso nos braços, sem me esmagar, me surpreendendo.

— Só isso? - Pergunto decepcionada, pensei que teria algo a mais como um filme de ação, com fumaça e feitiços.

— Tem que esperar. - Diz ele e se esfrega em mim de um jeito que eu sinto cócegas a principio. — Dai os dois se mexem assim, mas para ter o bebê mesmo tem que estar sem roupa. - Ele instrui.

— Ah sim. - Murmuro, feliz por estarmos vestidos.

Sinto que estou compreendendo, e ninguém nunca falou sobre isso comigo antes, já até consigo me ver contando como é para as minhas amigas. Alex se esfrega com mais força e paro de sentir cócegas para sentir uma estranha e nova coceira abaixo da linha do umbigo, se parece com um formigar que sentimos ao ficar muito tempo sentados sobre a perna. Não sei se está certo, mas gosto da sensação, faz com que eu aperte minhas pernas uma contra a outra e comece a respirar de maneira mais pesada.

Fecho os olhos e suspiro, é tão bom que fico me perguntando porque ninguém fala sobre algo tão simples e bom, as professoras da escola sempre nos mandam rezar o terço quando perguntamos sobre, e agora vejo que não tem nada demais.

É tão bom que flexiono os dedos, sem entender o que está acontecendo, mas sinto tudo contrair e eu dou um gritinho e fico ofegante, e o Alex continua por mais alguns segundos e então cai de lado respirando fundo.

Levo a mão até o meu short, o sentindo molhado, não fiz xixi, mas tem algo viscoso dentro da minha calcinha, só não enfio a mão para ver o que é porque os dois estão perto de mim e seria estranho.

— É só isso? - Pergunto.

— No começo sim. - André responde, já que o Alex ainda está respirando fundo. — Sentiu alguma coisa estranha?

— Não, é bom. - Digo sem fazer ideia do que senti. — E agora?

— Quando se faz sem roupa o homem deixa algo dentro da barriga da mulher e daí ela tem um bebê. - Alex responde se sentando ao meu lado.

— O que ele deixa? E como isso entra lá dentro? - Pergunto com a curiosidade borbulhando.

Alex está para abrir a boca quando escuto a Neuza me chamando, não quero ir, quero descobrir mais sobre os bebês e porque é tão bom fingir que estamos fazendo um. Nunca gostei do Alex, de todos ele é o que mais me irrita, mas sinto um leve choquinho só de me lembrar de quando a esfregação dele deixou de parecer cócegas e ficou boa.

Me levanto do chão com a certeza de que o questionarei outra vez na primeira oportunidade que tiver, e quem sabe o André também me explique se porque no começo é diferente... e depois, o que vem?

*******

Caros leitores, encerro a primeira etapa do relato aqui, ainda vem muita coisa pela frente. Deixem o seu voto, vamos conversar.

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Comentários

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Ótimo conto. Vou te seguir para não perder a continuação.

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