O FOGO DA COMADRE

Um conto erótico de Cláudio Newgromont
Categoria: Heterossexual
Contém 1193 palavras
Data: 20/11/2021 14:09:11
Última revisão: 17/01/2022 09:33:40
Assuntos: Heterossexual

Era um fim de semana de comemorações. Meu afilhado havia passado no vestibular e seus pais reuniram os amigos mais chegados em sua discreta mas aconchegante casa de campo. Meu marido estava em final de longa viagem de negócios e não conseguiria chegar a tempo de ir comigo ao sítio do nosso compadre – mas me encontraria lá, no domingo.

Sua ausência de casa há mais de mês deixara-me numa secura sexual das maiores. Eu buscava me resolver com siriricas, um paliativo mas não uma solução. Eu sentia necessidade de pica. A perspectiva do retorno do meu querido naquele final de semana deixava meu corpo todo num só frisson, me arrepiava por nada e por tudo – a cachoeira se fazia entre minhas pernas a todo momento. Viajei sozinha, no sábado.

O dia estava lindo. Na minha gana por transa, no meu tesão descontrolado, eu sentia sensualidade em tudo. A piscina convidava a um lascivo mergulho, e eu comprara (com a coragem avalizada pelo tesão) um fio dental pra lá de escroto. Eu sabia de minhas gostosuras, e que poderia mesmo causar, mas eu estava querendo era me sentir deliciosa. Aproveitei que não havia praticamente ninguém na casa – quase todos haviam saído com minha comadre para uma trilha pelos matos – e resolvi me jogar na piscina.

Senti-me praticamente nua, ao retirar a canga e receber a carga d’água fria do chuveirão. Tentando demonstrar naturalidade, mergulhei na piscina e me entreguei ao carinho líquido que envolvia meu corpo. Sentia-me no paraíso e minha buceta assinava embaixo, também liquidificando-se em baba.

Foi quando retornei à realidade por instantes e – Jesus! – flagrei meu compadre, no deck, me secando, com os olhos cheios de desejo lambendo-me todo o corpo. Tá, tá... pode ter sido meu tesão acumulado que gritava pelos meus poros e meus olhos viam o que não havia, mas, dados todos os descontos, ainda me ficou a impressão de que ele não tirava os olhos de mim. Isso foi me inquietando e me esquentando a buceta, dentro d’água – só faltaram borbulhas vulcânicas subirem na superfície da piscina. Meus olhos, naturalmente, recaíram por entre as pernas do meu anfitrião, e juro que notei sua dureza se pronunciando sob a sunga.

Continuei nadando, mas agora meu corpo estava em brasa viva. Eu precisava urgentemente de uma siririca, senão eu terminaria sendo inconveniente. Mais algumas braçadas e decidi ir para o quarto, gozar imaginando a fantasiosa rola do meu compadre. Ao sair da água, não havia ninguém no deck da piscina. Será possível que eu estava tão a perigo que imaginara tudo isso? Ou ele simplesmente saiu enquanto eu nadava? Bom, não era esse o pensamento com que eu desejava ocupar minha cabeça – concluí, enquanto me despia, me enxugava e voltava a me envolver na canga. Continuei para meu quarto, onde um orgasmo me esperava.

Mas o demônio não dorme. Ao passar pelo quarto do casal, a porta entreaberta (propositalmente?) enxergo meu compadre sentado numa poltrona, com a cabeça recostada e olhos fechados, como se dormisse – não fossem os movimentos que lhe percebi... puta-que-pariu! Ele estava tocando uma senhora punheta. A rola que eu captava com meus olhos gulosos estava rígida no ar, entre seus ágeis dedos.

Desgovernei-me de vez! Meu coração disparou, minha xoxota derreteu-se em lava fervente. Meu corpo nu, sob a saída de banho, tremia de tesão. Eu não estava enganada, afinal: meu compadre estava mesmo me comendo com os olhos, na piscina, e agora me comia com a mão, no seu quarto; eu queria que me comesse com a pica agora. Aqueles momentos que você reconhece únicos e irrepetíveis, em que todo o universo conspira a seu favor, e que poderá fazer você se arrepender para o resto da vida de ter deles se esquivado: este era um desses.

Fechei os olhos, respirei fundo, tranquei a realidade lá fora e joguei a chave fora. Soltei o tecido que me cobria e que se enrodilhou aos meus pés, entrei silenciosamente no aposento, e me pus, nua e ofegante diante do meu compadre, ele de pica na mão. Seu susto foi indescritível, mas o seu cacete manteve-se firme. Não lhe dei chance de qualquer reação mais elaborada; coloquei meu dedo indicador sobre seus lábios, a lhe pedir silêncio, e logo o substituí pelos meus lábios. Não saberei descrever a agonia que foi aquele beijo. Nossas bocas se devoravam, nossas línguas se misturavam, abafando gemidos.

Enquanto o beijava, direcionei meu corpo por cima do seu, pus um pé em cada lado de seu corpo e me levantei, deixando minha xoxota na altura de sua boca. Ele caiu de língua e me sugou até a alma, através da minha buceta. Mas não deixei que demorasse muito, que o gozo assim logo viria, e minha caverna ansiava pela estaca que pulsava, poucos centímetros abaixo.

Assim, retirei-me delicadamente de sua boca e fui abaixando meu corpo. Sentia sua pica aos pinotes, como a querer alcançar minha buceta antes que ela chegasse. Minhas pernas estavam meio trêmulas, mas consegui segurar o peso do meu corpo e direcionei meu priquito àquele mastro. Ao senti-lo roçar na inundada porta de entrada, um arrepio percorreu meu corpo e um gemido escapou de meus lábios – dos dele também.

Fui sentando devagar, e sua tora foi desaparecendo dentro de mim. Eu o sentia me penetrando a carne em brasa, milímetro a milímetro. Até que percebi minha bunda em suas coxas e compreendi que ele estava todo dentro de mim. Passei a me rebolar como poucas putas o conseguem fazer. O calorão tomou conta de nossos corpos, ele mordiscava meus seios e eu apertava sua cabeça contra eles, enquanto nossos quadris dançavam cadencialmente sobre a poltrona.

Não durou muito tempo essa dança de acasalamento. Logo raios de intenso prazer circulavam pelo meu corpo, num claro aviso de que eu gozaria logo. Ao mesmo tempo, senti sua rola crescer dentro de minha buceta e nódulos percorrerem a extensão de seu pau, até explodirem em vigorosos jatos. Gritos lancinantes acompanharam nossos gozos. Respirações ofegantes os substituíram. Movimentos involuntários sacudiam nossos corpos, ainda engatados.

Não sei quanto tempo permanecemos assim. Mas em algum momento, recobrada precariamente a realidade, ele me olhou, nossos rostos a polegadas de distância:

– Comadre, eu...

Cortei-lhe a palavra com mais um beijo, a que fui plenamente correspondida. Ao descolar minha boca da sua, voltei a colocar o indicador sobre seus lábios, a pedir-lhe silêncio. Com algum esforço levantei-me de seu colo, libertando seu pau ainda semiduro e se banhando de seu sêmen que saía aos borbotões de dentro de mim, saí da poltrona e me pus de pé em sua frente, sempre sorrindo; fui me retirando lentamente – meu indicador agora sobre meus próprios lábios.

Recolhi a canga que jazia na porta e dirigi-me ao meu quarto, ainda sentindo os pinicões do recente orgasmo, a espetar todo meu corpo. Joguei-me sobre a cama, completamente embriagada de felicidade, e me neguei terminantemente a encarar racionalmente o que acabara de se passar. Só fechei os olhos, como procurando estender aquele momento mágico o mais possível, e buscando pensar em quanto eu faria meu marido feliz e o quanto eu gozaria em sua rola no dia seguinte, quando ele chegasse.

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Comentários

Foto de perfil de Maísa Ibida

Parabéns pelo excelente texto. ah, sou nova no site e li e gostei de sua sugestão no blog da casa.

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