Ma Petite Princesse - 2° Temporada - XV

Um conto erótico de Ana_Escritora
Categoria: Heterossexual
Contém 9253 palavras
Data: 17/10/2021 23:49:29
Última revisão: 09/05/2023 17:11:02

Sinopse: Uma festa de aniversário com muitas surpresas, diversão e momentos de tirar o fôlego para fechar o semestre escolar.

Férias de verão na Europa e nossa bela jovem ficará longe do seu amado professor por um mês. Mas nada que uma despedida louca e de última hora para se ter a certeza do amor entre duas pessoas apaixonadas.

****

- Curtam a festa!

- Obrigada! - agradecemos e ela sorriu, desviando o olhar e a atenção na direção de outro convidado que eu não vi atrás de nós, pois seguimos em direção à entrada.

- Boa noite, qual o seu nome, Senhor? - ouvimos ela perguntar.

- Eric Schneider.

Paralisei no mesmo instante quando ouvi o nome e a voz. Ao virar, ele estava ali na nossa frente, falando calmamente com a recepcionista e entregando os presentes. Quanto mais eu o olhava, menos eu acreditava. Senti minhas pernas começarem a tremer de leve e meu coração bater mais acelerado como nunca.

- Meu... Deus... Do céu... - ouvi a Melissa falar pausadamente e pegar na minha mão que estava uma pedra de gelo. Na verdade, o meu corpo inteiro.

- Ih, olha só, o Professor Schneider também foi convidado! - Frederik comentou animado - Oi Professor!

- Oi, crianças... - Ele se aproximou de nós, depois de confirmar a presença na lista - Como vão? - seus lindos olhos percorreram ligeiro o meu corpo na mesma hora - Senhorita Martin? - e sorriu para mim amigavelmente.

- Estamos bem! - a ruiva sentiu que eu estava em choque e, disfarçando, segurou na minha cintura com as duas mãos com medo de que eu pudesse desmoronar - Legal você ter vindo! - deu um sorriso amarelo.

- É, eu... Fui convidado quase que de última hora.

Mesmo Eric estando vestido com um paletó cinza, blusa social branca e calça preta e conseguindo ficar mais lindo do que já era, eu não conseguia controlar a raiva que começou a crescer dentro de mim. Mas não podia demonstrar qualquer reação ruim diante das pessoas naquela recepção.

- E então? Vamos entrar? - ele apontou na direção do túnel.

- Vamos sim! - o representante de turma concordou e então nós quatro caminhamos até a entrada da festa. Melissa continuou a me segurar e eu ainda não estava acreditando no tinha acabado de acontecer nos últimos minutos.

Ainda abalada, a decoração do salão que era enorme conseguiu chamar a minha atenção. O piso da pista de dança era um tabuleiro de xadrez gigante em preto e branco e alguns convidados já dançavam ao som contagiante de uma música eletrônica. Luzes coloridas, a fumaça espalhada no ar e várias bolas prateadas no alto do teto criavam o clima de uma verdadeira boate. Do nosso lado esquerdo, havia um pequeno cenário montado todo em branco onde estavam os aniversariantes da noite, junto de dois amigos que eu não conhecia, pousando para os fotógrafos. Do lado, a mesma jornalista que veio até a nossa mesa do restaurante, onde não almoçamos, olhava atentamente para os nossos amigos anfitriões da noite.

- HEEEYYY - Gabriele fez um verdadeiro escândalo logo que nos viu e saiu do pequeno cenário, correndo até nós, balançando todos os cachos bem definidos no penteado - Finalmente chegaram!!! - e deu um abraço em nós duas.

- Que bom que vieram, meninas - Patrick e sua normal tranquilidade, veio nos cumprimentar nos dando um beijo no rosto.

O vestido que ela usava também era tomara que caia, na cor preta, com uma abertura em formato V nos seios e outra em uma das coxas, marcando bem o seu corpo. As sandálias na mesma cor do vestido e com pedras douradas tinham um salto que fez ela ficar mais alta. Os lábios pintados de vermelho não tinha muito a ver com a maquiagem em tons de dourado que desenhava os olhos mas talvez essa era a intenção dela: uma make bem chamativa. Patrick, assim como a irmã, estava todo de preto: desde os sapatos até a blusa social. Mesmo com os cabelos sempre bagunçados, ele não deixou de ficar bonito.

- Professor! - eu e Melissa levamos um pequeno empurrão dela para o lado e o abraçou toda eufórica. O abraço tão apertado fez parecer uma intimidade que criou mil paranóias na cabeça. - Que bom que veio!! - e continuou abraçada nele. O salto que usava permitiu com que os dois ficassem quase da mesma altura.

- Meus Parabéns, senhorita Fernandes. - Eric muito sem jeito a abraçou deslizando de leve as mãos pelas sua coluna e gentilmente a afastou - Parabéns Patrick - lhe estendeu a mão no que ele fez o mesmo.

- Obrigado!

- Meninas, fiquem à vontade, comam, dancem e divirtam-se! - ela se virou para nós mas os meus olhos só conseguiram vê-la pegando o Eric pela mão - Professor, pra você não ficar deslocado, eu e o Patrick vamos te colocar na mesa dos meus pais e da nossa avó!

- Eu serei grato à vocês pelo resto da vida se fizerem isso.

- Então vem! - e o puxou pela mão fazendo com que ele a acompanhasse e o irmão foi logo atrás. Meus olhos seguiram o três saírem para o lado de fora do enorme salão.

- Vocês vão ficar bem? Eu vou falar com os meus pais.

- Tranquilo, Frederik! Vamos ficar aqui pelo salão mesmo - Melissa falou e ele então fez um leve carinho nos nossos ombros e também se afastou indo em direção ao lado de fora.

Comecei a dar passos para trás, até me encostar em uma parede, apertando minha bolsa com força, finalmente sentindo minhas pernas amolecerem e mordi o meu lábio tentando controlar o nervosismo.

- Ei! - as mãos da minha melhor amiga seguraram o meu rosto, me fazendo olhar no verde dos seus olhos - Segura o choro! Temos uma festa inteira para curtir!

- Ele não me disse nada que viria! - senti as lágrimas se formarem, molhando os meus olhos.

- Você ouviu ele falar que foi convidado de última hora, Ni!

- Me fez de idiota, Meli! Por que ele não me contou?

- Nívea, para! Não chora! Você vai borrar a maquiagem!

- Eu fiquei toda preocupada quando fui conversar com ele, achando que não ia querer que eu viesse, porque não íamos nos despedir... - minha voz começou a falhar e minha garganta me sufocar.

- Pelo amor de Deus, a amiga que surta sou eu! Você é a tranquila e quietinha do grupo! Fica calma!!!

- Você viu? Ele agora só vai dar atenção à Gabriele na festa.

- Do mesmo jeito que ele te deu ano passado pois era a filha da aniversariante, Helena Toledo, lembra??

- Ele não podia ter feito isso. O Eric tinha que ter me contado!!!

- Com certeza ele vai conversar com você! Agora para de surtar!

Respirei fundo, tentando absorver tudo o que estava se passando e concordar com as palavras da minha amiga. Não podia chorar em uma noite tão especial e nem deixar a presença do Eric estragar tudo.

- E A NOITE HOJE NÃO TEM HORA PRA ACABAR, GALERAAA!!! - a voz feminina no microfone que parecia ser da DJ da festa, chamou a minha atenção e das meninas e meninos que estavam na pista, que começaram a vibrar com a sua empolgação.

Talvez aquilo era o empurrão de ânimo que eu precisava.

- Ouviu?

- Ouvi. Você tá certa - afirmei com a cabeça - Vamos curtir a festa e nos divertir - respirei fundo pela última vez e ajeitei o meu corpo.

- Isso mesmo. Vem - ela me pegou pela mão - Vamos dar uma volta e ver a decoração.

Caminhamos juntas de mãos dadas pela pista de dança, desviando dos convidados. Muitos adolescentes que talvez tivessem nossa idade, mais ou menos, se divertiam dançando e andando para todos os lados. Haviam vários pufes gigantes e coloridos encostados pelas paredes onde alguns estavam sentados, mexendo em seus celulares e tirando selfies em grupo. Vimos uma mesa repleta de doces de diferentes cores e tamanhos colocados em potes também coloridos e do lado, uma jovem usando um uniforme todo preto.

- Podem pegar o que quiserem meninas! - ela se aproximou de nós muito simpática - Os doces estão liberados e temos garçons servindo bebidas e comida também.

- Obrigada! - Melissa agradeceu enquanto nós olhávamos os pirulitos, bombons, balas, confeitos de chocolate, marshmallows - Será que vão servir torta de frango?

- Começou - revirei os olhos.

- Ué, e se tiverem servindo?

"Ela era lá da Barra, ele de Ipanema

Foram ver um campeonato lá em Saquarema..."

A música bastante conhecida começou a tocar.

- AAAAHHH MEU DEUS! - foi a vez da minha amiga surtar, dando pulinhos - EU AMO ESSA MÚSICAAAA!!!

- Eu ouço ela e me lembro de você! - comecei a rir.

- Então vem! Vamos dançar!!! - e me puxou pela mão na direção da pista.

- Calma aí, vou fazer stories porque sei que vão olhar - olhei pra ela irônica e abri a bolsa tirando o meu celular.

- Boaaaa, isso ae mesmo!!!

Com o aparelho nas mãos, abri o Instagram indo para a pista de dança e posicionei ele pro alto e começamos a cantar quase que aos berros com os rostos colados a letra da música e os stories passando.

''Vai ter que superaaarrr

Vai ter que superaaarrr

Essa menina soltaaa

Essa menina soltaaa''

Outras meninas que nem conhecíamos se juntaram do nosso lado e apareceram nos pequenos vídeos que iam se formando, cantando junto, fazendo tudo ficar ainda mais divertido até um rosto conhecido aparecer atrás de nós. Frederik começou a cantar e mostrou a língua. Por impulso e ainda gravando, dei um beijo no rosto dele e ele retribuiu, fazendo o mesmo no meu rosto e no da Melissa.

Terminei a sequência e soltei tudo de uma vez, dançando mais devagar e atenta a cada story postado um de cada vez. Apenas esqueci de marcar o @ dos meus amigos mas eles assistiriam tudo mais tarde.

- Vocês não querem comer nada? - ele se aproximou de nós falando bem perto e o mais alto que podia - Tem um buffet lá fora que está servindo o jantar!

- Depois nós vamos! - Melissa fez falou também bem perto fazendo um sinal de joinha.

- Tá legal. Mas não fiquem sem comer! - pediu e sumiu pela pista de dança.

Foi quando me dei conta do que tinha feito ao ver ele pelo meio da galera enquanto uma outra música começou a tocar.

- Que foi? - a ruiva me perguntou perto do ouvido, tocando no meu braço e me tirando do transe.

- Eu beijei o Frederik no rosto!!! - falei bem perto.

- E daí?

- E foi parar nos stories.

- Xiiii. Isso vai dar ruim...

- Não fiz de propósito... Fiz?

- Acho que menina solta da noite não será apenas eu - e começou a rir.

Não podia ficar me torturando sobre o que ele iria pensar ao ver o que eu postei. Que se dane! Se o Eric não me contou nada sobre ir para a festa, eu não ia me preocupar e deixar de me divertir. Pelo contrário, ia começar a fazer com ele o que eu mais gostava.

E então, os dois fotógrafos que estavam registrando tudo da festa veio para o meio de pista e logo depois os nossos amigos aniversariantes apareceram de mãos dadas se juntando à nós. Patrick não era muito bom de dança mas pelo menos tentava arriscar uns passos. Diferente da irmã, que dominava a pista dançando com muita graça.

A música era One Dance do cantor Drake que possuía uma batida empolgante. Patrick veio na nossa direção e, sem que eu esperasse, deixou um beijo carinhoso na minha testa e na testa da Melissa. Apesar de ser mais reservado, ele e Frederik eram parecidos em muitas coisas. Por isso eram melhores amigos.

Dançamos mais algumas músicas e finalmente saímos da pista em direção à área ao ar livre onde haviam várias mesas e os adultos da festa estavam presentes.

Melissa ficou boquiaberta ao ver vários rostos conhecidos da televisão que com certeza foram convidados pelos pais dos aniversariantes e naquele momento era ela quem estava surtando por dentro.

- Meli, se controla!

- Eu sei, mas é difícil. Tá cheio de famoso aqui!

- Vejam só! Minhas hóspedes favoritas! - a mãe do Frederik nos viu e respirei aliviada por estar perto de alguém conhecido - Não vi vocês chegarem, meninas! - E nos deu um forte abraço.

- Ai, Dona Denise, nós chegamos e ficamos pela pista de dança! - a ruiva se justificou.

- Eu imaginei. E hoje vocês estão por nossa responsabilidade.

- Aposto que a Dona Norma já deixou tudo pronto.

- Com toda certeza. O quarto está prontinho esperando por vocês! - disse empolgada.

Denise Bertrand estava entre as mais elegantes da festa usando um vestido azul marinho e sandálias douradas. Os cabelos e maquiagem deixavam o seu rosto ainda mais bonito. Observando cada detalhe nela, e em especial a sua beleza, era difícil entender o que poderia ter acontecido de errado naquela família por mais que o Eric tivesse me explicado poucos meses atrás.

- Vocês precisam comer alguma coisa! - ela decretou - O Frederik está na nossa mesa e já se serviu.

- Vou agora mesmo!

- Meninas? - senti me tocarem pelas costas - Enfim, consegui falar com vocês.

- Oi Natália! - não consegui esconder a alegria ao vê-la. O vestido preto, parecido com o da filha, era lindo. Com apenas uma alça, haviam alguns detalhes em renda no decote e na barra do vestido.

- Está tudo bem? Estão sendo bem servidas?

- Sim, tudo bem. Só não comemos ainda. - olhei para o lado e Melissa já estava sentada ao lado do Frederik comendo - Quero dizer... Eu ainda não comi. - suspirei.

A mesa em que eles dois estavam sentados era longa e parecia ser reservada. Em uma ponta, Simon estava sentado e conversando com um convidado e William estava em pé atrás dele, falando e apontando para várias direções, orientando um dos funcionários do buffet. Mesmo tudo correndo bem na festa, ele deveria querer que as coisas saíssem de forma impecável. E na outra ponta, Eric e Dona Raquel sentados um ao lado do outro conversando tranquilamente. Tive que segurar o riso quando vi a cena.

- Nívea, antes de se servir, poderia vir comigo um instante? - Natália me pediu.

- Me dá aqui a sua bolsa! - Denise fez um gesto e tirei ela do corpo, lhe entregando.

- Claro, aconteceu alguma coisa? - perguntei curiosa.

- Não é nada demais. - gentilmente me pegou pela mão, me levando na direção de onde ele estava.

Cruzamos algumas mesas e passamos por trás dele e da avó dos irmãos, até uma mulher que estava em pé, olhando atenta ao seu celular.

- Nívea, essa é a Cíntia Oliveira, uma amiga minha de muitos anos. - Natália me apresentou e ela virou os olhos na minha direção.

- Oi, muito prazer.

- Oi Nívea, como vai? - ela me cumprimentou com dois beijos no rosto.

- Bem, obrigada - Natália permaneceu do meu lado, com o braço cruzado ao meu - Você me conhece?

- Eu sei, deve estar estranhando mas na verdade eu pedi à Natália para que me apresentasse a você. Sou cliente da sua mãe desde quando ela ainda trabalhava no Centro da cidade.

- Mesmo? Nossa!

- Quando te vi dançando na pista custei a acreditar, me lembro de você ainda pequena. Mas me conta, como está indo a nova clínica da sua mãe? Ela me convidou para a inauguração mas infelizmente precisei viajar no dia.

- Ah, está indo bem. A região onde fica a filial é muito boa. Além da Universidade, tem muito comércio.

- Que bom. Ainda quero ir fazer uma visita.

- Ela vai adorar te receber.

- Mas e a festa? Está curtindo?

- Muito. Estou me divertindo bastante. - podia sentir os olhos do Eric na minha direção enquanto conversava com a mulher.

- Que bom! E há quanto tempo você é amiga da Gabriele e do Patrick?

- Ah... Estudamos juntos no colégio desde crianças, não é Natália? - questionei para ela no que ela confirmou - Mas amiga pra valer deles dois eu fiquei esse ano.

- Que legal... - ela mantinha o celular em uma das mãos de um jeito estranho - Posso tirar uma foto de vocês duas?

- Claro, Cíntia. À vontade. - Natália autorizou.

Fiquei ao lado da Natália e a mulher se afastou um pouco de nós, posicionando o celular e tirando várias fotos.

- Ficaram ótimas! - ela sorria, enquanto parecia analisar as imagens na tela.

- Meus Parabéns, Nívea. - a apresentadora de TV acariciou o meu braço.

- Pelo quê?

- Você acabou de conceder sua primeira entrevista.

- Hã? - fiquei sem entender.

- Eu não acredito que você fez isso com a menina, Natália! - Dona Raquel se levantou indignada, parando do nosso lado.

- Ora, Raquel - ela riu - Se eu falasse que era uma entrevista, a Nívea iria travar.

- Isso foi uma entrevista?

- Foi, minha querida. Sinto muito por isso, era o único jeito. Mas você foi ótima, ela não se saiu bem, Cíntia?

- Muito bem! Agiu com total naturalidade! Sei o quanto é tímida e odeia aparecer. Você tem a mesma beleza da Helena, mas são bem diferentes em personalidade.

- É.. - ainda estava confusa com o que aconteceu - Somos sim.

- Me desculpe, viu?

- Não Natália, tudo bem. - e comecei a rir também. Aquilo acabou virando uma situação engraçada.

- Vem aqui! - Dona Raquel me pegou pela mão e me fez sentar ao lado do Eric. Ele estava com um dos pés apoiado no joelho formando um quatro e senti seus olhos em mim. Me afastei um pouco dele com a cadeira e esperei que me servissem. Ainda sentia raiva pelo que ele tinha feito. Por sorte, Frederik estava sentado do meu lado direito e minha amiga logo depois dele. Ela já deveria estar no segundo prato.

- Você falou muito bem.

- Obrigada, professor - foi o que consegui falar, olhando rapidamente para ele, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e logo um garçom se aproximou, me servindo um prato médio que continha salada verde, uma mini porção de arroz e frango ao molho. Agradeci à ele e comecei a comer.

- Já sei que a Nívea é sua melhor aluna, não é professor?

- É sim, Dona Raquel - ele me encarava e sorria daquele jeito debochado que me irritava e me excitava ao mesmo tempo - Mas a sua neta também é uma excelente aluna. Pelo menos na minha disciplina.

- Estou muito triste com vocês duas!

- Por que Dona Raquel? - Melissa perguntou enquanto comia.

- Poderiam passar a noite de hoje na nossa casa! Sabe o quanto vocês são muito bem vindas.

- O meu pai acabou telefonando para o Simon e como sempre acontece, ficamos hospedadas na casa do Frederik.

- Sinto muito, vó Raquel. Nívea e Melissa são as queridinhas da minha Norma! - Ele já tinha terminado de comer e passou os dois braços por trás de nós duas no que eu correspondi.

Eu gostava mesmo de lidar com o perigo e ele estava do meu lado.

- Eu sei, meu querido. Mesmo assim, eu fico triste. Só iriam faltar elas duas na festa junina que os moradores aqui fazem todos os anos.

- Eu viajo amanhã de noite, uma pena mesmo.

- E eu na segunda.

- Festa Junina que acontece no primeiro fim de semana de Julho. Só aqui mesmo. - ela lamentava.

- Você fica as férias todas na França? - ele me olhava de um jeito sério e um pouco triste.

- Fico sim, Frederik. - respondi enquanto dava uma garfada na salada e comia - A família toda do meu pai mora lá. Mas por que?

- Eu vou pra Inglaterra com a vó Raquel, a Gabi e o Patrick logo depois da festa junina. Vamos ficar lá por dez dias. Aí quem sabe você podia ir se encontrar com a gente. Passar um fim de semana.

- Vou viajar com o meu tio para a República Tcheca logo depois que chegar em Lyon mas será menos de uma semana. Não posso dar certeza depois, pois nas férias de verão eu e os meus primos saímos muito.

- Entendi. - deu um meio sorriso.

- Nívea, meu amor - a mãe do Frederik esticou o braço na mesa acariciando o meu pulso - se você quiser ir, nós falamos com os seus pais e a sua família na França e enviamos a passagem de Lyon para a Inglaterra, não é Simon?

- É só dizer o dia. Resolvemos tudo daqui mesmo - ele segurava um copo de whisky com gelo.

- Iríamos adorar ter você conosco, minha querida - Dona Raquel sorriu para nós dois.

- Obrigada, vocês são muito gentis. Mas não posso prometer nada.

- Se você mudar de ideia, é só falar.

- Ah não! Se a Ni for pra Londres, vai ter que ir me encontrar em Nova York também!

- Ah, pronto! Agora temos a melhor amiga ciumenta também! - Frederik zombou e todos na mesa riram. Ou nem todos. Senti o Eric passar por trás de nós e se afastando da mesa.

Aquela conversa sobre férias e viagens não o agradou muito. Principalmente com o Frederik estando no roteiro.

***

- Não vi o Evandro pela festa!

- É verdade, Meli. Nem eu.

Estávamos eu e a Melissa encostadas de lado, na pia de mármore do banheiro feminino do salão. Depois de terminarmos de comer o que estava sendo servido, fomos ao banheiro lavar o rosto e optamos por ingerir uma bala de morango na boca pra disfarçar o gosto da comida. As meninas entravam e saíam para usar o banheiro e então achamos melhor conversarmos em voz baixa.

- Lembrei que hoje é sábado e é a folga dele - falei baixo bem perto do rosto dela.

- Mesmo assim, Ni. Ele podia ter vindo! Será que eles não estão mais se encontrando?

- Em todos os finais de semana que ficamos na casa do Frederik, você ia lá para espionar os dois?

- Eu não, tá doida? Uma vez foi o suficiente!

- Então não temos como saber!

- Vem, vamos rebolar a bunda. Daqui a pouco deve começar a tocar funk.

As portas dos banheiros feminino e masculino ficavam uma de frente para a outra. No entanto, elas se mantinham distantes em um corredor e assim nenhum convidado se esbarrava, podendo entrar sem nenhum problema.

Logo que saímos, ao olharmos para a frente, tomamos um susto.

- Opa... - Melissa pegou na minha mão.

- Será que eu e você podemos conversar? - Eric estava encostado na parede, com as mãos nos bolsos do paletó e o rosto virado na nossa direção.

- Não, Eric. - falei firme - Não podemos ser vistos juntos aqui.

- Amiga, eu vou lá na área gamer que eu ainda não conheci, ok? E acho melhor vocês irem para outro lugar - passou por nós dois em passos rápidos saindo do corredor, em direção à festa.

- O que você quer?

- Já disse, quero conversar. Vamos sair daqui.

- Eu não vou pra lugar nenhum com você!

Ele respirou fundo.

- Atrás de onde fica a cozinha do buffet tem um pequeno quarto que parece ser uma área da limpeza. Eu vou ficar te esperando e ninguém vai nos ver.

- Eu já disse que eu não vou!

- Vai ser lá ou aqui! Escolhe! Quero entender o fogo que surgiu nos seus olhos, logo que chegamos na festa.

- E você ainda quer saber?

- Quero. Estou te esperando lá. E tente não ser vista por ninguém quando for me encontrar - e saiu, se afastando, sem me dar qualquer chance de dizer outro não.

Como eu iria fazer isso? Uma festa repleta de gente e sem ser vista? Minhas mãos começaram a suar e eu segui andando bem devagar, chegando na pista de dança e vendo o Patrick dançando rodeado de meninas. Do nada, ele me pegou pela mão, me rodopiando e ficou colado ao meu corpo.

- Dançando com todo respeito, viu? Não vou furar o olho do Frederik - eu ri e ele fez um carinho nos meus cabelos, deixando um beijo no topo da minha cabeça. A outra mão dele pousou um pouco acima do meu bumbum.

Dançamos apenas uma música e o deixei na pista no que ele tirou outra menina para dançar. Todas elas queriam tirar uma casquinha dele.

Ao sair do salão, fui para onde o Eric tinha me indicado. Passei pela porta da enorme cozinha, todos os funcionários estavam ocupados e não me viram. A outra porta do pequeno quarto estava fechada e mesmo com receio, dei duas batidas. Na mesma hora, ele a abriu.

- Entra! - Eric me puxou pelo pulso rapidamente, fechando a porta atrás de mim e trancando com uma pequena chave.

O cômodo era pequeno, abafado e cheirava a mofo. A luz estava fraca e haviam vários baldes, vassouras e esfregões espalhados além de uma pequena mesa de madeira onde ele me encostou, ficando frente à frente comigo.

- Fala - cruzei os braços perto dos meus seios e abaixei o olhar.

- Só foi um pretexto... - ele se aproximou, deslizando a mão pela minha cintura e a outra erguendo o meu queixo, me forçando a olhar para ele - Pra ficar perto de você...

- Pra continuar me fazendo de imbecil!

- Por que me olhou daquele jeito na entrada?

- E você ainda pergunta? Fiquei a semana inteira pensando nas provas e pensando em você não me querer aqui! E agora isso? Convidado para a festa?

- No mesmo dia que nos encontramos de noite, a Gabriele e o Patrick foram até a sala dos professores durante o intervalo e me convidaram. Aceitei por educação à eles, por serem os meus alunos, mas principalmente porque sabia que você também viria, ma petite... Queria te fazer uma surpresa.

- Tinha que ter me contado, Eric!

- Ia perder a graça se eu te contasse. Não foi a minha intenção te irritar.

Continuei de braços cruzados, desviando o meu olhar do dele e seus dedos passeavam pelo meu colo e depois nos meus lábios.

- Você me surpreende e com esse vestido consegue ficar mais linda... Eu não estou ligando nem um pouco pra essa festa. Só a companhia da Dona Raquel que está fazendo isso daqui ficar minimamente suportável pra mim.

- Pois eu estou me divertindo e muito! - olhei nos seus olhos com firmeza.

- É, eu já sei - ele engoliu em seco, fechando a cara do jeito de sempre quando estava com raiva - Beijos e mais beijos na pista de dança. Fez de propósito não foi?

- Talvez.

- Gosta mesmo de me provocar?

- Talvez também. Vai lá e continua fazendo companhia à Dona Raquel! Melhor que isso, pra neta dela aniversariante que adooora te abraçar apertado! - falei com deboche e ele riu.

- Você tá com ciúme da Gabriele?

- Eu vi, ela te pegou pela mão.

- Me pegou e me apresentou aos pais dela e a avó. Foi só isso.

Fechei a cara, continuando com os braços cruzados. E então ele se aproximou ainda mais, me deixando encurralada contra a mesa, apertando o seu corpo no meu e sua boca vindo na direção do meu pescoço.

Impossível controlar as reações que Eric sempre causava em todas as vezes que ele encostava em mim. Os arranhões dos pêlos da sua barba me arrepiavam por inteira e o fogo na minha buceta crescia em meio às sugadas sentidas na minha pele, junto do volume do seu membro que cresceu, quando ele se encaixou entre as minhas pernas. Inclinei meu corpo para trás e me segurei nos seus ombros, me apoiando, permitindo os seus toques.

- Volta comigo hoje...

- Não posso, Eric... - o agarrei com força - Não posso deixar a Meli, aqui...

- Levamos ela pra casa... - sua boca quente percorria por todos os lados do meu colo, com a sua língua me lambendo - Depois somos só nós dois.

- Vamos passar a noite aqui... - envolvi meus braços e nossos corpos imploravam um pelo outro - As hóspedes favoritas...

Ele se afastou de repente e me olhou sério, me deixando em estado de transe e com a respiração falhando. O vermelho da raiva tomou conta do seu lindo rosto.

- Vai mesmo se encontrar com ele na Europa?

- Você acha que eu vou? - falei debochada, me segurando na mesa com as duas mãos recuperando o fôlego.

- Não brinca comigo, Nívea. Agora é você que vai me fazer de idiota?

- Se eu for, vou alimentar o Frederik de esperanças. Então, não. Eu não vou. Por isso não dei certeza de nada naquela hora que estávamos na mesa.

- Pior época do ano pra mim... - percebi o seu rosto ficar mais calmo e aliviado e sua mão acariciou o meu rosto - Quando eu fico esse tempo todo longe de você...

- Pra mim também...

Com ambas as mãos, Eric segurou o meu rosto e nossas bocas se uniram em um beijo quente e enlouquecedor. Agarrei no seu pescoço querendo mais daquele efeito que a sua boca causava e fiquei na ponta do pé, conseguindo me sentar em cima da mesa.

- Não, Eric... - mesmo negando, abri as minhas pernas e me esfreguei na sua calça social, sentindo a pulsação deliciosa.

- Tem certeza que não quer? - sussurrou no meu ouvido e suas mãos subiram pela minha coxa, por baixo do vestido, chegando na minha calcinha - Porque o meu pau tá aqui implorando para se enfiar em você...

Sem que Eric esperasse, dei um empurrão tão forte que ele foi parar na outra parede, me olhando assustado e eu desci da mesa, chegando até a porta, destrancando-a e saindo. Com certeza ele ficou sem entender nada pois não me impediu. Não podia transar com ele ali, pensei na mesma hora que saí daquele quarto ficando parada do lado de fora.

Ajeitei o meu vestido no corpo e os cabelos cobrindo o meu pescoço para que ninguém visse as possíveis marcas deixadas pelos beijos deliciosos que só ele tinha. Caminhei de volta para a festa, um pouco tonta e bem devagar com medo de virar o pé no meu sapato.

Espero que não tenham sentido a minha falta, falei baixinho enquanto andava.

Chegando no salão, tudo normal. Em meio às luzes da pista de dança, lembrei que a Melissa estava na área gamer que ficava ao lado do cenário para tirar fotos. Quando entrei, a sala era iluminada por uma luz azul, um telão enorme tomava conta de quase toda a parede e vários garotos estavam sentados nos pufes assistindo outros dois jogando um game de luta. Um rapaz todo de preto era o responsável por tomar conta do espaço e cuidar dos games. Havia uma mesa estava repleta de lanches e um frigobar estava do lado onde os meninos podiam se servir. No meio dos meninos, vi a Melissa se levantar de um dos pufes com um saco de batata ondulada nas mãos, comendo tranquilamente.

- Mesmo não jogando você pode comer? - perguntei e não precisei levantar a voz pois ali dava para conversar normalmente.

- Posso. - ela colocava um punhado de batatas na boca e mastigava - Só não posso sair daqui enquanto eu como. É exclusivo para quem fica na sala. Mas e aí, transaram?

- Claro que não, tá doida?

- Ué, não foi pra isso que ele te chamou pra conversar?

- Pois é, foi pretexto. Entre as coisas que conversamos, queria me levar embora com ele.

- Sério? - a ruiva ficou de boca aberta com mais batatinhas na mão antes de colocar na boca - E você disse o que?

- Disse não! Que íamos passar a noite aqui no Frederik. E aí ele fechou a cara.

- Normal.

Esperei a Melissa terminar de comer as batatas e então pegamos, cada uma, um coquetel de frutas que passou na bandeja levada pelo garçom.

Voltei até a mesa onde estava a minha bolsa para ver o meu celular e fiquei com ele nas mãos. Precisei disfarçar bem a presença do Eric novamente ali depois do que tinha acontecido. Terminei minha bebida e deixei na mesa, voltando para a pista e vi minha amiga sentada em um dos pufes e ela se afastou um pouco me deixando sentar do seu lado.

- Ele tá aonde?

- Se tornou o melhor amigo da Dona Raquel. - rimos juntas.

Gabriele estava no meio da pista e veio até nós duas, se abaixando e falando bem perto.

- Vocês viram o meu irmão?

- Ele estava na pista. Até dancei uma música com ele.

- Vamos cantar o Parabéns daqui a pouco por causa da vovó que vai pra casa. Vocês me ajudam a procurar ele?

- Claro! - Nós duas nos levantamos e saímos as três atrás dele.

Procuramos por vários lugares e nada, nem sombra do Patrick.

- Onde será que ele deve ter ido?

- Já sei! - a aniversariante estalou os dedos - Atrás daqui do salão tem um pequeno jardim.

- Então se ele está lá, deve estar ocupado...

- Dane-se! Venham comigo! - E nos pegou pela mão.

Saímos do salão, caminhando até chegar na parte de trás que a Gabriele tinha falado. Era um jardim com arbustos, repleto de pequenas flores.

Começamos a ouvir os gemidos altos de uma garota enquanto nos aproximávamos do fim do pequeno corredor que cortava o jardim ao meio.

- Ah, Patrick! - ouvimos os gemidos - Você é gato demais...

Meu Deus, coloquei a mão na boca ao pensar no que poderia estar acontecendo e Melissa me olhou com cara de espanto.

Flagramos a garota de cabelos curtos e castanhos rebolando loucamente no colo dele, os dois em um banco de praça e ele com as mãos nos quadris dela.

- Ah... Meu... Deus... - as reações da Melissa já eram esperadas e meus olhos não conseguiam se desviar da cena, me deixando novamente molhada como aconteceu pouco tempo antes, mas em uma área fechada de limpeza.

- Patrick! - a irmã o chamou, ignorando completamente o que estávamos presenciando.

- Gabi? - ele olhou na nossa direção e continuou com a garota no seu colo, que não parava o que fazia, como se estivessem apenas eles dois.

- Vamos cantar o Parabéns em vinte minutos porque a vovó já está cansada e quer ir pra casa!

- Estarei lá em dez minutos. - piscou para ela e no mesmo instante suas mãos deixaram a cintura da garota e foram parar no pescoço. As bocas se uniram em um beijo e ela o abraçou pelos ombros rebolando com mais velocidade.

- Vamos voltar! - ela nos puxou, praticamente sendo arrastadas pois ainda estávamos em choque com a cena.

- Gabriele...

- Acharam mesmo que era só o Frederik, o pegador? - e riu.

- Será que eles se protegeram? - foi a primeira coisa em que consegui pensar enquanto deixamos o jardim voltando para a festa.

- Meu irmão não é maluco de se enfiar no meio dessas putas disfarçadas de boas garotas daqui onde a gente mora, sem se encapar! O papai castra ele sem pena!

Melissa começou a rir e eu ainda custava a acreditar no que eu tinha visto. Eles transando ao ar livre com medo nenhum de serem flagrados.

- Ele e o Frederik pensam o mesmo de nós duas, Gabi?

- Sobre o quê, Nívea?

- Acha que também somos iguais às garotas daqui?

- Claro que não! Elas trocam de namorado como trocam de roupa! E você é especial para o Frederik, sabe disso - disparou, me deixando envergonhada.

A pista de dança estava vazia pois estava sendo preparada para trazer os dois bolos da festa. Duas pequenas mesas estavam no meio dela, decoradas com temas que eram a cara dos irmãos: uma possuía itens de maquiagem em volta e a outra com pequenos games portáteis nas cores preta, cinza e azul.

***

Depois do Parabéns, Dona Raquel se despediu de nós e William a levou para casa. A pista foi liberada para dança e depois de comer o bolo, fiquei sentada em um pufe, olhando o Instagram e as hashtags #gabiandpatparty que os convidados marcavam nas fotos da festa. Melissa que provavelmente deveria estar comendo, veio e se sentou do meu lado, mexendo no celular.

- O Eric ainda está lá fora?

- Tá sim.

- Tem alguém fazendo companhia a ele?

- Então... Tem. - ela sorriu sem jeito.

- Quem?

- Eu estava na nossa mesa e a Gabriele apresentou umas garotas e ele está lá conversando com elas...

- Que garotas?

- Ni, não liga não... São as garotas daqui.

- Eu não tô nem aí! - por dentro eu estava perto de explodir - Ele pode conversar com quem ele quiser! - Ainda que não estivesse conseguindo esconder a minha cara amarrada. E eu era uma completa imbecil por me preocupar com ele por talvez estar deslocado na festa.

- Onde você tá? - recebi a mensagem dele.

- Não te interessa onde eu tô!

- Foi muito feio o que você fez comigo mais cedo, mocinha... Tive que esperar uns bons minutos para me acalmar entre as pernas e voltar para a festa.

- Você tá muito bem acompanhado agora - digitei e fechei a tela não querendo mais prolongar o assunto.

Said baby, said baby, said baby...

(Disse querida, disse querida, disse querida...)

A música lenta do cantor Bruno Mars começou a tocar e alguns casais de formaram na pista dançando juntinho.

What you doin'? (What you doin'?)

(O que você está fazendo? O que você está fazendo?)

Where you at? Where you at?

(Onde você está? Onde você está?)

Oh, you got plans? You got plans

(Oh, você tem planos? Você tem planos?)

Don't say that shut your trap

(Não diga isso não fale nada)

I'm sippin' wine (sip, sip) in a robe (drip, drip)

(Estou bebendo vinho (gole, gole) de roupão (estiloso, estiloso)

I look too good (look too good)

(Eu estou bonito demais estou bonito demais)

To be alone (woo, woo)

Para ficar sozinho (woo woo)

Patrick e Frederik se aproximaram de onde estávamos e o aniversariante de um jeito muito simpático ficou em pé do lado de Melissa com a mão estendida.

- Dança comigo, Melissa? - ele pediu pegando a pela mão.

- Danço. Mas se você passar a mão na minha bunda, eu esqueço que você é o aniversariante e caio no soco com você na pista!

- Que isso! Nunca!

- Quero só ver. - ele a puxou do pufe e os dois foram para o meio da pista. Dançaram abraçados com as mãos dele na cintura dela e ela com as mãos no ombro dele.

Frederik se sentou do meu lado e, passando o braço por trás do meu pescoço, ficou observando os dois dançarem.

- A Melissa não namora? Nunca vi ela ficando com ninguém. - me perguntou curioso.

- O garoto que quisesse namorar com ela teria de ser corajoso. - respondi, pensando no Felipe e o quanto ele deveria amar uma garota tão diferente dele que vivia sem freio ou filtro.

- É verdade. - ele riu.

A sequência de músicas lentas serviu para dar um bom descanso nas minhas pernas que doíam por eu ter ficado tanto tempo em pé, dançando e curtindo. Ficamos eu e ele quase que deitados confortavelmente bem perto um do outro, sentindo a ponta dos seus dedos deslizarem pelo meu braço e um beijo carinhoso nos meus cabelos.

Meu coração disparou quando reconheci o ritmo lento da música seguinte.

- Eu adoro essa música... - sorri.

- Então dança ela comigo? - ele tirou o braço atrás de mim e pegou na minha mão.

- Não sei se sou boa... Posso pisar no seu pé.

- Não tem problema - pegou o meu aparelho e colocou no bolso da sua calça junto ao dele - Fingimos que somos bons de dança. - e se levantou, me puxando pelas duas mãos, me levando na direção da pista.

You don't know, babe

(Você não sabe, amor)

When you hold me

(Quando você me abraça)

And kiss me slowly

(E me beija lentamente)

It's the sweetest thing

(É a coisa mais doce)

And it don't change

(E não muda)

If I had it my way

(Se dependesse de mim)

You would know that you are...

(Você saberia que você é...)

Fiquei com as duas mãos e a cabeça encostada no peitoral do Frederik sentindo o seu perfume tipicamente masculino. Ele me abraçou carinhosamente e colocou a cabeça repousada no topo da minha.

Mesmo dançando com o meu amigo, eu não consegui deixar de pensar no Eric. Todas as vezes que eu a ouvia, me lembrava dos nossos momentos juntos, nos amando. Era a nossa música.

- Seu coração tá acelerado... - comentei ao sentir as batidas.

- Difícil de evitar. - ele revelou, fazendo um carinho pelas minhas costas e eu olhei nos olhos.

- Frederik... Eu sinto muito...

- Tá tudo bem, Nívea. Somos amigos, é isso o que importa.

- Não posso e não quero te magoar.

- Eu sei. Mas posso dizer que a pessoa com quem você está tem muita sorte.

Engoli em seco, encarando os lindos olhos azuis que ele tinha. Se o Eric não tivesse aparecido na minha vida talvez poderia ter sido tudo muito diferente. Mas eu sempre fui tímida demais. Falava muito pouco com o Frederik no ano letivo que passou mesmo eu e ele sendo da mesma turma acho que desde sempre.

- Vou torcer para que você encontre uma garota legal.

- Quem sabe... Até lá, você é a minha amiga e a garota legal. - ele me olhava tão intensamente que a única coisa que pude fazer foi continuar recostada no seu peito, dançando lentamente e suspirando.

Terminamos de dançar e depois dele devolver o meu celular e se afastando indo com um outro amigo para algum canto da festa, olhei para o lado e vi a Melissa, pálida, me encarando.

- Nívea...

- Que foi?

- Você teve coragem...

- Eu e o Frederik apenas dançamos. Você viu!

- Não fui a única que viu.

- Deixa pra lá, Meli. Chega de Eric por hoje. Fica com o meu celular enquanto eu vou rapidinho no banheiro?

- Tá. - ela pegou e eu saí da pista, desviando de alguns casais que ainda dançavam e outros que se beijavam.

Entrei no banheiro e ele estava vazio. Depois de usar, fui até o espelho, lavei as minhas mãos e peguei um lenço de papel apenas para limpar o suor do meu rosto e do colo e tirei um pouco do lápis de olho que ficou borrado. Me olhei uma última vez, ajeitando o decote tomara que caia e saí em direção à porta. Quando coloquei a mão na maçaneta, ela se abriu de repente.

- Quer me fazer perder a paciência, mocinha? - Eric apareceu na minha frente, me empurrando para dentro de uma das cabines do banheiro até a parede, passando nossas pernas por cima da privada - Pois você conseguiu e agora vamos terminar o que começamos! - falou depois de nos trancar e rapidamente abriu o botão junto do zíper da sua calça, colocando o membro pra fora e levantou uma das minhas pernas em volta da sua cintura.

Ele era tão ágil com as mãos que no instante em que pôs o tecido da minha calcinha de lado, senti ele me invadir desesperadamente de uma só vez.

- Desse jeito não, Eric! - implorei com as mãos no seu tórax - Ah! - Seu dedo polegar massageou o meu ponto que pulsou e molhou na mesma hora, ficando mais fácil para ele se enfiar em mim. Mesmo amando ser penetrada de um jeito bruto, fiquei com medo de doer pois eu não esperava. Eric sabia exatamente onde me tocar.

Com o outro braço, ele me agarrou pela cintura, segurei nos seus ombros e abraçando o seu pescoço de um jeito para me pendurar e não cair. E então, ele ergueu minha outra perna e fiquei presa na parede rebolando em sinal de que o queria todo dentro de mim.

- Eric...

Suas mãos agarravam no meu bumbum e meu corpo era balançado no vai e vem que ele fazia. Seu rosto era uma mistura de raiva com tesão.

- Ele dança com você mas não faz isso o que eu faço. - sussurrou no meu ouvido. Aquela voz grossa me deixava ainda mais excitada e seu rosto afundou no meu pescoço, chupando a minha pele - Faz ma petite?

- Não... - gemi com a voz baixa - Só você...

- Isso mesmo. Só eu. Boa menina.

Ouvimos a porta do banheiro se abrir e Eric tampou a minha boca, sem parar de bombar na minha buceta melada que fazia deslizar o seu membro. Ouvimos vozes femininas vindas do lado de fora da cabine e uma era delas conhecida.

- Te falei que ele era gato. - Gabriele dizia para a garota que estava com ela.

- Gato? Ele é maravilhoso, Gabi! - a outra voz que eu não conhecia era pura empolgação - Meu Deus que professor é esse??

Arregalei os olhos e Eric sorriu pra mim ainda com a mão na minha boca. Em seguida, ouvimos o barulho da torneira sendo aberta.

- Sabe se ele é solteiro?

- O Professor Schneider não fala muito da vida particular dele em sala. Mas lindo do jeito que ele é, tenho certeza que alguém já fisgou.

- Ai, será?

- Ah, com certeza! A mulher que tem o prazer de sentar gostoso naquele homem, ganhou na loteria e não vai perdê-lo nunca mais! - ela brincou e a amiga riu.

Escutamos a torneira ser fechada e logo depois elas deixaram o banheiro.

- Já existe uma sortuda e eu estou fodendo ela agora mesmo. - sua mão voltou a me agarrar e continuou a socar, deixando as minhas pernas em volta dele sem forças.

- Tenho que voltar, Eric... Por favor... - pedi, ao mesmo tempo que queria mais daquele prazer que estava sentindo.

- Sem gozar e deixar o meu pau todo melado, meu amor? Esmaga ele, vai...

Meu ventre já esquentava com aquele contato da sua pele onde eu era sensível e o abracei, sentindo apertar com mais força.

- Morde o meu ombro! - ele me ordenou, sabendo que eu estava perto de gozar e eu obedeci.

Meu corpo tremeu por inteiro e gozei deliciosamente, continuando a sentir as estocadas dentro de mim. Eric não demorou muito e os seus jatos quentes me deixaram lambuzada por dentro das coxas. Então, ele me colocou de volta no chão e continuamos abraçados esperando nossa respiração voltar ao normal.

Depois de sair de dentro de mim e com as duas mãos, Eric me pegou pelo rosto e esfregou de leve a ponta do seu nariz no meu, junto de um selinho apertado e lento. Seu peitoral subia e descia e a parede da cabine era onde eu conseguia me apoiar.

- Tenho que te limpar... - disse mantendo as mãos no meu rosto.

- Sim - falei, ainda com o corpo fora do normal depois da transa.

Ele pegou um pouco de papel higiênico e enrolou, levantando uma das pernas e passando o pequeno rolinho de papel embolado por dentro delas, chegando até a minha buceta mas sem esfregar.

- Agora nos despedimos de verdade.

- Não como eu queria. Não vou ter você acordando de manhã nos meus braços.

Acariciei sua barba e lhe dei um último beijo antes de sair da cabine. Eric jogou o papel no lixo e me abraçou apertado, dando um beijo mais lento e profundo. Sua língua percorria todos os cantos da minha boca e saber que ficaríamos longe um do outro por pouco mais de um mês arrebentava o meu coração.

- Preciso voltar - me afastei devagar e ele me deu espaço para sair de onde estávamos.

- Sai com cuidado.

- E você?

- Depois de alguns minutos.

Deixei o banheiro e pra minha sorte, não havia ninguém no corredor do lado de fora.

- Eric, pode sair! - falei rapidamente e saí do corredor ligeira voltando para festa.

Algumas das nossas transas naquele ano estavam acontecendo nos lugares mais inusitados: estacionamento, na varanda ao ar livre, no meio da rua de noite dentro do carro... E essa última em um banheiro público.

O sexo e a adrenalina de um possível flagra caminhando juntos. Uma combinação excitante e perigosa.

***

Eram quase quatro da madrugada quando a festa chegou ao fim e então seguimos os três para a cobertura: eu, Melissa e Frederik. Eric me passou uma mensagem uns trinta minutos antes me avisando que estava indo embora.

- Juro que eu não vi a hora que ele entrou no banheiro, Ni! - a ruiva me disse espantada depois de ter contado pra ela sobre a transa no banheiro - Só vi os olhos dele em chamas de ódio flagrando você dançando com o Frederik.

Estávamos sentadas nas camas uma de frente pra outra, vestindo pijamas e prontas para dormir depois de um bom banho. O cansaço tomava conta de cada parte do meu corpo com uma festa tão incrível como aquela.

- Ele ficou louco de ciúmes. Como sempre fica - sorri, penteando os cabelos molhados com os dedos.

- Vamos ficar aqui até que horas amanhã?

- Depois que a gente acordar, vamos embora, Meli. Tenho que terminar de arrumar minha mala. Não posso ficar aqui de bobeira.

- Vamos ficar pelo menos até o almoço! O que será que a Tia Dulce vai fazer?

- Sério que você tá pensando nisso?

- Claro! A comida dela é maravilhosa.

- Ai Melissa, vamos dormir! - me levantei da cama e apaguei a luz, voltando para me deitar e deixar meu corpo relaxar aos poucos, dando espaço para o sono.

***

- Nívea... - ouvi baixinho a voz do Frederik - Acorda... Já são meio dia e meia.

- O QUÊ? - dei um salto da cama quando ouvi a hora, ainda tonta e com o corpo dolorido pelo cansaço.

- Ei, calma! - ele sorriu - Só tô te chamando porque vamos almoçar.

- Aham. Tá... Eu já vou. - minha voz estava um pouco rouca e esfreguei os olhos, olhando para a cama do lado - Cadê a Melissa?

- Ela acordou tem quase uma hora e já está na mesa esperando o almoço.Vou voltar lá pra sala. Só vim pra te acordar mesmo.

- Tá bom.

Frederik saiu do quarto e eu fui até o banheiro lavar o rosto. Meus olhos ainda tinham um pouco do lápis de olho, mesmo eu tirando a maquiagem antes de ir dormir.

Troquei o meu pijama por um vestido leve de alças e deixei a minha bolsa pronta, pra ir embora depois do almoço.

Cheguei na mesa, Melissa, Frederik e os pais dele já estavam sentados apenas esperando por mim.

- Boa tarde. Me desculpem, eu dormi demais - me sentei do lado da Melissa que estava ao lado do Sr. Simon.

- Imagina, querida. - o pai do meu amigo sorriu para mim - Vocês ontem chegaram tarde. Nada mais natural do que dormirem até essa hora.

- Gostaram da festa?

- Amamos tudo, Dona Denise! - Melissa respondeu empolgada - Me diverti muito.

- É, eu também. - abaixei a cabeça sem graça, me lembrando dos momentos mais quentes que aconteceram comigo.

- Uma pena mesmo você e a Melissa não ficarem para a festa junina na semana que vem. E Nívea, a proposta de você dar um rasante na Inglaterra continua de pé, ok?

- Obrigada, Dona Denise. Vou ver o que eu faço.

Prometi ao Eric que não iria encontrar com os meus amigos em Londres e era isso que ia fazer. Por mais que fosse tentadora uma viagem como essa, dançar com o Frederik na noite anterior foi o suficiente pra ele enlouquecer de ciúmes.

Após terminarmos de almoçar, Frederik insistiu um pouco para que ficássemos mas eu não podia. Precisava voltar para casa e terminar de arrumar a única mala de viagem que eu levava pois eu sempre tive roupas na casa dos meus avós. Mesmo chateado, ele entendeu.

***

- Não acredito que perdi tudo isso - Felipe brincou, deitado na cama do seu quarto e com a Melissa cuja cabeça estava recostada no seu tronco - Se eu soubesse que a festa seria tão boa assim eu voltava pro Rio no sábado no início da noite.

- O Eric é doido, isso sim. - amarrei o rosto.

- Doido e tarado por você, amiga.

Eram cinco horas da tarde e eu estava sentada na cadeira da mesa de estudos do Felipe, pronta para viajar, mas antes, fui me despedir dos meus dois melhores amigos e contei pro mais velho sobre tudo o que rolou na festa.

- Que horas é o vôo?

- Oito e meia da noite. Vamos chegar lá amanhã pelo meio do dia. Só de pensar que tem conexão em Paris, eu já desanimo. A parte legal é que igual no ano passado, vamos de trem para Lyon.

- Volta a tempo pro meu aniversário? Vai cair em um sábado.

- Vou tentar, Lipe - dei de ombros.

- Esse ano não vai ter nada demais, não. Vai ser aqui em casa, vou chamar só uns três ou quatro amigos da faculdade, os seus pais... Você se incomoda se eu convidar o Eric?

- Ah... - não consegui segurar um sorriso - Convida. Vamos ver se ele aceita. Bicho do mato, do jeito que é...

- Ele só vem se você vier também - Melissa sorriu e piscou pra mim.

- Isso é verdade.

- Bom, vou falar com ele e convidar. Mas tudo bem também se não quiser vir.

- Tá na hora, mon chére - li a mensagem do meu pai enquanto corria a tela vendo atualizações do Instagram.

- Tô indo, amigos. Não chorem. - me levantei da cadeira e eles fizeram o mesmo da cama e demos um abraço triplo.

- Chato saber que quando eu voltar de Nova York, você ainda não vai estar aqui.

- Vai passar rápido, Meli.

Deixamos o quarto e chegando na sala, Dona Cecília e o Sr. Henrique estavam na sala e vieram também se despedir.

- Faça uma boa viagem, minha querida - ela e o marido se levantaram do sofá e me deram um beijo em cada lado do rosto.

- Obrigada.

Em casa, peguei a minha pequena mochila que uso para levar comigo na viagem. Nossas bagagens já estavam no carro da minha mãe e saímos os três rumo ao aeroporto. Durante o trajeto, tirei uma foto da passagem de avião e postei no story do Instagram junto de gifs animados da bandeira da França, avião e tema de viagem. Minutos depois recebo uma DM dele.

- Você já está indo?

- Tô a caminho do aeroporto.

- Que horas é o vôo?

- Oito e meia da noite.

- Tô indo agora te encontrar antes de você embarcar.

- Eric!

- Quando você chegar lá me avisa.

Ele enlouqueceu de uma vez por todas. Como eu ia me encontrar com ele, sem que os meus pais não percebessem a minha ausência?

Ainda não eram seis da noite quando chegamos. Enviei uma mensagem rápida pro Eric avisando que estava no aeroporto mas que iria fazer o check-in e despachar a bagagem.

- Me encontra na livraria.

Li a mensagem e depois de fazer tudo o que era necessário, meus pais ficaram na sala de embarque e como ainda faltavam quase que duas longas horas até embarcar, dei a desculpa de que iria dar uma volta pelas lojas.

Entrei na livraria e o procurei com os olhos tentando disfarçar o máximo. Nada.

- Cadê você? - digitei.

- Olha aqui pra fora.

Me virei e ao olhar na porta, ele estava ali me esperando. Usava uma calça jeans e blusa branca de manga curta e chinelos. Fui andando a passos rápidos na sua direção e trocamos um longo e apertado abraço.

- Você é doido!

- Precisava sentir você uma última vez, Princesse. Vem - me pegou pela mão - Vamos para um lugar mais calmo.

- Eric, eu não posso ir longe!

A movimentação pelo aeroporto estava tranquila. Entramos por um pequeno corredor onde havia uma porta de entrada somente para os funcionários e ficamos do lado de fora. Ficamos juntos abraçados e trocando inúmeros beijos por um bom tempo. Como era difícil se despedir daqueles que amamos!

- Promete pra mim que vai se cuidar? - me abraçava apertado e enchia de beijos todos os lados do meu rosto.

- Prometo.

- Infelizmente eu não sou louco o bastante para te sequestrar.

- Deixa de ser bobo! - mantinha os meus braços em volta do seu pescoço - Eu vou voltar. Como eu sempre volto.

- Se não voltar, vou atrás de você até o Inferno! Ouviu bem? - seu olhar percorria todo o meu rosto como se ele estivesse gravando na memória cada detalhe.

- Ouvi.

- Je t'aime, ma petite...

- Je t'aime aussi.

A hora mais difícil se aproximava e eu precisava voltar para a sala de embarque. Não podia chorar mesmo com a saudade apertando o meu peito.

Um último beijo, um último abraço, uma última troca de olhares. Nossas mãos por fim se separaram e acabei acenando para aquele que eu sabia que seria para sempre.

Continua...

Nota da autora: Uau! Fim de semestre, galera linda. Como ficará o coração desse lindo professor por estar longe da sua petite, hein?

Pensar que já passamos da metade da história se eu considerar o mesmo número de capítulos da temporada passada, isso me assusta e muito. Não sei se estou pronta para o fim que daqui a pouco vai aparecer dobrando a esquina.

Contato: a_escritora@outlook.com

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Foto de perfil de Ana_EscritoraAna_EscritoraContos: 62Seguidores: 166Seguindo: 33Mensagem "Se há um livro que você quer ler, mas não foi escrito ainda, então você deve escrevê-lo." Toni Morrison

Comentários

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Pela primeira vez comentando nos seus contos, li todos os outros e concordo com a Marcela Alencar, ao lê-los me veio a mente um filme.

Esses contos dão um roteiro lindíssimo, uma trilogia para mostrar um pouco do todo, um filme adulto, erótico com nuances pornográficas, mas nada pornográfico como se tem em um xvideos, sexo por sexo.

Parabéns em variados momentos me pego torcendo pra um ou outro e também me emocionando em uma parte ou outra.

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Marcela Araujo Alencar. Você tem de continuat editandos seus contos. Eles são maravilhisos e eu li toda a saga do professor e sua aluna, na visão dos dois. Uma descrição emocionamente, digna para ser tema de um filme ou então de um ou dois livros. Procure uma Editora, aposto que vai dar "liga"

v

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Gente! Quanta coisa acontecendo. Amando essas escapadinhas deles! Desculpa pelo sumico s2

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Sem problema. O importante é não perder nenhum capítulo rsrsrsr

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Excelente conto, como sempre, Ana! Um dos melhores episódios dessa temporada!

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O que foi aquele hot do banheiro?! Foi tudoooo! Amei. Mas a última parte me deu um aperto no coração. Fiquei com pena do casal.

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Nívea cada vez mais ousada e Eric mais ciumento, amo esse casal, consigo sentir a emoção da despedida.

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Essas despedidas são muito emocionantes. Ótimo esse capítulo, ciúmes, birra, perigos, sexo, teve de tudo.

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Me faltam palavras para descrever esse capítulo mais que perfeito do início ao fim.

Amo a Melissa que aparece comendo em todos os momentos. Melhor companhia para rolê é ela hahahahaha.

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