208, JÁ! (Lado A)

Um conto erótico de Cláudio Newgromont
Categoria: Heterossexual
Contém 1620 palavras
Data: 05/09/2021 21:49:45
Assuntos: Heterossexual

A piscina do hotel estava uma delícia. Goiânia era um paraíso para quem, como eu, vinha do frio da fronteira com o Uruguai. Nadando, boiando, brincando na água, eu me sentia um garoto, aproveitando o limitado tempo de calor que eu experimentava em meses.

Até que a vi. O rosto mais esplendoroso que eu já havia visto na minha vida. Pele aveludada, trigueira, cabelos negros, lábios carnudos, entreabertos num sempre sorriso de dentes alvos e perfeitos. Era uma deusa. Ao olhar mais detalhadamente, encontrei um corpo enlouquecedor – gostosa era aquela mulher, até a ponta dos pelinhos dourados do braço. Seios empinados, desenhados em relevo sob o fino bojo da parte superior do biquini; a parte inferior, mínima, continha dobras que, decerto, coincidiam com os lábios da buceta; coxas fornidas, perfeitas, completavam aquela visão paradisíaca.

Meu pau deu sinal de vida, dentro da água, e pôs-se a mexer e endurecer, sob a sunga. Minha racionalidade, porém, trouxe para a mente a ideia (óbvia) de que aquela mulher maravilhosa não era para o meu bico, muito menos para meu pinto; que deveria estar acompanhada; e outros argumentos desse nível... e a rola pareceu se aquietar, embora ainda a sentisse com certo volume.

Definitivamente, eu precisava de um drinque, aquele delicioso drinque, especialidade do barman, que eu experimentara antes de entrar na água. Assim, já completamente convencido da minha zero chance, saí da água e, o mais devagar que pude, dirigi-me ao bar, passando rente à espreguiçadeira em que estava deitada, óculos escuros sobre a cabeça, servindo-lhe de tiara, a prender os cabelos brilhantes.

Passando em sua frente, demorei meu mais discreto olhar possível sobre aquela deusa; precisava escolher um detalhe daquele corpo maravilhoso para fixar o olhar, pois sabia que não conseguiria toma-lo todo com meus olhos, sem ser acusado de assédio. Escolhi os seios. Quase imperceptíveis sardas pontilhavam no colo, e os bicos proeminentes revelavam sua rigidez.

Ao levantar ligeiramente o olhar, encontrei seus olhos (não acredito!) fixos na minha rola, desenhada na sunga branca, semibombada – não... com certeza eu estava imaginando coisas! Meu tesão estava em tão elevado grau que minha mente já estava em franco delírio. Eu precisava me controlar, pelo menos até chegar ao banheiro e descarregar toda aquela tensão na punheta mais caprichada dos últimos tempos.

Aproximei-me do balcão, pedi o drinque e, enquanto esperava, tive, por várias vezes, a tentação de olhar para a beldade que tanto me impressionara. Mas um pouco a timidez, outro pouco o medo de ser inconveniente, fizeram-me ficar firme na minha imobilidade. Sentia-me desagradavelmente sedento. Meu coração estava meio disparado, meio taquicárdico. Foi assim que, quando chegou o enfeitado copo, suguei o canudo longamente, dando baixa de pelo menos metade da bebida. Isso trouxe uma sensação de frescor à garganta e um regular das batidas do coração. Tranquilizou-me.

Mas não por muito tempo. Segundos depois, senti – mais do que vi – alguém aparecer ao meu lado, e com a voz mais deliciosa do universo, pedir uma bebida ao barman e que levasse para a mãe dela. Nossa, que perfume delicioso! Eu sentia que todos os olhos masculinos se voltavam para aquela mulher, que estava ao meu lado, e eu sequer a cumprimentei. Ela também pareceu não dar pela minha presença. Mas, quando o atendente se afastou para preparar o drinque, ela pendeu levemente a cabeça em minha direção, e com os olhos fitos no interior do bar, murmurou: “208, já!”

E em seguida retirou-se calmamente. Eu estava em estado de choque. Aquilo realmente acontecera, ou era um inesperado efeito da bebida? Será que dois drinques daquele, em tão pouco espaço de tempo, não me deixara fora de mim? Eu sentia meu juízo zunindo dentro do crânio. Repassei várias vezes a lacônica fala: “208, já!” Tive até certa dificuldade em compreender, de imediato, o que poderia significar: o número do seu apartamento, e que eu deveria ir imediatamente?! Meu cérebro, minha lógica, minha razão recusavam-se a acreditar nesse delírio.

Não sei quanto tempo fiquei ali, com cara de idiota, buscando entender ou aceitar o que acontecera. Ao voltar os olhos para o deck, não a vi em sua espreguiçadeira. Estava vazia. Será?! Todo o álcool do drinque parecia juntar-se na minha cabeça. Suspirei fundo. Tomei o restante da bebida quase de uma vez. Simulando normalidade, dirigi-me firme (o mais possível) ao elevador – reconheci seu perfume no ar. Apertei o segundo andar. Minhas mãos, meu corpo todo tremia. A rola pulsava involuntariamente, dentro da sunga.

Quando a porta deslizou a minha frente, caminhei pelo corredor, em busca do 208. Era o último do corredor e... caralho! A porta estava entreaberta. Ainda cogitei ser um engano aquilo tudo, fruto da minha imaginação, da minha mente tomada pelo álcool – mas, diabos, eu não estava bêbado; estava senhor de todas as minhas faculdades.

Ao chegar em frente à porta, tinha já todo o discurso preparado, para o caso de ser um engano, e isso me deu coragem para tocar a maçaneta e empurrar devagar...

O que vi, então, nem que eu tivesse o dom de falar todas as línguas do universo ou conhecesse todas as palavras da minha própria língua, conseguiria descrever. Tentarei, entretanto, porque é preciso.

O quarto, mergulhado numa semipenumbra, envolvido num perfume suave, delicioso, e um foco de luz direcionado para o centro da cama de casal, impecavelmente forrada com um alvo lençol de seda.

E o seu corpo, completamente despido, no centro do leito, pernas levemente abertas, e a luz incidindo exatamente sobre a buceta, que brilhava, e deixava escorrer límpido fio lubrificante. Os seios, rígidos, subiam e desciam, ao arfar suave da respiração. Seus olhos estavam fechados, seus lábios entreabertos.

Minha pica assumira finalmente o mastro duro por completo e tentava expulsar a sunga, ansiando avidamente por liberdade. Fechei a porta, delicadamente, e me dirigi para aquele altar sagrado.

Ao chegar junto da cama, já sem a sunga e com o caralho em riste, abriram-se devagar seus olhos, piscando uma ou duas vezes, e um sorriso convidativo desenhou-se em seu rosto.

Agachei-me suavemente, como hipnotizado por aquele olhar e aquele sorriso; seus lábios pareciam atrair os meus, e, quando cheguei a milímetros de sua face, que pude sentir sua respiração acariciando meu rosto, fechei meus olhos. Segundos depois pude experimentar a maciez úmida de seus lábios, que pareciam querer engolir os meus – estes pareciam ter vida própria e minha língua se misturou a sua língua, enquanto nossos corpos se encontravam e se roçavam, com uma sensualidade indescritível.

Ela serpenteava sob mim. Eu sentia a maciez pontuda de seus seios, espremendo-se contra meu peito, e em questão de segundos minha rola encontrou uma caverna completamente inundada de desejo. Meu músculo rígido vasculhava sua entrada, arrancando-lhe discretos gemidos.

Fui entrando. Devagar. Suavemente. Sentia cada milímetro da penetração daquele lugar quente, enquanto ela fechava os olhos e arqueava um pouco o corpo, como desejando com avidez aquela entrada. Até que me senti inteiro dentro dela. Comecei um movimento cadenciado e suave de vai e vem, como em câmera lenta. A cabeça de minha rola roçando nas paredes da sua buceta a enlouquecia. Seus gemidos altearam-se, ficaram roucos.

Minhas leves estocadas foram ganhando intensidade gradativamente. Em pouco tempo, os movimentos eram febris. Ela se remexia doidamente e me apertava com os braços e me beijava com sofreguidão, e me dizia palavras incompreensíveis dentro de minha boca, misturadas aos beijos.

Suas pernas, em arco, circularam meu corpo e seus pés se tocaram sobre mim, pressionando-me para si. Eu não podia mais me mexer, estava completamente dentro daquele paraíso de carne e de prazer. De repente, senti-a tremer as coxas e a pressão redobrar; as pálpebras vibravam intensamente e sons guturais emanaram de sua garganta, num grito abafado e rouco. Ela gozava fortemente. E demorou um tempo aquele êxtase, até ela afrouxar as pernas e, ofegante, deixar-se ficar, quieta, na cama, mas ainda abraçada ao meu corpo. Recostei a cabeça em seu ombro e me deixei ficar, a rola rígida ainda instalada em sua buceta, embora quieta.

O que veio a seguir foi ainda mais incrível. Ela abriu os olhos, sorriu e, delicadamente desabraçou-se de mim. Entendi que ela queria que eu desengatasse. Entendi que terminaria ali o encontro. Tudo bem se eu não gozara – presenciar a cena divina do orgasmo daquela mulher era o suficiente para alimentar a imaginação nas próximas quinze punhetas, pelo menos.

Ao ceder espaço, ela se mexeu e deitou de bruços, como se fosse dormir – cabeça apoiada nos braços. Ao me preparar para me levantar, ela levantou a cintura e mostrou-me um cuzinho completamente depilado, rosado e... lubrificado. Piscava, chamando-me.

Gente! Era sonho, só poderia ser! Então, seguindo o conselho de minha pica, que pulsava angustiadamente, resolvi aproveitar todo o sonho, antes que acordasse, na espreguiçadeira, na beira da piscina.

Coloquei a cabeça da minha pica naquele buraquinho e fui penetrando devagar. Percebi-lhe certo incômodo na entrada, mas logo seu corpo se fazia sinuoso sob o meu, e minha rola foi descendo pelo seu cu adentro, deslisando sem obstáculos.

Ela começou a remexer os quadris, em consonância com minhas estocadas, e senti seu cu como mastigando minha rola. Não consegui mais me conter. Explodi completamente dentro daquele rabo maravilhoso, meus gemidos transformados em grunhidos. Sentia meus jorros líquidos espalharem-se em seu interior.

Desabei sobre seu corpo, exausto. Ela estava linda, plácida, sorrindo. Retirei-me de dentro dela e seu cu encharcado de lubrificante e porra fez um barulho gozado ao liberar minha rola.

Ela fechou os olhos devagar e em segundos dormia, ressonando levemente.

Cuidadosamente para não acordá-la, retirei-me da cama, catei minha sunga, acomodei minha rola ainda acesa dentro dela, e, na pontinha dos pés, dirigi-me à porta, abri e fui embora, flanando pelo corredor, me sentindo o homem mais feliz do mundo.

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