Instinto Materno

Um conto erótico de DGT
Categoria: Heterossexual
Contém 626 palavras
Data: 14/07/2021 18:56:11

— Renata, JP está aí? Tô preocupada!

A pressa de uma mãe, desconfiada pelo tom anormal de voz do filho, dispensou as formalidades de quem não tinha cabeça para isso. A amiga (e mãe, assim como Jane) de longa data entendia muito bem. Por isso, tratou de acalmá-la.

— Ooi, Jane. Ele chegou da festa tem alguns minutos. Subiu lá para o puxadinho, tomar o banho dele.

— Ele falou algo? Parecia tão muadinho, sabe? Liguei para ele, mas ele ainda tava na festa, quase não dava para ouvir. Aí no Uber, mas ele foi bem rapidinho, parecia não querer papo. E agora nem tá atendendo,.mas deve ser por causa do banho.

— Jane, ele deve tá só cansado mesmo. É final de semestre né? Essa semana ele passou as madrugadas estudando pra as provas de final de semestre. E ainda tem o trabalho dele, né?

— É verdade. — Jane não estava convencida inteiramente. Tão ávida para resolver problemas, pensou ter ouvido mais um. — E você, como tá? Sua voz parece estranha.

— Estranha como?

— Não sei, você tá falando bem mais devagar que o normal. E tá com a respiração pesada! Renata, você tá bem?

— Tô sim, amiga! Eu acho que tô ficando gripada, viu? Meio rouca, né?

— Sim.

— Pois é. Acredita que aquele cara que eu ia sair, o tal de Caetano, me deu bolo no encontro de hoje. Acabei minha noite tomando vinho e assistindo filme. Ainda juntei com esses remédios pra gripe, agora tô tontinha de sono.

— Renata, só você para pensar em ir num encontro estando gripada. — Jane gargalhou, esquecendo por um breve momento o verdadeiro motivo da ligação.

— Às vezes, é o remédio que tô precisando.

— Você precisa é descansar. Mas, voltando ao JP, pode ficar de olho nele, por mim?

— Claro, vou ver se ele quer um leite quente, ou talvez um chá, quem sabe?

— Tá bom! Muito obrigada por cuidar do JP por mim, viu?

— Por nada! Acho que ouvi ele, vou indo fazendo um lanchinho para ele, tá bom?

Renata desligou o celular não dando chance para que Jane continuasse a conversa, nem sequer tentasse falar com o filho. Ainda olhou para a tela do celular, esperando por qualquer sinal de retorno de Jane. Suspirou, o sorriso estampando-se ao constatar que havia se livrado da amiga.

O corpo febril, tenso pela ligação, finalmente relaxou, reencostando-se. Não havia nenhuma enfermidade naquele suspiro de alívio. Engoliu sem dificuldades o último gole da taça de vinho, pousando-a na cabeceira da cama. Ardia, arrepiada pelos calafrios, manhosamente trêmula pelas ondas de desejo e prazer que a tomavam.

— Então, o que minha mãe queria? - O sussurro naturalmente rouco e sonso marcou-se no ouvido de Renata, embalada no corpo dele, afastando qualquer abatimento percebido por Jane.

— Saber como você tava. — Renata não escondia o motivo da ironia, finalmente a sós.

Os dedos de JP não a atiçavam atrevidamente mais por baixo da calcinha, puxada de lado. Ainda assim, não cessou os beijos molhados, espalhando-os pela nuca, pescoço, ombros, tampouco a mordiscadela nos lóbulos. A mão direita dele a acariciava, apalpando os seus seios por baixo da parte folgada de cima de um pijama, testando a sensibilidade de seus mamilos. O encaixe do corpo jovem de JP no dela era a tentação final, fazendo-a perder sua concentração e lógica enquanto ouvia as preocupações de Renata.

Desvencilhou-se dele, levantando da cama, ajeitando sua calcinha, aprumando-se. Admirou-o, enquanto JP assistia mentalmente as cenas que estavam por vir; cabelo crespo raspado dos lados, a barba volumosa destacando os lábios vermelhos e carnudos, o rosto estampado pelo desejo, o peito preto decorado pelas linhas de alguns músculos e pelos, o short folgado que costumava usar para dormir marcava perfeitamente o pau dele.

— Daqui a pouco trago seu chá, cuidar de você como prometido.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 2 estrelas.
Incentive DGT a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários