Borboletas sempre voltam II Capítulo 26

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 3280 palavras
Data: 24/06/2021 20:00:46
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 26

_Querido, me passa o pedaço de bacon, que está dentro da tupperware vermelha. Eu vou por na panela para assar junto com a carne.

Renata pedia a Patrick, enquanto cozinhava e ele limpava a geladeira.

_Bacon na carne! Fica gostoso, sogrinha?

_ Fica uma delícia! Você vai experimentar. Eu garanto que você não mais querer saber de comer carne assada feita de outro jeito.

_ Bom, se você tá falando, eu confio.

O relógio batia 11 horas da manhã e Renata preparava o almoço de domingo. Ela estava muito feliz, pois receberia o namorado para almoçar e passar o dia com ela em sua casa. Matheus aproveitou o único dia de folga para dormir até um pouco mais tarde. Como Patrick não gosta de ficar deitado por muito tempo se ofereceu para ajudar Renata limpando a geladeira.

_ Aproveita, amor, e me passe a alface, cebola roxa, tomates cerejas e duas cenouras. Enquanto a carne vai assando, eu vou fazendo uma saladinha. Sabe, eu fico tão feliz que agora tenho você como companhia para comer legumes e verduras. Matheus mesmo detesta essas coisas. Aí sempre estragavam, porque eu não dava conta sozinha.

_ Matheus tem mesmo o paladar infantil.

_ Mas, a culpa é minha. Hoje eu morro de remorso por isso. Quando ele era bebê a Marília dava essas coisas pra ele, aí cresceu um pouquinho começou a fazer birras e eu acabei parando de dar legumes e hoje ficou do jeito que está, se alimentando mal. Marília fala na minha cabeça até hoje: "você deveria ter forçado até o menino se acostumar."

Matheus entrou na cozinha ainda vestido com o pijama e o rosto inchado de tanto dormir.

_ Oh, filho, já acordou, meu amor! Eu vou fazer um cafézinho pra você.

Ele parou e olhou espantado para Patrick.

_ O que você está fazendo?

_ Limpando a geladeira.

_ Mas você pode ficar resfriado com essa friagem!

Patrick o olhou demonstrando desaprovação do excesso de proteção do marido. Matheus entendeu o sinal e abriu os braços.

_ Tudo bem! Eu não falo mais nada.

O loiro deu um selinho em Patrick e um abraço e um beijo no rosto da mãe.

_ Tá em casa, véia! Que milagre! Agora você não sai da casa do Wilson. Até parece que não tem casa.

_ Oh, mô pitico, tá com ciúmes da mamãe?

_ É...não vou negar não. Eu gosto do Wilson, tô feliz porque você tá feliz, mas eu tô com um pouco de ciúmes sim.

_ Não se preocupe, meu amorzinho. Eu posso me apaixonar, namorar e até casar, mas o único homem da minha vida é e sempre será você._ ela o beijou no rosto.

_ Hoje é o Wilson que vem almoçar aqui. Por isso que a sogrinha está caprichando no almoço.

Renata parou de cortar as verduras, bateu na testa como se recordasse de algo.

_ Gente, esperem aqui que tenho um presentinho pra vocês._ Renata saiu correndo da cozinha.

Matheus pôs uma cadeira atrás de Patrick, sentou e o abraçou por trás beijando o seu pescoço.

_ Ai, príncipe! Eu tô ficando todo arrepiado!_ Patrick disse sorrindo, sentindo o corpo inteiro ser dominado pelo tesão. Sentia-se molhe, quando Matheus deslizou os dedos por sua nuca, penetrando nos cabelos, os puxando para trás e o beijou.

_ Uma hora dessas e vocês já estão pegando fogo!_ brincou Renata, fazendo Matheus sorrir e Patrick ficar envergonhado.

Ela entregou a ele duas blusas da seleção brasileira de futebol.

_ Eu estou vendendo na loja. Só essa semana esgotou tudo. Ainda bem que eu separei as de vocês.

_ Ah, obrigado, sogrinha.

_ Eu não sei se quero usar não, mãe. Eu não quero ficar parecendo um gado.

_Gado coisa nenhuma! Agora mesmo é que temos usar. Essa é a representação da nossa seleção brasileira, isso aqui não é suástica. E além do mais, eu quero ver todos lindos de verde e amarelo para assistirmos o primeiro jogo da nossa seleção. O Wilson convidou todo mundo para assistir lá na churrascaria dele na sexta-feira.

_ Ah, é! Será que este ano o Brasil leva o hexa?

_ Eu tô confiante que sim, genrinho. Eu estou muito animada para assistir esse jogo. Será Brasil versus Uruguai. O Wilson convidou a família inteira.

_ A família inteira incluiu o Judas do Bruno?

Renata respirou fundo e revirou os olhos para cima.

_ Sim, meu filho. Inclui o Bruno.

_ Ah, e por que ele convidaria o Bruno? O Wilson é o meu aluno e namorado da minha mãe, não vejo sentido algum em querer agradar o Bruno.

_ Filho, o Wilson conheceu o Bruno aqui em casa no churrasco, depois fomos jantar na casa da Rose e lá ele fez amizade com o Bruno. O fato de você não gostar do Buba, não significa que todo mundo não deva gostar dele também.

_ Cada um gosta de quem quiser. Mas, eu me recuso a estar no mesmo ambiente que aquela cobra.

_ Ah, Matheus não! De novo isso? Puxa, filho, a churrascaria vai estar lotada! Você não precisa ficar perto dele.

_ Só de respirar o mesmo ar que o Bruno, eu já sinto vontade de vomitar. Eu não vou.

Patrick bateu com as mãos nas pernas e disse:

_ Ah, Matheus, tem horas que eu me sinto um pedófilo por dormir contigo! Deixe de ser infantil! Puxa, custa você ir e curtir o dia com a sua família e fingir que o Bruno não existe? Eu quero ir assistir o jogo e quero fazer isso com o meu marido ao meu lado! A gente quase não fica juntos, porque você tem que trabalhar muito. Custa ficar comigo e com a sua mãe? Eu só quero ter o meu marido e a Renata o filho. Mas, você não tá nem aí pra nós. Pra você o Bruno é mais importante!

_ Não é bem assim, paixão!

_ É como, então?

Matheus se viu em silêncio, não possuindo nenhum argumento como justificativa.

_ Tudo bem. Eu vou.

Patrick sorriu e o abraçou, envolvendo os braços no pescoço do loiro.

_ Esquece o Bruno e foque em mim, gatinho.

_ Hum! Essa proposta é irrecusável.

Renata assistia sorrindo o beijo apaixonado do casal.

Bruno sentiu o seu corpo se arrepiar sendo coberto pelos beijos de Jonas. A chama do tesão foi acesa quando pôs a mão nos vinte de centímetros de puro prazer, que o marido trazia entre as pernas.

_ Eu quero essa piroca gostosa todinha dentro de mim._ Bruno disse manhoso, antes de receber um beijo quente. Não se sentia mais dono do seu corpo, o entregava a Jonas sem relutar, apenas se deixando dominar pelo prazer.

Despertou com o som da chamada do celular. Estava suado e com uma ereção. Lamentou se tratar apenas de um sonho. Á medida que ia despertando, se dava conta de tudo que acontecera. Sentiu um aperto no peito e se entregou ao choro, abraçando o travesseiro e ignorando as chamadas até que elas cessaram.

Percebeu que já havia amanhecido. Olhava-se só naquela cama de casal e a saudade de Jonas bateu com força, desejando pegar o telefone e ligar para o marido para dizer que o ama e que queria voltar para a casa. Queria se jogar nos seus braços e fazer amor. Bruno desejava finalizar a saudade, que tanto o fazia sofrer.

No entanto, era orgulhoso e não estava disposto a dar o braço a torcer. Pôs na cabeça que a traição era imperdoável e que a confiança no marido jamais seria recuperada. Tentaria se manter firme, mesmo com a saudade apertando.

Pegou o celular e viu que havia várias ligações perdidas de Jonas. Quis retorná-las, mas reprimiu a si mesmo pelo desejo de fraqueza.

Isabel ligou novamente. A mulher convidou Bruno para assistir o jogo na casa dela.

_ Amigo, hoje eu tô sozinha. Ontem, eu briguei com a Cinthia e ela foi assistir o jogo na casa da jararaca da mãe e o Filipinho foi para a casa do pai. Vem pra cá. Eu comprei uns camarões para fritar. Também pus umas cervejinhas na geladeira.

_ Ih, amiga! Eu fiquei de assistir o jogo na churrascaria do namorado da minha tia. A família inteira vai pra lá. Venha comigo?

_ Ah, sei não, amigo. Tudo na churrascaria é tudo muito caro, e eu tô sem grana.

_ Não se preocupe com isso. Eu pago. Só quero a sua companhia. Ainda mais que a peste do Matheus vai tá lá e já sei que vou passar ranço.

_ Olha, eu posso até ir, mas se você e o Matheus brigarem, eu meto o meu pé. Eu gosto muito de vocês dois e odeio ficar no meio da treta.

_ Tranquilo. Vou fazer a fina, fingir que ele nem existe. Hoje, eu não quero me aborrecer. Daqui a uma hora, eu passo aí com a minha mãe para te pegar e daí vamos pra lá. Ok? Beijos, miguxa.

_ Ok, nenê. Beijinhos.

Bruno preferiu aguardar por Isabel dentro do carro, enfrente ao prédio onde ela mora. A mulher desceu vestida com short jeans curto e desfiado nas pernas, os cachos castanhos claros estavam presos num coque no alto da cabeça e vestia uma blusa da seleção brasileira. No rosto, pôs pouca maquilagem, apenas uma máscara preta nos cílios, um batom vermelho e dois riscos de tintas verde e amarela paralelos nas bochecas.

Bruno e Rose também só vestiram as blusas da seleção, ele bermuda preta e ela uma saia verde redonda verde. Isabel os cumprimentou com uma "boa tarde" e entrou no carro sentando no banco de trás.

As ruas estavam pintadas de verde e amarelo, fotos de bandeiras brasileiras eram coladas em cada poste.

Wilson reservou a churrascaria só para familiares e amigos. Mandou ornamentar a decoração do estabelecimento com o tema da seleção brasileira. Uma TV de 70 polegadas foi posta no meio do salão, cujo o som saia pelas caixas potentes espalhadas pelo local.

Enquanto aguardavam o início da partida, os funcionários trabalhavam na cozinha e servia carnes e bebidas.

Além dos sons das cornetas e fogos, no ar pairava o som da músicas na TV.

Como mesas foram postar juntas e no canto, o salão ficou com espaço o suficiente para que as pessoas pudessem circular e dançar.

Bruno procurou a mesa mais longe possível de Matheus para sentar com Isabel. Ambos os primos fingiram a inexistência um do outro, o que foi um alívio para a família e Isabel.

Assim que Wilson avistou Bruno e Isabel, foi cumprimentá-los com um abraço e dando boas vindas. Chamou-os para apresentar a sua família, a sua mãe Isaura, uma idosa branca e baixinha vestida com a blusa da seleção brasileira e a sua filha Luana, uma adolescente de pele morena escura e os cabelos pretos cacheados.

_Agora faltou vocês conhecerem o Diego, meu irmão mais novo._ Wilson disse procurando o rapaz com os olhos._ Onde tá aquele moleque?

_ Eu não sabia que você tinha um irmão, Wilson.

_ Ele é meu irmão somente por parte de pai, Bruno. Diego morava em São Paulo e veio pro Rio para cursar Engenharia de produção da Universidade Federal. Ele me dá uma força na churrascaria.

Os olhos de Bruno brilharam ao ver um jovem negro dançando próximo à TV. O que chamou a sua atenção era um belíssimo par de olhos cor de mel e as tatuagens pelos braços e no tórax magro e bem definido, com gominhos pela barriga reta. Os cabelos negros e crespos eram bem curtos.

_ Diego! Diego!

Ao olhar para a direção deles, Bruno sentiu um arrepio percorrer no seu corpo. Os belos olhos cor de mel eram contornados por longos cílios pretos e acima um par de sobrancelhas pretas tão bem feitas, com dois riscos finos nas pontas de uma delas. O olhar que lançou sobre Bruno era ousado e desafiador, percorrendo o seu corpo de cima para baixo como se o devorasse.

O rapaz se aproximou com o seu andar estilo rapper. Bruno se sentiu nervoso, pois queria evitar encarar aquele olhar estonteante, mas também, não queria demonstrar nervosismo com olhando para baixo e se ver louco com a ponta da cueca preta por cima da bermuda do rapaz e o seu peito nu.

Diego apertou firme na sua mão trêmula e gelada.

_ Mãozinha fria._ Diego dizia penetrando o olhar safado em Bruno e um sorriso de canto da boca.

_ A mão é fria, mas o coração é quente._ disse Isabel percebendo a química entre os dois, deixando ainda Bruno ainda mais desconcertado.

Como Wilson havia dito, Diego era o seu irmão mais novo por parte de pai. Há dezenove anos, seu Getúlio se separava da mãe de Wilson, que então tinha 20 anos de idade.

Seu Getúlio era dono da churrascaria e manteve o filho trabalhando com ele no local. Como Wilson se desenvolveu bem na gerência do estabelecimento, seu Getúlio confiou no filho e viajou para São Paulo para curtir as férias. Lá, conheceu uma jovem negra e professora chamada Luciana, a qual teve um tórrido namoro e, como fruto dessa paixão, ela deu a luz a um menino, que batizou de Diego.

Luciana se mudou para o Rio de Janeiro, vivendo com Getúlio por dois anos até o fim do relacionamento. Com isso, retornou para São Paulo, levando o pequeno Diego consigo.

O contato do menino com o pai foi reduzido. Eles passaram a se ver nas férias escolares de Diego e em datas comemorativas, como dia dos pais, das crianças e feriados prolongados.

Getúlio sempre depositava o dinheiro da pensão do filho mensalmente e também arcava com as despesas educacionais.

Com o seu falecimento, Wilson prosseguiu com essa função e assumiu o comando da churrascaria.

Ao completar 19 anos, Diego prestou vestibular para uma faculdade no Rio de Janeiro e se mudou para a casa do irmão, para ajudá-lo na gestão da churrascaria, que também herdara do pai.

Envergonhado, Bruno usou como desculpa para se afastar que precisava falar com a mãe.

_ Menino, que cara é aquele! Fiquei com as pernas bambas!

_ Uh, é! Você não é lésbica, Bel? Tô te estranhando!

_ Você sabe muito bem que eu sou panssexual. O fato de eu ser casada com uma mulher não mudou a minha sexualidade. E vamos confessar que eu adoro um cara estilo Mandrake. Ainda mais novinho assim. Você viu o jeito que ele te olhou, amigo?

Bruno sorriu mordendo o lábio inferior.

_ Eu percebi! Me senti completamente nu! Amiga, vou te confessar que fiquei louco!

_ Esses magrinhos assim costumam ter o maior pirocão. Eu não sei se é o caso dele.

_ Eu acho que é sim, amiga. Pelo volume ali não é mixaria não.

Isabel o olhou sorrindo e deu um tapinha em seu ombro.

_ Olha que safada! Deu logo um jeito de olhar pra neca do boy!

_ Uh, é! Eu não tenho culpa se os meus olhos diante de um pau viram ímãs. Cheguei sentir calor agora._ Bruno disse se abanando com a mão.

_ Que puta!

_ Olha só quem fala.

Os dois gargalharam.

Durante o jogo, Bruno tentava fingir que não via os olhares de Diego para ele. Às vezes, flagrava o jovem o observando, deslizando o dedo polegar pelos lábios carnudos.

Quando o Brasil venceu a partida, todos se abraçavam, gritavam e comemoravam alegres.

Bruno tremeu quando sentiu o abraço espontâneo de Diego. O cheiro do perfume do rapaz o deixou ainda mais encantado.

No entanto, se manteve afastado perto da família.

Após a partida, todos permaneceram na churrascaria comemorando ao som de funk e pagode tocando na TV.

Com o passar das horas, a saudade que sentia de Jonas foi apertando. Não dava mais importância a Diego e nem prestava atenção no que as pessoas o diziam. Se pegava pensando no marido quando via os casais de maos dadas ou se beijando.

Jonas passou a ser o tema da conversa com Isabel. Os mesmos temas de sempre entediavam a mulher como: o quanto estava magoado, que Jonas não prestava e etc.

_ Ele não me valorizou. Agora fica aí, correndo atrás de mim. Enchendo o saco me ligando.

_ E você bem que tá gostando, né Buba?

_ Não vou negar não. O Jonas me traiu de um jeito muito baixo. Ele feriu os meus sentimentos. Tem mais é que correr atrás de mim mesmo, de se rastejar aos meus pés. É o mínimo que ele deve fazer.

_ Ih, já tô até vendo o final desse filme. Você vai ficar fazendo cu doce, aí depois vai correr pra cama do Jonas. Essa história de vocês é antiga.

_ Engano seu. Eu não quero mais saber daquele cafajeste.

_ Que não quer saber o que, Buba?! Você é louco por aquele homem! Ele também é louco por você. Você que fez palhaçada de dar entrada no divórcio só pra assustar o Jonas.

_ Claro que não!

_ Bruuunooo!

_ Não foi isso!

Ela o encarou séria, erguendo a sobrancelha e cruzando os braços. Bruno não conteve o riso.

_ Tá vendo aí! Isso é fogo no cu. O seu sorriso te entrega.

_ Eu tô rindo da sua cara. Aliás, você tinha que ver como ele ficou puto quando soube. Chegou lá em casa desesperado.

_ E como ele soube?

_ Eu contei pro Betinho.

_ Bicha! Que maléfica! Você sabe que o Betinho é fofoqueiro e por isso contou pra ele! Pra que ele corresse e contasse pro Jonas.

_ Exatamente. E não me arrependo disso não. Primeiro eu contei pra todo mundo, fiz questão de contar pro Betinho, assim o Jonas fica sabendo como é a sensação de ser o último a saber das coisas, exatamente como ele fez comigo ao me trair com aquela cobra.

_ Ah, que maldade, Bruno! Parece que você tem o prazer em ver o cara se humilhar.

_ Tenho mesmo. É o que ele merece depois do que fez comigo. Quer saber? Com certeza, a essa hora o Jonas está na pizzaria.

_ E?

_ Nós vamos até lá.

_ Eee! Hoje vai rolar a fuleragem!

_ Que mané fuleragem! Eu vou devolver a aliança a ele. Jonas vai ficar puto._ Bruno disse sorrindo.

_ Olha, que do mal.

Jonas estava sentado à mesa do seu escritório, assinando alguns papéis, quando ouviu a porta bater.

Imaginando se tratar de algum funcionário, autorizou a entrada, sem tirar os olhos dos papéis.

_ Boa tarde, meu amor.

Arregalou os olhos e levantou num rompante.

_ Como se atreve a vir até aqui, seu desgraçado?! Já não cansa todas merdas que você fez?

_ Calma, meu bebê! Eu vim pra te mostrar uma surpresa._ Daniel disse entrando e fechando a porta._ Eu tento te ligar, mas você me bloqueou.

Jonas o olhava furioso. Daniel ergueu o braço mostrando as novas tatuagens de borboletas que fez idênticas as de Bruno.

_ Você é louco!

_ Sim. Eu sou louco por você. Gostou das minhas novas "meninas"? Mas, não vai me chamar de borboletinha como você chamava o seu ex. Eu não quero que me confunda com ele. Você pode me chamar de libélula...É... de libélula eu gosto.

Jonas foi em direção a Daniel sentindo ódio. Pegou-o pelo braço.

_ Aaaah! Que brutalidade! Você tá me machucando, amor!

_ Você vai sair daqui agora antes que eu parta a sua cara!

Jonas o arrastou até a porta. Ao abrí-la, deparou-se com Bruno com os punhos fechados erguidos no ar, pronto para bater na porta.

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Comentários

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Como sempre, um excelente EP, e muito bem escrito.

Em relação a historia, Matheus e Patrick: Matheus parece que está evoluindo, mas a passos lentos, ele precisa urgente evoluir e esquecer o que aconteceu, ele ainda não entendeu que os acontecimentos do passado, implicam totalmente no que vem do futuro, e enquanto ele ficar nessa de carregar o fardo do passado, ele sofrerá e fará quem está ao seu lado sofrer também.

Patrick para quem sofreu o que sofreu está lidando muito bem com o caso, não significa que ele não esteja sofrendo, mas está conseguindo lidar com o caso, e claro consegue domar Matheus facilmente kkkk Patrick fala, Matheus faz. E eu tenho certeza que Matheus irá melhorar e mudará bastante, afinal Matheus não pode terminar a segunda temporada, como ele terminou a primeira.

Jonas só se lascando, como ele merece, afinal quem procura acha kkk.

Bruno, tentando sair sobre a carne seca, mas no fundo está ferido, e doido para voltar para Jonas.

É obvio que eles se amam e tal, passaram por muitas coisas, por um "pai" como o de Bruno, Jonas levou um tiro por causa deles, infelizmente eles somente adubaram o relacionamento para ele crescer, mas não cuidaram da terra onde o relacionamento estava, uma vida a dois, não é coisa simples, não é como fazer um pastel ou um macarrão instantânea, é algo como fazer uma costela no chão kkkk, casamento é cuidado e zelo, adubar e ao mesmo tempo ficar a espreita para que ele não se torne uma coisa automática e é só ladeira abaixo, e Jonas esqueceu de cuidar do casamento, e Bruno se deixou levar por alguém que se dizia amigo dele, e agora deu no que deu.

Espero que tudo se acerte.

Vem em mim EP 27.

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Umleitor, obg pelo carinho. 😍❤ publicar um livro é um sonho que tenho desde criança e pretendo realizar. Quem sabe um dia? E será um prazer autografar kkkk.

Sobre o casal Jonas e Bruno, eu concordo contigo em tudo. Eles se amam e muito, mas não souberam cuidar da relação e precisam amadurecer. Sobre o seu comentário, já que pediu ,vai para os stories sim kkkk

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Agora vou exaltar o meu autor (porque quero ir pro stories dele kkkkkkk).

Já disse em particular e aqui que tu tem potencial além do que posso expressar. A gramática é ótima, os textos são maravilhosos, personagens incríveis, narrativa impecável... E muito em breve espero um livro físico, com dedicatória específica pra mim, na minha estante. Eu leio livros desde que comecei a ler e me atrevo a dizer que sei como funciona as coisas, ao menos as coisas dentro do leitor e não existe um capítulo ruim (apesar de que eu faço reclamações e observações pessoais nalguns) e as histórias são perfeitas

Personagens reais, comuns que são possíveis serem identificados no dia-a-dia e que até possuem características semelhantes a nossa. É meu 10/10 daqui no site.

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Acho que eles pularam etapas, foram orgulhosos em ficar juntos e enfrentar tudo. E acabaram de perdendo não apenas como casal, mas, pessoalmente também.

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A questão é que acho que o Jonas deveria sofrer, não apenas pela traição e sim pela ausência. Ele deveria se sentir só, arrependido, desesperado, angustiado... Correr atrás e mostrar quem é independente de ser falho. Traição não é justificável! Mas, casamento não é namoro e o Bruno também deve aprender isso.

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Eu sou muito a favor do amor e acho que existe amor entre eles (Bruno e Jonas). Entretanto, acho que o Jonas, se acomodou ao relacionamento, confunde demonstrações de amor com materialismo e PRECISA saber divergir isso, ele até sabe né?! Reconhece as falhas e tudo mais

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Bom, assim (concluindo os comentários), Jonas com o Daniel não tem mais como acontecer, totalmente incoerente com o texto se não forçado por chantagem (que é a especialidade do Daniel). Ou então se o Daniel pegar o boy e ele for e ficar com Daniel. Porém, não vai ter sentido considerando que o Jonas não gosta e não quer ele e que precisa agora correr atrás do prejuízo

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Aí meu Deus, esse capítulo foi fogoo e concordo plenamente com a @A_Escritora o Bruno precisa mesmo é superar e encontrar um novo amor isso sim.

Jonas BoyLixo que de lasque.

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Gado nadaaaa!!! As desgraças se apropriam da nossa bandeira, da nossa camisa e a gente está deixando

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Gente, no outro capítulo eu havia escrito que o namorado da Renata tinha um bar em Copacabana. Mas, eu fiz uma mudança ,de bar virou churrascaria e de Copacabana mudei p Icaraí.

Eu escrevi isso nos comentários do capítulo anterior e nos meus stories no meu Instagram.

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