Pedreiro capítulo 1

Um conto erótico de Cupcaker
Categoria: Gay
Contém 1337 palavras
Data: 01/06/2021 00:31:38
Assuntos: Gay

Sinopse: Theo é um ricaço de 27 anos que mora na Zona sul do Rio, em Ipanema. O Theo decide reformar uma velha casa de praia e para isso contrata os serviços de um pedreiro ruivo de 32 anos, bastante aclamado na região. O que o magnata não sabia é que ia se apaixonar por aquele pedaço de mau caminho gato, sarado e hétero.

Notas do Autor

Ops: todos os personagens são maiores de idade, a cima de 23 anos.

Não esperem pontualidade ou nada muito elaborado dessa história, afinal foi baseado em fatos reais hein. Já vou avisando.

Capítulo 1 - Quem é esse pedaço de mau caminho?

♤ Theo ♤

Eu dirigia meu Rolls Royce Dawn Aero Cowling sentindo o vento bater no meu rosto quando uma chamada interrompeu minha música. Olhei para o mar belíssimo à minha direita e achei que era um desrespeito atender aquela chamada. Apesar da minha inquietude, aceitei a chamada porque era do meu assessor Carlos, o mesmo e um loiro de 26 anos e olhos azuis. Apertei a opção de atender no meu painel digital.

— Olha aqui, cabelo de hamster, eu espero que seja mesmo importante, porque você interrompeu minha música. Eu não posso nem ouvir “grelinho de diamante” em paz nesse caralho! – Já atendi metendo o louco; ele sabe que eu sou assim.

— Theo, quantas vezes eu já te disse pra parar de ouvir essas merdas? Você é uma figura importante agora que seu pai morreu e deixou tudo nas suas mãos.

— Para de enrolar e fala logo, caralho! Cada segundo que eu passo falando com você é um segundo que eu poderia tá curtindo meu som enquanto dirijo, seu idiota!

— Ai, eu desisto de tentar conquistar o seu respeito.

— Já devia ter desistido há séculos. – Devolvi.

— Bom, eu liguei pra avisar que o pedreiro já está lá na antiga casa de praia só esperando as ordens. Você podia passar lá já que tá pertinho, seria uma tarefa a menos pra mim. Eu já falei que você me faz de escra...

Desliguei na cara dele e voltei a ouvir minha música.

— Babaca. – Murmurei.

Aumentei o som pressionando a tela digital do meu painel e elevando o dedo. Aos poucos aquele hit perfeito começou a estrondar na avenida.

— EU SOU PRINCESA DA FAVELA E MINHA BUCETA É VICIANTE VEM PROVAR O GOSTINHA DELA NOVINHO TO INSTIGANTE... – Voltei a cantar igual uma vadia.

Todo dia eu recebia uma multa por passar em todas nas fiscalizações eletrônicas ou por perturbação à ordem. Eu tinha mais o que fazer do que ficar me preocupando com multa. Mandava tudo para Carlos e ele que se virasse. Ele recebia muito bem para isso. Pensei em fazer o mesmo com o compromisso do pedreiro, mas no meio do caminho, raciocinei e cheguei à conclusão que se eu assumisse esse compromisso eu pelo menos ia ter uma desculpa para faltar no escritório. Sem contar que ainda era uma casa na praia apesar de velha. Eu podia comprar umas cervejas e passar o resto da tarde enchendo a cara.

Aproveitei que estava perto e mudei de avenida fazendo o retorno no sentido sul. A velha casa ficava num bairro nobre e fechado. Entrei no espaço que parecia um condomínio de luxo. O velho porteiro Zé me reconheceu e deu passagem sem encher o saco. Gostava daquele velho por esse motivo. Assim que eu entrei no privê, a canaleta de contenção caiu fechando novamente. A segurança era enorme, porque afinal só entrava ali quem tinha dinheiro. Minha música acabou e logo em seguida começou a tocar “Novinho do Pirocão”. Cheguei estrondando tudo enquanto cantava.

— AI MEU DEUS QUE PAU ENORME, AI MEU DEUS QUE PAU ENORME, ELE É NOVINHO E JÁ TEM UM PIROCÃO! ELE É NOVINHO E JÁ TEM... – Parei de tocar a música quando vi um ruivinho parado na frente da minha casa.

Tudo ficou em câmera lenta. Eu dirigia meu Down Aero Cowling na velocidade de uns 20Km/h. Havia um homem de cabelos vermelhos espetados encostado no portão da casa escorado enquanto mexia no celular. Aquele devia ser o tal pedreiro. O bronzeado usava uma regata branca apertada que deixava à mostra o bico do peito e os gominhos no abdome. Ele devia ter andado a pé, porque suava deixando a pela reluzente. Naquela posição eu não pude deixar de notar a mala enorme na calça de malha surrada dele. Estacionei o carro devagar na garagem ampla da casa e arriei meus óculos de sol para ver o ruivinho com mais detalhes. Ele escondeu o Galaxy pockety Y pobrezinho dele quando me viu sair do carro.

— Você deve ser o Senhor Theo. – Ele abriu um sorriso largo mostrando todos os seus dentes.

Pelo menos não tem dentre podre – pensei.

— Sou eu mesmo. – Olhei por cima ainda segurando meus óculos.

— É um prazer, sou o pedreiro que o Senhor contatou, Enzo. Enzo Thaynã. – O ruivo estendeu a mão.

Eu retribuí com receio porque não sabia o que ele tinha feito com aquela mão. Seu toque era áspero provando que ele devia ser pedreiro há um bom tempo. Assim que soltei sua mão, ele levou-a direto para o saco dando uma ajustada na virilha. Com aquele gesto eu soube na hora que ele era hétero. Aquilo era mania de hétero. Pelo menos não havia aliança em seus dedos. Eu observo tudo.

— Então, eu não sei de nada sobre obras. Eu vim aqui na verdade porque eu não queria passar o dia no escritório. Eu aposto que um loiro já te passou tudo, não passou?

— Sim, sim, o Senhor...

— Carlos.

— Isso!

— Ótimo, então vamos entrar.

Abri a porta dando passagem. Não ia naquele lugar desde que eu tinha cinco anos. A casa era um primeiro andar parecido com um sobrado moderno em construção. Entrei e fiquei perambulando pela casa vazia e com nojo de algumas teias de aranha que se dependiam do teto. Algumas paredes estavam no cimento ainda.

— Uh, parece que eu vou precisar de um trabalhão pra ajeitar tudo isso aqui. – O ruivo tirou uma trena de sua cintura e começou a medir as portas e alguns cantos da casa que ainda faltavam o piso.

— Faça o que tiver que fazer. – Revirei os olhos e fui em direção à porta que dava para o mar.

— Eu vou precisar de alguns ajudantes pra rebocar essas parede tudo.

Ri do sotaque esquisito dele e me virei para isso. A voz dele tinha chegado aos meus ouvidos abafada como se ele tivesse com dificuldade pra falar. O motivo disso ter acontecido foi que ele estava agachado medindo o rodapé da paredinha que divida a sala e a cozinha. Ele agachado daquele jeito expôs seu cofrinho todo à mostra. Fiquei olhando por tempo demais para aqueles dois montes que mais pareciam o pão de açúcar. Senti até meu pau latejar. Ele levantou e deu outra mexidinha na virilha.

– Eu já disse, faça o que tiver que fazer, porque dinheiro não é problema. Além disso, disseram que você é o melhor.

— Ah, Senhor Theo, desse jeito eu fico até sem jeito.

— Você tem que confiar no seu taco.

— Eu confio no meu taco. – O ruivo apertou o pau.

— Não é desse tipo de taco que eu tô falando...

— Não? Me desculpa, Senhor, Theo, é que eu...

— Esquece o que eu falei. Só faz o que for preciso.

— Nesse caso eu vou precisar dar uma olhadinha lá em cima e se o Senhor quiser eu começo hoje mesmo.

— Perfeito.

— Então tá fechado. – Ele estendeu a mesma mão que vivia mexendo no saco.

Eu apertei que não sou bobo nem nada. Depois que o ruivo se virou todo sorridente eu cheirei minha mão. Tinha cheiro de macho. Acatar às ideias do Carlos nunca foi tão prazeroso. Definitivamente aquela obra ia render muitos momentos de perversão. Ele podia ser hétero, mas eu não estava nem aí. Eu ia me aproveitar o máximo que eu pudesse. Quem sabe ele não descola uma brotheragem com o chefe? – maquinei diabolicamente.

Notas Finais

Vejo vocês por aí a qualquer momento 😘

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