Onde não há reciprocidade, não me demoro!

Um conto erótico de Alice
Categoria: Heterossexual
Contém 366 palavras
Data: 13/05/2021 17:05:46

Sou uma mulher muito intensa.

Intensa pra conhecer, pra viver, pra chorar, pra sorrir, pra amar....

O sexo pra mim também tem que ser intenso, daquele sem frescura, que pega forte, que beija, que lambe, que aperta, que te faz gritar de tesão! Sem fres-cu-ra!

Na minha vida, sempre estive cercada de muitas pessoas. Amizades fortes, outras mais rasas, paixões... mas sempre com muita verdade!

Conheci o amor muito cedo, mas o destino também o tirou de mim muito cedo. Era um amor adolescente, ingênuo, mas verdadeiro.

Uma estrada tortuosa e muito perigosa, levou embora aquele que, em minhas promessas juvenis, prometi amar para sempre.

Restou as lembranças, o carinho, a saudade.

Como de costume, intensamente a vida me mostrou que aquele capítulo da minha vida havia acabado e que o próximo exigia de mim uma Alice renovada, forte, confiante.

Assim eu fiz. Conheci muita gente, me apaixonei por algumas, vivi momentos incríveis, mas em alguns eu sabia que minha intensidade incomodava.

Aprendi a identificar isso e a lidar com a amargura e a inveja de algumas pessoas.

Aprendi a me afastar do que me fazia ou me queria mal.

Aprendi principalmente a não demorar, onde eu não pudesse amar, onde não houvesse verdade ou onde o amor fosse unilateral.

Amei intensamente!

Infelizmente eu acreditei que tinha conhecido e vivido um amor, mas conheci um amor de mentira, um amor oportunista, um amor que engana, um amor que só pra mim era intenso e verdadeiro.

Amei tanto, que quando me lembro, ainda doi. Às vezes doi de saudade, de vontade... mas também por amar e não ser amada.

Vivi um amor unilateral. Daqueles que de tão intenso como eu, me preenchia e me alucinava ao ponto de me fazer acreditar que o que eu vivia era real.

Acreditei que eu era amada, que minha ausência causava saudade e que minha presença era desejada.

Aprendi que para algumas pessoas, a simples mudança do vento é motivo de mudar o foco, simples assim.

Saber perceber que você não é prioridade na vida de alguém, é fundamental para que consiga finalizar a sua permanência em uma historinha de mentira e priorizar o que verdadeiramente importa: você e sua felicidade!

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Comentários

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Alice - Eu gostaria de lhe perguntar: Você ama, ou ama amar? Entende a diferença? A sociedade moderna ocidental foi sendo "ensinada" que é preciso amar, se você não amar não tem significado na vida. Mas as pessoas colocam sempre um condicionamento. Para amar tem que ser amada. E isso está errado. Eu acho que o amor, o VERDADEIRO AMOR, é algo incondicional. Quando a pessoa ama, ama e pronto. Por isso, eu não acho que seja "amor" isso que faz as pessoas constituírem casais, pares, matrimônios, etc... Isso é gostar. Gostar, de quem gosta do outro como se é gostado. O cristianismo planou esse conceito de AMAR como se deve amar a Deus, e o marketing aproveitou para levar isso para as relações afetivas. É uma enganação. A pessoa gosta enquanto é gostada, se não for correspondida, sente mágoa e deixa de gostar. Isso não é e nunca será amar, nem pode ser chamado de amor. Procure pensar nesse sentido. É um longo estudo que vai render muito tempo de análise. Mas ajudará você a se descondicionar dessa visão equivocada. Se você gosta goste, e não espere que haja reciprocidade. Aí sim, será um gostar bem profundo. E amor, eu só conheço da mãe para com o filho. Incondicional. E nem todas mães amam a esse ponto. Bom dia. 3 estrelas por esse texto que nos faz refletir.

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Estacionado nos seus contos. Você é maravilhosa. Não pare de escrever.

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