Momento especial

Um conto erótico de Queen
Categoria: Heterossexual
Contém 2466 palavras
Data: 22/02/2021 00:05:29
Assuntos: Heterossexual

Engravidei do meu 4° filho e foi uma surpresa pq eu estava tomando anticoncepcional direitinho.

Não vou mentir, nao estávamos programando e nem preparados para isto. Foi um gestação problemática e passei a maior parte da gravidez internada ou de repouso em casa.

Carlos estava diferente, já não me tocava, estava distante, não fez planos, não fez questão de comprar nada pra esse filho, e só foi comigo pra última ultrassom que foi o dia em que a médica me mandou direto pra maternidade. Precisava fazer um parto de urgência pq o meu filho estava morrendo. Ele só tinha as roupinhas que ganhou de presente dos nossos amigos e familiares.

Eu sofri tanto psicologicamente quando ele nasceu, era tão pequeno, tão magrinho e frágil, teve 2 paradas cardíacas mas resistiu. Ficou internado 26 dias e eu só fiquei 3 dias no hospital após o parto.

Bom, conseguimos ficar bem mas o meu filho precisava de total atenção.

Carlos estava cada vez mais próximo agora porém distante. Ele passou a dormir em outro quarto e quando dormia comigo, não encostava em mim. Fazíamos tudo o que um casal faz, menos sexo.

Eu não o questionava mais pq a resposta dele era só uma: Eu não consigo!

Ele dizia que eu era intocável e que não tinha coragem de fazer amor comigo. Eu não conseguia entender e lá vou eu pro psicólogo, procurar respostas para tudo, eu estava surtando.

Estávamos sem transar por 10 meses e foi quando eu comecei a planejar a festa de 1 ano do nosso caçula que tudo foi acontecendo.

Conversamos após o jantar e eu disse que marquei a degustação dos doces e salgados pro dia seguinte, ele disse que iria comigo. No final da tarde fomos até a loja e fizemos a degustação e encomendamos tudo.

No caminho de volta pra casa tivemos uma pequena discussão porque eu estava sentindo tesão e eu queria transar e ele se recusava de todas as formas.

Carlos:- Eu não rejeito você. Isso não existe! Eu não estou conseguindo transar por um problema que está acontecendo comigo.

Eu:- Mentira! Vc está assim desde o dia em que o nosso filho nasceu. Parece que vc está me culpando porque ele nasceu doente. Você não vê que isso é cruel? Você está me colocando na posição de culpada por algo que eu não sabia.

Carlos:- Não. De forma alguma! Você entendeu errado. Isso nunca passou pela minha cabeça e eu me sinto culpado por tudo isso. Eu rejeitei a sua gravidez e rejeitei o meu filho. É por isso que não consigo nem encostar em você. É como se eu não fosse mais digno.

Eu:- Não justifica q sua frieza! Eu me sinto abandonada, me sinto só. Eu quero o divórcio se for pra viver desse jeito. Estou cansada, vai fazer 1 ano que não transamos, 1 ano sem ser tocada e desejada.

Carlos:- Me desculpa meu amor, nunca foi a minha intenção magoar você. Eu achei que estava fazendo um bem pra você.

Eu:- Ok Carlos, só vamos pra casa em silêncio. Por favor!

Ao chegarmos em casa, fui direto tomar um banho e aquela água escorria pelo meu rosto e corpo, levando junto as minhas lágrimas. Eu estava com um cansaço psicológico absurdo e físico também. Eu mesma me envolvi num abraço enquanto chorava e gritava no meu banheiro, eu só queria que tudo aquilo passasse. Terminei o banho, tomei um tranquilizante que não fez efeito e eu continuei com uma dor de cabeça horrível. Fui pro quarto das crianças e fiquei lá com eles. Cuidei dos meus meninos e ficamos assistindo filmes da Disney. As 21 horas já estavam todos na cama e eu dormi lá no quarto deles.

Durante a madrugada Carlos foi me chamar pra ir para nossa cama e eu disse que não iria. Ele insistiu muito e mesmo assim eu não fui. Acordei algumas vezes pra amamentar o meu pequeno e fiquei pensando em tudo o que estava acontecendo. Eu queria me separar.

Amanheceu, cuidei das crianças e eu mesma levei pro colégio. Liguei pra Grace e pedi pro Cláudio ser meu advogado e entrar com o pedido de divórcio.

Cláudio estava na cidade que eu moro e viria na minha casa para conversarmos. Eu estava arrasada mas não tinha outra saída. Aquela situação estava nos machucando e eu estava muito, muito magoada.

Ele disse que só poderia chegar no final da tarde e eu aceitei.

Carlos me ignorou todo o dia e eu via que ele estava online mas não me mandava uma mensagem. Eu também não mandei mensagem alguma. Tirei vários potinhos de leite e deixei reservado pra babá dar pro meu neném e fui ao salão de beleza. Como o meu cabelo natural é crespo, e já estava muito grande, eu estava na dúvida entre cortar ou dar uma progressiva pq Carlos não gosta de cabelo curto. Eu decidi cortar. Cortei muuuuuuito, ficou acima do ombro e o meu cabelo é lindo. Ficou bem armado, cachos definidos, bem volumoso, parece que me rejuvenesceu uns anos. Fiz as unhas, limpeza de pele, depilação. Passei numa loja e comprei maquiagens novas e alguns brincos novos.

Ao chegar em casa às meninas que trabalham aqui ficaram surpresas e me disseram que eu estava com cara de adolescente, fiquei nas nuvens. Tomei um banho e coloquei uma roupa belíssima pra esperar Cláudio. E pra minha surpresa quem chegou foi Carlos, enfurecido, gritando:- Como é que você faz isso comigo? Você vai pedir o divórcio? Você está louca?

Eu:- Vou pedir e sim, estou louca.

Carlos:- Meu Deus! Isso é por sexo? Isso é porque não estamos transando?

Eu:- Não é só por isso. É pela sua indiferença e eu vejo que não vale mais a pena estarmos juntos dessa forma, não faz sentido ficarmos nos machucando e nos tratando desta forma. Chega! Pra mim acabou.

Carlos:- Não não não não, pelo amor de Deus, isso não! Você está fora de si, nunca fui indiferente contigo. Você está com problemas, eu sei. Não vamos nos separar.

Eu:- Vamos sim!

Carlos:- Eu não assino.

Eu:- Vamos pro litigioso.

Carlos:- Vamos! Mas esse divórcio eu não dou. Esqueça essa loucura, não faz sentido. Vc está falando coisas desconexas. Vou ligar pro psiquiatra, vou ligar pro resgate vir te buscar e te levar pra uma clínica.

Carlos pegou todas as chaves da casa e dos carros e colocou na mala que estava na mão dele. Ele ligou pros meus pais e pediu pra eles virem aqui pra casa pq eu estava surtada e falando coisas sem sentido e que até o cabelo eu tinha cortado.

Quando os meus pais chegaram , eu estava no meu jardim sentada no banco, com o meu celular na mão. Minha mãe me abraçou e perguntou se eu estava bem e eu disse que estava, expliquei tudo e disse que toda essa confusão foi porque eu pedi o divórcio. Meu pai surtou e perguntou se eu estava maluca. Minha mãe disse que eu deveria sentar e conversar com ele, com calma. Quando eu entrei, ele estava no quarto, chorando e discutimos outra vez...

Carlos:- Você sabe do que eu abri mão pra ficar com você? Você sabe o que eu fiz, o que eu passei, o que eu ouvi pra ficar com você? Você sabe que essa separação é a nossa derrota?

Eu:- Carlos não precisa de chantagem emocional. É muito simples! Não é nenhum bicho de sete cabeças. Todos os dias pessoas casam e outras se divorciam e continuam sendo felizes. Não seremos inimigos por isso. Se você quiser, você mora aqui e eu saio ou eu fico e vc sai, ou continuamos morando juntos, em quartos separados.

Carlos:- São quase 20 anos juntos.

Eu:- São 13 anos juntos.

Carlos:- Praticamente 20.

Eu:- Que seja! Eu só quero que isso acabe logo.

Carlos:- Como você pode se referir a nossa história como "isso"? Como você consegue ter pressa em destruir a nossa família e a nossa vida? O que está acontecendo? Por favor, me fala o que está acontecendo!

Eu:- Não quero mais conversar. Você não vai assinar mesmo não?

Carlos:- Não e eu já disse pro Cláudio não aceitar esse absurdo de caso.

Eu:- E você chamou meus pais aqui pra quê?

Carlos:- Por que eu realmente iria ligar pro sanatório. E eu queria que seus pais vissem você surtada.

Eu:- Mas eu não surtei em momento algum. Você que chegou maluco, gritando comigo, fazendo uma baixaria só porque eu pedi o divórcio. Algo muito comum.

Carlos:- É comum prós outros, não pra nós. Eu não quero e nem vou me divorciar do grande amor da minha vida. Eu prefiro morrer do que viver sem você e sem os nossos filhos. Eu aceito tudo o que você quiser menos o divórcio.

Eu:- É pelo dinheiro? Pela casa, pelo carro?

Carlos:- Isso é o mínimo. Por mim, você leva tudo, não faz sentido ter casas, carro, lancha, sítio, nada, se não tiver você. Eu preciso de você, não imagino a minha vida sem você. Por favor, não faça isso comigo. Se você quer transar, eu transo com você. Eu já disse que me afastei por sentir culpa. Eu não tinha coragem de encostar em você com medo da rejeição e chegou um tempo que eu comecei a ver o seu corpo de forma diferente, respeitosa, como se vc fosse intocável. Me perdoe, eu errei!

Eu:- Carlos, você foi incapaz de me perguntar.

Carlos:- Eu sei! Eu errei! Eu nunca fui assim, nunca agi assim. Você sabe mais do que ninguém que eu infernizava a sua vida para transar todos os dias e as vezes várias vezes ao dia. Eu não sei nem explicar o que aconteceu.

Eu:- Deixa pra lá, Carlos. Esqueça esse negócio de divórcio. Esquece! Vá falar com meus pais e nunca mais os chame pra interferir em nossos diálogos, em nossa relação.

Carlos:- Estou envergonhado, me perdoe.

Fui na cozinha tranquilizar as meninas, elas ficaram assustadas porque nunca haviam visto Carlos gritando daquela forma.

Quando eu olhei na janela da cozinha, Carlos estava sentado com meus pais no banco, chorando e conversando. Minha mãe entrou e veio falar comigo que o diabo estava querendo separar a minha família e que eu tinha que ser inteligente pq eu e meu marido nós amamos de verdade e se fosse outro não teria se importado e pediu opinião das meninas, elas concordaram com minha mãe. Eu me senti culpada e chorei também, claro. Enfim, meus pais foram embora e a paz voltou a reinar na minha casa, gradativamente. As 22 já Grace me ligou e nos convidou pra uma festa que estava rolando. Eu disse que estava com dor de cabeça e ela disse que tinha um negocinho lá que iria passar a minha dor de cabeça, imediatamente. Carlos topou e nós fomos. A festa só tinha pessoas conhecidas, colegas meus, da Grace, do Cláudio e do Carlos, colegas nossos em comum, a galera da faculdade.

As pessoas me diziam que eu não envelheci nada, que eu parecia mais jovem do que na época em que fazia faculdade.

Carlos sussurrou no meu ouvido:- Eu esqueci de dizer, você está linda, minha menina.

Eu:- Você também.

Carlos pediu um combo de Chivas com Red Bull e começou a beber com Cláudio e Grave. Toda hora alguém aparecia a levava ele pra ver fulano e fulano... Grace arregala os olhos e me diz:- Mulher, vi Carlos dando um raio.

Eu:- O quê? Carlos o quê?

Grace:- Carlos dando um raio, um raio, na branca.

Eu:- Tá doida é? Carlos não usa isso não!

Grace:- Deve ter sido outra pessoa então. Trouxe um pra gente fumar pra relembrar os velhos tempos, vai?

Eu:- Porra, não vou sair de careta. Tá bolado?

Grave:- Vou bolar agora.

Eu:- Aqui não, maluca! Tá cheio de gente conhecido.

Grace:- Amiga, de um giro aí de 360° e veja o que está acontecendo a sua volta. Essa festa aqui só tem conhecidos, só tem colegas nossos. Pessoas que precisam extravasar de vez em quando, sem serem julgados..

Eu:- Você tem razão. Me dá o meu que eu vou bolar, não sei se lembro... São mais de 10 anos sem fazer isso.

Grace:- Amiga, sério? Em casa vocês não usam nada?

Eu:- Não. A última vez que usei foi antes de engravidar dos gêmeos.

Grace:- Então vamos aproveitar. Guarda essa porra aí, vamos ali na mesa de Lucas.

O cara veio nos cumprimentar e já estava com uma lata de red Bull cheia de lança perfume e deu pra ela. Num instante a nossa mesa se tornou um ponto onde as pessoas estavam indo buscar um pouco daquilo pra se divertir. Eu já estava incomodada. Saí pra procurar Carlos e ele estava conversando com uns amigos dele do trabalho, como se nada tivesse acontecendo. Eu o chamei e ele me deu um beijo, eu senti o gosto da cocaína, e fiquei chateada por ele ser usuário e nunca ter me dito. Ele disse que me disse, que só usava quando rolava esses eventos assim, muito raramente e que não era viciado, e que justamente naquele momento foi uma rota de fuga e que ele estava precisando fugir da realidade por um momento. Eu disse que queria ir embora e ele disse que poderíamos ir sim.

Já na porta, prestes a sair da festa, eu percebi que de fato, precisávamos de um fuga mesmo e decidi ficar, afinal seria apenas uma noite de diversão.

Eu fiquei na erva e ele nos sintéticos... Foi uma loucura. Eu não podia beber pq tomei remédio tarja preta. Curtimos muito a festa, Carlos se aproveitou, fez o que bem quis e eu fiquei com a carteira dele na mão e com a chave do carro. Dançamos muito, curtimos, reencontramos amigos e por um momento esquecemos tudo o que havia acontecido horas antes, na nossa casa.

Chegou a hora de ir embora e eu estava com muita fome. Paguei tudo com o cartão dele e no caminho da saída até o carro, ele segurou minha mão e disse:- Amor, não vamos pra casa assim não. Vamos dormir fora hoje?

Eu:- Quero ir pra casa, estou com fome.

Carlos:- Vamos alí comer e depois vamos pra algum lugar. Por favor! Casa não.

Eu:- Você está esquecendo do nosso filho?

Carlos:- Amor, você deixou leite. Mas se você quer ir, vamos então.

No caminho de casa, passamos por um hotel e peguei um quart

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Comentários

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Parabéns no aguardo do próximo

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Muito interessante. Continue, por favor.

Algo desse tipo faz falta de vez em quando aqui.

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