O PACTO - PRIMEIRA PARTE

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2067 palavras
Data: 31/01/2021 23:10:36

-Calma, meu amor …, não chore, por favor! – eu dizia para Suzette cujos olhos lacrimejavam sem parar enquanto os soluços engolfavam a sua voz – Eu prometo para você que vou voltar!

-Não! Você não pode me prometer isso! – gritou ela com tom embargado – Isso não depende apenas de você! Porque? Porque você fez isso sem me consultar?

-Era preciso! Entenda …, está além de mim – respondi sufocando minha tristeza – Eu necessito fazer algo que mostre que sou …

-Mostrar pra quem? Pro seu pai? – ela me interrompeu, questionando – E eu? Eu não importo?

O silêncio imperou; olhei para o céu azul com poucas nuvens pensando no que eu havia feito …, mas, estava feito. Não havia como desfazer …, e agora eu tinha poucas horas ao lado dela. Encarei seu rostinho lindo e pus-me a beijar as lágrimas que rolavam; Suzete era a mulher da minha vida! E eu não saberia viver sem ela …, entretanto, eu precisava provar para mim e para o mundo quem eu era.

-Olhe Su, vou partir em breve …, e não quero ir com você assim – eu disse em tom consternado – Aliás, quero vê-la sorrir para mim …, deixe que o tempo se incumba do resto …, fique comigo!

Suzette levantou o olhar e sorriu; era um sorriso entristecido, mas, ainda assim, era um sorriso; seus lábios procuraram pelos meus e nos beijamos longamente; uma brisa de início do outono soprava e o cheiro de lavanda impregnava o ar; estávamos sentados na velha arquibancada do estádio de beisebol abandonado depois que a União Agrícola construiu outro mais moderno …, foi ali que nos apaixonamos um pelo outro …, perdidamente.

-Eu te quero, Duncan …, quero ser tua – balbuciou ela em me encarar, mas com tom sincero – Hoje …, a noite …, te encontro no estábulo da Universidade …

-Mas, tem gente lá! – comentei hesitante – Como faremos?

-Não, seu bobinho! – respondeu ela com tom brincalhão – ele está em reforma …, as nove, está bem?

-E quanto ao meu pai? – tornei a perguntar ainda com receio.

-Não se preocupe com ele …, pense em nós …, pense em sua escolha – ela respondeu depois de um beijo.

Quando dei por mim, Suzette descera pela escadaria lateral da arquibancada e correu pela plantação de lavanda, avançando até chegar ao trigal; eu fiquei lá, atônito e exasperado; voltei para a escola técnica e encontrei meus amigos; contei-lhes sobre minha decisão e ele ficaram chocados. “Você é doido, cara! Vai perder o melhor da vida!”, criticou Jason com aquele seu jeito bronco e direto; eu ri, mas não quis discutir.

Depois da aula de agronomia, fomos para o bar e tomamos cerveja; foi o Barney, outro amigo que me alertou da chegada do meu pai; olhei para trás e o vi caminhando em nossa direção; pensei que ele viera para conversar comigo, mas passou batido. Meus amigos olharam com uma expressão incrédula e eu dei de ombros com desdém. Fui para casa e terminei minhas tarefas escolares.

Recolhi os cavalos e os escovei; bebi mais cerveja e depois tomei um banho e entrei para jantar; como sempre, foi um jantar silencioso. Na verdade, minha mente estava viajando, ansiosa pelo encontro com Suzette …, ela veio da cozinha e sorriu para mim; recolheu a louça e retornou de onde viera. Subi para meu quarto e fiquei surfando na internet.

Uns dez minutos antes das nove, vesti uma bermuda larga e uma camiseta regata, deixando o jeans e a camisa sobre a cama; fui para a janela e saí pelo telhado; desci rapel com a corda que eu mantinha presa ao catavento de ferro fundido; corri para o estábulo da Universidade e constatei que não havia ninguém; zanzei um pouco por lá, esperando por Suzete.

De repente, ouvi um “psiu”; olhei ao redor e a vi escondida atrás do velho caminhão de cargas; ela acenou para mim e indicou a casa do capataz; corremos ao mesmo tempo e entramos para que não percebessem a nossa presença; antes que ela fugisse de mim, agarrei Suzette pela cintura e a beijei; logo estávamos envolvidos por um beijo atrás do outro.

Ela se desvencilhou de mim e correu em direção ao quarto que ainda estava intacto; fui em seu encalço e quando entrei vi que a cama estava bem-arrumada. “Esse é nosso ninho de amor! Hoje, serei sua!”, ela disse em tom insinuante enquanto tirava a camiseta, exibindo seus seios firmes e de mamilos durinhos; olhei para ela e senti uma excitação crescente nascendo entre minhas pernas. Suzette prosseguiu, livrando-se da bermuda e da minúscula calcinha de renda vermelha.

Olhei para ela e senti o coração bater mais forte; o baixo-ventre e a virilha estavam cuidadosamente depilados, e a expressão lânguida no rosto de Suzette era mais que um convite; ela se deitou na cama, flexionando os joelhos e abrindo as pernas. Olhando para aquela paisagem afrodisíaca, arranquei minhas roupas e corri para ela, mergulhando meu rosto em sua vulva, passando a lamber e chupar com voracidade.

Não demorou para que ela experimentasse uma sequência de orgasmos tão intensos que faziam seu corpo saltar sobre a cama; ela segurava minha cabeça como que impedindo que eu recuasse; apreciei seu sabor por um longo tempo, ouvindo o som de trovões que anunciavam a chegada de uma tempestade. Cheia de impaciência, Suzette implorou para que eu a penetrasse.

Subi sobre ela, deixando que sua mão conduzisse meu membro na direção de sua gruta; penetrei com perfeição, sentindo meu mastro ser enluvado pela vulva quente e molhada dela; nos beijamos e eu passei a desfrutar de suas mamas, lambendo, sugando e mordiscando seus mamilos, sempre ao som de seus gemidos e suspiros, com palavras amorosas entrecortadas por respirações arfantes. Meus movimentos pélvicos evoluíram em uma sincronia tão harmônica que Suzette retribuía, abrindo-se ainda mais para mim e afundando meu rosto em seu peito.

Ouvi-la gemer e gritar a cada novo gozo que explodia em suas entranhas, causava-me uma sensação não de posse ou domínio, mas de entrega …, quanto mais fundo eu golpeava, mais Suzette gemia, contorcendo-se debaixo de mim em uma espécie de dança insinuante, enquanto seus olhos brilhavam e seus lábios sorriam antes de me beijar mais uma vez.

Segui golpeando, sempre com mais veemência, proporcionando um decurso de prazer que tornava a sacudir o corpo de Suzette que já não cabia em si, revirando os olhos e suspirando antes de gritar. Lá fora, a tempestade despencou intensa e furiosa; o vento assoviava pelas janelas e portas enquanto eu e Suzette prosseguíamos em nossa frenética busca por um prazer inesquecível …, senti um espasmo quando meus músculos se contraíram, e me projetei para a frente atingindo o ápice do prazer.

Ejaculei caudalosamente, inundando Suzette com minha seiva, ouvindo-a gemer e gritar ainda mais, envolvendo-me com suas pernas e apertando minha cintura como se desejasse que eu jamais saísse de dentro dela. Senti meu corpo fraquejar e desabei sobre ela, respirando acelerado e sentindo seus beijos em meu rosto. Era início da madrugada e me deitei ao lado dela.

Suzette virou-se para mim e pôs sua perna sobre meu ventre, lambendo e mordiscando minha orelha enquanto insistia que eu pertencia a ela. Dormitamos por algum tempo e acordei quando senti a boca de Suzette beijando meu membro que jazia inerte após o embate; todavia, aquela boca quente e carinhosa munida de uma língua sapeca não demorou a causar um forte impacto em minha libido e, mais uma vez, me vi renascendo das cinzas.

Desta vez, foi Suzette que subiu sobre mim, agasalhando meu sexo com sua vulva gulosa, e retomando uma nova sessão de prazer; fogosa e impávida, ela subia e descia sobre mim, rebolando e gingando, pegando minhas mãos e pousando-as sobre suas mamas, ao mesmo tempo em que jogava a cabeça para trás e gemia, denunciando que novos orgasmos eclodiam em seu interior.

Vez por outra, ela sentava sobre mim, esfregando suas nádegas sobre meu escroto, provocando uma sensação deliciosamente torturante de excitação; ela seguiu me cavalgando sempre com movimentos mais rápidos e veementes …, em dado instante eu a segurei pela cintura ditando o ritmo dos movimentos, tentando mostrar a ela quem mandava, embora eu soubesse que Suzette era dona de mim.

E um novo orgasmo sobreveio, fazendo com que eu preenchesse minha fêmea com mais uma carga de sêmen, ouvindo seus clamores tórridos e repletos de volúpia. Ao término de nosso novo idílio, Suzette inclinou-se sobre mim e me beijou. “Ah! Duncan! Meu homem! Meu amor!”, ela balbuciava entre sorrisos. Tornamos a adormecer ouvindo o ruído incessante da chuva torrencial que ainda vibrava do lado de fora.

Algumas horas depois, fui acordado por Suzette que me olhava com uma expressão doce. “Duncan …, quero uma coisa …, me faça sua mulher! Digo, em todos os sentidos! Me domine e me submeta!”, ela disse com um tom cheio de ansiedade e desejo. Eu olhei para ela, não compreendendo o que ela queria dizer com aquelas palavras; percebendo minha falta de perspicácia, ela deu-me as costas, tomando uma posição curvada.

Quando ela flexionou a perna, abrindo um delta que deixava a mostra o vale entre as nádegas, eu compreendi o que ela queria; ela pôs a mão para trás ofertando-me um frasco de óleo de amêndoas; dediquei-me, então, a besuntar aquela delicada região como também o fiz com meu membro que já estava preparado para o novo embate. Tomei posição e estoquei com vigor, rompendo a resistência ao som dos gemidos de Suzette.

Avancei aos poucos percebendo que meu membro preenchia minha parceira que gingava delicadamente com o fito de facilitar o recebimento do meu intruso dentro de si; em poucos momentos, estávamos em novo frenesi; eu estocava com movimentos pélvicos laterais, com Suzette jogando seu corpo contra o meu em uma sincronia delirante, até que a entrega fosse absoluta.

Mordendo sua nuca ou lambendo sua orelha eu não me dei por vencido até que, sem aviso, meu corpo se contraiu e eu estoquei com mais força, atingindo meu ápice, ao mesmo tempo em que ela também chegava ao seu; despejei minha carga em suas entranhas e permaneci abraçado a ela, sentindo minha virilidade murchar lentamente, enquanto trocávamos juras de amor eterno. Mais uma vez adormecemos e somente nos demos conta de que a noite havia passado e com ela a tempestade quando o manto escuro foi perdendo sua intensidade ante o nascer do sol.

Nos vestimos e voltamos para casa; meu pai já saíra para a lida diária e eu, depois de uma merecida ducha, corri para a escola técnica. Nos dias que se seguiram, eu e Suzette sempre achávamos uma oportunidade para ficarmos juntos em algum lugar; assim como eu precisava dela, ela sentia-se vazia sem mim …, e esse seu sentimento tornou-se um tormento a medida em que os dias avançavam, indicando que, em breve, não estaríamos mais juntos.

Na noite que antecedeu à minha despedida, ela se esgueirou pela escuridão do corredor e veio até o meu quarto; senti seu corpo nu e quente colar-se ao meu; virei-me para ela e nos beijamos várias e várias vezes antes que ela subisse sobre mim, sentindo-se plena com sua vulva preenchida por meu impetuoso intruso que a fez atingir uma sucessão caudalosa de gozos antes que eu a premiasse com mais uma carga do meu sêmen viscoso e quente.

Antes de sair do meu quarto, Suzette pegou meu canivete e fez um corte na palma de sua mão, exigindo que eu fizesse o mesmo; juntamos as mãos com nosso sangue se misturando enquanto nos beijávamos. Depois, ela me deu uma corrente com uma medalha que tinha uma cruz estampada de um lado e uma águia do outro. “Leve com você! Para te proteger …, e me prometa que vai voltar! Entendeu? Levando a medalha, você está me levando dentro de ti!”, ela disse com voz lacrimosa, saindo do quarto sem olhar para trás.

Eu parti na manhã do dia seguinte bem cedo; não quis dar a Suzette uma despedida longa e dolorosa; dentro o ônibus, a caminho do Campo Pendleton, eu só tinha olhos para a medalha e para a imagem do rosto de Suzette em meu coração. Depois de seis longos meses de treinamento árduo, eu estava pronto. Rumamos para o embarque. Nosso destino era o Iraque em missão de reconhecimento e defesa da chamada “Zona Verde”.

Em fila para embarque no avião de transporte, olhei para a grade do lado oposto e vi meus amigos e meu pai, cujo olhar ainda era de incredulidade. Procurei por Suzette, mas infelizmente ela não estava lá … (continua …)

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