Cartas II – Confissões e Segredos

Um conto erótico de BelaFera
Categoria: Heterossexual
Contém 2605 palavras
Data: 29/12/2020 14:04:55
Última revisão: 29/12/2020 14:12:24

OBS: se quiser saber mais, leia o conto anterior, o começo de tudo.

Dia 06 –

Oi Isabela!!

Achei ótima a tua carta. Era tudo o que eu esperava, você desnudou, se revelou mais na tua cartinha do que no dia. Ali você estava tão ansiosa, tão assustada. Nem precisava, viu como não precisava. Era só a gente, só nós, o nosso momento. Sem medo, sem amarras, vergonha de fazer, mostrar.

Não tem pecado, não tem culpa ou traição Isabela. Tudo isso são só as convenções, as amarras da nossa sociedade hipócrita. Não fica assim, não fique se culpando, se limitando por nada.

Escrever foi bom, não foi? Quase tão bom quanto no dia, na hora. Confessa, confessa para si mesma. Eu vi, você sabe que eu vi. Vi nos teus olhos, no teu riso, você encolhida, a pele arrepiada, parecia uma gata acuada. Mas estava na cara que era o que teu corpo pedia, não era, não foi?

Mais que tudo, você queria que eu soubesse, que eu visse. O teu prazer por mim, por nós. Não tem problema nenhum linda, não adianta você dizer que não, está na sua carta, estava nos seus olhos, no riso seu daquele dia.

Mal te ouvi o gemido, mas o riso maroto, de uma garota saciada, satisfeita. Foi o bastante Isabela. Tão bela quanto você. Aquilo merecia um elogio, um agrado, eu não podia deixar de retribuir o teu presente.

“Sacrifício!” Aposto que você pensou isso agora.

Boba!! Você é muito boba, Bela. Você se menospreza muito. Tem que se dar valor mulher!! Você acha que eu fiz tudo aquilo apenas por educação, puro fingimento? Você me toma por uma pessoa baixa, que isso!!

Ainda sinto o teu gosto, ainda sinto o teu cheiro, o cheiro cítrico, tão agradável de uma fêmea saciada. Nada melhor do que o gozo de uma fêmea, um orgasmo de uma menina sem medida, sem limites, vergonhas. Sim uma garota, você ainda é uma garotinha, não foi você mesma que confessou que acabou de perder a virgindade comigo, não foi?

Você merecia, merecia sim, merecia aliás muito mais. Era para te fazer gemer e gritar até o edifício inteiro saber que havia uma mulher gozando na minha sala. Infelizmente a gente ainda não pode. Nem era pela Sil, Silvana não se importaria, ela sabe que em alguns momentos os meus clientes, precisam extravasar, deixar vir à tona os seus monstros, os seus fantasmas e junto vem os prazeres.

Você não precisa temer a Sil, ela é tão profissional quanto eu, fica tranquila. Com o tempo, quem sabe, você vai conhecer melhor a Sil, vai te surpreender. Quanto a Célia, ela é uma cliente os outros, como você. Ela também tem os seus limites, inclusive com você está sendo mais tranquilo do que com Célia. Cada um tem o seu ritmo, o seu tempo, Celinha ainda não fez o que você fez na minha frente.

Já se tocou, já se acarinhou comigo vendo. Mas vestida, ainda contida, fiz no máximo um carinho mais íntimo. Quem sabe você depois me ajuda, faz Celinha perder o medo de ser tocada, elogiada. Quem sabe você da uns conselhos.

Você deve estar achando uma indiscrição da minha parte, essas revelações da sua amiga, mas eu só falo aquilo que você pode saber, tenha certeza. E na esperança de que isso ajude Celinha a também se entregar. Tão amigas, talvez vocês fiquem ainda mais próximas, confidentes. Deve ser uma delícia aquela bucetinha, fico imaginando, você não? Celia não sabe o que está perdendo, não sabe o que tem entre as pernas.

Provavelmente tão deliciosa como a tua. Te ver desabrochando como uma flor, se abrindo graciosa. Nossa garota que maravilha foi aquilo, você arqueada no sofá e a bucetinha graciosa se abrindo como um botão de rosas. Eu sei, é o meu lado romântico, ver uma fêmea se mostrando faz qualquer um se encantar. Corpo escultural, foi especial. Seus dedos, seus pelos, as lindas coxas dobradas torneadas e os seios perfeitos, melhor de tudo é a tua boca. Juro me encantei pela boca, a tua. Foi um momento mágico Isabela, nessas horas eu deixo fluir, deixo vir o que me dá vontade.

É assim que os machos fazem, sabia?

As fêmeas sempre racionais, sempre controladas nessas horas e os machos fodem, gozam e não estão nem aí. Meti os dedos na tua buceta Bela, simplesmente porque me deu vontade, porque eu queria, naquela hora era o eu podia, com certeza menos do que eu queria. Eu precisava te fazer gemer, se não tinha outro jeito que fosse gemer com meus dedos, gemer comigo no comando.

Tu me olhando na cara, naquela fissura pela boca, a língua. Aliás, fala mais do nosso beijo, dos dedos - a tua bucetinha estava tão quente Bela, tão úmida. Foi uma pena não poder te fazer gritar. Enfiar um membro ali, naquele momento, seria libertador, mas eu sei que daria um nó na tua cabecinha. A gente precisa ir com calma, você está indo muito bem, mais rápida do que outras, do que Célia, mas nem você pode tanto. Ainda.

Respondi tuas perguntas, falei tudo ou ficou faltando algo?

Acho que não.

Só uma coisa, você esqueceu, você ficou de testar o Márcio, lembra? Testou, provocou, ou você ainda não teve coragem de fazer a nova abordagem, aquela que combinamos? Não fique confusa com referência a isso, o que nos aconteceu é uma coisa nossa, minha e tua. Você e teu marido é muito mais profundo, é preciso não ter receio de enfrentar. Se for necessário coloque o Márcio contra a parede.

Me diga o que você já fez.

Beijos.

****

Dia 07 –

Você demorou para me responder, eu já estava que não me aguentava mais, arrependida e frustrada, subindo pelas paredes. Falei tanto, escrevi tanto, me abri. Quase como eu fiz no dia, na hora. Eu sei, você vai me chamar de exagerada. Toda mulher é exagerada, não é o que falam? O Márcio fala.

Pois demorou, demorou muito mais do que devia.

Mas ainda bem que escreveu, foi um alívio receber a tua carta, ver a tua letra. Comparada com a minha, pareço até uma criança, não pareço? Seja como for as tuas palavras vieram como um desafogo. Me deixou de pernas bambas, me deixou tremula com vontade, sabia?

Você talvez me ache uma tarada, mas eu preciso te contar um segredo, um segredo nosso. Depois de ler tremendo a tua carta, a tensão virou tesão, virou um tesão tão forte, me deixou descontrolada. Fiz em tua homenagem, de brava, nervosa e ansiosa virei uma safada, doida – eu queria DAR para você. Tranquei a porta tirei a roupa, me toquei olhando no espelho do armário, alisando os peitos, abrindo as pernas, foi a primeira vez que eu quis olhar o interior da minha vagina, sem nojo, vergonha ou asco. Depois deitei, me abri e vi, fiz.

Imaginei você aqui, na minha frente e eu de novo fazendo, fazendo só para você. Abri os lábios e encontrei o clitóris, dedei gostoso, dedei girando e furando. Dedei pensando em nós. Os lábios abertos entre os dedos e o interior rosado molhado, refletido no espelho, vi o teu sorriso. Encolhi as pernas, dobrei o corpo sobre a cama, antevendo o que viria. Apontei os pés altos e toquei, toquei forte, toque lento, mudando de ritmo, gemendo. Dei para você aqui, gozei de novo na tua boca. Gemi beliscando o bico, um bico duro. Os dedos me agitando, tarando, eu me fudendo como se pudesse, meu Deus, como se fossem os teus dedos me penetrando e eu relembrando a cena. Gozei gostoso, gozei molhando, meu reflexo se agitando no espelho e o meu corpo vibrando sem parar.

Parecia que era o suficiente, relaxei, fui tomar um banho, pensei: “vou limpar, me lavar”. Qual nada, você nem acredita, tem sido assim nas últimas semanas. O desejo voltou durante o banho, veio tão rápido, tão quente, me tomo dos pés à cabeça, me fez de novo escrava. Tua escrava. Comecei a me tocar debaixo do chuveiro, abri as pernas e me ensaboei, cocei, cocei fundo, cocei gostoso. Mas desta vez resolvi experimentar com o chuverinho. Meu marido comprou um novo, aliás eu exigi, tem uma pressão maior do que a duchinha. Entendeu?

Foi com ela que você me comeu, comeu gostoso. Ali, toda molhada, ansiosa, me fez sentir uma vagabunda. Tua vagabunda e eu gostei de pensar que era SUA. Liguei no máximo, deixei os jatos me machucarem o rosto, a boca e o pescoço. Aos poucos aquilo foi descendo, e eu vendo, vendo você de novo a me lamber o corpo, os seios. Os jatos me endureceram os bicos, dardejando a barriga, pinicando. Eu me encostei nos azulejos frios. O choque gelado só me deixou mais tesa, fechei os olhos imaginando a tua boca, a boca gulosa me lambendo os pentelhos, abri os lábios e apontei os jatos. Aquilo me machucou como se fossem mil agulhas me furando a pele, tarei, aos poucos os jatos foram me lambendo por dentro, mais excitante que um pênis. Uma maravilha quando me lamberam o grelo. Eu tremia e ria e via teus lábios, a boca grande, tua língua mais parecia uma cobra, veio lambendo, lambendo e sugando, me tocando por dentro, o céu da boca. Teu beijo me deixou ainda louca.

Deixei as águas fazerem o seu trabalho, deixei os jatos me tocarem, me excitarem como se fosse você, ali, me enlouquecendo. Eu queria tanto, tanto, você ali. Foi quando eu perdi a cabeça, segurei firme o cabo cromado, só uma irresponsável faria. E eu fiz, meti. Meti fundo, enfiei a cabeça prateada grande dentro de mim. Imaginei você me penetrando, me furando, me rasgando por dentro. E o melhor de tudo era tua boca, a tua língua me lambendo o céu da boca. Uma luxuria, uma imoralidade gostosa.

Fiquei ainda mais desnorteada. Virei de frente para os azulejos, abri as pernas, abri as ancas como pude, apontei os jatos, enfiei a cabeça cromada no meio das minhas ancas, as pernas abertas, eu na ponta dos pés. Aquilo batendo, batendo forte, milhares agulhas me ferindo o ânus e eu me esfregando nos azulejos, beijando lambendo como, como se a parede fosse tu.

O gozo veio quente, me molhando as coxas, me senti estranha, cansada e envergonhada. Mas com certeza saciada, satisfeita. Entre a puta e a santa. Desculpa a minha loucura, nem sei se devia falar assim, me expor assim, mas você me passa confiança, coragem. Ainda mais depois da sua carta, ainda mais depois do Marcio.

Eu não falei nada sobre ele na primeira carta porque eu ainda não tinha tentado. Aquele turbilhão depois da sessão, eu não conseguia pensar em outra coisa, em outra pessoa, mesmo ele.

Faz uns três ou quatro dias que eu resolvi tentar, lembrei, ver se ele se animava para uma transa, faziam quase dois meses. Eu durmo sem calcinha e no dia usava uma camisola apropriada, fina e curta fácil de tirar. Acordei de manhãzinha, um domingo, já estava quente, esses dias andam tão quentes. Marcio de bruços só com o calção do pijama. Fiquei de lado admirando o corpo do meu marido, do jeito que você falou comigo.

Resolvi experimentar, cheguei mais perto, eu nunca nunca tinha feito aquilo. É ele que sempre me busca, me despe, come e depois goza. Encostei com medo, esfreguei de lado, raspando os pentelhos na coxa dele, aquilo foi ficando gostoso, quente. Pus o braço sobre a cintura dele, deixei os dedos se afundarem dentro do calção, foi tão estranho, me senti uma invasora, mas estava gostoso sentir a bunda do Marcio. Meu coração pulando, fui descendo devagar o calção o máximo que conseguia para não acordar.

Ele dormindo, roncando, o Márcio é difícil de acordar. Tomei coragem deitei por cima, deitei inteira sobre ele. Aquilo foi revelador, aquilo foi muito muito estranho, minha buceta estava pelando e eu me esfregando, esfregando, raspando os pentelhos na bunda. O medo dele acordar, dele ralhar comigo, só deixa aquilo mais intenso. Foi ficando ainda mais gostoso, eu me agitando lenta e ralando a bunda durinha do meu marido. Bizarro e ao mesmo tempo sensual. Me dobrei mordendo o pescoço, a orelha, foi quando o Marcio gemeu acordando.

Foi um espanto! Eu ouvi, eu sei o que eu ouvi.

Marcio gemeu um nome, o ‘meu’ marido falou outro nome, falou um nome de outra! Claramente ele grunhiu Cintia, juro ele falou, CINTIA. Eu fiquei pasma. Pode? Meu marido falou isso! Depois fingiu que arranhava a garganta tossia. Eu não falei nada, fiz como se não tivesse entendido, fiz de boba. Continuei por cima, mas parada, minha buceta molhada e eu gelada por dentro. O cara tinha realmente outra, e a outra podia subir nas costas dele e se fazer de homem! Mas comigo não podia, nunca deixou. Quase vinte anos de casada, vinte e cinco que a gente se conhece e o meu marido me traindo com quem sabe uma novinha.

Imagina eu contando isso para a Célia, a Tônia, a Cris. Vergonha, o Márcio me traindo, quem sabe com uma dessas que se dizem universitária, por causa do corpinho, da bundinha, dos peitinhos. Não é à toa que nós transamos cada vez menos. Me come só para fazer de conta, para manter as aparências. Como aliás foi no dia, ele se fazendo de desentendido, eu ainda por cima, me chamou de louca, me tirou de cima, me deitou na cama e transamos como sempre. Ele se agitando frenético, me amassando os seios, a cara enfiada no travesseiro e o pau batendo ponto, e eu só esperando o homem gozar me molhando por dentro. Ainda bem que ele goza rápido.

Fui ficando atordoada aos poucos, fui ficando passada com os dias. Mas também no meio de tudo isso havia você, aquele dia, só para complicar mais as coisas. Juro que eu fiquei sem saber se sofria por ele ou por você. Ainda estou assim.

Bom é isso, a novidade do dia. Está explicado porque o Marcio me procura tão pouco, cada vez menos, cada vez mais mecânico. Meu marido tem outra, como eu suspeitava. Ainda bem que agora eu tenho você.

Beijos,

Te amo, te quero, cada vez mais. Louca para te ver, saudades.

****

Dia 11 -

Oi Bela, como vai você?

Que triste menina, mas não fica assim. Mas é melhor saber agora do que ser pega de surpresa, você estava desconfiada. Mesmo assim não foge muito do padrão, você não é a primeira e nem será a última. Nem é estranho que com a outra o comportamento dele seja diferente do que é com você. É o script.

Quem sabe agora que você sabe, uma conversa um papo franco. Quem sabe você descobre um jeito novo de amar o seu marido. Um jeito diferente, aberto, sem travas, sem regras, medos. Ou então seguir outro caminho, outras possibilidades. Não sofra, não se menospreze. Você é muito linda, eu sei do que eu estou falando.

A nossa relação também não é uma traição, uma traição do ponto de vista dele? Pense nisso, se tranquiliza, respira como sempre eu falo. Respira Isabela, minha linda.

Também estou com saudades de você. Muitas saudades. Tua cartinha foi especial, sensacional, sonhei com você no espelho, com você no banho. Fiquei com uma inveja da duchinha.

Vem cá, vem pra mim, vem para os meus braços. Vem que eu faço, do jeito que você gosta. Vem Bela, Isabela!

Tô te esperando. Vem quinta, último horário, remarquei tudo. Deixei aberto só para você, pode ficar tranquila.

Beijos.

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Comentários

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Você escreve muito bem, de maneira muito envolvente! Que conto gostoso de ler!

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