Midnigth SKY: Será que eu devo te odiar?

Um conto erótico de Duque Chaves
Categoria: Gay
Contém 2075 palavras
Data: 06/10/2020 00:59:51

O barulho estava sendo mais alto a medida que eles aproximavam do antigo banheiro masculino da escola. A escola era praticamente um castelo antigo, tomando conta de boa parte dos campos e dando para uma floresta logo atrás do campus. Todos os meninos eram postos em divisórias, como alojamentos. Cada um continuando com os seus respectivos parceiros de quartos, Apollo e Frank desde do nono ano estavam juntos, mas naquele bendito ano, o diretor colocou mais uma cama, já que o quarto poderia ser facilmente dividido para três pessoas.

Os gemidos estavam vindo de algum canto e Frank cutucou o ombro de Apollo.

“Não deveríamos estar aqui - disse num sussurro”

“Frank, calma, pode ser até mesmo a matilha batendo em algum aluno novato, eu posso estar morrendo de medo, mais preciso fazer algo, não quero mais ninguem sofrendo. - Apollo encarou o amigo, que era mais alto que ele, Apollo gostava desse novo visual do Frank, e amou mais ainda o amigo por ele não ter se tornando um babaca, ele era forte e estratégico, mas ainda era o seu amigo Frank - Vamos, agora fique em silêncio”

Frank relutante concordou, o que deixou Apollo mais aliviado. Eles entraram no banheiro caindo aos pedaços, fedia a mofo e a luz quase não entrava mais, devido a vários plásticos que tinha em volta das paredes descascando e azulejos que um dia foram azuis celestes. Eles andaram devagar e os gemidos foram mais altos, o barulho de porta batendo aumentou.

Apollo correu deixando Frank ao seu encalço. Assim que eles entraram nos box, Apollo quase teve um infarto e Frank teve que desviar o olhar. Um rapaz de cabelos azuis e pele bem branca, sua camisa social branca estava aberta e suas calças jeans pretas estavam arriadas mostrando uma bunda bonita. Ele estava de frango assado, comendo um rapaz em cima de um papelão no chão do banheiro. Os gemidos do rapaz estavam ficando altos, e Apollo andou alguns passos atrás e logo pisou em uma poça de água, fazendo o rapaz virar.

“Querem participar? - Sua voz era rouca e seus olhos eram azuis gélidos, seu sorriso era torto e ele tinha uma marca que mais parecia que um cinto bateu em seus rosto, marcando sua bochecha. - Olha Felipe, temos gente que vai nos assistir.”

Os olhos do rapaz viu Apollo e Frank e logo em seguida tentou sair de cima do rapaz que o deixou ir.

“Porra, vocês atrapalharam minha foda. Vou querer receber meu dinheiro. - Esbravejou o rapaz, ele sorriu torto e seu membro que era para o lado e bem branco e rosinha, grosso e pulsante - Querem fazer algo a três? Eu cobro mais.”

“Cubra isso seu nojento, e não queremos nada com o grupo de fotografia. - Repreendeu Frank olhando para tudo que é canto sem olhar para o rapaz”

O cara era alto, um típico badboy, seus cabelos azuis eram desgrenhados e seu sorriso era sarcástico, seus corpo era bonito, mesmo com algumas marcas que tinha e cicatrizes, ele mais parecia um frankenstein do que um adolecente. Ele se levantou e se vestiu.

“Se não vão me dedurar ou pagar meus serviços, estou indo. Felicidade ao casal. - Zombou com sua voz rouca e um sorriso sarcástico no rosto.”

“Nos não somos um casal. - Gaguejou Frank, enfim olhando para o rapaz que estava se vestindo”

“Hurum.. Ate depois, casal”

Ele saiu do banheiro deixando os dois ali olhando atônitos, encarando um ao outro.

Para ser sincero Apollo sempre gostou de Frank, dentro dele seu coração saltitava toda vez que chegava perto do amigo, mas ele sempre se recusava em acreditar naquilo, ainda mais quando Frank era prometido para outra pessoa, a família de Frank era importante demais na China e isso fazia ele ser observado diretamente, sempre tendo que ser o rapaz exemplar para todos. O que irritava o rapaz.

Apollo via isso em seus olhos e mesmo com o casamento arranjado o rapaz estava se controlando para não quebra a cabeça de alguém, e como tem academia na escola, ele não parava de treinar.

“Você ainda pensa nela? - a pergunta fez os olhos castanhos de Frank encontrarem os deles”

O corredor para os quartos estavam uma bagunça gente indo e vindo para todos os cantos, meninos correndo e aprontando um com os outros, os velhos trotes. ━

“Eu não queria, não quero pensar nisso. Desde de minha intimação, estou quase ficando louco para fugir de tudo isso, eu apenas tenho 17 anos. Não quero essa vida. - Frank estava desanimado, seus olhos se encheram de águas e ele só não chorou, por perceber algo. - Não, não.. não”

Frank saiu correndo o corredor batendo e tirando vários rapazes da sua frente, como o asiático era alto e forte, ninguém queria ficar na frente do jogador de vôlei mais forte e alto do campus.

A porta estava aberta e uma mala enorme estava posta na terceira cama. Frank estava quase jogando a mala, quando o rapaz apareceu de roupão.

“Ei grandão, se jogar minha mala. Vai ter que dar outra.”

Apolo se vira rapidamente e dar de cara com o garoto de cabelos azuis. Ele estava vestido mais elegante, ou o que poderia ser, seus cabelos azuis estavam ainda desgranados, sua camisa social estava para dentro da calça, seu casaco da mesma cor que a calça, estava com o simbolo da escola.

“Não acredito que você vai ser nosso companheiro de quarto. - Apollo comentou dando um riso sexo”

“Também não queria atrapalhar o casal, mas estou aqui para dividir o ano letivo com vocês nesse quarto. - O rapaz abotoava o casaco, ele usava Malbec é isso já mostravam que ele não prestava. Colocou seus óculos aro fino e olhou para o espelho.

“Não vamos aceitar um integrante do clube de fotografia…”

“Há fortão, não ligo para o que você fala. Você já levou um fora de um dos meninos ou o que? Porque tanta neuro, eu posso chupar você ou dar para voce, pagando…”

Tudo aconteceu rápido demais, Frank tentou dar um soco no rapaz, que logo desviou e parou bem atrás de Frank num giro. Apollo correu e rapidamente ficou na frente dos dois.

“Ei, nada de briga vocês dois. Eu vou resolver isso a mudança de quarto, por enquanto não vamos brigar. - Apollo parou bem no meio dos dois, e viu o quanto Frank estava furioso, e o rapaz de cabelos azuis sorria com aquilo”

“Escute seu namorado Frank Zhang, ele tem mais cérebro que você. - Novamente zombou o rapaz.”

Antes dele soltar mais um comentário mordaz, Apollo se virou para ele

“Frank pode machucar você, mais eu sou o verdadeiro lado ruim desse quarto, eu posso fazer coisas horríveis com você, não me importo qual seu sobrenome nessa escola ou se faz parte do clube de fotografia. De todo mal nessa terra, você tem que ter medo de mim. Entendeu?”

O rapaz tentou sorri, mais Apolonio encarou de forma diabólica, fazendo o garoto gelar um pouco. Ele apenas assentiu. Quando estava na porta, ele se virou.

“Meu nome é Murilo Holmes.”

Ele se virou e foi embora, deixando os dois ai sozinhos novamente.

O famoso clube de fotografia, era apenas um pretexto para o clube da escola mais bem falado e provocativo, a escola mantinha o clube de fotografia, como um clube de sexo. Onde 7 garotos estavam ali apenas para se divertir, eram os rapazes mais lindos da escolas, que faziam programa para se divertir ou para ganhar mais dinheiro. E vai por mim, ser um deles tinha seus benefícios, que até alguns professores eram seus clientes.

O clube de fotografia era para aqueles que conheciam quem eram e o que fazia, mais para quem não conhecia os chamavam de Matilha, sempre em bando e sempre observando todos.

Eles prestavam os famosos trotes e reinavam como uma corte na escola. Não sabia pelo que Frank não gostava deles, mais não seria por Apollo ter sido um dos piores e mais tristes trotes da matilha.

Apollo teve um relacionamento com o líder da matilha, um namoro que todos queriam ter, era divertido ter Benjamin em sua mão, e podendo fazer o que quiseres com ele. Apollo tinha descoberto o amor é virava as costas para quem ele era.

Apollo sempre teve uma queda pelo loiro, e quando ele começou a reparar e desmistificar a ideia de Benjamin não ser todo aquela fera que o pintava, isso animal o rapaz. Eles transaram e foi divertido, Apollo se sentia tão feliz, ele tinha encontrado o amor em algo que não deveria.

Mas algo dentro de si martelava em sua cabeça, algo que não deveria está ali, Frank sempre avisou que Benjamin não era um bom rapaz, mas o amigo nunca lhe ouviu. E o loiro pediu a Apollo a prova de amor que seria a sua ruína.

“Me prove que me ama. - disse Benjamin depois de um beijo calmo”

“Mas eu namoro você? - Apollo riu - Quer mais prova do que essa? De ver que você é tão bonito por dentro e por fora? Eu faria qualquer coisa por você”

Ao falar aquela frase Benjamin abriu seus olhos de alegria. Ele suspirou e beijou a mão do amado.

“Então, porque não diz para seus pais que namorar comigo? Que é gay? Meus pais gostam de você e estão doido para te ver. - Encorajou Benjamin encarando Apollo”

“Me assumir? Eu.. não sei Bem, minha família não aceita bem.. você sabe. - Admitiu Apollo tentando soar mais que um desabafo.”

“Eu sei, mais eu te prometi que seria mais que apenas sexo não? Eu estarei aqui por você. - Benjamin encostou a testa na de Apollo e beijou seu amado. - Estaremos sempre juntos.”

Naquele verão quando Apollo voltou para casa, ele juntou à família e disse que era gay e que estava namorando um rapaz. A família de Apollo não acreditou naquilo e o pai do rapaz com a mãe começaram a bater nele. Seu irmãos mais novo gritava com os pais, para parar o que estava acontecendo. As palavras dos pais doíam mais que as porradas que ele teve.

Com o corpo doido e machucado ele pegou sua pequena muda de roupa e saiu de casa fugido. Pegou o único dinheiro que tinha e pediu um táxi para casa de Benjamin, que o recebeu com uma festa, mas a piada do ano era Apollo, acreditando que os dois estariam juntos.

“Você não pode falar isso. Nós, nós amamos!”

“Eu amar você? Uma pessoa desesperada por atenção ou carência demais? - Benjamin riu debochado com seus amigos da matilha. - Jamais, eu sou rico o bastante, bonitinho bastante. O que fiz foi apenas uma brincadeira. E você foi minha diversão do anos, o trote mais bem feito”

Benjamin ria com seus amigos, Apollo estava com roupas sujas, seu nariz escória e seu maxilar doía pelas porradas que recebeu na cara, suas costelas estavam quase sendo quebradas a cada respiração. E mesmo assim, os garotos riam de sua cara.

“Agora sai cachorro sarnento. Não me preocupo se fez tudo aquilo. Eu te ensinei uma grande lição hoje, Apollo. Jamais faça qualquer coisa desse tipo para alguém que apenas faz promessas vazias. Agora sai da minha frente.”

Aquilo doeu mais ainda. E Apollo saiu daquela casa correndo, chorando e jogando o resto de suas coisas na lata de lixo mais próxima. Apollo dormiu na rua naquela noite, a chuva fazia seu corpo doer mais ainda e seus dentes batiam, até que ele voltou para a escola e conseguiu mora na escola em tempo integral. Depois que Luciana ouviu bem a sua história.

Apollo tinha saído daquele djavú, quando na sala Murilo sentou bem ao seu lado e ao lado de Frank. As salas da escola era pequenos anfiteatros, com balcão grandes para você colocar o notebook e escrever nos tablets. Apollo e Frank sempre sentavam no último corredor de cadeiras. Mas agora o garoto de cabelos azuis estavam lá.

“Me empresta um lápis? Ou caneta?”

Frank comentou alguma coisa de enfiar a caneta em algum canto e logo se calou. Peguei em minha pochete e entreguei uma caneta para o garoto.

Eu percebi em seu pulso alguns cortes pequenos, mas cortes daquele tipo…

“Apollo, presta atenção na aula. - Cutucou Frank ao meu lado”

“Isso mesmo Apollo, preste atenção, ou vai tira zero em matemática avançada. - Murilo disse em tom sério.”

Reviro os olhos e continuo a escrever. Mas percebo em seu cadernos vários nomes riscados, nomes que eu percebi riscados mais ainda, e era dos irmãos Ferreira.

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