Diários de Joca - 2: Tem que Ter Coragem

Um conto erótico de Cinnamon Boy
Categoria: Homossexual
Contém 5795 palavras
Data: 02/08/2020 02:23:25

Essa é uma continuação ao meu conto anterior ("O Sorriso do Porteiro").

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Infelizmente não deu pra fazer mais nada com o Everton, o porteiro gostoso do condomínio do meu pai. No sábado meu pai de última hora me chamou pra um churrasco na casa de um amigo dele e eu não tive coragem de recusar, já no domingo era folga dele então ele nem apareceu na portaria.

Muito triste que eu não pude nem me despedir, mas fazer o quê. Já estava pensando quando eu ia me auto convidar pra passar mais um final de semana na casa do meu pai, só pra poder vê-lo de novo. O ruim é que como eu nunca gostei de vir aqui (até agora) ia ser muito suspeito se eu programasse uma nova visita logo de cara.

A noite de domingo chega e eu já estava de volta na minha própria casa, me esforçando pra lembrar de cada detalhe sórdido do que tinha acontecido. Juro que não fiquei assim na primeira vez que fiz sexo, eu achei legal na hora mas logo depois pensei "..... É só isso?". Nem imaginava o quanto eu estava perdendo. Só pensando na última sexta já fazia meu pau ficar duro que nem pedra e eu queria mais e mais e mais.

No outro dia eu já estava voltando a rotina, escola, natação, por comida pro cachorro etc. Mesmo assim eu sabia que algo em mim tinha mudado. Eu via sexo em tudo. Como todo adolescente, eu também tinha hormônios explodindo dentro de mim, mas sempre consegui acalmar eles em vinte minutos no banheiro com meu celular. Agora que meu corpo tinha experimentado um sexo gostoso de verdade, isso já não era majs suficiente. Na escola, eu ficava pensando em qual dos.meus professores teria o pau mais grosso. Na academia, era impossível desgrudar o olhar quando eu via um bombado treinando. Até tive sonhos eróticos de novo, nem lembrava a última vez que tinha os tido. Caralho, Everton o que você fez comigo????

— Vem comigo num churrasco semana que vem? - minha mãe me fala quando estávamos tomando café da tarde um dia, me tirando de certos pensamentos libertinos que eu estava tendo.

— Nemmm - já comecei. - Eu fui em um semana passada com meu pai e quase quis morrer.

— Mas isso por que não tinha ninguém da sua idade lá, certo? - ela fala e ergue as sobrancelhas - Então... Não vai ser esse o caso desse churrasco em questão.

— Como assim? - pergunto mastigando meu pedaço de broa.

— Talveeez... eu tenha uma amiga, e talvez essa amiga tenha um filho e talvez esse filho dela seja o maior gatinho. Aliás, talvez não, ele é um gatinho mesmo.

— MÃE!

— Que foi? - ela começa a gargalhar - Relaxa que eu não sou papa anjo não, filho. Por isso tô jogando ele na sua mão.

— Eu não quero que você jogue ninguém na minha mão sua doida.

— Poxa filho mas ele é tão lindo, olha! - ela puxa o celular só bolso - Fala que ele não é exatamente o seu tipo.

Ela diz como se soubesse qual é o meu tipo, sendo que nem eu mesmo sei qual é meu tipo. Depois de abrir o Instagram ela digita um nome na barra de busca e me mostra o perfil de um rapaz que parecia ser um pouco mais velho que eu.

— Ele é filho da Lívia, da minha aula de zumba. Fala que não ia ser ótima ter ela como sogra?

Nem sei quem é essa Lívia, minha mãe tem muitas amigas. Mas tinha que dar o braço a torcer e admitir que o filho dela era muito bonito, cabelo bem preto, meio grande mas sem bater no pescoço, devia ser ótimo fazer um cafuné ali. Ele tinha uma barbinha rala e olhos castanhos bem claros, quase cor de mel.

— Mãe olha pra esse garoto - falo rolando a tela do celular pra ver outras fotos - Ele parece o protagonista de um filme ruim da netflix, vê se eu tenho alguma chance.

Minha mãe fica calada por um momento (estranho), eu devolvo o celular pras suas mãos. Achei que o assunto morreria aí mas do nada ela:

— Você sabe que você é lindo né, filho? - ela diz cortando um pedaço da broa pra si - Já fazem anos que você não é mais aquele garoto gordinho, você sabe disso né?

Até meus 13 anos eu era uma bola. A combinação de ter um pai baixinho e uma mãe italiana cheinha não me foi muito gentil. Depois de muito bullying nós primeiros anos de escola minha mãe me pôs na natação, que foi onde eu perdi muito do meu peso. Minha mãe adorava falar da minha "transformação" pra aumentar minha autoestima mas a verdade é que eu não ligava muito pra isso. Eu não acho que pessoas gordas são automaticamente feias, longe disso. Por isso eu não me achava automaticamente mais bonito por ter perdido peso, então minha auto-confiança continuou a mesma de sempre.

— Se olha no espelho Joca, você podia pegar qualquer um que quisesse! Sua boca é a mais linda do universo.

— Minha boca é igual a sua.

— Exatamente! kkkkk

— Mãe, por favor - começo a rir não da piada horrível dela, e sim de nervoso - Prefiro tomar café sem discutir minha vida amorosa, obrigado.

— Ué mas QUE vida amorosa? Porque desde o Bernardo nunca mais ouvi falar de ninguém.

Doeu um pouco essa alfinetada, ainda mais por que não podia contar do Everton. Não podia ou não queria? Às vezes acho que minha mãe é tão doida que ela ia achar o máximo se soubesse que fui pra cama com um quase estranho que conheci na internet. Mas como ela ainda era minha mãe, melhor não arriscar.

— Mãe, pelo amor de deus!! - quase grito, exasperado pra encerrar esse assunto - Não quero discutir minha vida amorosa nem a falta dela, melhor agora?

— Tá bem... - ela diz passando manteiga em mais uma fatia de broa - mas se mudar de ideia e quiser conhecer o Henrique, me avisa. A única coisa te impedindo é sua timidez.

Rapidamente mudei de assunto e terminamos o lanche falando de Grey's Anatomy. Mas essas últimas palavras que ela disse ficaram me atormentando por um bom tempo... A única coisa me impedindo é a minha timidez? Como se eu tivesse uma fila de pretendentes na minha porta. Mas, pensando bem, eu não achei que o Everton iria querer nada comigo e ele que acabou dando em cima de mim... Talvez houvesse mais sabedoria no que minha mãe tinha dito do que eu tenho coragem de admitir.

Mais alguns dias se passaram e eu continuava subindo pelas paredes. Ia no grindr a cada hora. Bati meu recorde diário de punhetas. Meu cachorro mordiscou meu braço e eu gemi, tal era o ponto da situação. Comecei a pensar não só no Everton, mas em todos os outros que já tinham dado em cima de mim mas eu fui banana demais pra me aproveitar disso.

Posso ser um besta, mas acho que quase sempre sei quando um homem está se insinuando pra mim. Começa com uma encarada, depois um olhar mais demorado e então uma pegada no pau... Sempre desviei o olhar nessa hora porque o que mais iria fazer? Encarar de volta e lamber os lábios, sensualizando? Na minha cabeça é isso que eu fazia, mas nunca tive a coragem. Além disso os sujeitos que me olhavam desse jeito sempre escolhiam os piores momentos possíveis, tipo no ônibus quando minha mente estava no para casa da escola ou no shopping tomando um sorvete com minha mãe. Alguns eram até bem atraentes (outros... kkkk) mas nunca cogitei de verdade a ideia de retribuir a um desses olhares.

Porééém, Everton aconteceu e tudo mudou de repente. Antes eu me achava sensato de fingir que nem era comigo, hoje me arrependia amargurado de ter perdido aquelas chances todas. Uma vez um motorista de uber quase me comeu com os olhos, eu gaguejei "fica com o troco" e saí vazado do carro PORRA, MAS QUE BICHA BURRA. Devia era ter oferecido pra pagar a corrida de outro jeito.

Resolvi que não ia deixar a próxima chance de agora acontecer. Não podia ficar só esperando mais um Everton da vida aparecer e tomar toda a iniciativa pra mim, eu tinha que ter um pouco de ousadia também. Então pra facilitar o acaso, comecei a agir.

Minha desculpa era meu cachorro, o Fantasma. Dei esse nome pra ele inspirado no lobo de Game of Thrones, essa escolha envelheceu muito mal. Quase quis mudar o nome do coitado depois daquele final horrível, mas ele já estava acostumado a ser chamado assim. Eu o acho o cachorro mais bonito do mundo, e não devo ser o único que pensa desse jeito. Ele é branco, imenso, bobão e sempre alegre, o que faz com que qualquer um se apaixone fácil por ele. Talvez além de uma desculpa ele fosse também uma isca hehehe.

Admito que antes não passeava o bastante com Fantasma, tadinho. Comecei a passear com ele todo dia que eu não tinha natação a tarde, muito atento pra qualquer homem que pudesse olhar na minha direção, preparado pra retribuir com sorrisos e simpatias. Muito irresponsável da minha parte jogar pela janela a frase "cuidado com estranhos" mas foi o que eu fiz.

Foi só na minha sexta caminhada, depois de voltar frustrado pra casa por uma semana, que eu consegui resultados nessa minha empreitada. Resolvi reforçar minhas chances usando uns shorts que achei no fundo de uma gaveta empoeirada, que já tinham ficado um tanto pequenos pra mim. Era quase desconfortável de tão justo, mas que faziam minha bunda ser mais difícil de ser ignorada, faziam. A primeira vez que saí com esse short me senti uma puta, como se todos pudessem ver escritos na minha cara quais eram minhas intenções. Mas depois de um longo banho me convenci que isso era neura da minha cabeça e que pouco importa o que os outros tempos.

Na terceira vez que usei um desses shortinhos, passando por uma rua calma, eu ouço algo vindo de um homem escorado no muro da rua:

— Que lindô!

Obviamente ele se referia ao meu cachorro, que por ser o anjo mais bobo do planeta já tinha reparado que fez um novo amigo até mesmo antes de mim. O homem estrala levemente alguns dos dedos e Fantasma já vai todo alegrinho querendo brincadeira. Sério, se nossa casa fosse invadida a noite, a estratégia de defesa dele seria de lamber os ladrões.

— Qual a raça dele? - ele vira a atenção pra mim e eu percebo que que o estranho se trata de uma barba falante.

Opa, me enganei. Era só um homem com uma barba muito muito cheia, ia quase até a base do seu pescoço. O bigode era bem preto mas as laterais eram já meio acinzentadas e tinham alguns pelos brancos aqui e acolá.

— Ele é um Akita. - respondo ao Capitão Barba Negra.

— Bonitinho... - ele fala mais pro meu cachorro do que pra mim.

Infelizmente eu não tenho os traquejos sociais pra continuar essa interação, então assim que ele para de fazer carinho na cabeça do meu cachorro eu dou uma risadinha nervosa e continuo andando.

Ele era branco, não muito mais alto do que eu, meio gordinho mas forte ao mesmo tempo. A barba grande e os óculos escuros tampavam uma boa parte do rosto dele, impossível dizer se eu o achava bonito ou não. Estava todo vestido de preto com uma blusa de banda de rock, bem clássico coroa roqueiro mesmo.

Depois de dar alguns passos pela calçada meus hormônios me obrigam a olhar pra ele de novo e... Ele está olhando pra mim. E apertando o próprio pau.

Naturalmente, congelo.

Meu cerebro gritava "FAZALGUMACOISA!!!" mas meu corpo não conseguia ouvir porque meu coração batia forte demais.

Ficamos nessa por um tempo, eu encarando ele sentindo meu rosto ficar vermelho, ele encarando de volta ainda apertando o próprio instrumento e meu cachorro me encarando sem saber o que diabos estava acontecendo.

Com os joelhos bambos eu começo a caminhar de volta em direção a ele.

— Você sabe que horas são? - pergunto por que é a primeira coisa que me passa pela cabeça.

Ele saca o celular do bolso e diz "cinco e quarenta e três". Só aí reparo na voz grossa e imponente que ele tem.

— Você mora por aqui? - ele pergunta.

— Aham, mais ou menos - repondo, por algum motivo tô meio com falta de ar - E você?

— Bem aqui. - ele responde e aponta com o polegar pro portão atrás dele.

Então eu meus olhos caem bem no meio das pernas dele, onde eu já vejo um certo contorno se formando. Ele repara.

— Queria te convidar pra tomar um água. - ele diz coçando a barba - mas tô aqui esperando meu uber pra sair...

Não digo nada porque na minha cabeça ele tinha dito que algo bem diferente de "água".

— Quer me dar seu telefone?

Demoro a responder por que de novo, na minha cabeça ele só perguntou "quer me dar?" e ponto final. Mas eu me recupero e murmuro um "claro".

Ele libera o telefone com a digital e me entrega aberto pra eu digitar meu número. Ele pergunta meu nome e eu gaguejo entre dizer Joaquim e Joca, o que produz um sorrisinho safado escondido naquela barba florestal. Começa a me dizer que vai mandar mensagem depois pra eu salvar o número dele mas um carro começa a se aproximar, ele vê que é o Uber dele. Se despede com um gesto da cabeça e me deixa embasbacado na calçada.

Issoooo!!

Cheguei em casa e fui direto tomar banho, o motivo vocês podem imaginar. Assim como naquela sexta feira depois da mamada com o Everton fiquei uma pilha de nervos checando a aba de notificações a cada cinco segundos. Pra minha decepção, ele não mandou mensagem naquele dia.

Por dois dias eu fui torturado com essa expectativa, já estava à flor da pele cogitando levar o Fantasma pra passear de novo naquela rua, quando quase no final da minha aula recebo uma mensagem. Momento bem inoportuno pois foi complicado esconder a ereção instantânea que eu tive ao ver a foto de um barbudo do lado da mensagem "Oi".

: Oi

Tranquilo?

Joca: oii

tranquilo e você?

: Tbm.

É Joaquim, né?

Eu chamo Rogério

Joca: prazer 🥰

Rogério: Prazer

Já comecei a receber olhares feios do professor entao muito relutante eu larguei o celular. Faltava só alguns minutos pra aula acabar, então fiz o melhor que pude pra sossegar.

Isso não significava que eu ia de fato prestar atenção nesses últimos minutos de aula, tudo que eu fazia era me torturar pensando se os dois i's no "oi" e o emoji estavam fazendo eu parecer atirado demais.

Quando o sinal bateu nem o Flash poderia ter guardado os livros mais rápido que eu, e assim que saí da sala eu me alegrei a ver "3 mensagens não lidas" na tela do meu celular

Rogério: Queria ver seu cachorro de novo kkkk

E vc também

Vem caminhar por essas bandas de novo hj?

Merda!! No dia que eu tinha natação!

Bom... Ninguém precisava saber se eu faltar né.

Joca: uai posso ir ué kkkk

aí vc pode me convidar pra tomar aquela... agua

Pensei muito antes de colocar aquelas reticências ali, mas já que era pra ser putona então vamos fazer direito

Rogério: Kkkkkkkkkk

19hrs?

Hm, mais tarde do que eu imaginei. Pensei comigo. Eu normalmente saía de casa pra ir pra academia às cinco, e já estava quase voltando pra casa às sete, minha mãe ia estranhar se eu saísse de novo logo depois. Só que antes mesmo de ter inventado uma desculpa convincente meus dedos afobados já digitaram um "blz!" e enviaram pro Rogério.

Rogério: Ok

Te espero.

😈😈😈

Todo o tesão acumulado das últimas semanas não me impediram de virar uma pilha de nervos. Quase não almocei direito o que já começou a despertar desconfianças na minha mãe.

Depois do almoço passei alguns bons minutos encarando a fotinho de perfil dele no whatsapp. Ele estava sem óculos, entao tive uma visão mais clara do seu rosto. Ele tinha umas sobrancelhas grossas que davam um ar sério a ele, cabelo bem curto, meio preto e meio cinza que nem a barba e olhos pequenos e castanho escuros.

Eu fiquei surpreso quando vi que o Everton tinha 34 anos, o ar de molecão dele o fazia parecer bem mais jovem. Mas não tinha dúvidas quanto à Rogério: eu tinha um daddyzão nas mãos. No mínimo 40, provavelmente mais.

Já estava louco pensando nas coisas que queria fazer com aquele homem enquanto procrastinava em inventar que história eu ia contar pra Dona Helena. Ela não seria tão fácil de driblar quando meu pai, tinha certeza.

Resolvi ir com a mais convincente das mentiras: a que é quaaase uma verdade.

Joca: vou sair com um cara hoje.

Mãe ♥️: Ooooi?

Mandei a mensagem bem do nada mesmo, ela ainda estava no trabalho.

Joca: pois é quem mandou me dizer que eu não tenho vida amorosa kkkkkk

um amigo me chamou pra ir ver um filme na casa dele

e eu sempre tive um crushzinho nele sabe 🙈

na vdd eu nem sei se ele gosta de mim

mas acho q sim

Fiquei com medo dessa quantidade de informação desacreditar a ladainha mas em cinco segundos eu recebo uma enxurrada de mensagens que me trouxeram alívio.

Mãe ♥️: 😍😍😍😍😍

Quem que é?

Já foi lá em casa?

É o Bernardo?

Eu conheço?

Que horas q é

Vai sim! 💟

Mas JUÍZO HEIN

Divirta-se

Mas lembra do juízo kkkk

Informei a ela que era que era às sete, também disse que não, não era o Bernardo e tentei me desviar de várias outras perguntas. Disse pra ela que era o Vítor, um rapaz de outra sala com quem eu conversava às vezes. Isso justificaria eu tomar um banho em casa depois da natação, coisa que nunca faço. Depois da noite era só dizer que me enganei, que é só amizade mesmo e tá tudo certo.

Volto a pensar em tudo que eu tinha vontade de fazer com o Rogério hoje a noite.

...

— Mas você vai vestido assim??

Minha mãe pergunta ao me ver no sofá, tinha acabado de chegar em casa. Eram só seis e quinze mas eu ansioso já tinha me preparado todo. Óbvio que não era um "encontro" de verdade, então eu só coloquei uma roupa normal.

— Meu filho você está DE CHINELO?! - ela começa a quase gritar - Eu sei que disse que você é bonito mas podemos fazer um pouquinho mais de esforço né?

— A gente só vai assitir filme - retruquei - Além disso mãe eu nem sei se isso é um date mesmo, lembra? Às vezes ele me chamou só pra ver um filme mesmo.

Já armei a desculpa que ia dar pra ela hoje à noite, sem dúvidas ela vai me bombardear de perguntas quando eu voltar.

— Ahaaaaaaam... - ela começa - Maaas, só por via das dúvidas, pelo menos um perfuminho você vai passar sim!

Resolvi concordar pra não criar mais discussão. Tá, e também porque era uma boa ideia. Às seis e meia eu saí de casa com minha mãe ainda toda animada exclamando conselhos. "Quero você aqui meia noite no máximo hein!", "Masca um trident no caminho!" entre outros. Rindo da empolgação dela, eu saí pelas ruas andando na direção da vizinhança do roqueiro.

Andando rápido cheguei lá faltando três pra sete, esperei cinco minutos do outro lado da rua pra parecer descontraído. Quando não conseguia esperar mais, toquei a campainha do portão que ele apontou com o dedo alguns dias atrás.

— Boa noite - ele diz abrindo a porta e me dando passagem.

— Boa!

Rogério parece ter acabado de sair de um banho, está usando uma regata preta que me mostra que ele é bem peludo. Não só um daddy, mas um daddy bear!

A casa dele é pequena, com uma varanda cheia de plantas na frente da porta principal. Ele começa a caminhar pra porra e eu o sigo.

— Ué, cadê o cachorro? - ele pergunta, e eu vacilo com a surpresa

— Ah... - começo - Achei melhor não trazer.

— Eu sei kkkkk tô brincando.

Ele diz, a risada dele era estranha, quase um rosnado. Por algum motivo ela me deu... Tesão?

— Mas muito lindo, ele - Rogério diz abrindo a porta da frente

— Obrigado - eu falo e me arrependo, a beleza do meu cachorro não é mérito meu - Tô com ele tem quatro anos já.

— Bacana.

Assim que entramos na sala uma estante me chama a atenção. Ela comporta uma coleção imensa de discos, quase nunca vi CD's na vida e definitivamente nunca tinha visto um inventário tão grande.

— É, eu coleciono - ele fala ao reparar.

Ficamos os dois na frente da estante, com o olhar eu peço permissão a ele de tocar, ele faz que sim com a cabeça. Começo a puxar os CD's cujas capas me interessam e ele me conta sobre eles. Devo admitir que quase tudo entrou por um ouvido e saiu pelo outro, a tesão sexual se formando ao redor de nós me era muito mais interessante.

— Curte rock? - ele pergunta depois de me falar de um album que agora eu nem me lembro mais o nome.

— Não muito pra falar a verdade - digo - Eu gosto de algumas do Linkin Park e do Evanescence mas não conheço muito nao.

— Kkkkk não é da sua época né.

Ele puxa um quadrado apoiado na parente da estante.

— Novinho assim você não deve nem saber o que é isso aqui, né?

— Sei sim, é um vinil - digo sorrindo - Mas confesso que nunca escutei um.

Ele ri mais um pouco e depois fica mais sério.

— Quantos anos você tem, mesmo?

— Dezoito - tento soar convincente - Mas ninguém acredita kkkk

— Nossa, um bebê haha - ele vira, o seu corpo agora voltado pra mim - Vou nem falar quantos anos eu tenho então, senão cê sai correndo.

Nós dois rimos e ficamos nos encarando, até que ele se inclina e me beija.

Com aquele aspecto curto e grosso eu com certeza não estava esperando um beijo tão carinhoso. Foi um selinho longo até ele começar a tomar meu lábio inferior, hesitante. A boca dele tinha um gosto diferente, parecia que ele fumava mas tinha chupado alguma bala depois. Era bom.

Me abraçou e eu fiquei perdido nos braços daquele ursão, me beijando sem pressa. Completamente diferente da minha última experiência, onde o já chegaram engolindo minha língua. Rogério me beijava com o respeito de um cavalheiro, eu achei fofo. A barba dele fazia cócegas no meu pescoço.

Ele interrompeu o amasso pra me dizer "Você é muito bonito". Eu, todo derretido disse que ele era também e ele fez um "tsc" divertido como se não acreditasse.

Perguntei se eu queria alguma coisa, pensei em imitar o Everton e dizer "Não, só quero você" mas minha ousadia não era tão grande assim. Só neguei com a cabeça e fui pro sofá, onde nós começamos a nós beijar de novo.

O amasso começa a ficar mais quente, a língua dele explorando mais espaço na minha boca, as mãos dele explorando partes do meu corpo. Enlaço meus braços ao redor do seu pescoço e ficamos nos beijando, aumentando tanto a intensidade que a barba dele começa a quase me machucar mas eu não me importo, só quero saber de beijar esse urso com cara de mau que estava se revelando ser na verdade um ursinho de pelúcia.

Como um lord, Ele me levanta pela cintura e me coloca sentado em seu colo, sinto algo duro debaixo de mim o que faz eu me mexer levemente.

Juro que estou gostando do beijo, mas não me aguento e pego na sua rola. Ele não parece achar ruim, então começo a tentar punhetar mesmo ele ainda estando sob duas camadas de tecido. Eventualmente ele segue a minha deixa e apalpa minha bunda também.

— Vamos pro quarto?

Eu digo que sim e ele levanta ali mesmo, me trazendo junto consigo como se eu pesasse seis quilos ao invés de sessenta. Eu sinto um sustinho mas abraço ele com as pernas rapidamente.

Me leva pro seu quarto e deita comigo na cama, sempre gosto de sentir o peso de um homem me esmagando assim. Estamos nos beijando de novo e eu passo as mãos debaixo da camiseta dela, sentindo a textura dos seus pêlos. Ele entende isso como um convite pra tirar a vestimenta, eu o acompanho.

Mais gordinho que eu imaginava, com pelos pretos curtos por toda a parte e já um pouquinho suado devido ao calor da noite. Ele pareceu ficar tão encantado com meu torso nu quanto eu com o dele, e logo depois já estava em cima de mim de novo. Agora sim, vieram uns beijos intensos e urgentes.

Ele começa a beijar minha bochecha, meu pescoço, minha orelha... Sentir aquela barba estava me levando a loucura, até que ele se abaixa mais e ataca meu mamilo, chupando ele inteiro. Até surgiu o pensamento de pedir pra ele não deixar nenhuma marca mas não tive forças pra pedir ele pra parar, tava bom demais.

Com uma agilidade surpreendente ele tira meu short e minha cueca, e me dá minha primeira mamada da vida! Fui às nuvens. Graças ao céu ele não se demorou muito lá, porque eu teria gozado muito muito rápido.

Me surpreendendo mais uma vez, ele me vira na cama como se eu fosse uma panqueca e começa a chupar meu cuzinho enquanto apertava forte minha bunda. Fui Às Nuvens parte II.

Eu tinha que dar um jeito de retribuir esse prazer a ele, né? Era o justo. Quando ele começou a subir deixando uma trilha de beijos pelas minhas costas, vi que ele tirou a bermuda e começou a me sarrar bem gostoso, com o rosto enfiado na minha nuca. Mesmo estando uma delícia eu não deixei ele sarrar por muito tempo, lutei pra sair debaixo do ursão e fui direto em direção àquela barraca.

Aproveitei que ele ainda estava de cueca pra provocar ele um tiquinho, algo que tinha visto nós pornôs. Cheirei a pica, tentei chupar por cima do pano e brinquei com ela, até que ele mesmo a tirou.

Encontrei lá uma piroca branca, nem grande nem pequena eu diria. Ele deitou de pernas abertas na cama e eu comecei.

Arranquei uns gemidos dele logo de cara, o pau dele era muito gostoso de chupar, eu conseguia por quase tudo na boca com pouco desconforto. Foi aí que eu soltei todo o tesão acumulado dessas últimas semanas e fiz a festa naquela mamada, chupei todo o corpo do pênis, voltando pra cabeça e então tentando engolir tudo. Praticamente punhetei aquela pica usando minha boca, a respiração ofegante dele me dizia que estava gostando.

Ele coloca as mãos atrás da cabeça, parecendo todo relaxado curtindo meu boquete, o ver daquele jeito me excitou mais ainda. Ele me olha nos olhos enquanto eu o mamava, mordendo os lábios de tanto tesão. Me senti empoderado vendo o prazer que eu estava dando aquele homem.

Rogério tira o caceta da minha boca "Quer me fazer gozar já, é?" ele pergunta rindo. Me puxa pra mais um beijo demorado, ele está bem suado agora e é gostoso sentir sua pele deslizando contra a minha.

Esse beijo começou intenso também, mas foi ficando mais e mais calmo e íntimo. Percebi que ele estava se acalmando pra não gozar muito rápido. Ele para de me beijar, me encara e sussurra

— Bebezinho lindo...

Se antes eu sentia tesão, agora eu sentia borboletas...

Sério, visto que ele era um homem com cara de bruto que me chamou pegando no próprio pau, eu esperava só uma foda e ir embora. Mas ele puxa minha cabeça em direção ao seu peito e me abraça, ficamos um tempinho nos curtindo assim. Ele até me deu uns beijinhos na testa enquanto regulavamos nossas respirações.

De novo, tava tudo ótimo. De verdade. Estava adorando. Maaaas eu ainda queria transar, e não queria deixar o pau dele amolecer. Levantei meu rosto pra beijar ele de novo, e não demorou muito pra irmos de românticos pra safados. Ele começa a apertar minha bunda de novo e eu já sei o que vai acontecer.

Dessa vez eu vim equipado com um tubo de KY guardado no bolso do meu short, mas não precisei dele. Ele abre uma gaveta ao lado da cama e tira camisinhas e o gel.

— Como você quer? - ele pergunta, pois é um cavalheiro.

— Do jeito que você quiser - eu afirmo, pois sou uma puta.

Ele pega um travesseiro da cama e coloca debaixo da minha bunda, e chupa meu cu mais um pouquinho. Camisinha colocado, gel aplicado, estamos prontos.

Ele começa a colocar e eu tô curtindo muito a visão daquele homem peludo, forçando com delicadeza sua entrada em mim. Doeu um pouco sim, mas como seu pau não era assim tão grande e tínhamos o gel, nao demorei muito a me acostumar. Na verdade acho que o que fez mais diferença foram os beijos, ele me deixou bem relaxado e confortável. Soltei um gemido quando senti que ele estava todo dentro de mim.

— Mete, vai.

Que delícia ver as caras e bocas que ele fazia enquanto bombava rola no meu cuzinho, nós dois gemendo com cada metida, as mãos grandes dele agarrados nos meus ombros, e nos ombros deles estavam apoiadas minhas pernas. Nunca tinha feito nessa posição antes e estava amando, sentia que cada milímetro de pica entrando no do meu cu.

Ele consegue dobrar o corpo pra beijar minha boca, mas não era muito confortável nem pra mim nem pra ele, então volta a me comer de joelhos na cama, enquanto eu quase grito cada vez que ele enfia.

Quando eu acho que nao tem como ficar melhor esse filho da puta começa a tocar uma punheta pra mim, sem diminuir nada a cadência da meteção. Foi a minha vez de pedir pra ele parar se não eu gozava.

— Deixa eu cavalgar? - pergunto, nem sabia que eu queria até às palavras saírem da minha boca.

Tinha experimentado cavalgar algas vezes e não tinha gostado muito, mas algo me dizia que seria diferente com Rogério. Prontamente, ele desaba seu corpão ao meu lado na cama e segura seu pau apontado pro teto.

Subi de frente em cima dele, por que tava curtindo muito ver seu rosto barbudo enquanto ele me comia. Guiei a cabecinha pro meu cu e ele me ajudou a sentar, de novo não foi muito difícil.

Apoiei minhas mãos no peito dele e comecei a me mexer, um pouco tímido no inicio mas não demorei a quicar no pau dele como se estivesse num trampolim. Ele olhava nos meus olhos com aquele rosto sério, inspirando profundamente, metendo junto com minhas reboladas. Que gostosooo!

Passo as mãos pelo seu corpo, inebriado pelo cheiro de macho que enchia todo o quarto. Meu pau duríssimo sacudia com as chacoalhadas.

Não consegui aguentar mais e comecei a me punhetar, pulando freneticamente naquela pica. De repente eu sinto uma explosão de prazer vinda de dentro de mim e estou despejando jatos de porra em cima do meu urso, praticamente gritando e rebolando sem nenhum controle son meu corpo. Só prazer prazer prazer.

Ele me puxa pra mais um beijo e eu sinto como se pudesse chorar.

— Gozou gostoso meu bebê?

Não tinha forças nem pra acenar com a cabeça, só me deitei no peito dele e morri lá.

Me parecia muito injusto que ele não tinha gozado, mas eu sinceramente não tinha condições nem de tocar uma pra ele. Só fiquei ali deitado, sentido sua respiração na piscina de suor que era seu peito.

Ele não aparentava se importar. Ficamos abraçados por um tempo até que eu recobrei minha consciência.

— Desculpa... - começo

— Pelo quê?

— Gozei antes da hora

— Imagina kkkk - ele ri - Eu gosto de dar prazer.

Me oferece um banho e eu aceito, mesmo não tendo certeza se minhas pernas estavam funcionando. No chuveiro, nós lavamos com cuidado um ao outro, a barba dele é tão densa que a água quase não entra nela.

Começamos a nós beijar no boxe do chuveiro e eu sinto o pau dele endurecendo de novo. Não iria embora até fazer esse homem gozar!

Ajoelhei e praticamente prensei ele contra a parede, chupando com ainda mais vivacidade que antes. Nem morto que eu ia deixar esse homem me dar o melhor orgasmo da minha vida e ir embora sem pagar na mesma moeda.

Continuei executando todo meu arsenal de chupadas, pego as mãos dele e as guio pra minha nuca, o encorajando a bombar na minha boca. Depois de alguns minutos a respiração dele fica ainda mais pesada e ele começa a tocar uma punheta acelerada.

— Caralho eu vou... Aaah... Tô gozandOOOO!!

Muuuuita porra.

Tentei, mas não consegui engolir tudo. Muito se derramou e foi pelo ralo só banheiro, o urro gutural que ele soltou me assustou um pouco, mas acabou me excitando também. Ele me liga pra minha boca melada de porra e me puxa pra mais um beijo enlouquecido.

Depois do banho achei que ele ia começar a se vestir, mas já devia esperar que não. Ele me leva de volta pra cama e me abraça, ficamos abraçados na cama e as borboletas do meu estômago voltam.

Continuamos naquele chamego por uns vinte minutos, e eu temo que talvez ele (ou eu) pegue no sono, então lembro ele que não posso demorar muito. Parte meu coração sair daquele abraço gostoso e quentinho, mas é preciso.

Ele me ajuda a procurar minhas roupas e me leva até o portão. Já reparei que ele não é de falar muito, mas vejo nos seus olhos que ele também curtiu pra caramba. Posso estar enganado, claro, mas sinto que foi uma experiência muito legal pra nós dois.

— Vou te ver de novo? - pergunto, tímido.

— Eu quero.

Me puxa pra mais um beijinho antes de abrir o portão pra mim.

A caminhada de volta pra casa é uma maravilha. O céu está lindo, o ar está refrescante, posso ouvir pássaros cantando mesmo sendo oito e meia da noite. Tinha que agradecer minha mãe de alguma forma, ela que me inspirou a passar por cima da minha timidez e se não fosse por isso não teria tido isso momento incrível.

Chego em casa e, como esperado, minha mãe quer saber de tudo, já começando dizendo que achou que eu não chegaria tão cedo.

— Pois é - digo deixando minhas chaves no porta-chaves - Acabou que eu me confundi mãe, ele é só meu amigo mesmo. Não rolou nada.

— ..... Ah é? - ela diz, com uma cara de incrédula. - Então por que seu cabelo tá todo molhado, como se você tivesse acabado de tomar outro banho?

Puta merda, eu sou muito burro.

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