Regina e a Irmandade do Sexo - O Templo de EOS

Um conto erótico de Paulo_Claudia
Categoria: Grupal
Contém 1730 palavras
Data: 17/07/2020 21:13:18

O TEMPLO DE EOS

A nossa aventura na Cidade Oculta, que quase havia terminado em desastre – de novo – havia terminado. Estávamos no iate, para fazer o trajeto de volta, que novamente incluía contornar várias ilhas, o lugar era remoto mesmo.

Mas já fomos avisados pelo Capitão Nero que deveríamos aproveitar esse trajeto para descansar, porque logo teríamos uma nova missão.

“- Quem mandou aceitar a proposta da Agência? Falou Leon.

Nosso trabalho seria na Rússia. Nessa época do ano, era frio mas nem tanto. Regina, com certeza, preferiria o verão, mas ele realmente fica muito bem quando está vestida. Neste caso, fomos escolhidos ( acho) porque parecemos europeus. Mas também, creio, por causa das habilidades que fomos desenvolvendo desde que começamos na Irmandade. O problema é que poderíamos começar a ficar conhecidos, então esse lance de ser infiltrado não funcionaria mais. A não ser se tivéssemos um curso tipo “Mestre dos Disfarces”, com perucas, bigodes falsos, coisas assim.

Regina, como de costume, estava tomando sol no convés, completamente nua. Estávamos tomando cerveja, tranquilamente. Jones logo iria embora, uma lancha viria buscá-lo. Fiquei me perguntando por que não faziam o mesmo conosco, já que tanto Diana como o Arqueólogo haviam vindo dessa maneira. A resposta era que, justamente para evitar exposição desnecessária, viajávamos como um casal de turistas, passeando pelo Caribe. Se ficássemos usando os meios oficiais da Agência, algum espião que estivesse de olho facilmente descobriria.

E, claro, por não sermos agentes “oficiais”, também éramos as “iscas” perfeitas.

Minha esposa se levantou e veio se sentar ao meu lado. Antes disso, Jones foi chegando por trás dela, encoxando-a.

“- E aí, gostosa... podíamos dar umazinha como despedida...”

“- Olha aí, amorzão... o cara está ‘se achando’ só por causa da festinha lá na Ilha...”

Ela o empurrou com suavidade, mas, quando ele insistiu, ela tascou o cotovelo nas costelas dele.

“-Mas, Regina...”

Ela realmente não considerou apropriado o Arqueólogo ter mijado na calça quando estava paralisado...

Jones se afastou.

“- Vai me dizer que, depois do caralhãozão do Hephaistos, você ficou mais seletiva?”

Ela ficou séria, seus olhos começaram a marejar.

“- Ai amor...nem me fale sobre ele... ele se sacrificou por mim. Ele poderia ter, simplesmente, ido adiante e continuado lá...”

“- Regina, pelo que ele disse, você também o tinha salvo antes. Ele morreu feliz.”

“- Não tenho certeza...”

“- Se fosse eu, ele deixaria que me sacrificassem.”

“- Tenho a certeza que não. Ele gostava de mim, não deixaria que algo acontecesse ao amor da minha vida”

Ela me beijou docemente. Só não trepamos ali mesmo, porque Nero veio com novidades.

“- Temos uma tempestade tropical pela frente. Vamos ter que ancorar em uma das ilhas, e esperar passar. Mas não se preocupem, essa ilha tem um resort de luxo, muito pouco conhecido, só é frequentada por uns poucos milionários.”

“-...E , pelo jeito, também por espiões internacionais”

“- O primeiro filme do 007 não foi no Caribe?” Perguntou Regina, que adora filmes de espionagem.

“- Foi. Essa é uma dessas ilhas, tipo Crab Key, exclusivas?” perguntei olhando para Nero.

“- O resort pertence a um milionário, sim, o Sr. Pierce, que também é um Adepto de uma Ordem Tradicional, por isso o lugar foi escolhido.”

“- Então, podemos esperar algum ritual por lá. Nos últimos tempos, aprendi que nada é por acaso.”

Regina perguntou:

“- Mas existe alguma coisa suspeita acontecendo por lá?”

Nero não soube responder. Não sendo membro de uma Irmandade ou Ordem, ele não poderia receber informações confidenciais. Foi só quando a lancha veio buscar Jones, que recebemos, através de um envelope lacrado, todas as informações confidenciais.

“- Amor...podia ser aquelas mensagens que se autodestroem, como naquele filme...”

Neste caso, nós mesmos fazemos isso, como na mensagem anterior...

A lancha veio, e Jones foi embora, desolado por não ter se despedido de Regina com uma trepada.

Após a partida dele, abrimos o envelope. Realmente, a parada naquele resort não era por acaso, embora a tempestade tropical fosse. A agência resolveu aproveitar esse fenômeno natural para que déssemos uma olhada nas atividades do Sr. Pierce, talvez ele estivesse modificando os rituais para iniciar uma dissidência, criando sua própria Irmandade, o que não era incomum.

Um local meio distante, uma comunidade menor...ele poderia começar com uma seita, impressionando a população local com alguns atos de magia, e depois ir crescendo. Nada de ilegal nisso, porém poderia estar contrariando as normas de sua Ordem, e, se além disso, estivesse modificando os rituais de forma negativa, a Agência tomaria as devidas providências.

Já que o Resort era ligado a uma Ordem Esotérica do Sexo, optamos por ir “a caráter” , ou seja, coloquei uma túnica da Irmandade, e Regina continuaria completamente nua, porém ambos usaríamos as máscaras rituais estilo veneziano . Leon usaria a túnica da Ordem dele, e também uma máscara. Já o Capitão Nero, Antonio e Ruiz iriam com seus trajes de marujos.

Na recepção do Resort, o pessoal da recepção nos acolheu com olhares curiosos, mas não pareciam surpresos ao ver a belíssima mulher nua, ligada à corrente dourada nas minhas mãos, que estava com o grupo. Mas mantiveram a postura sóbria, como convém aos funcionários de um Hotel de luxo. Notei que, assim que nos viu, um dos funcionários pegou imediatamente o telefone, certamente para avisar o Sr. Pierce, dono do estabelecimento.

Enquanto preenchíamos as fichas , ele chegou . Era um homem alto, magro, bem-apessoado e muito bem vestido, terno branco, chapéu Panamá. Pelo que soubemos, um homem solitário, nunca se casou, achou que nenhuma mulher era “aquela” com quem ele sonhava. Ele nos cumprimentou. Primeiro, aos membros de Irmandades, com os apertos de mão tradicionais. Ele olhou Regina de alto abaixo, e , segurando seus ombros, deu-lhe um beijo nos lábios, que foi correspondido com um leve toque de língua por parte dela.

“- Vejo que temos uma belíssima Sacerdotisa aqui! É uma honra!!” ( Esperei sinceramente que ele não a considerasse “aquela”, ou teríamos encrenca de novo)

Regina fez uma mesura, curvando o tronco, as mãos cruzadas para trás, e cruzando levemente as pernas.

“- Estejam à vontade! Ficarão nas melhores suítes que temos! Após instalados, vamos nos reunir para beber e conversar!”

Realmente, eram os melhores aposentos. Tudo altamente luxuoso. Banheira de hidromassagem, cama grande e macia... imaginei onde ocorreriam os rituais, se em alguma ala do Resort ou em outro local. E se haveria uma masmorra para BDSM. Deveria haver...todas as Ordens ligadas ao sexo que eu conhecia tinham.

Após termos deixados as coisas nos quartos, fomos ao encontro de Pierce, que nos aguardava no bar do hotel.

O homem realmente possuía um bar completo, com os melhores whiskys, champagnes e cervejas do mundo. O garçom nos serviu uns petiscos deliciosos, que comemos com cerveja. Regina gosta da “Weiss” ( cerveja de trigo), para mim foi uma Lager.

“- E então, o que os traz aqui?”

“- Acabamos de vir de uma cerimônia ritualística em outra ilha, e , na volta, o Capitão nos avisou da Tempestade Tropical.” ( Eu não estava mentindo, foi realmente o que aconteceu. )

“- Em outra ilha? Não lembro de alguma Ordem atuando aqui por perto”

“- Bem...são milhares de ilhas, mas posso dizer que o Hierofante era da Ordem de Priapus, eles não costumam revelar sua localização, apenas para convidados”

“ - Já ouvi falar, são reservados mesmo. E há boatos sobre seus ‘atributos’...” Ele olhou para Regina, que deixou transparecer que havia conhecido tais ‘atributos’ através de um sorriso meio maroto. Pierce sorriu.

“- Ao que parece, o Hierofante os recebeu muito bem...”

“- Ele fez muito mais do que esperávamos, Mestre Pierce” disse Regina, com um ar agora entristecido.

“- Vejo que trouxeram boas recordações de lá. Espero que também tenham boas lembranças daqui. E preciso mostrar algo a vocês...principalmente à bela Regina”

Após beber e comer , fomos caminhar pelo local, Pierce foi nos mostrando todas as dependências. Piscinas, quadras de tênis... então, ele pediu que Nero, Antonio e Ruiz ficassem à vontade para passear , ele iria mostrar o seu Templo para os adeptos ( eu, Leon e Regina).

Era um templo, também ao estilo grego antigo, ele o chamou de “Templo de Eos”.

“- Eos é a Deusa do Amanhecer.”

Em frente ao templo, havia uma estátua, representando a Deusa de rara beleza. Curiosamente, parecia com Regina.

“- Mas... a estátua parece comigo!” Regina estava impressionada.

“- Esta estátua tem centenas de anos, então podemos dizer que você é quem se parece com ela... ou pode ser uma encarnação da Deusa”

“- Ah tá...já a chamaram de Deusa da Névoa, agora é a Deusa da Paixão...” falei.

“- Deusa da Névoa...Deusa da Paixão?” Pierce perguntou.

“- Pelo que li de Mitologia Grega, Eos também era a Deusa das Paixões Incontroláveis. Teve inúmeros amantes.”

“- Pelo jeito, você estudou bastante... E a Deusa da Névoa?”

“- Lá na Ilha, chamaram Regina por esse nome quando a viram com neblina em volta”

“- Estou certo que deve ter sido uma visão esplêndida”

Ele nos convidou a entrar no Templo. Parecia um templo grego mesmo, ao fundo tinha um altar com uma estátua menor da Deusa , vários divãs acolchoados, certamente para práticas sexuais entre os membros, e no centro uma área elevada, ostentando um círculo com uma grande estrela de doze pontas. Essa área não era coberta. À noite podia ser visto o céu estrelado.

“- Doze pontas? Curioso...qual o significado?”

“- Espero que participem do nosso ritual logo mais à noite, e saberão...” Ele disse, sorrindo.

“- Não tem nada perigoso nisso, espero...” disse Regina.

“- Acredito que, sendo uma Iniciada, irá apreciar. “

Estávamos lá justamente para conferir... então aceitamos.

“-Será uma honra participar do seu ritual”, respondi. Regina pegou no meu braço e sorriu.

Chegando no quarto, Regina me falou:

“- Acho que sei o que é a Estrela de Doze pontas”

“- Os doze signos do Zodíaco?”

“- Nããão... pense em um ritual sexual”

“- Sei lá...doze horas de sexo?”

“- Não. Um ménage masculino!”

“- Como??”

“- Pense. Três pessoas. Dependendo da posição dos braços, da cabeça e das pernas, são as pontas das estrelas.”

“- E por que não ménage feminino?”

“ Porque a mulher fica no meio, numa dupla penetração”

“- Mas que imaginação!”

“- Quer apostar?”

“- Não. Você pode ter lido lá na Irmandade, ou recebido uma intuição cósmica, sei lá...”

“- Vamos esperar e ver, então.”

CONTINUA

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Comentários

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Tenho que concordar com vc Paulo . A Regina só entra em confusão.Quem manda trepar tanto tbm . KkkkkContinua assim amigo

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Dom Rodrigo: Veja que Pierce é um Alto Adepto de uma Ordem Esotérica, e a missão era descobrir fatos. A melhor maneira de conseguir informações foi justamente revelar alguns fatos verdadeiros, omitindo o que não deveria ser revelado... e assim, obtiveram a confiança dele... mas, como sempre, Regina arruma uma boa encrenca.

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Muito bom como sempre .

Só acho que vcs falam demais de coisas tão cigilosas ,para um desconhecido .

Por outro lado sei que mentir pode não ser bom.

Mas se é algo secreto pq falar tão abertamente?

Bom desculpa as perguntas ,mas é de mim mesmo.

Mais como sempre mais um conto maravilhoso que nos prende. Parabéns

Dom Rodrigo : seu fã.

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Muito obrigado! Regina, com sua enorme habilidade de se meter em encrancas, volta para novas aventuras!

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