Segredos - Capítulo 2: Uma noite de horrores

Um conto erótico de Caio Ferreira
Categoria: Homossexual
Contém 2340 palavras
Data: 13/07/2020 17:06:25
Última revisão: 12/04/2022 17:13:58

*Este capítulo contém fortes cenas de sexo e violência explícita* (+18)

Sábado, 02 de dezembro deHoras antes

NARRADO POR MARIA:

Pedro saiu correndo da escola como um foguete, nunca tinha visto ele tão abalado, humilharam o meu melhor aluno e isso não vai ficar assim, me levanto para ir atrás dele, mas sou impedida:

- Melhor não Maria, deixa ele sozinho por enquanto, eu mais do que ninguém quero ficar junto dele nesse momento, mas conhecendo ele do jeito que conheço sei que ele quer ficar sozinho. - Michel me pede.

- Eu também acho melhor, amanhã vamos na casa dele e vamos decidir o que fazer, mas preciso ligar para a minha tia e avisar o que está acontecendo. - Tiana fala pegando o celular.

- Não vai fazer isso antes de falar com o Pedro, você fez uma promessa para ele. - Joe lembra.

- Meninos depois vocês resolvem isso e Tiana eu mesmo vou ligar para a sua tia, não prometi nada para o Pedro, mas antes tenho que acabar com essa festa. - Falo indo em direção a quadra.

Chego na quadra todos ainda estão curtindo a festa como se nada tivesse acontecido, subo no palco e peço para o dj parar a música e dou meu recado:

- Bom pessoal quero informar que a festa acabou, todos agora vão voltar para suas respectivas casas, irei mandar uma mensagem para os seus responsáveis avisando todos os motivos. - Falo deixando todos revoltados.

-Mas isso não é justo, porque a festa vai acabar ? - Marco me pergunta.

-E você ainda pergunta? - Eu o questiono de volta.

-Eu também quero saber, não tem um motivo de real importância para acabar essa festa. - Argumenta Roberto revoltado.

- Eu não to acreditando nisso! Um colega de vocês acabou de ser humilhado aqui no meio desta quadra, dentro da minha escola por conta da cor da sua pele Marco e pela sua sexualidade assumida Roberto da forma mais covarde possível e por isso, só por isso vou acabar com essa festa agora. E outro recado: segunda-feira quero todos vocês aqui pois além das provas finais temos muito o que conversar e eu não vou descansar até achar o culpado por isso. Boa noite e boa volta para casa. - Falo saindo do palco e indo para a minha sala deixando todos revoltados.

Assim que chego Joe, Michel, Renato e Tiana estão me esperando e torço para terem alguma notícia do Pedro:

- O Pedro deu notícia ? - Pergunto sentando na minha mesa.

- Sim, ele acabou mandar mensagem avisando que pegou um uber e que amanhã liga para chamar a gente para conversar. - Tiana me avisa.

- Graças a Deus! - Comemoro.

- A senhora vai ligar para a tia Dóris ? - Michel me pergunta.

- Vou sim, ela precisa saber o que aconteceu. - Respondo.

- Não vai adiantar, já tentei ligar para eles e ninguém me atende, eles foram para um show na capital junto dos meus pais e só retornam amanhã. - Tiana me avisa.

- Então amanhã eu ligo para os seus tios, até lá o próprio Pedro pode ter contado. - Imagino.

- Maria nos vamos embora e você deveria fazer o mesmo, acho que ja deu essa noite, até segunda e eu sei que você está se sentindo culpada mas não fica assim, nada disso é culpa sua. Love u. -Michel me fala vindo me abraçar.

- Exatamente você é a pessoa mais maravilhosa dessa escola e não tem culpa de nada, nós vamos descobrir quem fez isso com o meu primo pode ter é uma promessa. Até segunda. - Tiana fala vindo me dar um beijo.

- Eles tão certos Marizoca isso vai ser resolvido da forma como tem, fica tranquila que todos mundo aqui sabe o quanto você gosta do Pedro. - Renato fala me abraçando.

- Tchau Maria, tudo vai se resolver da melhor forma, vamos achar os culpados. Fica bem. - Diz Joe apenas acenando para mim.

- Obrigado meus amores, quando vocês forem embora é desse apoio que vou sentir mais falta. - Falo dando um beijo em cada um, até mesmo no mais tímido que é o Joe.

Os acompanho até a porta da minha sala e percebo que todos já estão indo embora, arrumo minhas coisas e vou embora também, hoje o dia foi cheio e sinto que amanhã mesmo domingo não vou ter folga.

Domingo, 03 de dezembro deAgora

NARRADO POR PEDRO:

Sinto um jato de água em mim, acordo com uma dor agonizante na minha cabeça e percebo que o sangue ainda está escorrendo pela minha testa. Tento me soltar mas estou preso com correntes, grito pedindo socorro mas ninguém me esculta, grito mais alto e mais forte de todas as maneiras que posso, mas é em vão, a dor e o cansaço se misturam e não tenho mais forças para gritar. Tento encontrar alguma maneira de sair daqui, mas estar preso a essa correntes dificulta muito. Desisto, talvez seja melhor esperar alguém me encontrar e mesmo com pouco iluminação eu consigo reconhecer que esse lugar é um depósito que tem na escola, eu tenho certeza disso, se eu gritar mais alto Sr. Cleber pode me ouvir. Grito, grito muito alto pedindo ajuda, a dor aumenta e a voz vai sumindo, não tenho mais forças, deito no chão e começo a chorar. Passaram alguns minutos que mais parecem horas, quando percebo que a porta esta sendo aberta, entrou 2 pessoas vestindo macacões brancos e máscaras, logo tento descobrir o que está acontecendo:

- Algum de vocês podem me explicar o que está acontecendo? O que eu estou fazendo aqui amarrado? - Pergunto tentando entender essa situação.

Todos ficam em silêncio

- Ninguém vai me falar nada? Me tirem daqui por favor! - Peço começando a chorar

Mas uma vez não tenho resposta. Eles pegam os celulares e começam a digitar como se estivessem conversando entre si, realmente eles não iriam falar nada. Eles param de digitar e um pega um pedaço de madeira e o outro pega uma faca e tenho certeza que isso vai ser usado contra mim. Começo a gritar desesperadamente por socorro, mas sou impedido com um chute no meu rosto, caio deitado de lado mais um golpe só que dessa vez é nas minhas costas e com o pedaço da madeira, eu grito de dor mais um chute só que esse agora é bem no meu estômago, eles colocam uma fita na minha boca impedindo que eu falasse algo. Eles vem até mim e retiram as correntes que me prendem, tento me levantar, mas não tenho força, eles me sentam virado para a frente, um deles vem com a faca na minha direção e rasga a minha blusa me causando um corte no peito e tenta tirar a minha calça mas apesar da dor eu consigo dar um chute nele jogando ele para longe de mim o que foi uma péssima ideia, o vem até mim e me bate com ainda mais com a madeira, tento gritar mas não sai nenhum som por conta da fita em minha boca, eu não tenho mais forças para fazer nada, o outro se levanta e vem até mim e tira a minha calça. Os dois abrem a parte de baixo dos macacões, tiram os pênis para fora e começam a se masturbar na minha frente, sinto nojo, começo a chorar de formar despertada, aquilo não podia está acontecendo, eles vão me estuprar, tento reconhecer algum deles mas com essa pouca iluminação e eles com essas máscaras fica impossível. Quando menos espero o tormento começa os dois me pegam e me jogam em uma cama velha, me jogam virado de peito para baixo, rasgam a minha cueca e com as correntes eles predem as minhas mãos nos ferros da cabeceira da cama, sinto um deles deitar em cima de mim, retira a sua máscara e antes que veja qualquer coisa ele me venda e começa a passar seus dedos molhados no meio da minha bunda e de repente me penetra com toda a força do mundo e enquanto me penetra me dava vários murros nas costas e um deles é tão forte que apago...

Mas um jato de água para me acordar, agora estou sem a venda no meu rosto e a luz está acesa, um deles ainda está me violentando, mas não demora muito e logo ejacula dentro de mim, quando ele sai sinto um dor e uma queimação enorme percebo que eles começam a se limpar e concluo que todos avisam me estuprado, eles terminam de se vestir e desamarram as minhas mãos, um deles pega a o pedaço de madeira e bate na minha cabeça com tanta força que apago.

Agora usaram algo que dava choque para me acordar, percebo que estou na quadra preso em um dos mastros que a gente coloca as bandeiras, quando olho para a frente tento identificar quem estava fazendo tudo aquilo comigo, mas é em vão pois eles ainda estão com as máscaras, não consigo acreditar em tamanha crueldade, agora eu noto que tem mais duas pessoas junto deles, um deles vem até mim e tira a fita da minha boca, quero gritar mas não tenho forças, então pergunto tentando entender o que era aquilo:

- Porque vocês estão fazendo isso comigo? - Pergunto quase sem forças

- Porque você não pode contar nada do que sabe. - Todos me respondem juntos

- Porque você é um gay sujo e merece a morte! - Um deles fala me socando.

- Porque você é um negro que sempre se sentiu superior e isso nunca vai acontecer! Você vai ser exemplo. - Falou uma mulher.

- Porque você é um filho do demônio e merece queimar no fogo inferno. - Um deles fala enquanto paga todas as roupas brancas deles e coloca embaixo de mim e joga gasolina.

- Vocês vão ou não acabar com essa história de uma vez por todas? - A mulher pergunta.

- Já acabamos, ele nunca mais vai fazer nada contra ninguém dessa cidade. - Um deles fala para a mulher.

- Ele tem que morrer para não destruir as nossas vidas. - Um deles lembra para o resto do grupo.

- A gente não pode fazer isso! Vocês só podem estar loucos. - Ele tenta argumentar.

- Vamos fazer o que for preciso para nos salvar, não seja fraco. - A mulher fala tirando a máscara e se revelando.

- Você não deveria tirar sua máscara, ele vai te reconhecer. - O menino segue tentando argumentar.

- Vocês acham mesmo que vamos soltar ele depois de tudo? Vocês o estupram e agrediram ele - Ela fala me olhando.

- Ou você está conosco, ou contra a gente, parceiro. - O outro homem fala também se revelando.

- Não faz isso por favor, eu juro que não conto nada para ninguém, eu saio da cidade e nunca mais volto só não me mata. - Imploro.

- Isso não é mais entre a gente, são ordens superiores. - Sou avisado pela outra mulher.

Quando menos espero uma figura bem conhecida aparece, tento pedir ajuda, mas logo sou interrompido:

- Nem tente falar nada Pedro, até por que nada pode te salvar. Sabe qual foi o seu problema é que

- Foi um desprazer conhecer você, até nunca mais. - Um dos meninos atira em mim e vejo que uma lagrima escorre do seu olho.

- Você vai morrer e levar com você os nossos segredos. - Todos falam.

Apenas fecho os olhos e espero, sinto uma dor muito forte no meu peito e começo a sentir um calor vindo das minhas pernas, abro o olho vejo que eles atearam fogo nas roupas percebo que aquela dor no peito foi o tiro, sinto minhas pernas queimando e todo aquele fogo toma conta da parte de baixo do meu corpo, começo a gritar de dor, olho para essas pessoas que fizeram isso comigo, não consigo falar mais nada, sinto a chuva cair sobre mim e peço para Deus fazer com que essas pessoas pagam pelo que me fizeram.

NARRADO POR MARIA:

Acordo recebendo uma ligação, lembro que uma tempestade começou no meio da madrugada de forma repentina e agora está sol, que estranho! Olho para o meu celular e quem me liga é Cléber o caseiro da escola, estranho, pois ele nunca me liga, ainda mais em um domingo de manhã, atendo preocupada:

- Alô, Cléber bom dia, no que posso ajudar? - Pergunto tentando colocar a cabeça para funcionar.

- Dona Maria desculpa estar te ligando essa hora, mas aconteceu uma coisa muito desagradável aqui na escola e eu não sei o que eu faço. - Ele fala do outro lado da ligação nervoso.

- O que aconteceu de tão grave que você não pode resolver Cleber ?- Pergunto pulando da cama.

- Acho melhor a senhora vê com os próprios olhos, não consigo dar essa notícia por telefone. - Ele me responde nervoso.

- Estou ficando assustada, estou indo, mas por favor me adiante o assunto. - Peço colocando a calça e deixando o celular no alto-falante para pode terminar de me arrumar.

- É para ficar mesmo, pois estou horrorizado e tem a vê com um de seus alunos. - Ele me avisa do outro lado da ligação.

- Meus Deus do céu, estou indo. - Respondo pegando minha bolsa e indo para o carro.

Não sei o que pensar, só peço aos céus que nenhum aluno meu tenha feito outra idiotice com a de ontem e que isso não envolva o Pedro. Mesmo morando próximo à escola nunca cheguei tão rápido nela, assim que desço do carro noto que o portão estava aberto deve ter sido Cléber que deixou ele assim para facilitar minha entrada. Cléber me encontra no meio do caminho com os olhos inchados como se tivesse chorando e só me pede para segui-lo até os fundos... A visão que tenho é uma das piores da minha vida quando chego até a quadra que fica nos fundos da escola sinto que as lágrimas saem sem nenhum esforço do meu rosto. Pedro está amarrado no mastro onde costumamos colocar a bandeira do Brasil, essa que foi trocada por uma bandeira branca com as mesmas frases do vídeo da noite passada, percebo que metade do seu corpo está queimado e ele está muito machucado, corro em direção a ele e grito seu nome, mas percebo que não há mais vida no seu corpo. Pedro está morto.

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Comentários

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Uauh...Por essa acho que ninguém esperava. Estava esperando uma reviravolta, como alguém chegando e salvando ele. Espero agora, ansiosa, pelo próximo capítulo, pra ver quem irá vingar sua morte.

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