Diários de um viajante ༽ 03

Um conto erótico de Caliban
Categoria: Gay
Contém 968 palavras
Data: 24/07/2020 09:53:39

Desculpem o atraso é que minha vida estava uma loucura e por mais que tentasse não conseguia escrever

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Estava eufórico, sem palavras para àquela situação, eu que antes era um garoto normal agora estava viajando com um desconhecido até uma cidade onde eu não conhecia absolutamente nada. Eu não me sentia ameaçado ou em perigo, o ambiente era bem confortável e Alex era um homem muito bem educado e simpático. Falando nele, ele claramente viu meu desconforto e começou a puxar papo.

Alex - Você vai fazer o que em Curitiba ? - Ele me perguntou com os olhos na estrada sem desviar sua atenção do caminho.

Erick - ...vou morar com uma tia - falei a primeira coisa que veio na minha mente

Alex - Uma tia...sei, mas você é um pouco novo pra pegar um caminhão com um desconhecido, não acha ? - Ele me falou coçando uma barba bem cheia que cultivava

Erick - Está incomodado ? Se quiser eu saio - Faço um sinal como se fosse abrir a porta do veículo em movimento

Alex - NÃO!! - Ele me deu um puxão pelo braço me colocando devolta na parte central do banco - Ficou maluco menino ?!

Não me levem à mal, é que eu estava atordoado no momento e definitivamente não estava com muita noção das coisas da hora.

Ele balançou a cabeça em gesto de negação e voltou a se focar na estrada. Alex não era um desses homens padrão de novela, ele era moreno, cabelos lisos e longos, olhos pequenos e um perfil étnico similar a de um homem latino comum; ele usava uma camisa gasta e desabotoada que deixava visível um peitoral peludo, ele também não era um cara extremamente sarado pelo que vi, ele tinha um leve barriguinha que todo o homem têm depois de um certo tempo e que não o torna feio. Eu não tinha noção do tipo de homem que poderia me atrair mas definitivamente, Alex tinha algo que me atraia.

Meus machucados ainda estavam à mostra e àquilo despertou uma visível curiosidade em Alex.

Alex - Sei que você não tá pra conversa mas, o que é isso na sua perna ?

Eu olhei para minhas pernas com um ar de vergonha e apenas disse :

Erick - Eu me machuquei...

Alex - Oh...melhor cuidar disso - Ele abre uma sacola e tira umas bandagens - Toma!

Eu pego as bandagens e de forma meio amadora enrolo em algums poucos ferimentos antes de guardar novamente na sacola do caminhoneiro que me ajudou.

As horas passam, e o caminho parece nunca terminar, à estrada parece ficar se estender infinitamente até que logo a escuridão toma conta da pista e então ele para o caminhão num acostamento. Eu coloquei minha cabeça para fora da janela e de lá consegui ver algumas luzes turvas no que parecia ser um motelou outra coisa do tipo. Alex abriu a porta que ficava ao lado de seu banco e desceu com facilidade, ele me olhou e perguntou se não queria mijar já que passamos o dia todo na estrada e o "hotel" ficava um pouco longe. Eu acenti com a cabeça. Ele contornou o caminhão e foi até o ladp da minha porta, em jesto simples eu tirei o sinto e o segui até os fundos do caminhão.

Alex - Jesus, parece que meu pinto vai explodir haha - Ele olhou pra mim como se achasse que também iria rir da piada.

Eu dei um riso forçado e enquanto desabotoava a calça Alex já tirava um pau incrivelmente grosso pra lançar um jato forte de mijo. Eu me assustei um pouco e por alguns segundos fiquei vidrado naquela rola despreocupada jorrando o que parecia ser litros e mais litros de mijo quente na estrada. Quando me dei conta estava disfarçando um pauzinho tímido mas já um pouco meia-bomba. Alex parece ter percibido a situação mas sinto que não deu importância. Eu me recompus e terminei liberando todo o mijo ao lado da poça de que Alex havia deixado antes.

Alex - Parece que você também precisava disso né garoto - Ele riu e fez sinal pra retornar ao caminhão.

Ele dirigiu até o motel e depois de falar algo com a atendente me levou até um quarto na parte de cima do lugar. Eu me acomedei numa cadeira perto da cama e de forma envergonhada esperei até que Alex voltasse do banho. Demerou um pouco até que ele aparecesse usando uma camisa surrada e uma calça de moletom suja e amorratada. Ele pegou uma mochila no pé da cama e tirou um maço de cigarros dela guardando a mochila novamente. Eu observei ele até que me lembrei de tomar banho, então ne levantei, peguei algumas coisas e fui até o banheiro.

Erick - Que dia... - Falei comigo mesmo antes de tirar mimha roupa e revelar minhas marcas causadas pelo meu pai.

Eu me lavei completamente e depois me olhei no espelho por alguns instantes. Era difícil acreditar que o menino dividindo um quarto de motel sujo com um completo desconhecido há apenas 24h estava deitado numa cama macia em um quarto milimetricamente arrumado numa casa com sua família quase amorosa. Era assustador pensar que minha vida estava mudando e que qualquer coisa feita agora poderia modificar o resto da minha existência. Eu deveria me acalmar, já que afinal eu estava em segurança, eu tinha noção que Alex era um desconhecido mas achava que se ele quisesse fazer algo comigo já teria feito, certo ? Bom, o meu passado não importa mais, agora eu tenho que focar no futuro.

Vesti uma roupa simples para passar à noite, usei um short branco um pouco justo e uma camisa gasta, larga e amssada, mas em boas condições. Eu abri a porta respirando fundo e me deparei com uma cena que iria ficar marcada na minha memória pelo resto da vida.

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Espero que tenham gostado e até o prox cap

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