Olga, tudo começou na fazenda.

Um conto erótico de Marcos
Categoria: Heterossexual
Contém 1141 palavras
Data: 25/06/2020 19:22:51

Há momentos na vida de uma pessoa em que as coisas vão mudando, a gente quase nunca percebe o início disso, geralmente nos damos conta já no meio do turbilhão, não sabemos como começou, não conseguimos mais voltar e somos empurradas a seguir em frente, e assim foi comigo e minhas descobertas, me chamo Olga e farei alguns relatos para vocês.

Sempre fui muito estudiosa, várias aulas, atividades extracurriculares, sem tempo para viver muito da vida, meus pais já tinham meu futuro planejado, o caminho era àrduo e geralmente me tirava do convívio social, como da oportunidade de ter muitos amigos.

O pouco tempo que tinha livre, meu pai aproveitava para me levar pra fazenda do meu avô, era quando saia um pouco da selva de pedra e via algo diferente do cinza da cidade.

A Fazenda do meu avô era grande, muitos animais, um pomar, árvores, açude, riachos, meu avô cuidava de tudo junto com o tio Paulo, irmão de meu pai. Vovô tentou formar todos os filhos e levá-los para fora do campo, mas tio Paulo nunca aceitou e preferiu dar continuidade às atividades na fazenda.

No começo da adolescência sempre ia para a fazenda, prestava atenção com naturalidade a tudo que acontecia lá, os homens que trabalhavam quase sempre sem blusa, o suor, os cheiros de gente e animais misturados, até certa idade aquilo não significava nada para mim. Mas tudo mudaria...

Ao completar meus 16 anos continuei indo para a fazenda nas férias ou feriados prolongados, mas as noites já não eram mais as mesmas, antes de dormir meus pensamentos percorriam as imagens do dia e achavam pequenos detalhes aos quais se apegar, fosse os braços de alguém, as cores das peles das mais escura às mais negra dentre os empregados, do cheiro de cada um ao passar por mim, que mudava conforme o decorrer das horas, durante a manhã eram frescos e gostosos, no decorrer do dia eu já não sabia se eram bons ou ruins, mas gostava de senti-los, os sorrisos, talvez até algumas olhadelas que ganhava e não entendia bem.

Enquanto tentava dormir tudo aquilo vinha à minha cabeça, eu apertava a cama com as unhas, puxava o travesseiro para a cara, prendia um pouco respiração e não entendia o que acontecia, mas sabia que algo em meu corpo também respondia, pra ser mais exato na minha buceta, uma leve pulsação que vinha sem eu querer, mas me fazia sentir algo muito bom.

As noites tinham se tornado inquietantes, eu tentava domar aquilo que meu corpo jogava para fora, sem entender direito até onde poderia ir. Dormia mal e acordava cedo, para buscar mais daqueles detalhes que eu tanto gostava.

Meu tio Paulo devia ter uns 35 anos, sempre o achei parecido com meu pai, talvez por isso não achá-lo bonito ou feio, ele simplesmente esteve ali minha vida toda, como algo preto e branco, uma figura sem maiores motivos de ser, mas por vezes era invadida por um pensamento que o tinha como peça central.

Gostava de vê-lo dar ordens aos peões seu tom de voz me dava medo, me fazia arregalar os olhos de surpresa, mas ao mesmo tempo como nunca havia feito nada contra mim, me dava segurança que todos o respeitavam e ele me tinha devoção dessas que os tios tem às sobrinhas, algo entre a proteção e a confidencialidade.

Tio Paulo começava o dia de botas, calça jeans velha, uma blusa de botão, um chapéu de palha, que às vezes eu usava e podia sentir o cheiro de cabelos, shampoo e suor do uso contínuo, aquele cheiro foi um dos primeiros a mexer comigo, eu sentia algo pesado entre as pernas, talvez uma das minhas memórias de excitação mais antigas.

Ele era branco, assim como meu pai, meu avô e eu também... mas pela contínuo contínua exposição ao sol era avermelhado, queimado mesmo, não chegava a ser moreno. Tinha mais de 1.80m, uma bela envergadura, com braços fortes e ágeis, lisos, acho que ele tinha essa pequena vaidade, de sempre estar lisinho, talvez para ter um traço que o diferenciasse dos demais trabalhadores mais humildes e desarrumados, vai saber o que se passa na cabeça de um homem para manter um status e valor próprio.

O dia passava, eu sempre perambulando e observando tudo, a noite a família se reunia pra jantar, meu tio já vinha penteado, uma roupa dessas de ficar em casa, um perfume bom de quem faz questão de manter o zelo, mesmo para esses pequenos eventos, quem sabe pela minha presença.

Antes de dormir eu sentia tudo aquilo de novo, parecia haver algo vivo entre minhas pernas, irrigada de sangue, encostar na minha bucetinha era o suficiente para me fazer respirar fundo, sem querer roçei a roupa nela e gostei, daquele dia em diante se tornou um ato mais comum, gostoso, que fui aperfeiçoando com o travesseiro em gostosas sessões com ele entre as pernas, mas eu não entendia até onde aquilo poderia ir...

Os dias passavam e houve um acontecimento que mudou tudo, um dia no no curral coberto, uma estrutura atrás da casa da fazenda, fui até lá e acabei flagrando um cavalo e uma égua no ato sexual, aquela cena, aquele órgão gigante entrando no outro animal, os sons, grunidos, tudo entrou em mim e grudaram em minha mente, minha bucetinha deu alguns sinais e eu não sabia o que fazer.

Ainda meio encantada e abismada não percebi tio Paulo chegar perto de mim, ele segurou em meu ombro e perguntou se estava tudo bem, eu não sabia o que falar em um impulso não pensado o abracei, não sei o motivo, ele colocou seus dedos entre meus cabelos e perguntou o que estava acontecendo.

Sem jeito respondi que estava com vergonha, ele sorriu e disse que não tinha necessidade, que aquilo era normal e tanto bichos quanto pessoas faziam, fechei os olhos com a cara no sei peitoral, conseguia sentir seu cheiro, desodorante e suor, que por estar cheirando de perto abafavam o odor do ambiente que lembrava o de coisas velhas, poeira e estrume.

Ele tentou explicar o que acontecia entre o cavalo e a égua, que os barulhos pareciam ser dor, mas na verdade eram prazer e que o sexo fazia parte da vida de todo mundo, que a égua dava sinais com a vulva aumentada, e isso deixava o cavalo pronto para o ato, aquilo ressoou em mim e comecei a entender o que fato de acontecia no meu corpo, mas a vergonha continuava.

Pedi para que ele não falasse daquilo pro meu pai, ele riu e assentiu, voltou com o rosto vermelho para a fazenda, talvez ele tivesse tido uma ereção durante nossa conversa com os corpos próximos, é algo que me pergunto até hoje, mas os fatos que existiram depois meio que respondem essa dúvida.

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