O Clube dos Otarios; Bonitinhos mais ordinários parte 1

Um conto erótico de Duque CHaves
Categoria: Homossexual
Contém 2196 palavras
Data: 10/05/2020 17:42:21

Romeu não estava estressado, ele estava enfurecido.

Ricardo não ligava para ele, e estava o evitando a todo custo e isso feria os sentimentos do garoto, que era perdidamente apaixonado pelo sue professor. A submissão que ele tinha com Ricardo era espontânea e ele gostava daquilo. Sua forma de amar era igual a sua mãe com seu pai, que via o servindo e sempre trazendo seu amor pelo pai em cima de sua própria vida, e ate mesmo por cima de seus próprios princípios.

Pois era como ela sempre dizia.

“Amar é um sentimento selvagem, que faz você as vezes não se reconhecer, até você mesmo. Trazendo à tona todos seus segredos e seu eu verdadeiro, aquele ser feio que esconde por detrás de todas as qualidades que você demostra”

E submissão era algo que Romeu achou para demostra seu amor, e Ricardo gostava daquele ser dele, o dizia que era a coisa mais bonita, o agradando de todas as formas que possíveis. Mesmo que em sua mente, ele via outras pessoas sendo felizes sem aquilo, e sua mente se perguntava nem que por alguns instantes que era essa a forma de amor?

Romeu se esgueirou ate a sala de Ricardo, dentro da faculdade e entrou fechando a porta. Ele conhecia aquela sala do professor de cor, do sofá de couro marrom perto da porta, das samambaias que ele tinha de plásticos perto da porta, da mesa quadrada que era sempre super organizada e do tapete enorme e felpudo.

- O que você esta fazendo aqui? Você esta louco ou o que? – a pergunta de Ricardo fez o corpo todo de Romeu estremecer.

Ele gostava e sentia tesao pelo professor, pelo advogado de seu pai. Seu corpo malhado, seus olhos penetrantes, sua barba rala, seu jeito de macho dominador, que fazia Romeu se sentir como uma garota dos anos 50 esperando por seu esposo em casa.

Romeu tinha uma outra versão de amor. E ele sentia isso em todas as suas formas.

- Eu vim aqui, porque VOCÊ. – Ele respirou bem fundo, inalando aquele cheiro de Malbec, aquele cheiro que combinava com aquela personalidade de Ricardo. – Você esta me evitando, não me responde nem no Whatsapp ou no Telegram. Nem me atende. Você esta ainda bravo com a situação?

- Bravo? Você tem retardo ou o que? Se essa informação sair na empresa, eu perco meu cargo de advogado e ainda por cima perco o emprego de lecionar na faculdade. – Ele respirou fundo e massageou as têmporas. – Você sabe que dependo de muita coisa. E não vou arriscas tudo por isso.

- Você não esta pensando em nos, eu disse que iria resolver, acredita em mim? – perguntou Romeu tentando soar confiante e pegar no rosto de Ricardo. – Eu disse que ia resolver e estou fazendo isso!

Romeu pegou a gravata azul escura e puxou Ricardo para mais perto, o obrigando a andar mais alguns passos. Ricardo, pegou pelos ombros do garoto e encarou o mesmo.

- Eu estou com saudades, meu mestre. Eu preciso de você... – Romeu chegou bem próximo do ouvido de Ricardo e gemeu as palavras do jeito que ele gostava, do jeito submisso e arrastado que deixaria um professor muito tarado antes, mais agora era algo critico.

- Não estou com vontade, agora resolva isso, antes que eu resolva.

Romeu olhou fervorosamente para Ricardo.

- Você não pode me negar nada, Ricardo. Sabe que eu indiquei você para o caso do meu pai. E se não fosse por isso, outra pessoa pegaria. – Romeu disparou as palavras despejando seu veneno.

Ricardo encarou o menor a sua frente. As veias de seu pescoço subiram. Tudo aconteceu muito rápido. Ele jogou o garoto no chão e colocou o joelho em seu pescoço.

- Seu pirralho mimado, eu não vou ficar aqui ouvindo esse seu discurso imbecil. Você sabe que seu pai é um ladrão que roubou do estado e estou trabalhando contra a maré, não venha dizer que você me fortalece a ideia de seu pai me contrata. Eu tenho um nome, e zelo por ele. Não vou deixar você ferra com tudo.

Romeu estava perdendo o ar, seus pulmões queimavam com cada lufada de ar que tentava entra pelo seu sistema respiratório. Ele batia na perna de Ricardo e tentava sair daquele sufoco que estava vendo. Ele via que Ricardo estava ficando ereto, e tentou ver aquilo como sair. Ele pegou o pau do professor e apertou. Isso fez com que a perna do professor, saísse um pouco do pescoço e ele voltasse a respira, empurrou o professor e se levantou.

Romeu tossia e esfregava o pescoço a mão e tentava se mante em pe, sua mente dançava e ele não conseguia ver nada com clareza. Ricardo viu o que tinha feito e chegou próximo do pequeno, o agarrando e abraçando. Romeu tentava sair daquele abraço, mais foi parado, por um beijo e um abraço apertado de Ricardo.

- Estou aqui, me desculpe por isso. Eu estou apenas revoltado com isso. – Ele novamente beija o garoto que chorava, o levanta e coloca em cima da mesa. – Não quero que isso acabe com nosso namoro, eu confio em você. Sei que vai resolver isso.

Ricardo beijou novamente o garoto, tirando seu folego.

- Preciso que saia, vou dar uma aula. – Disse o Professor encarando Romeu. – Mais tarde conversamos.

Romeu assentiu e saiu da sala sem ninguém ver. Ele andou alguns passos e logo recebeu a ligação que tanto temia. Sua foto tocou em seu celular e ele atendeu apreensivo.

“Nossa, você é uma cadela mesmo. Fazendo tudo que seu mestre manda. Eu acho isso muito divertido do seu lado” disse a voz mecânica e distorcida, O Professor ria do outro lado da linha, e uma câmera do corredor apitou e virou para onde Romeu estava, gravando a sua feicção de desconforto.

“O que você quer? Já não bastar ter meus segredos, quer ferrar com meu namoro? Você é doente ou o que?”

“Eu posso ser um louco ou um vingador, posso ser varias coisas e até ser o seu Deus e salvador. Ou ser seu inferno, você me diz, meu amor.”

“eu quero que isso acabe logo” suspirou cansando o aluno de direito.

“ Estamos apenas começando, e já tenho sua primeira tarefa”

A foto de um rapaz bonito apareceu em na tela do celular. Romeu demorou um pouco para entender o que estaria por vim. O nome do aluno era Icaro Martins, de cabelos ondulados, castanhos, de olhos da mesma cor, seu sorriso passava alegria e seus olhos demostravam felicidade. Ele era forte, pelo que dava para ver. Suas roupas era adequadas para valoriza seu corpo definido. Um moreno que tinha estilo.

“Sua missão e fazer eu acreditar que o amor existe, que ele sempre vai vencer no final. Quero assistir um romance clichês entre você e esse aluno”

“ Voce só pode esta brincando com minha cara, eu não vou fazer isso. Brincar com o coração de alguém”

O professor apenas riu debochado do outro lado da linha.

“Você é muito hipócrita. Quantas vezes você fez isso? Por quantas vezes não quebrou e iludiu varias pessoas? Esta na hora de fazer o que sabe de bom. Iludir e ser o garoto mimado. Se eu ver que não estou me apaixonado por esse casal. Toda a internet e seu pai vai ver isso, prejudicando toda sua família. Você tem até duas horas para ter o primeiro contato com ele”

O professor desligou e Romeu teve que se segura para não gritar no meio do corredor da universidade.

Dominik não sabia o que fazer, ele estava tão desesperado que não poderia contar com mais ninguém a não ser os otarios, que foi denominado pelo Professor. Mais ele não tinha com quem conversar, Benjamin e Richard nem pensar. Richard não saberia lhe dar com esse problema, ele iria convencê-lo a ir cheira cocaína ou sair dali para beber. Benjamin não ligaria para Dominik, ele era um rico mimado que ignoraria por completo Dominik.

Romeu, esse seria o ouviria, mais não ligaria muito, seria apenas mais um problema para o garoto, tentar resolver com soluções logicas e apáticas, como se ele fosse um cliente, um cliente de defensoria publica, que demoraria para resolver o caso e que não teria tempo o suficiente para lhe dar o devido valor, porque não poderia pagar para ele ser mais rápido.

Só restava Alison. O único que poderia ajuda-lo, que vinha de uma família pobre como ele, que poderia entender bem os conflitos que estava acontecendo, que seria um bom ouvinte e ser pelo menos um bom aliado. O que ele não contava era com um garoto, que tinha dois empregos dentro do campus e estava super atarefado naquele dia.

Dominik se sentou na cadeira e pedi um café.

- Seu café... Ou Dominik não?

Dominik sorriu para o garoto e logo concordou com a cabeça.

- Eu queria conversa um pouco sobre o que aconteceu naquela madrugada. – Dominik encarou aqueles olhos castanhos com vontade, ele precisava conversa, teria que tira aquele peso de si, e fazer ele acredita que teria uma solução.

Alison olhou para o rapaz que estava sentado a sua frente e olhou para todos os lados, o gerente estava marcando em cima, devido a falta que teve. Ele olhou para Dominik e viu em seus olhos o desespero. Alison estava do mesmo jeito, mais tentou se acalmar e ajudar o rapaz.

- Eu queria conversa, e te ajudar. Ouvir você. Mais estou com muito trabalho. Você teria que espera eu estar no meu horário de intervalo. – Alison olhou o relógio em seu pulso e colocou o chapéu preto em sua cabeça novamente. – Daqui a quinze minutos.

- Então me veja um especial da casa e mais uma xicara de café, se vou espera você, tenho que comer algo.

Alison anotou e pegou o dinheiro das mãos de Dominik.

Dominik ficou sentado numa mesa que dava justamente para o campus. Ele encarou os jovens andando de um lado para o outro, com livros e mais livros em suas mãos e correndo de um lado para o outro. Ele pegou o troco com Alison que trouxe sua tapioca, com queijo e banana e seu café. Ele abriu seu notebook e ligou no acesso do UGV, ele bisbilhotava as suas notas como estavam e seus trabalhos em andamento.

Até uma pequena porta do chat dos alunos abriu, com o @Professor95

“Querido Dominik, esta na hora de sua surpresa, você esta pronto?”

Dominik olhou para todos os lados e viu varias pessoas com tablets, celulares e notebook pelo café. Ele então respirou fundo e tinha que conversa.

“Não adianta me dar um vácuo, eu estou te vendo”

A câmera frontal do notebook ligou e ele sabia que o professor o estava vendo.

“O que você quer? Já não tem meu segredo que fulerei com o menino que me sacaneou, que dei o troco, o que mais você quer?”

“Quero que você comece a sua tarefa meu lindo mentiroso. Quero que pague pelo que fez, e foi uma coisa horrível, já que gosta de aprontar com todos, até de juntar pessoas que não deveria estar juntos.”

Dominik encarou a tela do computador e engoliu em seco.

“Quero que seja um conselheiro amoroso com um rapaz.” A foto de Icaro subiu na conversa e ele observou o colega de classe entrando no restaurante do campus e engoliu em seco “Ira ser um dos novos melhores amigos dele, e fara ele aceitar um namoro com uma pessoa muito bem sugestiva, convença-o que ele é seu melhor partido e seu segredo será guardado, ou vai tomar um belo processor, e ainda pro cima uma vingança contra Pedro, você pode pegar alguns anos na cadeia, por ter provocando um pai de expulsar e colocar Pedro num sanatório e fazer ele sofre naquele lugar”

Dominik fechou o computador e queria explodir. Essa merda, porque ele fez aquilo? Porque ele teve que fazer aquilo com Pedro, se ele fosse para cadeia, ele não teria ninguém para tira ele de lá. Ele era pobre e os pais de Pedro faria da vida de Dominik, um verdadeiro inferno, e isso seria um premio, para Pedro.

Ele chorou e se levantou, e logo esbarrou em Icaro, derrubando o café. Alison encarou o colega, mais não conseguiu sair do lugar. Icaro encarou o garoto, e a camisa cheia de café.

- Meu deus, desculpe, desculpe. Desculpe.

- não, tudo bem, isso aconte... ce. – Gaguejou Icaro.

- Não, eu... desculpe.

- Calma. – Icaro pegou a camisa e tirou, pegando outra camisa da escola e jogando a outra molhada na lixeira. – Viu, tudo resolvido. So vai faltar um café.

- Eu posso pagar esse café. Se você quiser, logico. – Disse Dominik dando um sorriso calmamente e encarou Alison. – Vá sentar que eu levo para você. Dois cafés.

Alison atendeu ele com o pedido.

- Você não ia me espera? – a pergunta era baixa e apenas Alison e Dominik podiam ouvir. – Esta dando 8 reais. Dinheiro ou cartão?

- Professor me deu a tarefa para fazer, então tenho que cumpri. – Ele olhou para a bolsa e pegou o cartão. – vai ser no cartão, debito.

Alison deu o café para Dominik e ele foi conversa com o garoto. E ali Alison começou a ver que o jogo realmente ia começar.

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