Delicioso Pecado 6

Um conto erótico de Mistério
Categoria: Homossexual
Contém 3356 palavras
Data: 04/05/2020 01:35:50

Murilo acordou sentindo a língua de Tavinho percorrendo na sua bunda. O louro foi beijando e dando leves mordidinhas naquela bunda branca e macia. O seu pau já estava dando sinal de vida. Se animando com possibilidade de comer aquele cu gostoso.

Tavinho percebeu que Murilo abria os olhos e subiu para beijar a sua nuca e rosto.

_ Bom dia, meu bem. Você está melhor?

Murilo confirmou com a cabeça e Tavinho beijou a sua boca, pondo Murilo de frente para ele e abrindo as pernas do ruivo, dedando aquele cuzinho quente e apertadinho. Murilo gemia sentindo seu cu ser invadido por aqueles dedos. Ele rebolava para facilitar a penetração.

Tavinho acariciou o rosto de Murilo, que sorriu para ele.

_ Eu já te fiz sofrer muito. Prometo que vou reparar isso. _ disse beijando Murilo.

O ruivo abria ainda mais as pernas e Tavinho começou a roçar o pau naquele buraquinho, que tanto amava comer.

Murilo acariciava as suas costas.

Tavinho pôs o ruivo de costas e foi deslizando a língua desde a nuca até o cuzinho de Murilo. Abriu as nadegas do rapaz, e começou a lamber o seu rego de cima para baixo. Em seguida foi penetrando a língua no buraquinho. Murilo empinava a bunda para receber linguada. Ele gostava do jeito que Tavinho o comia. Gostava de ser putinha daquele macho safado.

Tavinho pincelou o pau no cu de Murilo e foi batendo o seu membro naquele buraquinho.

Murilo gemia de prazer. Queria muito ser comido por aquela pica dura e gostosa.

_ Me come logo, porra! Me come, vai.

Tavinho pegou o lubrificante e caprichou na passada. Afinal, não queria que o seu parceiro se sentisse desconfortável.

Penetrou com gosto. E foi bombando com vontade. Comendo aquele cu que deveria ser só seu.

Murilo gemia como uma mulher. Não se importando se os vizinhos escutariam. Esses reclamavam da pouca vergonha. Outros sentiam inveja do rapaz.

Murilo rebolava gostoso e de vez enquando apertava o cuzinho deixando Tavinho louco de tesão e gozou muito.

_ Você tem uma bunda muito gostosa. Eu quero que você seja só meu. Não quero dividir esse rabo com ninguém. _ disse beijando Murilo e pondo as suas pernas nos seus ombros.

_ O que você está fazendo, Tavinho?_ perguntou sorrindo.

_ Segunda rodada, bebê. Esse cuzinho é gostoso demais para ser comido só uma vez.

Murilo sorriu, pois adorava ser invadido pela pica de Tavinho.

Murilo se encontrava cansado, com o cu um pouco ardido. Por isso, Tavinho o mandou ficar deitado, enquanto preparava o café da manhã e o levou na cama.

_ Se continuar me tratando assim, eu vou ficar mal acostumado.

_ É para ficar mesmo._ disse beijando Murilo.

O ruivo estava um pouco feliz por estar com Tavinho. Era gostoso se aproveitar do seu corpo e ser bem tratado de um jeito que nunca fora antes. Parecia que aquele Tavinho não era o mesmo monstro de anos atrás.

Está daquela escola era muito doloroso para Murilo. Os sentimentos de medo, vergonha e tristeza reviviam com força. Ao olhar para um banco verde, perto da cantina, recordou de si mesmo sentado ali, solitário com fome e desejando ter dinheiro para comprar algo na cantina da escola.

Lembrou -se de Tavinho, Guto e Marcelo se aproximando dele com ar de risos.

_ Olha o baitolinha aí com cara de cu. _ disse Guto chutando o Murilo e provocando risada nos outros.

_ Oh, babaca. A professora Luísa passou um trabalho de geografia, mas eu não estou a fim de fazer. Tu faz e me entrega amanhã. _ ordenou Tavinho.

_ Eu não posso fazer o seu trabalho , eu sou da quinta série e você é da sétima.…

_ Oh, imbecil pesquisa sobre tipos de vegetação e faz a porra do trabalho.

_ Mas, eu nem tenho computador e …

O impacto do soco de Tavinho o faz cair no chão. Sente uma dor imensa no nariz e percebe que ele está sangrando.

A maioria dos alunos em volta riem, outros se calam, pois não queriam ter problemas com Tavinho.

_ Quando eu te der uma ordem é para cumprir e não ficar me questionando.

Recordar aqueles momentos fez com que os seus olhos se enchessem de lágrimas.

Sentiu alguém o abraçando por trás. Sorriu ao ver que era Jorginho.

_ Que bom te ver aqui!

Murilo virou para abraçar o primo.

_ Vamos almoçar juntos? Nem o meu pai e nem a minha estão em casa. A Verônica está babando o ovo do Tavinho. Tá chata pra caralho. Só fala nesse maldito casamento. É um saco._ disse revirando os olhos para cima._ Eu posso pedir para a Dolores fazer estrogonofe de frango.

_ Eu agradeço o seu convite, mas eu fiquei de almoçar com a dona Guilhermina.

Nesse momento a sirene da escola toca e os estudantes descem as escadas. Os olhos de Jorginho brilham ao ver uma linda menina negra de cabelos cacheados. Ela sorri para ele. Jorginho sorri timidamente e abaixa a cabeça.

_ Hun! Tô vendo que o meu priminho está arrasando corações.

_ Que nada. Ela nunca vai olhar pra mim. Joana é a menina mais bonita do mundo você acha que ela vai querer alguma coisa comigo?

_ E por que não? Tu é gato pra caralho.

_ Gato eu?_ disse rindo _ Eu sou gordo! Gordo! Nenhum gordo é gato. Você tá falando isso porque tá com pena de mim.

_ Vamos parando por aqui. Eu não tenho pena de ninguém, porque teria de você? E não tem essa de que gordos não são bonitos. Querido, a beleza é subjetiva. O que para uns é feio, para outros é bonito. Se você parar de se pôr para baixo as coisas vão melhorarem na sua vida.

_ Mas geral fica me zoando e...

_ O problema não está em você e sim neles, que são tão merdinhas que para se sentirem impotentes precisam te humilhar. Levanta essa cabeça, moleque. Tu sabe que é foda.

_ Valeu. Mas, mudando de assunto. O meu pai esteve na sua casa ontem?

Murilo abaixou os olhos.

_ Por que você está me perguntando isso?

_ Porque ontem ele chegou bêbado e brigando com todo mundo. Você precisa denunciar o meu pai. Ele não pode continuar te perturbando.

_ Jorginho, ninguém vai acreditar em mim. O seu pai é o prefeito dessa cidade. E ele não tem eleitores, tem fãs .Você lembra de como eu fui humilhado da outra vez?

Jorginho segurou as mãos de Murilo e o abraçou.

_ Eu acredito em você.

Uma senhora morena, gordinha de cabelos cacheados presos num coque se aproximou dos garotos com um largo sorriso no rosto.

_ Mirinho! Que saudade de você, meu menino!

Murilo se libertou do abraço de Jorginho e foi abraçar a mulher.

_ Que saudade da senhora, dona Guilhermina!

Dona Guilhermina trabalha há anos como caseira da escola. Conhece Murilo desde criança e tem por ele um carinho enorme. Quase maternal.

Sentia dó do menino por ser maltratado pela mãe e as outras crianças. Por isso, sempre o agradava com lanchinhos e carinho. Murilo também a amava muito.

Quando foi embora da cidade, sentiu muita falta de dona Guilhermina e do seu filho Roberto, um bom homem que lhe ensinava matemática.

A boa senhora o convidou para ir até a sua casa e assim foi se despedindo de Jorginho.

Eles sempre tiveram contatos via cartas, vídeo chamadas e ligações telefônicas.

Murilo já havia avisado que voltaria para a cidade. Apesar do dona Guilhermina gostar do fato de rever o garoto de perto, ficou preocupada com os assédios de Valdemar e com medo de Tavinho.

Dona Guilhermina havia preparado galinhada, que era a sua especialidade e o que Murilo sempre amou comer.

Caprichou na arrumação da casa, a deixando limpa e cheirosa para receber aquela visita tão especial.

_Eu fiquei tão feliz que você veio!

_ E o Roberto?

_Ah, agora vive pra cima e para baixo com a nova namorada.

_ Ah, que bom que ele está namorando! Fico feliz por ele.

_ Pois não fique. Essa mulher é uma vagabunda que vai levar o meu filho para o buraco. Mas, ele não me escuta. Está cego de paixão.

_ A senhora e o seu ciúme. Oh, dona Guilhermina, deixa o homem ser feliz!

_ Como ele vai ser feliz tendo um caso com uma mulher casada?

_ Como assim casada?

_ Que fique aqui entre nós, mas o meu filho está se envolvendo com a pastora Carla Miranda!

Essa foi uma revelação bombástica para Murilo. O seu amigo e protetor professor Roberto estava tendo um caso com a mãe de Tavinho!

_ Essa mulherzinha se faz de santa, de mulher virtuosa e foi trair o marido seduzindo o meu menino. Eu morro de medo que o marido descubra e faça mal ao meu filho.

'Vou te falar, hein. Essa família Miranda é um lixo. Bando de gente hipócritas. Todo mundo na cidade fica enchendo a bola deles, mas ninguém ali presta. Nem o pai, nem a mãe e muito menos aquele tal de Otávio. Você deveria alertar a sua prima. Esse rapaz não presta. Vive traindo a moça, cê acredita?'

O adultério da senhora Miranda era a bomba que Murilo precisava estourar para acabar com a família Miranda. Isso abalaria as estruturas dos negócios da família, eles perderiam fies e a credibilidade e Murilo teria a chance de se vingar daqueles que lhe fizeram tanto mal.

Contudo, isso envolveria o nome do seu grande amigo Roberto.

O professor sempre fora bom para Murilo. Sempre o incentivou a estudar e lhe dizia palavras boas quando a sua mãe o maltratava. Roberto e dona Guilhermina foram os únicos que acreditaram em sua palavra sobre os abusos que sofria de Valdemar. Roberto sempre o defendeu do bullying que sofreria de Tavinho e sua turma.

Estava entre a cruz a espada. Esse dilema o perturbava.

_ E você? Como está, meu menino? Fiquei aliviada em saber que saiu da casa daquele monstro. Bem que eu te disse que poderia ficar aqui na minha casa até os seus móveis chegarem. A minha casa é humilde. Não tem luxo como a do prefeito, mas você seria muito bem recebido.

_ Eu sei. Eu gostaria muito de ter vindo para cá, mas a Verônica insistiu em me apresentar o noivo dela.

_ Você já conhece esse rapaz. Ele é um demônio desgraçado, que de santo não tem nada. Fica com aquela carinha e pose de bom moço, mas não passa de um vigarista. Menino, se afasta dessa gente. Eles já te fizeram sofrer tanto.

_ Dona Guilhermina, a kit net que a senhora alugava para a minha mãe já foi alugada?

_ Aquilo lá não está em bom estado. Precisa de umas reformas. Estou só esperando pegar o décimo terceiro para reformar aquilo lá. O aluguel daquele quartinho está fazendo falta.

_ Eu gostaria de ir lá.

_ Mas, por que, Mirinho? Isso não vai te fazer bem.

_ Eu estou mais tranquilo. Só preciso recordar. Lembrar dela.

_ Você precisa aceitar que não teve culpa da morte dela. Euvira estava doente.

Murilo não conseguiu conter as lágrimas.

_ A culpa foi minha sim. Eu a deixei sozinha para ir naquela maldita festa.

_ Pare de se culpar. Isso tá te fazendo mal.

Dona Guilhermina o abraçou e Murilo começou a chorar nos seus braços.

Sentia remorsos e saudade da mãe.

É tradição a escola dar uma festa anual em comemoração ao fim do ano letivo. Para participar é preciso pagar uma taxa e ir bem vestido, por esse motivo, Murilo nunca ia, pois a sua mãe nunca tinha dinheiro.

Estudava naquela escola de mensalidade alta, porque dona Guilhermina era amiga do diretor e conseguiu uma bolsa integral para o menino.

Além disso, Euvira era uma mulher muito rígida e não deixava o filho sair para lugar nenhum. Principalmente depois do escândalo com Valdemar, que os fez sofrer repressão na cidade.

Tavinho estava com raiva de Murilo, devido o garoto tê-lo dedurado para o diretor da escola sobre ter sido obrigado a fazer o seu trabalho de geografia e todos os abusos que vinha sofrendo.

O louro amargou o ódio por Murilo e junto com os seus amigos planejou uma cruel vingança.

_Eu vou arrebentar a cara daquele infeliz_ disse Marcelo socando a própria mão.

_ Bicha fofoqueira. Ela vai apanhar como nunca apanhou antes._ Guto dizia franzido o rosto de ódio.

_ Ninguém vai bater nele.

_ Como assim, Tavinho? Vai defender o veado?_ Estranhou Guto.

_ Claro que não. Mas se a gente bater nele, vamos nos foder. Esqueceu que o mijão tem o professor Roberto como protetor?

_ Mas as férias, estão chegando. A gente pega ele e o professor não pode fazer nada com a gente fora da escola._ propôs Marcelo.

_ Eu já disse que ninguém vai bater nele. Eu já tenho tudo arquitetado.

Tavinho avistou Murilo saindo da sala de aula e o chamou. O ruivo se aproximou com medo.

_ Olha Tavinho, eu não quero ter problemas contigo e …

_ Se não quisesse ter problemas com ele não teria dedurado a gente para o diretor.

_ Cala a boca, Marcelo. Murilo, eu confesso que vacilei contigo. Fiquei te zoando o ano inteiro e fui um babaca. Sabe tudo isso me fez pensar e… me desculpa, cara. Podemos ser amigos?_ Tavinho disse esticando a mão para apertar a de Murilo.

O ruivo apertou a mão de Tavinho. Não esperava essa atitude do louro. Ficou feliz por isso.

Marcelo e Guto estranharam a atitude de Tavinho. Como assim ele amarelou para o mijão?

_ Olha, a festa de fim de ano será na igreja do meu pai. Ele cedeu o espaço para a escola. Você está convidado.

_ Sério?! Eu adoraria! Mas não posso ir. Eu não tenho dinheiro para pagar o convite.

_ Não se preocupe com isso. _ Tavinho retira o convite do bolso e entrega a Murilo.

_ Nossa, obrigado.

_ Espero que você vá.

Murilo chegou em casa sorridente. Estava feliz porque finalmente tudo estava dando certo. Tavinho e a sua turma não fariam mais bullying com ele e agora o garoto queria ser o seu amigo!

Murilo se imaginou frequentando a casa de Tavinho, tomando banho naquela piscina enorme, indo ao cinema com ele. Fazer parte do grupo de amigos de Tavinho o traria respeito na escola. Nunca mais ele seria tratado como um lixo.

Porém, a sua felicidade foi finalizada com o não da sua mãe.

_ Mas por que não, mãe?

_ Porque eu não quero.

_ Mas isso não é resposta.

_ É sim. Se enxerga, menino. Você é pobre. Tu acha mesmo que aqueles meninos te querem por perto? E além disso, tem esse jeito ridículo de afeminado. Esses meninos querem rir da sua cara.

_ Não, mãe. O Tavinho se arrependeu e até me pediu desculpas.

_ Já chega! Você não vai e ponto final.

Murilo estava inconformado com o não de sua mãe. Ela nunca o deixava ir a lugar nenhum. Sempre dava um jeito de estragar a sua felicidade. Seus olhos se encheram de lágrimas e cruzou os braços.

_ Você nunca me deixa fazer nada. Isso não é justo.

Euvira estava impaciente com todos os problemas financeiros. Sentia um nervoso enorme e as mãos tremiam. Sentiu raiva de Murilo. Maldito menino. Só lhe dava despesa e ainda arrumou problemas com Valdemar.

A mulher foi até o guarda-roupas e tirou o cinto. Murilo arregalou os olhos assustado.

_ Eu já falei que eu não quero que você contesta as minhas ordens.

Euvira foi para cima de Murilo, o desejando cintadas pelo corpo. O menino tentou correr, mas ela o puxou pelos cabelos e o jogou na parede, fazendo com que a cabeça do menino batesse em cheio, e assim caindo.

Euvira deu vários golpes com o cinto, que rasgavam a pele do menino que chorava de dor e pedia desculpas. Mas nada adiantava.

Na noite da festa, Euvira não estava se sentindo bem. Por isso foi deitar mais cedo. Murilo aproveitou que a mãe estava dormindo e foi escondido para a festa.

Ele não queria perder a chance de ser amigo de Tavinho e poder comer as deliciosas comidas da festa.

Ao chegar, foi bem recebido por Tavinho, que lhe ofereceu um copo de refrigerante.

Murilo ficou um pouco deslocado, mas compreendeu que Tavinho estava dando atenção aos seus amigos também.

Alguns minutos depois, sentiu uma forte dor na barriga e uma vontade louca de ir ao banheiro.

Correu para o banheiro da igreja. Marcelo percebendo, cutucou Tavinho e todos foram atrás rindo.

Guto bloqueou a porta do banheiro, impedindo que Murilo entrasse.

_ Os banheiros estão todos ocupados.

_ Por favor, me deixe entrar… eu.

Murilo não conseguiu segurar e defecou nas calças. Todos riam e o menino chorava de vergonha. Tentou correr da visão dos colegas, mas Tavinho o segurou e arriou as suas calças o deixando exposto a uma situação humilhante.

Ele sorria ao ver o ruivo daquele jeito.

_ Nossa! Você é nojento. Fico pensando como que há caras que tem coragem de te comer, seu veadinho de merda.

Murilo correu para fora da igreja. A sua mãe tinha razão. Se arrependeu de não ter a obedecido.

Sentia tanta vergonha que desejou morrer.

Foi caminhando chorando.

Apesar de ser menor de idade, Tavinho já sabia dirigir. O seu pai fez questão de ensiná-lo e emprestava o seu carro ao filho.

Tavinho dirigiu o carro acompanhado dos amigos.

Ainda não estava satisfeito com a maldade que havia praticado contra Murilo. Tinha sede pelas lágrimas do garoto.

Encontrou o ruivo caminhando perto de um valão chorando.

O louro estacionou o carro e junto com os amigos, foi até Murilo.

O ruivo tentou correr, mas foi alcançado.

_ Sua bichinha imunda. Isso é para você aprender a nunca mais me dedurar.

Tavinho segurou Murilo pelo braço e o levou até a beira do valão. O ruivo ofereceu resistência, mas Tavinho era bem mais alto e forte que ele.

Com toda a sua força, Tavinho jogou Murilo para dentro do valão.

Os outros meninos gargalhavam e Murilo sentiu-se mais lixo como de costume.

Muitos filmavam a cena, que na mesma hora foi parar nas redes sociais. A vergonha de Murilo seria maior.

Depois de humilharem Murilo, os adolescentes foram embora no carro de Tavinho.

Murilo desejava a morte. Sentia-se a mais imunda e infeliz das criaturas.

Correu para a casa chorando. Sentiu um pouco de medo da mãe, que com certeza o bateria pela desobediência. Mas, nada poderia piorar naquela noite infernal. Pelo menos era o que o menino acreditava.

Murilo entrou em casa devagarinho. Não queria acordar a mãe. Sua intenção era tomar um banho e depois encarar a fera.

Contudo, o seu mundo acabou de desabar ao ver a mãe caída no chão deitada de bruços.

Seu coração bateu acelerado. Virou o corpo da mulher para cima e gritou ao perceber que Euvira estava morta!

A mulher havia tido um infarto durante a noite e não resistiu.

Mesmo sujo o menino correu até a casa de dona Guilhermina para pedir socorro. A mulher chamou a ambulância, mas já era tarde demais.

_ Mirinho, você me desculpe, mas eu não vou deixar que faça mal a si mesmo voltando naquela casa.

_ Eu pagaria o preço que fosse para voltar naquela noite e nunca ter ido naquela festa. Se eu tivesse ficado em casa não teria sido humilhado e a minha estaria viva.

_ Não estaria não, meu filho. Ela tinha problemas cardíacos. Você não teve culpa.

_ Se eu tivesse em casa poderia ter chamado uma ambulância a tempo.

_ Oh, meu amor. Pare se torturar. A vida já foi tão cruel contigo. Você precisa superar esse trauma. Você merece ser feliz.

Murilo abraçou a amiga. Apesar de ter se passado muitos anos, os males daquela noite maldita ainda o feriam. As feridas da sua alma nunca foram cicatrizadas.

Dona Guilhermina o abrigava em seus braços, enquanto o jovem chorava.

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Comentários

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Gente que horror, que dó do Murilo

ah não queria saber, eu me vingaria de TODOS exclusive do Lixo do Otávio, ele só quer ter o prazer satisfeito no Murilo, somente isso. mds ué ódio e pior que na vida real existe muitos que passam por essa situação. mds

tô amando esse conto

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Nenhum deles merece perdão, espero que o Murilo se vingue de todos, só viu acreditar na redenção do Tavinho quando ele pagar pelo o que ele fez

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Perfeito sua escrita meu caro mais ha tanto sofrimento na vida de Murilo que parece distante o perdão ser dado espero q continue nao vou julgar agora veremos o q aguarda cada capítulo surpreendente

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É REALMENTE FICA DIFÍCIL PERDOAR TAVINHO. NÃO TEM COMO. MAS VEREMOS AS ATITUDES DE TODOS A PARTIR DE AGORA.

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Céus, como eu chorei lendo isso. Quando eu achava que ia parar tu me soltava mais uma bomba. Não existe pinto ou remorso de Tavinho que faria eu deixar de me vingar se fosse o Murilo. O nível de humilhação extrapolou tudo. Ansioso por mais.

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Murilo quer vingança, mas continua sendo besta, eu não sentiria pena de uma mãe assim como a dele

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